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‘Auuuu’: como uivo de James Blunt virou forró e deu cria em ‘Coração cachorro’, hit nº1 no Brasil

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‘Same mistake’, balada britânica de 2007, ganhou versão do Calcinha Preta em 2008 e foi parar no refrão do forró ‘Coração cachorro’ em 2021. Autores admitem citação sem crédito, mas negam plágio. Da esquerda: James Blunt, autor de ‘Same Mistake’ (2007); Calcinha Preta, que gravou a versão ‘Já me acostumei’ (2008); Ávine, que canta a melodia do refrão na música ‘Coração cachorro’, (2021)
Divulgação
“Auuuu? Isso aí é loucura. Vocês estão ficando doidos? Vão botar um cachorro para latir no meio do refrão?” Após passar uma noite com mais cinco autores fazendo “Coração cachorro”, Daniel dos Versos ouviu críticas. Mas ele respondia que essa era a : “É um coração que late de sofrimento”.
Ele estava certo. O refrão com cantores que imitam latidos foi gravado pelos forrozeiros Ávine e Matheus Fernandes e hoje é o mais tocado do Brasil. Mas a melodia canina é reciclada e tem uma linhagem antiga – com pedigree britânico.
Em 2007, o cantor inglês James Blunt lançou “Same mistake”. Com seu estilo romântico, ele repete um “uuuuu” triste no refrão. A música ficou conhecida no Brasil na novela “Duas caras”.
Em 2008 o grupo Calcinha Preta, que fazia várias versões não autorizadas de hits gringos, transformou “Same mistake” em “Já me acostumei”. A melodia é toda igual, mas com letra em português.
Em 2021, “Coração cachorro” foi escrita em Fortaleza pelo time de seis compositores: Daniel dos Versos, Fellipe Panda, PG do Carmo, Riquinho da Rima, Breno Lucena e Felipe Love.
Os versos do início são diferentes de “Same mistake”. Mas o refrão tem a mesma melodia. Eles pegaram o “uuuuu” de James Blunt e transformaram no latido do tal coração cachorro.
A música, com arranjo de forró pisadinha e toques de música eletrônica, foi gravada pelos cantores cearenses de forró Ávine e Matheus Fernandes e virou nº1 nacional em outubro.
Os autores admitem que o “uuuuu” foi inspirado na música de James Blunt, que se popularizou no forró via Calcinha Preta. Mas eles dizem que é apenas uma “citação”, e não um plágio.
Não há crédito para o inglês na composição. A Sony, editora da música, diz o mesmo: não é uma versão, apenas uma citação, portanto não há crédito.
Ávine diz que foi feito um contato com a equipe de Blunt, e tudo “ficou acertado”, mas a Sony não confirmou. O g1 procurou o inglês, mas ele não respondeu.
Veja o vídeo abaixo e compare as três músicas. Em seguida leia a história de “Coração cachorro”:
Compare: Same Mistake (James Blunt, 2007), Já me acostumei (Calcinha Preta, 2008) e Coração Cachorro (Avine, 2021)
Chacota e volta por cima
Antes de abocanhar o primeiro lugar das paradas de streaming, “Coração cachorro” foi desacreditada. “Ela sofreu chacota. Falavam: ‘Você acha que o mercado vai consumir isso?'”, diz Daniel. “Achavam que era bobeira, e hoje ela acordou no número 1 do Spotify”, ele comemora.
Daniel Hortêncio Batista, 31 anos, era assistente de marketing em Fortaleza quando começou a compor em 2016 e virou o Daniel dos Versos. Ele já escreveu para Wesley Safadão (“Amanheceu”) e Nattan com Xand Avião (o hit “Arrasta pra cima”).
Em março de 2021, ele combinou um encontro para escrever com três amigos compositores da editora Jujuba, uma fábrica de hits em Fortaleza – outros dois acabaram se juntando, formando a matilha de seis. Naquela noite, eles fizeram duas músicas: “Band-Aid” (ainda não lançada) e outra que chamavam no início de “Coração acorrentado”.
Os seis autores de ‘Coração cachorro’ na noite em que compuseram a música, em março de 2021, na editora Jujuba, em Fortaleza. Da esquerda: Breno Lucena, PG do Carmo, Felipe Love, Daniel dos Versos, Riquinho da Rima e Felipe Panda
Arquivo pessoal
“Aí eu disse: ‘Cara, é uma música de saudade, é coração cachorro. Como se o coração fosse ainda apaixonadão, um cachorrão, jogado aos seus pés, sofrido pela ex’. O pessoal achou boa ideia”, relata Daniel. Mas eles travaram no refrão e precisavam de algo diferente.
“Não pode vir com uma frasezinha comum. A gente tem que surpreender. Aí o PG do Carmo disse: ‘Pensei numa parada aqui, só que vocês não vão querer.'” Achando que ninguém ia gostar, ele soltou o latido com a melodia de “Same mistake” e “Já me acostumei” para os companheiros.
