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Festas e Rodeios

EMF, ‘Unbelievable’ e um vocalista ‘constrangido’ que virou professor: ‘Era uma luta estar no palco’

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James Atkin dá aulas de música para jovens, ‘a melhor coisa’ que já fez. Ao g1, ele diz que não tinha aparência e voz para ser cantor. ‘Quando eu hitei’ relembra artistas que sumiram. Quando eu Hitei: Vocalista do EMF troca os palcos pelas salas de aula
Em outubro de 1990, cinco jovens ingleses de 20 e poucos anos lançaram uma música meio estranha. Ela era formada por um riff insistente, uma letra sobre um “date ruim” e um monte de sample de gente falando.
Tinha grito de humorista, rapper berrando e até um membro do Partido dos Panteras Negras discursando. O som era uma zona, tinha tudo para dar errado, mas fez sucesso. “Unbelievable” chegou ao primeiro lugar da principal parada dos Estados Unidos e tocou demais nas rádios brasileiras.
Na série semanal “Quando eu hitei”, artistas do pop relembram como foi o auge e contam como estão agora. São nomes que você talvez não se lembre, mas quando ouve a música pensa “aaaah, isso tocou muito”. Leia mais textos da série e veja vídeos ao final desta reportagem.
O quinteto inglês EMF do hit ‘Unbelievable’
Divulgação
James Atkin era o vocalista do EMF, mas um vocalista diferente dos outros. Enquanto os outros integrantes estavam enfiando bananas (?) no ventilador (??) do backstage do Hollywood Rock, na edição de 1992 do festival brasileiro, ele ficava quase sempre no canto.
Atkin só era o homem de frente no palco, com boné para trás ou um chapéu, o corpo balançando como um boneco do posto e cara de “pois é, me deram esse microfone aqui”.
“Queria ter aproveitado um pouco mais. Eu era meio sério demais”, reconhece, em entrevista ao g1 (veja no vídeo acima). “Eu era novo, não era tão confiante. Era uma luta estar no palco, nervoso. Costumava ficar meio ansioso na maior parte do tempo, enquanto todos ao meu redor pareciam estar realmente se divertindo.”
James Atkin no começo dos anos 1990 e em 2020
Reprodução/Site do cantor
Hoje, ele parece estar bem mais vontade como frontman. Mas ele fica na frente de alunos e alunas, não de fãs. James fez um curso de licenciatura e dá aulas de música para estudantes de 11 a 18 anos na Escola Católica da Sagrada Família em Keighley, cidade de 70 mil habitantes no norte da Inglaterra.
“Eu imaginava me aposentar e só ter uma vida agradável e calma, mas decidi que queria fazer algo produtivo. Então, eu fiz um pouco de trabalho voluntário trabalhando em um lugar onde eles ensinavam as pessoas como produzir e ser DJ. Eu pensei: eu amo isso.”
“Por alguns dias na semana, eu vou para a escola e dou aulas, o que é provavelmente a melhor coisa que eu já fiz, porque eu realmente amo isso. Meio que me dá um pouco de foco.”
Escola de acid house
Escola Católica da Sagrada Família em Keighley, na Inglaterra
Divulgação/Site da escola
Ele conta que ensina estilos variados para os mais novinhos. “Ensino o básico de música e, às vezes, tecnologia musical. Claro, esse é o meu background fazendo música. Você sabe, usando computadores, sintetizadores e gravando.”
Mas será que ele se sente como o Jack Black no filme “Escola de Rock”? “Eu me sinto totalmente como ele”, responde, rindo. “Você não faz ideia do quão parecido eu sou com ele. Não tanto rock. Mas eu gosto de techno e dance music. Então, eu sempre coloco um pouco de acid house para animar um pouco.”
No geral, os alunos sabem sobre o passado do “teacher” no EMF. “É incrível o quanto eles realmente conhecem, considerando que todos eles não tinham nascido quando aquele disco saiu e divertiu os pais e, assustadoramente, os avós deles.”
