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Festas e Rodeios

Alice Caymmi manda recados em ‘Imaculada’, álbum autoral que expõe dores e fragilidades da artista

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Cantora segue jornada de superação em álbum que soa sincero, apesar do repertório oscilante. Capa do álbum ‘Imaculada’, de Alice Caymmi
Direção de Giovanni Bianco
Resenha de álbum
Título: Imaculada
Artista: Alice Caymmi
Edição: Rainha dos Raios / Altafonte
Cotação: * * 1/2
♪ Quinto álbum de Alice Caymmi, Imaculada está longe de ser o melhor disco da cantora e compositora carioca porque expõe as fragilidades da obra autoral da artista. Mas possivelmente seja o álbum mais pessoal e o mais sincero de Alice.
Dona de voz opulenta, a cantora já contabiliza dois álbuns antológicos na discografia iniciada há nove anos com o álbum Alice Caymmi (2012). Só que são álbuns de méritos repartidos.
Disco que projetou a artista há sete anos, Rainha dos raios (2014) resultou grandioso e até impactante pela produção musical e pelos arranjos de Diogo Strausz.
Já Electra (2019) foi disco de voz e piano – o de Itamar Assiere – que reiterou a grandiosidade do canto de Alice em repertório alinhavado com a fundamental colaboração do DJ Zé Pedro, mentor desse disco dramático, calcado no cancioneiro da MPB.
Entre um e outro, houve Alice (2018), disco pop de pegada R&B, produzido pela cantora com Barbara Ohana com som que ecoou a obra de Pabllo Vittar, convidada (não por acaso) da gravação de música Eu te avisei (Alice Caymmi, Barbara Ohana e Pablo Bispo).
Álbum lançado nesta sexta-feira, 15 de outubro, Imaculada se conecta com Alice pelo viés pop com a diferença de que, na produção musical do disco, a atual parceira da artista é Vivian Kuczynski, convidada e coautora de uma das dez músicas do repertório essencialmente autoral, Todas as noites (Alice Caymmi e Vivian Kuczynski), cuja letra é recado para ex-amor egoísta que quer voltar.
Do ponto de vista da composição do repertório, Imaculada se conecta com o primeiro jovial álbum da cantora, o já mencionado Alice Caymmi (2012), por expor a artista como compositora, só que desta vez sob ambiência pop eletrônica.
O álbum Imaculada expõe limites da autora na criação de cancioneiro através do qual Alice manda recados. Ao lançar a música Serpente (Alice Caymmi, Maffalda, Rodrigo Gorky e Zebu) em 9 de setembro, como primeiro single do álbum Imaculada, a cantora já deu a pista de que o disco foi feito (também) para dar o bote nos opressores que cerceiam a liberdade da artista ser quem é e de ter o peso que quiser, entre outras pressões.
Alice Caymmi canta com Urias e Number Teddie no álbum ‘Imaculada’
Direção criativa de Giovanni Bianco
Alice Caymmi busca a superação em Imaculada. “Não vai ser um vírus que vai me silenciar / Nem tirar de mim o meu desejo de amar / Não vai ser um vírus que vai me desanimar / Nem tirar o meu desejo de cantar”, avisa a artista na música com que abre o disco, Dentro da minha cabeça (Alice Caymmi).
“Eu te amo dentro da minha cabeça / Mesmo que você me esqueça”, aliás, são os primeiros versos ouvidos, ainda a capella, quando se segue a sequência oficial do álbum Imaculada. O disco segue nessa toada, com a cantora marcando posição, sozinha ou com colaboradores.
Faixa de brasilidade sintética, Sentimentos é parceria de Alice com o DJ e produtor musical Mulú. Já Ninfomaníaca junta as vozes de Alice, Urias e Number Teddie (ascendente artista amazonense), parceiros de Alice na composição também assinada por Maffalda. A letra de Ninfomaníaca versa sobre dores e medos provocados por amor e sexo, temas recorrentes em Imaculada, disco que segue a jornada da artista em busca de liberdade.
“Não sinto mais aqueles medos”, confessa Alice em verso da balada Recíproco (Alice Caymmi, Junior Fernandes e Zebu). E por falar em balada, Confidente (Alice Caymmi e Zebu) começa quase interiorizada, conduzida por toque de piano, mas ganha aura quase épica com o avanço da faixa, sobressaindo no disco.
Alice Caymmi canta versão de música japonesa no disco ‘Imaculada’
Direção criativa de Giovanni Bianco
Medusa (Alice Caymmi) também flui bem em movimento sensual, com evocações do universo musical árabe.
Aliás, em se tratando de fluência pop, cabe destacar A lenda da luz da lua, única regravação do repertório do álbum Imaculada. Trata-se de versão em português – escrita pelos integrantes da banda paulista Gaijin Sentai – da música japonesa Moonlight densetsu (Tetsuya Komoro e Kanako Oda, 1999).
A faixa A lenda da luz da lua poderia estar em disco de Pabllo Vittar e, nesse sentido, estimula a visão de quem enxerga Alice Caymmi como cantora indecisa entre seguir em segurança pela trilha da MPB da tia Nana Caymmi – como fez no lapidar álbum Electra – e arriscar acenos para o pop do mainstream habitado por estrelas como Vittar.
Só que, a bem da verdade, neste atual quinto álbum, Alice Caymmi tem o mérito de ser ela mesma. Pena que a grande cantora fique oculta na maioria das 10 faixas, ainda que na música-título Imaculada (Alice Caymmi) os dotes vocais da artista apareçam (um pouco) mais no canto que persegue tom sacro em atmosfera reforçada pelo coro da boa faixa.
“A dor é grande, o peito é pequeno”, expia Alice Caymmi em verso dessa música-título, sinalizando que a jornada existencial de superação – mote do álbum Imaculada – talvez ainda esteja longe do fim.