“Entrou muito bem. Porque um coração cachorro quando vê a pessoa, o que faz? Auuuu. Sofrendo. A gente se amarrou na ideia”, diz Daniel.
Ávine voa
“Tive que convencer minha equipe a gravar essa música”, diz Ávine, 32 anos, nascido em Sobral, no Ceará. Ele aprendeu a cantar na igreja evangélica e depois se arriscou em barzinhos. Aos 20 anos, montou a banda Xé Pop e foi virando ídolo do forró.
Hoje em carreira solo, Ávine é contratado da Vybbe, produtora de Xand Avião. Ele tem destaque neste mercado, mas o primeiro número 1 nacional, que reforça sua agenda no Sudeste, é “Coração cachorro”. Mas no começo “muita gente achava a música estranha”, ele diz.
Avine Vinny no São João de Caruaru de 2019
Janaina Pepeu/Prefeitura de Caruaru
“Grande parte da minha equipe não queria que eu gravasse. Mas eu tinha certeza que ia dar certo porque é uma música que tem letra boa, romântica, e que tem um refrão no mínimo inusitado. Essa é a fórmula do que está rolando hoje”, diz Ávine, que chamou Matheus Fernandes para a parceria.
O arranjo fez diferença. “A gente queria botar batidas mais eletrônicas. Meio piseiro com funk”, ele define. “Cadenciamos o ritmo e colocamos alguns elementos de TikTok, do funk, que estão rolando no mercado.” O plano foi certeiro: a música hoje é campeã de dancinhas no app de vídeos.
E o refrão filhote de ‘Same mistake’?
“Na hora do “auuuu”, com certeza, a inspiração é no James Blunt. Só que ela é apenas uma citação. A música não é uma versão. É um jogo de melodia, de voz, do cachorro latindo. Tem todo um contexto, um significado até chegar ao “auuuu”, diz Daniel dos Versos.
“Tanto que a melodia do começo é diferente. Você não consegue colocar uma música em cima da outra e dar um play. Elas se chocam, não são iguais. A música da Calcinha Preta, sim, é uma versão”, ele compara.
Daniel dos Versos, um dos seis autores de ‘Coração cachorro’
Divulgação
“Já me acostumei” não é a única versão não autorizada feita pelo Calcinha Preta. O grupo fez diversas adaptações desse tipo, e já contou ao podcast g1 ouviu que teve problemas com direitos autorais por isso.
“Mas a gente sempre dá um jeitinho de contornar. Porque às vezes não consegue para gravar um DVD, um CD. Agora mesmo, a gente teve problema com isso porque, no DVD de 25 anos do Calcinha Preta, várias músicas não puderam entrar por causa dos direitos autorais”, disse Paulinha Abelha.
Mas Daniel não acha que este será o caso de “Coração cachorro”. “Se por acaso a gente receber uma notificação com certeza vai ajeitar da melhor maneira possível para que a música fique ainda em evidência, para que todo mundo saia ganhando. Mas acredito que não vai acontecer nada”, ele diz.
“Se tiver que dar o crédito, nós daremos. Nós somos justos. Se chegar a esse ponto de dizer: ‘o James Blunt vai entrar na composição, por causa disso, a lei diz isso, a regra autoral diz isso’, se for tudo certo, obviamente teremos mais um parceiro na composição, sem problema”, afirma Daniel.
Mas ele reforça que não considera que exista esse crédito. “Que fique claro, que a música não é plágio. A gente foi inclusive atrás na época de advogados. E a gente chegou à conclusão de que apenas é uma citação.”
Ávine tem o mesmo argumento: “Eu não fiquei com receio porque eu já sabia que era só uma citação. Porque a letra e a melodia do resto do refrão não têm nada com a música do James Blunt. A gente procurou saber juridicamente se não dava problema, aí eu já fiquei mais tranquilo.”
“A minha gravadora (Sony) também já escutou e falou que não tem problema nenhum. Já entraram em contato com eles e ficou tudo bem resolvido. Está tudo certo, graças a Deus”, diz Ávine. O g1 procurou a Sony Brasil, que não confirmou se houve uma conversa com James Blunt nem se houve a “resolução” citada por Ávine. A Sony apenas mandou o comunicado abaixo, em nome de sua editora:
“Essa música não é uma versão, por isso não aparece nos créditos outro compositor. Foi citada e inserida apenas um melisma, apenas um acorde. Que corresponde a 1%, porém os outros 99% da canção são totalmente autorais e escrita por Felipe Panda, Daniel dos Versos, Felipe Lopes, Breno Lucena, PG Do Carmo e Riquinho Da Rima.”
O g1 também procurou a Sony Publishing internacional, que cuida dos direitos autorais das composições de James Blunt, e os empresários do cantor inglês, mas não teve retorno.