“Então, quando eu faço coisas tipo encontro com pais e mães, noites com os pais dos alunos, é quando fica um pouco constrangedor.”
James Atkin com a esposa e com um dos filhos
Reprodução/Instagram do cantor
Quando não está dando aula, ele fica no estúdio caseiro e passeia com a esposa e os filhos. Aos 52 anos, ele mora em uma vila em Yorkshire Dales, 50 quilômetros distante da escola onde trabalha. “Moramos em um lugar bem bonito. Tem muita natureza por aqui, ciclovias. Venho pegando leve.”
Zoeira no clipe e no camarim
O clipe de “Unbelievable” mostra como esse era um hit bem… inacreditável. O EMF encheu uma pequena casa de shows em Gloucester, cidadezinha no sul da Inglaterra, e aí tocou a música dezenas de vezes. O vídeo parece mesmo um bando de moleques tocando só para amigos (veja trechos no vídeo do topo).
“Na época, não sabíamos que seria um grande sucesso mundial. Então, nós fizemos em uma casa de shows local e parecia que nós faríamos um show à noite quando estávamos gravando um vídeo. Então, convidamos os nossos amigos. Foi num lugar na nossa cidade natal e a gente se divertiu demais.”
A banda acabou oficialmente em 1996, depois voltou para mini turnês, mas o auge foi no começo dos anos 90. A despretensão era parte do segredo. Eles pareciam estar nem aí. Por isso, já foram chamados de New Kids on the Block do rock ou Sex Pistols do pop.
O EMF com James Atkin e Zac Foley (1º à direita)
Divulgação/Site Oficial
Amparados por “Unbelievable”, a banda veio tocar no Rio e em São Paulo. Os shows foram no Hollywood Rock, em janeiro de 1992, nas noites de Living Colour e Lulu Santos. Deixaram no Brasil a fama de simpáticos e baderneiros.
“Havia um ditado: ‘Se você for ao camarim depois do Zac, não coma nada que estiver por lá, porque você não sabe o que ele pode ter feito com a comida. Éramos apenas cinco jovens rapazes nos divertindo e sabíamos que ninguém poderia nos dizer como deveríamos nos comportar.”
Zac é o baixista do EMF, Zac Foley. Ele morreu em 2002, após uma overdose de heroína, cocaína, ecstasy e álcool em uma festa de réveillon. Zac se foi novo, aos 31 anos, mas deixou muitas histórias que o James segue contando:
“Teve uma vez na Argentina que a gente conseguiu tirar todos os móveis do camarim, com cadeiras e mesa, e colocar em um banheiro super pequeno.”
Quando o produtor argentino veio perguntar se estava tudo bem, não entendeu nada. “Tudo do camarim tinha sumido, um monte e monte de móveis antigos. Geralmente, a gente estava bem bêbado, então é bem difícil de lembrar tudo.”
James Atkin e Ian Dench do EMF tocam em live, em março de 2020
Reprodução/Twitter do cantor
Além de Foley e Atkin, quem estava por trás do som do EMF era o guitarrista Ian Dech. Foi a partir de uma ideia dele que “Unbelievable” foi criada. Tudo foi pensado a partir de um riff de guitarra.
“Ele apareceu no ensaio com uma ideia que já estava bem definida”, recorda Atkin. “Ele estava andando de bicicleta pela cidade, tinha acabado de terminar com a namorada, e a ideia veio na cabeça dele, quase completa.”
O vocalista lembra que as primeiras demos caseiras de Dech já tinham a estrutura bem parecida com a da versão final. “Depois, algumas palavras mudaram, foi um pouco mais desenvolvida. Mas era apenas uma em um monte de músicas e não pensamos que seria aquela que iria se tornar um sucesso.”
Depois do EMF, Ian continuou compondo para outros artistas. Dentre várias músicas, o guitarrista é um dos autores de “Beautiful Liar”, que uniu Beyoncé e Shakira. Também compôs outras para essas cantoras, incluindo “Gypsy”, da colombiana.
