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Festas e Rodeios

Dia da Música Popular Brasileira, festejado em 17 de outubro, repõe em pauta o significado de MPB

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Nascida em 1965, sigla tem aura elitista que abrange somente a genial geração projetada nos festivais dos anos 1960. Caetano Veloso e Milton Nascimento, gênios identificados com a sigla MPB
Reprodução / Twitter Caetano Veloso
♪ ANÁLISE – Foi instituído em 9 de maio de 2012, em decreto outorgado pela então presidente do Brasil Dilma Rousseff, que 17 de outubro é o Dia Música Popular Brasileira. A data foi escolhida porque foi em um 17 de outubro que nasceu a compositora, pianista e maestrina carioca Chiquinha Gonzaga (1947 – 1935), cuja obra é um dos pilares da música popular desenvolvida no Brasil ao longo do século XX.
A rigor, música popular brasileira pode designar tanto um choro de Ernesto Nazareth (1863 – 1934), uma canção praieira de Dorival Caymmi (1914 – 2008) e um baião de Luiz Gonzaga (1912 – 1989) quanto uma canção do soberano Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994), um samba de Martinho da Vila, as canções de Roberto Carlos, um bolero de Odair José ou um funk de Anitta.
Contudo, quando se fala de MPB, geralmente se alude à excepcional geração de cantores, compositores e músicos – a maioria com formação universitária – projetados a partir de 1965 nas plataformas dos festivais da canção, nas cidades de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ).
Foi em 1965 que surgiu a sigla MPB, o que dá legitimidade ao vídeo – postado nas redes sociais de Caetano Veloso neste domingo, 17 de outubro de 2021 – em que o artista baiano celebra a geração à qual pertence.
Celebração mais do que justa, pois a geração de Caetano Veloso, Chico Buarque, Edu Lobo, Elis Regina (1945 – 1982), Gal Costa, Gilberto Gil, Maria Bethânia e Milton Nascimento – isso para ficar somente nos maiores ícones do segmento rotulado como MPB – é mesmo genial e, em sentido histórico, somente pode ser comparada à geração de Ary Barroso (1903 – 1964), Caymmi e Noel Rosa (1910 – 1937).
Pela valiosa produção legada em discos antológicos, toda a geração musical surgida na década de 1960 merece a louvação. A questão é que, com o tempo, a sigla MPB foi ganhando aura cada vez mais elitista, como se fosse um clube fechado – visão referendada por historiadores, pesquisadores e críticos de música brasileira que acabou sendo absorvida pelo público e pela própria classe artística.
Compositores também revelados nos anos 1960, Martinho da Vila e Paulinho da Viola construíram obras igualmente relevantes em quantidade e qualidade. Contudo, ambos costumam ser enquadrados no segmento do samba, como se o samba – o ritmo que sempre identificou o Brasil no imaginário musical nacional antes da ascensão da música sertaneja e (mais recentemente) da crescente popularização mundial do funk – não fosse essencialmente música popular brasileira.
Da mesma forma, Beth Carvalho (1946 – 2019) e Clara Nunes (1942 – 1983) – cantoras de atuação fundamental na música do Brasil – sempre foram carimbadas com o rótulo de sambistas, sem nunca terem sido formalmente admitidas no clube imaginário que sempre recebeu bem Nana Caymmi, por exemplo, com a ressalva de que as relações entre “sambistas” e “MPBbistas” sempre foram carinhosas.
A bem da verdade, tudo é ou seria MPB, se a sigla tivesse sido levada ao pé das três letras. Mas MPB virou um gênero musical sem ser, até porque cantores e compositores de MPB cantam e compõem sambas, canções, baiões, boleros e outros ritmos.
De todo modo, a MPB – tal como surgiu nos anos 1960 – viveu década de apogeu ao longo dos anos 1970 e começou a se diluir (do ponto de vista mercadológico) a partir de 1982, com a explosão do pop rock made in Brasil.
É claro que ainda existem cantores e compositores identificados como a MPB. Donos de cantos sublimes, Mônica Salmaso e Renato Braz são intérpretes que mantêm hasteada a bandeira da MPB nos nichos em que têm vozes. Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro são compositores que fazem música como se ainda estivessem nos anos 1970 – e mal nenhum há nisso.
Caetano Veloso e Gilberto Gil sempre procuraram absorver as novidades dentro das respectivas obras sem perdas das identidades. Chico Buarque é mais conservador musicalmente. Assim como Milton Nascimento.
Enfim, a MPB merece celebração, mas, no dia de hoje, o Dia da Música Popular Brasileira, merece homenagem todo artista que produz música no Brasil, inclusive dentro do círculo dito erudito.

