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Festas e Rodeios

Muito além do modão: Rodeio de Jaguariúna mantém tradição de misturar estilos no line-up da festa; veja linha do tempo

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Neste ano, inovação ficará por conta de Os Barões da Pisadinha e Zé Vaqueiro, astros do piseiro, mas festa recebe diferentes gêneros musicais desde a década de 1990. Dennis foi uma das inovações do Rodeio de Jaguariúna
Júlio Cesar Costa/G1
O Jaguariúna Rodeo Festival vai manter a tradição de romper com o senso comum de que festas de peão são eventos essencialmente sertanejos e escreve, na 32ª edição, mais um capítulo de vocação de levar ao palco nomes de diversos gêneros da música brasileira. A “inovação” da vez será a estreia do piseiro, ritmo que conquistou o Brasil durante a pandemia da Covid-19.
As apresentações de Os Barões da Pisadinha e Zé Vaqueiro nos dois primeiros dias do evento, portanto, faz parte da tendência de quebrar os padrões rodeio, que, ao longo de sua história, fez aterrissar no evento atrações impensáveis até então e que transformaram a arena em Carnaval, casa de pagode e cenário de rock ‘n ‘roll clássico. Veja a linha do tempo abaixo.
Fundamental para o resultado positivo da “mistura ousada”, sobretudo quando feita em caráter inédito, é manter a base da tradição das festas de peão, segundo Gui Marconi, organizador do rodeio desde 2014.
“Nós mantemos a essência do rodeio, por exemplo, as provas e os concursos de rainhas, e toda a carga cultural que traz o rodeio. Ao mesmo tempo, trabalhamos com todo potencial que um festival tem. Isso tem a ver com estrutura também. Nosso objetivo é nunca perder a essência”, explicou.
O Rodeio de Jaguariúna ganhou status de festival em 1989, quando as provas de montaria receberam a companhia dos shows. Ainda nos anos 90, o evento protagonizou a chegada do pagode, que estourava nas paradas de sucesso das rádios e nos programas de televisão da época. A missão de estrear no mesmo espaço dos cantores sertanejos ficou a cargo do grupo Só Pra Contrariar (SPC).
Nos anos 1990, o Só Pra Contrariar inaugurou a era de artistas de outros estilos no rodeio – foto de 2013
Rafael Gonzaga / Agência Prismanews
Naturalmente, foram entrando no set list do rodeio outros gêneros musicais como axé, forró e a MPB, em uma renovação que é mantida até os tempos atuais com o eletrônico, funk e, agora, o piseiro. Entre os shows históricos fora do sertanejo, está a apresentação da clássica banda de rock Creedence Clearwater Revival, em 2001, cujo sucesso se comprovou pelo retorno do grupo cinco anos depois.
“Existe uma linha na curadoria na qual o protagonismo está sempre no sertanejo, mas abraçamos outros ritmos. Fomos os primeiros a trabalhar com pagode com o Só Pra Contrariar, nos anos 90, o primeiro a trazer música eletrônica com o Alok, primeiro palco principal no Dennis Dj, com o funk. E agora seremos os primeiros a trabalhar com o piseiro”, contou Marconi.
Assim como Jaguariúna, outros grandes rodeios do circuito também se transformaram em megaespetáculos com vários estilos. Confira alguns dos momentos inovadores e pioneiros da festa:
Pagode anos 1990: o pagode estava no auge durante a década de 1990 e o Só Pra Contrariar foi a primeira atração ‘não-sertaneja’ a passar pela curadoria do rodeio de Jaguariúna. A partir de 1995, começaram a fazer parte da programação Raça Negra, Katinguelê, entre outros que estouravam nas paradas.
Rock`n` Roll internacional: em 2001, o Rodeio de Jaguariúna trouxe a famosa banda de rock Creedence Clearwater Revival. O grupo se apresentou no dia do encontro de motos, evento extinto na festa, que ocorria em todas as edições. O grupo voltou em 2006.
Eletrônica no palco principal: Alok chegou como atração surpresa na programação de 2016, quando o DJ figurava entre os 100 melhores do mundo, segundo a revista DJ Mag, referência no estilo. A aposta deu certo, tanto que o artista voltou em anos seguintes.
Funk no line up: ainda 2016, Dennis DJ mostrou pela primeira vez ao público geral de Jaguariúna seu talento no funk. Até então, o ritmo que já conquistava o país estava reservado a festas e camarotes.
Piseiro na arena: Zé Vaqueiro e Barões da Pisadinha estrearão no Jaguariúna Rodeo Festival 2021, nos dias 26 e 27 de novembro, respectivamente.
DJ Alok faz show no Rodeio de Jaguariúna 2018
Pedro Amatuzzi/G1
Confira a programação completa
26 de novembro
Gusttavo Lima
Felipe Araújo
Zé Vaqueiro
27 de novembro
Zé Neto e Cristiano
Os Barões da Pisadinha
Dennis DJ
3 de dezembro
Marília Mendonça
Jorge e Mateus
JetLag
4 de dezembro
Henrique & Juliano
Gustavo Mioto
Pedro Sampaio
Jaguariúna Rodeo Festival
O rodeio será realizado após dois anos de suspensão desde a última edição por conta da pandemia da Covid-19. O evento acontece nos dias 26 e 27 de novembro, e 3 e 4 de dezembro. A festa foi autorizada pelo governo estadual por conta da redução dos indicadores da doença e do avanço na vacinação. Será obrigatória a apresentação do certificado de imunização.
As vendas estão abertas pela internet. Os espaços se dividem entre Arena, Pista Premium, Camarote Super Bull, Open Super Bull e Camarote Brahma.
Barões da Pisadinha vão estrear no Rodeio de Jaguariúna
Fábio Gallo / Divulgação
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Cyndi Lauper fala da volta ao Brasil: ‘Parecia que todo mundo já tinha cantado no Rock in Rio, menos eu’