House caseiro
James Atkin, do EMF, segue em carreira solo e ainda canta o hit ‘Unbelievable’ em shows
Divulgação
A rotina como professor toma boa parte do tempo de James, mas ele se mantém ativo em lives, em shows esporádicos do EMF e lançando álbuns solo. O ritmo frenético do house, que ele tanto gosta, não combina com o ritmo caseiro da vida dele.
“Foi um turbilhão enquanto durou aquilo, uns cinco, seis anos, e demorou uns 10, 15 anos para superar e me acalmar um pouco. Mas agora estou começando uma vida mais tranquila.”
Ele também não importunado como antes, é claro. Antes, fãs acampavam do lado de fora da casa dos pais dele. “Fãs vasculhavam as lixeiras… Sempre era estranho ficar em hotéis porque eles descobriam o número do quarto. Rolavam batidas na porta no meio da noite.”
“Quando ‘Unbelievable’ estava no auge, andava pela rua e de repente notava que estava sendo seguido por um monte de gente.”
O EMF no começo dos anos 90
Divulgação/Site oficial da banda
Mas a multidão de fãs começou a desaparecer, porque o EMF nunca conseguiu repetir o sucesso de “Unbelievable”.
“Foi um pouco como um fardo, mas agora eu olho para trás e é uma coisa ótima da nossa história. Tenho muitos amigos que estão em bandas e eles não tiveram um grande sucesso como nós. Ele ainda é bem-sucedido e lucrativo.”
A banda ainda ganha um bom dinheiro com direitos autorais pelo uso em anúncios, filmes e séries. “Obviamente, eu teria gostado de ter mais umas cinco ou seis músicas como ‘Unbelievable’, mas ter apenas uma é uma bênção, é fantástico.”
Mais polêmicas do que hits
Com todos sorrindo, menos Atikin, o EMF e executivos de gravadora comemoram um milhão de cópias vendidas de ‘Schubert Dip’, álbum de estreia
Divulgação/Site oficial da banda
O EMF lançou outros singles que até que foram bem, como “Lies”. Mas eles acabaram sendo mais falados por polêmicas, como a do nome da banda, que era uma sigla para Ecstasy Mother Fucker.
Outra polêmica foi “Lies” ter um trecho da voz de Mark Chapman, assassino de John Lennon. Era ele lendo o começo da letra de “Watching the wheels”. “People say I’m crazy”. A Yoko Ono, viúva do Lennon, entrou na justiça para que a voz dele fosse removida.
“Tivemos que fazer um recall do álbum e mudar essa parte”, lembra o vocalista, com a voz um pouco menos animada do que no resto da entrevista. “Eu nunca pensei sobre isso na época. Mas foi insensível da nossa parte, éramos jovens, estávamos apenas pensando o que poderia ser feito. Mas foi um pouco desrespeitoso com ela e com o legado do John.”
Esse, é claro, não é o único arrependimento de James. “Se eu pudesse voltar com uma máquina do tempo, me certificaria de não estar tão ansioso e apenas aproveitaria o momento um pouco, em vez de me preocupar demais.”
James Atkin, do EMF
Reprodução/Site oficial
Mas havia a sensação de que aquele cara não era você? De que você não era uma estrela do rock comum, um vocalista normal? “Sim, com certeza”, responde, sem hesitar.
“Eu nunca pensei que podia cantar bem e ficava um pouco constrangido com a minha aparência. Era um trabalho difícil ser um frontman, cara. Você sabe, todas as noites eu não podia fugir. Se eu não me sentisse bem-disposto, se eu estivesse me sentindo um pouco mal, eu não poderia simplesmente sair e ficar lá no fundo.”
“Você meio que tinha que dar tudo de si todas as noites, então acho que houve muita pressão. Definitivamente, eu fui ficando melhor com a idade. Se eu tivesse a confiança que tenho agora e pudesse voltar e fazer de novo, acho que provavelmente faria um trabalho melhor.”