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Caso Diddy e acusações de abusos: entenda se rapper pode pegar prisão perpétua

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Rapper, que se declarou inocente em tribunal está preso desde segunda-feira (17). Pagamento de fiança foi negado Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Após meses de investigação, o rapper e empresário Sean “Diddy” Combs foi preso acusado de tráfico sexual, associação ilícita e promoção da prostituição, segundo o anunciado pela a Promotoria de Nova York, nos EUA, nesta terça-feira (17).
Ele se declarou inocente em tribunal e o pagamento de fiança foi negado — ele segue preso. A próxima audiência deve acontecer até o dia 24, mas ainda não há data para o julgamento em si.
A seguir, entenda o que se sabe e o que falta esclarecer:
Alvo de processos por agressão sexual, rapper Sean ‘Diddy’ Combs é preso nos EUA
Quem é Sean ‘Diddy’ Combs?
Nascido Sean John Combs em 4 de novembro de 1969, no Harlem, em Nova York, Sean “Diddy” Combs começou no setor musical como estagiário em 1990 na Uptown Records, onde chegou a se tornar diretor.
Também conhecido como Puff Daddy e P. Diddy, ele é um poderoso magnata do setor musical e considerado o mentor por trás da transformação do hip hop em gênero musical.
Em 1991, ele promoveu um jogo de basquete e um show de celebridades no City College, em Nova York, que resultou em nove mortes após uma confusão.
O evento foi superlotado por milhares de pessoas e levou a uma série de processos judiciais, culpando Combs pela contratação de segurança inadequada.
Ele foi demitido da Uptown e fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Assim começou uma rápida ascensão ao topo do hip hop da Costa Leste, juntamente com seu discípulo, o falecido The Notorious B.I.G.
Combs já assinou vários contratos importantes e colaborou na produção de artistas como Mary J Blige, Usher, Lil’ Kim, TLC, Mariah Carey e Boyz II Men.
Vencedor do Grammy, estreou como cantor com o single “Can’t Nobody Hold Me Down” e seu álbum “No Way Out”.
Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura
Reprodução/CNN
De onde vem sua fortuna?
Ao longo de décadas, ele acumulou uma grande fortuna, principalmente por meio de seus empreendimentos no setor de bebidas alcoólicas.
Ele construiu uma reputação como organizador de eventos, o que se mostrou fundamental para sua marca à medida que sua fama crescia.
O que diz a acusação?
Durante décadas”, Sean Combs “abusou, ameaçou e coagiu mulheres e outras pessoas ao seu redor para satisfazer seus desejos sexuais, proteger sua reputação e ocultar suas ações”, segundo o documento da acusação, que afirma que ele usava seu “império” musical para atingir seus objetivos.
O promotor Damian Williams disse à imprensa que Combs construiu um sistema baseado na “violência” para obrigar as mulheres a “longas relações sexuais com garotos de programa”, sob efeitos de drogas como ecstasy GHB (conhecida como a droga dos estupradores) e cetamina, e que o rapper gravava esses abusos.
“Quando não conseguia o que queria, era violento, (…) chutava e arrastava as vítimas, às vezes pelos cabelos”, disse o promotor.
O que diz a defesa de Diddy?
“Esteja onde estiver, ele tem a mesma determinação. Acredita ser inocente”, declarou em frente ao tribunal federal de Manhattan o advogado do rapper, Marc Agnifilo, que considerou as condições de prisão de Combs “desumanas”.
O advogado de Combs disse estar decepcionado com a decisão de prosseguir com o que ele descreve como uma “acusação injusta” por parte da Procuradoria dos Estados Unidos.
Como foram as investigações?
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel que foi divulgado em maio mostra Combs agredindo fisicamente sua namorada da época e arrastando-a pelo cabelo para o quarto do qual tentava fugir.
Uma denúncia dela no final de 2023 iniciou a queda do magnata, a quem acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
O processo foi rapidamente resolvido em um acordo fora dos tribunais, mas uma série de denúncias de agressão sexual se seguiu, incluindo uma apresentada em dezembro por uma mulher que alegou que Combs e outros a estupraram em grupo quando ela tinha 17 anos.
Ele pode pegar prisão perpétua?
Segundo a imprensa internacional, sim. Caso seja julgado culpado das três acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.