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Caso Diddy e acusações de abusos: entenda se rapper pode pegar prisão perpétua

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Rapper, que se declarou inocente em tribunal está preso desde segunda-feira (17). Pagamento de fiança foi negado Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, segundo o anunciado pela a Promotoria de Nova York, nos EUA, nesta terça-feira (17).
Ele se declarou inocente em tribunal e o pagamento de fiança foi negado — ele segue preso. A próxima audiência deve acontecer até o dia 24, mas ainda não há data para o julgamento em si.
A seguir, entenda o que se sabe e o que falta esclarecer:
Alvo de processos por agressão sexual, rapper Sean ‘Diddy’ Combs é preso nos EUA
Quem é Sean ‘Diddy’ Combs?
Nascido Sean John Combs em 4 de novembro de 1969, no Harlem, em Nova York, Sean “Diddy” Combs começou no setor musical como estagiário em 1990 na Uptown Records, onde chegou a se tornar diretor.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, ele é um poderoso magnata do setor musical e considerado o mentor por trás da transformação do hip hop em gênero musical.
Em 1991, ele promoveu um jogo de basquete e um show de celebridades no City College, em Nova York, que resultou em nove mortes após uma confusão.
O evento foi superlotado por milhares de pessoas e levou a uma série de processos judiciais, culpando Combs pela contratação de segurança inadequada.
Ele foi demitido da Uptown e fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Assim começou uma rápida ascensão ao topo do hip hop da Costa Leste, juntamente com seu discípulo, o falecido The Notorious B.I.G.
Combs já assinou vários contratos importantes e colaborou na produção de artistas como Mary J Blige, Usher, Lil’ Kim, TLC, Mariah Carey e Boyz II Men.
Vencedor do Grammy, estreou como cantor com o single “Can’t Nobody Hold Me Down” e seu álbum “No Way Out”.
Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura
Reprodução/CNN
De onde vem sua fortuna?
Ao longo de décadas, ele acumulou uma grande fortuna, principalmente por meio de seus empreendimentos no setor de bebidas alcoólicas.
Ele construiu uma reputação como organizador de eventos, o que se mostrou fundamental para sua marca à medida que sua fama crescia.
O que diz a acusação?
Durante décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
O promotor Damian Williams disse à imprensa que Combs construiu um sistema baseado na “violência” para obrigar as mulheres a “longas relações sexuais com garotos de programa”, sob efeitos de drogas como ecstasy GHB (conhecida como a droga dos estupradores) e cetamina, e que o rapper gravava esses abusos.
“Quando não conseguia o que queria, era violento, (…) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos”, disse o promotor.
O que diz a defesa de Diddy?
“Esteja onde estiver, ele tem a mesma determinação. Acredita ser inocente”, declarou em frente ao tribunal federal de Manhattan o advogado do rapper, Marc Agnifilo, que considerou as condições de prisão de Combs “desumanas”.
O advogado de Combs disse estar decepcionado com a decisão de prosseguir com o que ele descreve como uma “acusação injusta” por parte da Procuradoria dos Estados Unidos.
Como foram as investigações?
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel que foi divulgado em maio mostra Combs agredindo fisicamente sua namorada da época e arrastando-a pelo cabelo para o quarto do qual tentava fugir.
Uma denúncia dela no final de 2023 iniciou a queda do magnata, a quem acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
O processo foi rapidamente resolvido em um acordo fora dos tribunais, mas uma série de denúncias de agressão sexual se seguiu, incluindo uma apresentada em dezembro por uma mulher que alegou que Combs e outros a estupraram em grupo quando ela tinha 17 anos.
Ele pode pegar prisão perpétua?
Segundo a imprensa internacional, sim. Caso seja julgado culpado das três acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.

