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Mãe registra amizade entre bebê e cachorro no PR e bate quase 5 milhões de visualizações na internet; assista

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Jaqueline conta que ouviu pessoas dizerem para ela se livrar do cão Buda quando estava grávida, pois seria prejudicial para criança, mas amizade entre os dois mostrou o contrário. Médica explica benefícios de ter um pet. Mãe fala sobre relação da filha, Clara, com o cachorro, Buda
Entre abraços, beijos e cochilos, a pequena Clara, de um ano e meio, e o cachorro Buda, de 3 anos, vivem sempre juntos, em Curitiba. O companheirismo entre os dois foi registrado em um vídeo que viralizou na internet, com quase 5 milhões de visualizações em uma rede social. Veja acima.
Na montagem com fotos e vídeos, a mãe e tutora Jaqueline Fernandes, de 26 anos, escreveu que algumas pessoas haviam dito para ela se livrar do cachorro de porte grande quando descobriu a gravidez, pois o convívio seria prejudicial para a criança.
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A publicação exibe várias imagens do Buda com a Clara, mostrando que a união dos dois é, na verdade, o oposto do que disseram: sem perigo algum.
“A gente ficava com esse receio, imagina se ele pula, se vai algum pelinho na boca ou no olho do neném, a gente tinha todo esse cuidado. Mas hoje em dia ele é totalmente diferente do que era antes, ele é muito delicado, ele é o cachorro mais paciente que eu conheço, não é à toa que o nome dele é Buda”, disse a mãe.
De acordo com a médica Ana Paula Romanini, essa relação entre crianças e animais pode ser muito benéfica, ajudando inclusive no desenvolvimento dos pequenos. (Leia mais, ao final da reportagem, sobre os benefícios para saúde ao ter contato com animais)
Desde o nascimento de Clara, o cachorro Buda mudou de comportamento e é companheiro da criança, em Curitiba
Arquivo pessoal
A relação de afeto do cão com o bebê da família começou antes mesmo de Clara nascer. Jaqueline disse que Buda foi o primeiro a descobrir a gravidez.
“Foi um momento em que ele começou a ficar muito desesperado, onde eu ia, ele ia também. Eu deitava no sofá, e ele deitava em cima da minha barriga. Eu falava: ‘tem alguma coisa estranha’. Depois de algumas semanas, a gente acabou descobrindo que eu estava grávida.”
Depois que a mãe e tutora percebeu que as pessoas se encantavam com as publicações que ela fazia de vídeos da dupla, decidiu criar um perfil para mostrar a rotina do Golden Retriever e da filha.
O perfil que mostra a “vida de Buda” tem mais de 109 mil seguidores em uma das redes sociais: “Tem muitos comentários, as pessoas amam a Clara e o Buda. É bem legal. A gente fica muito feliz com carinho das pessoas.”
Relação de carinho entre Clara e Buda faz sucesso nas redes sociais
Arquivo pessoal
‘Ele veio para somar’
Em outra casa de Curitiba, foi o labrador Rufles que transformou a vida da família Castro.
Segundo o consultor comercial Nilson Castro, de 48 anos, o cachorro está com eles há quase 14 anos e chegou para amenizar um momento de dor.
“Nós acabamos perdendo uma das nossas filhas no parto, eram gêmeas. Isso foi, para nós, um momento muito difícil. Foi uma preparação de oito meses, e tivemos que acelerar o parto para não perder as três. Então o Rufles veio para somar, para tentar compensar essa lacuna que ficou aberta.”
Rufles faz parte da família Castro, de Curitiba
Arquivo pessoal
A médica Ana Paula Romanini explicou os benefícios da relação de afeto entre animais e seres humanos.
“Os animais estimulam a parte cognitiva e afetiva do ser humano. Para isso, não interessa em que fase você está, se é criança, adulto ou idoso. Essa sinergia da natureza humana não explicada faz sentido, estimula, é neuro sensitivo. Esse desenvolvimento de carinho, de caráter, de personalidade faz completo sentido quando você envolve um animal. Tenham animais, façam contatos com animais.”
Giovanna cresceu com o cachorro da família, o Rufles
Arquivo pessoal
Para a alegria do casal e dos filhos, Rufles era exatamente como eles esperavam: “Leal, carinhoso, fiel, dócil, companheiro, da família mesmo, só falta falar. Ele faz parte da nossa vida.”
O cão cresceu com a filha mais nova do casal, Giovanna Castro. Por isso, eles sempre estiveram juntos desde o nascimento.
Conforme o pai, o pet marcou a vida de todos e jamais será esquecido.
Terapia assistida por animais
Equipe de cuidados paliativos atendeu pedido da paciente e levou a cachorrinha Mel para visitá-la, no hospital
Hospital Ministro Costa Cavalcanti/Divulgação
Fora das paredes de um lar, os animais também ajudam adultos e crianças por meio da terapia assistida.
Por isso, esse método faz parte do trabalho da equipe interdisciplinar da Unidade Intra-Hospitalar de Cuidados Paliativos “Hope”, do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
“Um dos benefícios da terapia assistida por animais é amenizar a dor do paciente. Estudos mostram que isso reduz até a quantidade de remédios para a dor que eles precisam, quando tem um atendimento humanizado”, explicou a assistente social Elis Marina Nodari.
O atendimento da unidade ocorre pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de convênios e atendimentos particulares.
Em uma das ações, em maio de 2021, a equipe levou a cachorrinha Mel para visitar a paciente oncológica Rosane de Almeida, que comemorou ao ver o pedido atendido. Veja na foto acima.
Durante terapia assistida por animais, pacientes podem ver pet’s para ajudar durante tratamento em hospital
Hospital Ministro Costa Cacavalvanti/Divulgação
A médica Ana Paula Romanini é a coordenadora dos cuidados paliativos. Ela explicou que ter um animal por perto mexe na neurofisiologia das pessoas, que causa a sensação de bem-estar.
“Estudos científicos mostram tantos benefícios, não só para o quadro do paciente com dores, mas também para o quadro de transtorno de humor ansioso. Então a gente começa a enxergar que tudo faz sentido como tratamento em conjunto a terapia que é instituída a nível do hospital.”
Paciente que era cozinheira fez como último pedido conhecer a cozinha industrial do hospital, em Foz do Iguaçu
Hospital Ministro Costa Cavalcanti/Divulgação
A equipe do Hope atua diante de alguns diagnósticos e tratamentos por meio do atendimento humanizado, que pode confortar e até aliviar o sofrimento de pacientes e seus familiares.
Segundo a enfermeira do setor de Qualidade, Ana Carrasco, é possível observar nas fotos dos pacientes, durante as ações da unidade, o impacto desse cuidado diferenciado.
“A gente consegue ver a alegria que a paciente ficou de ter recebido o pet. É isso que a gente quer, a gente quer proporcionar para eles a alegria, que eles esqueçam um pouco do sofrimento deles dentro do hospital”, disse.
A assistente social destacou ainda que a terapia assistida por animais e outros métodos usados no acolhimento dos pacientes e familiares têm o objetivo de oferecer conforto em casos com doenças que ameaçam a vida ou que não têm mais chance de cura.
“A gente trata em si o paciente na sua totalidade, focado na dor total de cada paciente, ele e a família. A gente avalia os aspectos físicos, espirituais, sociais e psicológicos. Porque nós, seres humanos, somos compostos por essas quatro dimensões e nem sempre a gente consegue tratar uma só dor, se o paciente tem diversas outras dores.”
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Veja mais notícias do estado no g1 Paraná.

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