Ao ter seu estilo elogiado, James apenas meneia a cabeça e agradece, tão cool quanto no vídeo de “Unbelievable”.
VÍDEOS: QUANDO EU HITEI
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4º dia de Rock in Rio tem Ed Sheeran apressado e Ferrugem mostrando a força do pagode

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Programação teve pop e pagode. Veja o que rolou nos palcos Mundo e Sunset. Ed Sheeran se apresenta no Rock in Rio 2024
Gustavo Wanderley/g1
Ed Sheeran fechou o quarto dia de Rock in Rio, nesta quinta-feira (20). Ele tentou conquistar o público sozinho no palco, sem inventar muito. Mais cedo teve Gloria Groove, que passou por sucessos da sua carreira, com um bloco especial dedicado ao pagode.
Pouco antes, no mesmo palco, Will Smith, escalado de última hora, fez uma performance de 25 minutos, e Charlie Puth trouxe seu pop certinho, como um esquenta para Sheeran.
Um dos destaques foi Ferrugem. Seu show indicou a força do pagode no festival. O clima “good vibes” veio com Joss Stone, que se apresentou para uma plateia modesta no Palco Mundo.
Jão mostrou que completou sua transição de popstar de nicho a uma espécie de Jerry Adriani da geração Z. O dia ainda teve Filipe Ret e Pedro Sampaio.
O Rock in Rio será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Ed Sheeran
Ed Sheeran canta ‘Thinking Out Loud’ no Rock in Rio
“Tudo que você ouve é tocado ao vivo. Não tem nada pré-gravado”, explicou Ed Sheeran logo na primeira pausa de seu show. Mais uma vez, ele reconstruiu seus hits por meio de voz, violão e efeitos. O músico tem um equipamento que grava e reproduz os sons que faz. Então, vai fazendo batidas, coros, riffs e dedilhados. Assim, sobrepõe camadas. É um formato que expõe todo o talento dele. Sem banda, sem dançarinos, sem cenário mirabolante ou outros truques, o cantor inglês de 33 anos é o único artista com duas tours no top 10 de turnês mais lucrativas de todos os tempos. Justíssimo. Em sua quarta passagem pelo Brasil, após shows em 2015, 2017 e 2019, Ed apresentou seu pop de playlist para uma plateia formada por casais, jovens adultos e algumas crianças. Leia mais sobre o show de Ed Sheeran.
Gloria Groove
Glória Groove canta ‘Nosso Primeiro Beijo’ no Rock in Rio
Gloria Groove costuma caprichar nas suas apresentações tanto na seleção de sets, quanto no seu visual. Na noite desta quinta, não foi diferente. Versátil, Gloria já passeou, durante sua carreira, por estilos musicais diferentes, do pop empoderado das drags ao funk e pagode. Emplacou todos eles. No Rock in Rio, ela mostrou um pouco desses momentos, em um show acelerado, sem pausas ou firulinhas. Leia mais sobre o show de Gloria Groove no Rock in Rio.
Will Smith
Will Smith agita o público no Rock in Rio com o hit “Gettin’ Jiggy With It”
Escalado de última hora para cantar no festival e alavancar as vendas desta quinta-feira, Will Smith fez uma performance de 25 minutos no Palco Sunset. É maldade dizer que o papel de rapper em recomeço de carreira seja um dos piores já interpretados por ele. Mas não deixa de ter certo sentido. Acompanhado de dez dançarinas, Smith começou pocket show rimando em português, em uma parte da música “Bad Boys”. Mas, na maior parte do tempo, o som estourado e mal equalizado impedia a maioria de ouvir o que ele estava cantando. Leia mais sobre o show de Will Smith no Rock in Rio.