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Ed Sheeran grava vídeo em pontos turísticos do Rio antes de apresentação no Rock in Rio

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Cantor esteve no Parque Bondinho Pão de Açúcar e no heliponto no Morro da Urca para registrar imagens com seu violão. Ed Sheeran grava vídeo em pontos turísticos do Rio antes de apresentação no Rock in Rio
Divulgação
Horas antes de subir ao palco do Rock in Rio na noite desta quinta-feira (19), Ed Sheeran visitou alguns pontos turísticos da cidade para gravar um vídeo.
Acompanhado de sua equipe e de um violão, Sheeran esteve no Parque Bondinho Pão de Açúcar e heliponto no Morro da Urca.
O cantor passeou pelo parque, gravou imagens dentro do bondinho e cumprimentou os fãs que estavam no local.
Durante o passeio, ele ainda fez uma postagem nas redes sociais dizendo: “Eu amo estar de volta! Não vamos deixar que demore tanto de novo, hein, Brasil?”.
Ed Sheeran é uma das atrações do Rock in Rio e fecha o Palco Mundo na noite desta quinta-feira (19).
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Ed Sheeran grava vídeo em pontos turísticos do Rio antes de apresentação no Rock in Rio
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Ed Sheeran grava vídeo em pontos turísticos do Rio antes de apresentação no Rock in Rio
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Ed Sheeran grava vídeo em pontos turísticos do Rio antes de apresentação no Rock in Rio
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Roberto Medina diz que está feliz com o resultado do Rock in Rio: ‘Sou um catador de sorrisos’

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Empresário fez ‘primeiro passeio’ pela Cidade do Rock e disse que está satisfeito com edição do festival. ‘A gente cria uma bolha de alegria na nossa cidade’, disse. Roberto Medina faz passeio pelo Rock in Rio.
Rafa
No seu primeiro passeio pela Cidade do Rock, o empresário Roberto Medina afirmou que “está feliz” com o resultado do 40° aniversário do festival e disse que esse é um espaço “de alegria”.
“Eu estou muito feliz (com o que estou vendo). Essa é a primeira vez que consigo sair do meu bunker e estou muito feliz. Mais uma vez essa é uma demonstração de pessoas unidas, felizes. A gente cria uma bolha de alegria na nossa cidade e eu sou um catador de sorrisos”, disse o empresário ao g1 no momento em que passava pelo Global Village.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
No Global Village, Medina afirmou que o espaço foi criado para unir as pessoas.
Espaço de 7.500 metros na Cidade do Rock, o local conta com uma cenografia inspirada em ícones arquitetônicos de todo o mundo, onde as pessoas podem andam por uma rua, entrar em lojas e experimentar a gastronômia de diversos países.
“Estou muito feliz porque isso aqui ganhou vida. Há anos eu estava desenhando isso com a coreógrafa e o pessoa que faz a roupa. Agora ver ao vivo é outra coisa. Saiu de dentro da gente. Estamos num momento muito difícil do mundo, que as pessoas não estão se falando e isso aqui tem o papel de unir as pessoas. Essa é uma mensagem de paz que a gente está dando com esses continentes aqui”.
Medina também revelou que o show mais aguardado por ele é o do britânico Ed Sheeran.

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Rock in Rio 2024: Veja fotos do 4º dia

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Jão, Joss Stone, Charlie Puth e Ed Sheeran estão na programação do Palco Mundo. Quinta-feira (19) ainda tem shows de Pedro Sampaio, Ferrugem, Gloria Groove e mais. Público chega para o quarto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público chega para o quarto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público chega para o quarto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público chega para o quarto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
Público chega para o quarto dia de Rock in Rio
Thaís Espírito Santo/g1
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