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Fãs de Ed Sheeran dividem tatuagens sobre canções e álbuns e planejam entregar camiseta para o cantor

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Headliner desta quinta-feira (19) no Rock in Rio, inglês é coberto de tattoos coloridas. Fãs de Ed Sheeran mostram tatuagens na fila do Rock in Rio
Cristina Boeckel/g1
Fãs de Ed Sheeran que estavam na fila do Rock in Rio nesta quinta-feira (19), à espera do show do inglês, aproveitaram o (muito) tempo que tinham para mostrar tatuagens sobre a obra do cantor.
O grupo pretendia colar na grade rente ao palco para entregar uma camisa — que todos vestiam. “Comer carboidrato antes de dormir, beber água e pular para não ter vontade de ir ao banheiro”, explicou a social media Gabriela Brito, de Salvador.
Duda, Jéssica, Gabriela e Evelyn, fãs de Ed Sheeran
Cristina Boeckel/g1
Uma música, um desenho
Canções e álbuns se tornam desenhos para realçar o trabalho do músico, que fecha o Palco Mundo nesta quinta.
A publicitária Jessica Esteves tem uma tatuagem em homenagem à canção “Supermarket Flowers”. “Nas épocas mais difíceis da minha vida, ouvir a música dele me fazia melhorar. Era a luz no túnel escuro”, disse Jéssica.
A tatuadora Duda Pinho, de São Paulo, conta com outras 2, sobre as canções “Penguins” e “Lego House”. Ela lembra que o próprio Ed é coberto de tattoos coloridas. “Eu não acho nada dele feio. As tatuagens têm significado e valor para ele. A gente se apega. Inclusive na camiseta eu desenhei as tatuagens dele que eu conseguia enxergar”, contou.
Gabriela tem uma tatuagem em referência aos álbuns de Sheeran, e às músicas “I’m a Mess” e “Happier”.
As três são amigas e chegaram por volta das 6h30. Juntas, elas fazem parte de um portal com informações do cantor, chamado Info Ed Sheeran. Pelo portal, chegaram a sortear ingressos para o Rock in Rio.
Ed tricolor?
Cantor Ed Sheeran vai ao Maracanã assistir a jogo da Libertadores
Ed Sheeran foi visto no Maracanã na noite desta quarta-feira (18), onde assistiu ao jogo entre Fluminense e Atlético-MG pela Taça Libertadores.
Uma das imagens foi postada pela influenciadora Eliza Ranieri, que brincou sobre ele ser tricolor – como são conhecidos os torcedores do Fluminense.
Segundo ela, Sheeran comentou, ao ver a torcida cantar: “Amazing” – incrível, na tradução.
Mais cedo, ele pediu dicas em seu Instagram:
“Cheguei no Brasil, não venho aqui há anos, me mandem recomendações de coisas para fazer, ver ou comer”.

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Com prótese nos dentes, fã de Ed Sheeran recria look vampiresco de clipe e madruga na fila do Rock in Rio

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Gabriela Andrade apostou em cola para dentadura a fim de prender os caninos proeminentes. Fã mostra look inspirado em clipe de Ed Sheeran
A estudante de psicologia Gabriela Andrade, de 23 anos, acordou às 4h50 para estar cedo na fila do show de Ed Sheeran, headliner do Palco Mundo do Rock in Rio nesta quinta-feira (19). Ela vestia um look semelhante ao do clipe “Bad Habits”, seu favorito, no qual o cantor interpreta um vampiro.
“Essa é a minha versão tropical. É um terno rosa, e ele é um vampiro. Por isso os dentinhos”, disse.
A estudante de psicologia Gabriela Andrade
Cristina Boeckel/g1
As próteses são um destaque no visual e, segundo a estudante, não incomodam. Aplicados com cola para dentadura, são extremamente naturais em uma primeira olhada. Na bolsa, uma cola reserva para o caso de um retoque — os caninos só serão retirados na hora de comer.
A estudante diz que os acessórios não incomodam. O calor também não intimida Gabriela. “Qualquer coisa, tiro o miniblazer. Na hora do show eu coloco de novo”, contou.
Gabriela quer que a obra de Sheeran seja mais conhecida, não apenas as canções românticas. “Eu o conheci em 2012, mas fiquei muito fã em 2014. As músicas me tocam muito, e as letras, eu sou de entender o que está por trás. São muito bonitas.”
Ed Sheeran e Gabriela com o look de ‘Bad Habits’
Cristina Boeckel/g1

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