Charlie Puth
Charlie Puth canta ‘See You Again’ no Rock in Rio
Charlie Puth esteve de volta ao Rock in Rio depois de sua estreia na edição de 2019. De lá para cá, ele engordou o setlist com mais hits de pop certinho, em sua maioria, dançantes. E ainda teve uma promoção: foi do Palco Sunset para um horário nobre no Palco Mundo. Com mais experiência, Puth garantiu bons momentos com público, em uma espécie de “esquenta” para o Ed Sheeran.Leia mais sobre o show de Charlie Puth no Rock in Rio.
Ferrugem
Ferrugem anima o público do Rock in Rio cantando ‘Evidências’
Não é exagero dizer que Ferrugem é um dos melhores cantores que passaram pelo Rock in Rio 2024 até esta quinta-feira. Sua voz é tão limpa que ouvir ao vivo é quase como escutar a gravação de estúdio. O carioca lotou o Palco Sunset do festival, logo depois da britânica Joss Stone se apresentar para um público mediano no Palco Mundo, que fica ao lado. A apresentação demonstrou, na prática, a força do pagode no Rock in Rio. A edição de 2024 é a mais pagodeira da história do festival. Leia mais sobre o show de Ferrugem no Rock in Rio.
Joss Stone
Joss Stone canta ‘Right to be Wrong’
Foi para uma plateia modesta que Joss Stone se apresentou no Palco Mundo. A apresentação seguiu a tradição dos shows da cantora inglesa: um vozeirão do início ao fim, uma energia good vibes e muito carisma. Havia muitos buracos entre as pessoas do público, algo incomum para o horário e espaço nos quais ela se apresentou. Mesmo assim, quem estava ali pareceu curtir cada segundo do show, que foi impecável. Leia mais sobre o show de Joss Stone no Rock in Rio.
Jão
Jão filma namorado e público enquanto canta ‘Locadora’ durante show no Rock In Rio
Se a Jovem Guarda surgisse nos anos 2020, seria Jão no palco cantando “Doce Doce Amor”. No Palco Mundo do Rock in Rio, o cantor completou sua transição de popstar de nicho a uma espécie de Jerry Adriani da geração Z. Em 2024, sua “Superturnê” lotou estádios pelo país. A série de shows promove “Super” (2023). Nela, Jão amplia referências musicais, indo do pop de sintetizadores ao country, e acrescenta doses de sensualidade ao repertório meloso. A dobradinha de “Me Lambe” e “Locadora”, duas faixas do disco, foi um dos melhores momentos da apresentação. Leia mais sobre o show de Jão no Rock in Rio.
Filipe Ret
Filipe Ret e Caio Luccas cantam ‘Melhor Vibe’ no Rock in Rio
O show de Filipe Ret com o pareiro Caio Luccas foi envolvente e mostrou o quão eclética é a veia do carioca. O setlist foi uma mescla das diferentes eras do artista, passando por seus 15 anos de carreira. A inspiração foi sua turnê atual, “FRXV” — adaptada a uma versão enxuta. “Corte Americano”, “7 Meiota”, “Louco pra voltar”, “Invicto” e “War” foram algumas das faixas do repertório. Antes de cantar a sensual “F*F*M*”, Filipe disse: “Quem gosta de foder fumando muita maconha levanta a mão”. E foi respondido com uma multidão de braços erguidos na plateia, que se mostrou agitada do início ao fim do show. Leia mais sobre o show de Filipe Ret no Rock in Rio.
Pedro Sampaio
Jovem artista convidado por Pedro Sampaio é ovacionado por público no palco Sunset
Em sua estreia no Rock in Rio, Pedro Sampaio fez um show dançante com pegada TikTok. Do pop ao funk de favela, a Cidade do Rock se tornou um grande bailão. Além das trilhas de trends atuais, o show resgatou Bonde das Maravilhas, Bonde do Tigrão, Tati Quebra Barraco e Valesca Popozuda. Ainda houve tempo para mostrar um vídeo de um menino cantando e dizer que a criança inspirou seu álbum mais recente, “Astro”. Thiago foi chamado para cantar. “Você realizou meu sonho. Você me levou do aeroporto pro palco e do palco pro mundo. Eu te amo”, declarou o jovem. Leia mais sobre o show Pedro Sampaio no Rock in Rio.