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Fãs de Ed Sheeran dividem tatuagens sobre canções e álbuns e planejam entregar camiseta para o cantor

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Headliner desta quinta-feira (19) no Rock in Rio, inglês é coberto de tattoos coloridas. Fãs de Ed Sheeran mostram tatuagens na fila do Rock in Rio
Cristina Boeckel/g1
Fãs de Ed Sheeran que estavam na fila do Rock in Rio nesta quinta-feira (19), à espera do show do inglês, aproveitaram o (muito) tempo que tinham para mostrar tatuagens sobre a obra do cantor.
O grupo pretendia colar na grade rente ao palco para entregar uma camisa — que todos vestiam. “Comer carboidrato antes de dormir, beber água e pular para não ter vontade de ir ao banheiro”, explicou a social media Gabriela Brito, de Salvador.
Duda, Jéssica, Gabriela e Evelyn, fãs de Ed Sheeran
Cristina Boeckel/g1
Uma música, um desenho
Canções e álbuns se tornam desenhos para realçar o trabalho do músico, que fecha o Palco Mundo nesta quinta.
A publicitária Jessica Esteves tem uma tatuagem em homenagem à canção “Supermarket Flowers”. “Nas épocas mais difíceis da minha vida, ouvir a música dele me fazia melhorar. Era a luz no túnel escuro”, disse Jéssica.
A tatuadora Duda Pinho, de São Paulo, conta com outras 2, sobre as canções “Penguins” e “Lego House”. Ela lembra que o próprio Ed é coberto de tattoos coloridas. “Eu não acho nada dele feio. As tatuagens têm significado e valor para ele. A gente se apega. Inclusive na camiseta eu desenhei as tatuagens dele que eu conseguia enxergar”, contou.
Gabriela tem uma tatuagem em referência aos álbuns de Sheeran, e às músicas “I’m a Mess” e “Happier”.
As três são amigas e chegaram por volta das 6h30. Juntas, elas fazem parte de um portal com informações do cantor, chamado Info Ed Sheeran. Pelo portal, chegaram a sortear ingressos para o Rock in Rio.
Ed tricolor?
Cantor Ed Sheeran vai ao Maracanã assistir a jogo da Libertadores
Ed Sheeran foi visto no Maracanã na noite desta quarta-feira (18), onde assistiu ao jogo entre Fluminense e Atlético-MG pela Taça Libertadores.
Uma das imagens foi postada pela influenciadora Eliza Ranieri, que brincou sobre ele ser tricolor – como são conhecidos os torcedores do Fluminense.
Segundo ela, Sheeran comentou, ao ver a torcida cantar: “Amazing” – incrível, na tradução.
Mais cedo, ele pediu dicas em seu Instagram:
“Cheguei no Brasil, não venho aqui há anos, me mandem recomendações de coisas para fazer, ver ou comer”.

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Com prótese nos dentes, fã de Ed Sheeran recria look vampiresco de clipe e madruga na fila do Rock in Rio

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Gabriela Andrade apostou em cola para dentadura a fim de prender os caninos proeminentes. Fã mostra look inspirado em clipe de Ed Sheeran
A estudante de psicologia Gabriela Andrade, de 23 anos, acordou às 4h50 para estar cedo na fila do show de Ed Sheeran, headliner do Palco Mundo do Rock in Rio nesta quinta-feira (19). Ela vestia um look semelhante ao do clipe “Bad Habits”, seu favorito, no qual o cantor interpreta um vampiro.
“Essa é a minha versão tropical. É um terno rosa, e ele é um vampiro. Por isso os dentinhos”, disse.
A estudante de psicologia Gabriela Andrade
Cristina Boeckel/g1
As próteses são um destaque no visual e, segundo a estudante, não incomodam. Aplicados com cola para dentadura, são extremamente naturais em uma primeira olhada. Na bolsa, uma cola reserva para o caso de um retoque — os caninos só serão retirados na hora de comer.
A estudante diz que os acessórios não incomodam. O calor também não intimida Gabriela. “Qualquer coisa, tiro o miniblazer. Na hora do show eu coloco de novo”, contou.
Gabriela quer que a obra de Sheeran seja mais conhecida, não apenas as canções românticas. “Eu o conheci em 2012, mas fiquei muito fã em 2014. As músicas me tocam muito, e as letras, eu sou de entender o que está por trás. São muito bonitas.”
Ed Sheeran e Gabriela com o look de ‘Bad Habits’
Cristina Boeckel/g1

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