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Ed Sheeran faz bom show apressado e cheio de talento para plateia apaixonada no Rock in Rio

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Sozinho no palco, cantor inglês foi a atração principal desta quinta-feira do Rio in Rio com setlist dividido entre baladas românticas e hits dançantes. Leia crítica do g1. Ed Sheeran canta ‘Thinking Out Loud’ no Rock in Rio
Ed Sheeran tentou conquistar o público do Rock in Rio sozinho no palco, sem inventar muito. O show foi meio apressado, com 17 músicas tocadas em uma hora e 25 minutos. Os efeitos meio bregas no telão e as falas tímidas ainda fazem parte de uma performance que tem o mesmo formato há mais de 15 anos.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
“Tudo que você ouve é tocado ao vivo. Não tem nada pré-gravado”, ele explica logo na primeira pausa, após “Castle on the Hill”. Nesta quinta-feira (19), Ed mais uma vez reconstruiu seus hits por meio de voz, violão e efeitos.
Ele tem um equipamento que grava e reproduz os sons que faz. Então, vai fazendo batidas, coros, riffs e dedilhados. Assim, sobrepõe camadas. É um formato que expõe todo o talento dele.
Ed Sheeran canta ‘Perfect’ no Rock in Rio
Sem banda, sem dançarinos, sem cenário mirabolante ou outros truques, o cantor inglês de 33 anos é o único artista com duas tours no top 10 de turnês mais lucrativas de todos os tempos. Justíssimo. Em sua quarta passagem pelo Brasil, após shows em 2015, 2017 e 2019, Ed apresentou seu pop de playlist para uma plateia formada por casais, jovens adultos e algumas crianças.
O repertório se divide entre dois tipos de canção: baladas românticas super cantadas pelos fãs (“Thinking Out Loud”, “Photograph”, “Perfect” e “Love Yourself”, presente dele para Justin Bieber); e músicas mais dançantes em que um Ed soltinho canta histórias mais sobre sexo do que sobre amor, como em “Shiver”, “Shape of You” e “Don’t”.
O que une os dois grupos de canções é a capacidade de misturar um pouco de cada estilo: pop dançante, rock acústico, rap, R&B. Ed Sheeran é um dos artistas com menos medo de mesclar gêneros.
Ed Sheeran se apresenta no Rock in Rio 2024
Leo Franco/AgNews
Ao comentar o começo da carreira, quando se tornou o primeiro artista a estourar com ajuda do Spotity, Sheeran falou de forma acelerada, meio sem paciência. A impressão é que ele só quer tocar e cantar, mas infelizmente alguém disse que ele é obrigado a dizer uma coisa ou outra entre as músicas.
Segundo ele, “The A Team” representa a época em que tocava em pubs britânicos, sem esperança de que um dia seria um popstar. Em “Take It back”, versa sobre sair de casa aos 16 anos para tentar a sorte como cantor.
É uma das vezes em que banca um rapper meio desengonçado. Ele relembra que “dormia no metrô, mas hoje dorme com estrelas de cinema”. Não dorme mais: hoje curte a fase pai de família.
Ed Sheeran se apresenta no Rock in Rio 2024
Leo Franco/AgNews
Muita gente quis ouvir as histórias de Ed, mas não todo mundo. Talvez pelo formato acústico, várias vezes a falação desenfreada da plateia atrapalhou um pouco quem queria mais ver o show do que conversar sobre a derrota do Flamengo na Libertadores ou sobre as tatuagens do cantor.
Em “Don’t”, Sheeran tenta pedir que a plateia bata palmas e cante trechos com ele, mas encontra um público um pouco mais cansado do que nas três vindas anteriores dele. “Até agora vocês têm sido uma plateia barulhenta, mas eu já toquei no Brasil e sei que vocês podem ser mais barulhentos do que isso”, constatou, no meio de “Thinking Out Loud”.
Ele até que tinha razão, mas agradeceu com aquele jeitinho dele. “Obrigado por ficarem até tão tarde em uma quinta-feira… agradeço aos motoristas de trem e de ônibus, às babás… a todo mundo que nos permitiu estar aqui.”
Antes da despedida com “Bad Habits”, ainda deixou uma promessa de voltar com turnê solo em 2025.
Cartela resenha crítica g1
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Gloria Groove faz show acelerado com trajetória musical, do pop ao pagode, no Rock in Rio

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Cantora se apresentou nesta noite no Palco Sunset. Glória Groove canta ‘Leilão’ no Rock in Rio
Gloria Groove costuma caprichar nas suas apresentações tanto na seleção de sets, quanto no seu visual. Na noite desta quinta-feira (19), no Rock in Rio, não foi diferente.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Versátil, Gloria já passeou, durante sua carreira, por estilos musicais diferentes, do pop empoderado das drags ao funk e pagode. Emplacou em todos eles.
Nesta noite, ela mostrou um pouco desses momentos, em um show dividido em três partes.
A plateia estava lotada quando Gloria surgiu com um corpo de balé com “Leilão”, que levantou o resto do público que insistia em ficar sentado, e mostrou a potência do gogó em “Greta”.
Ela depois lembrou o primeiro trabalho com um meddley de “O Proceder”, “Império” e “Dona”.
O show é acelerado, sem pausas ou firulinhas. Gloria emenda uma faixa na outra, quase sem respirar. A correria pode ter sido pela entrada de última hora de Will Smith no line-up, que a fez atrasar seu show, ou então pela dificuldade de colocar toda uma carreira em pouco mais de uma hora de show.
Glória Groove canta ‘Nosso Primeiro Beijo’ no Rock in Rio
A paradinha para falar com o público veio depois de “Pisando fofo”, uma parceria com Tasha e Tracie.
“A música é a coisa mais importante da minha vida, desde quando eu estava na barriga. Chegando aos 30 anos, isso continua sendo verdade”, falou.
“Se o Rock in Rio está fazendo 40 anos, vou fazer o que toda drag faz, festa”, disse para cantar “Muleke brasileiro”.
Ela foi pulando de hit em hit: “Jogo perigoso”, “Catuaba” e “Bonekinha” foram alguns deles.
O problema é que fica tão corrido que a plateia nem consegue se organizar para as coreografias.
Na mudança de bloco, Gloria vai para sua fase pagodeira, do álbum “Serenata da GG”.
Gloria Groove se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
É a vez do romantismo tomar conta do ambiente, com “Nosso primeiro beijo”, como trilha sonora. Quem estava acompanhado, conseguiu até mesmo dançar de rosto colado.
Teve “5 minutinhos” e “A tua voz”, que ganhou um lindo coro da plateia. Ela aproveitou para anunciar o volume 2 do “Serenata da GG”, que vai ser lançado no dia 26.
Gloria adiantou duas palhinhas do trabalho, “Encostar na tua”, em versão pagode, e “Apaga a luz”.
Gloria Groove se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Para a parte final, o tema é carnaval. Ela surge com asas e uma coroa com penas de passistas de escola de samba.
Só que, com o relógio batendo quase meia-noite, a plateia começou a dispersar e se encaminhar para o Palco Mundo, para a apresentação de Es Sheeran.
Apareceram ainda “Da Braba”, música indicada ao Grammy Latino, e “Coisa boa”. Ela ainda toca percussão em “Ela balança” e “Bumbum de ouro”.
Sensual, Gloria leva o show para reta final com “Vermelho”. Um dançarino vestido de Michael Jackson é a deixa para “A queda”, a mais teatral de todas, que encerra a performance.

g1

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