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Ao g1, ela explica por que não se cantava em festivais, exalta novas cantoras como Chappell Roan e se surpreende com line-up só de mulheres nesta sexta (20): ‘Achei essa ideia ótima.’ Cyndi Lauper nunca cantou no Rock in Rio, mas essa injustiça será corrigida nesta sexta-feira (20), dia do festival apenas com mulheres no line-up. Ao ser informada pelo g1 sobre isso, ela se empolga: “A irmandade é uma coisa poderosa, baby”.
Em entrevista algumas vezes interrompida pelos latidos de seu cachorro, Cyndi explicou por que não costumava cantar em festivais quando viveu o auge da carreira nos anos 80. São dessa década hits como “Girls Just Want to Have Fun”, “Time After Time”, “She Bop” e “True Colors”, que devem aparecer no setlist.
Ao g1, a cantora novaiorquina de 71 anos também exaltou a força de novas cantoras, como Chappell Roan; e falou rindo sobre a performance recente no festival Glastonbury, quando sofreu com problemas técnicos e foi criticada por isso.
g1 – Em junho, você se apresentou no festival de Glastonbury. Como foi sua experiência? Podemos dizer que o show do Rock in Rio terá uma apresentação parecida?
Cyndi Lauper – Eu vou apresentar um pouco do que fiz no festival, mas não tudo. E pode ter certeza que eu usarei um sistema de som diferente, com certeza… [risos] até para que eu possa me ouvir. Mas no Glastonbury ainda me diverti muito. Eu nunca havia cantado lá ou tocado em festivais. Eu simplesmente não fazia isso quando era mais jovem, mas eu só queria fazer isso antes de… você sabe, bem, antes de não poder mais cantar. Estou animada para fazer isso. Todo mundo conhece o Rock in Rio, porque todo mundo assistiu aos shows na internet ou na TV. Eu sempre quis cantar aí. Parecia que todo mundo já tinha cantado no Rock in Rio, menos eu. E eu fico vendo o line-up, meu Deus, tem Karol G, Ivete Sangalo vai cantar… e depois tem a Katy Perry. É um dia muito bom, nossa, tem a Angélique Kidjo… Amo ela. Você conhece?
g1 – Sim, claro, ela sempre se apresenta nos festivais do Rock in Rio… Esse seu dia é o “Dia Delas”, em todos os palcos só há mulheres. Sabia disso?
Cyndi Lauper – Olha só! Não sabia, mas fico feliz em saber. A irmandade é uma coisa poderosa, baby. Muito poderosa. Eu achei essa ideia ótima.
g1 – Você disse que não teve a chance de tocar em festivais quando era mais jovem. Por quê?
Cyndi Lauper – Bem, acho que meu empresário sempre se preocupou com o fato de quase não existirem passagens de som. Se eu não conseguisse me ouvir, como eu soaria? Mas daí fui ficando mais velha, passei a ter uma boa equipe de som e agora eu consigo me ouvir. Então, você acaba tendo mais confiança em sair por aí para cantar.
Cyndi Lauper em foto do ensaio da capa do álbum ‘She’s so unusual’, de 1983
Divulgação
g1 – O que significava ser feminista quando você começou e o que significa ser feminista hoje?
Cyndi Lauper – Você nunca pode parar. Não tem volta, não tem motivo para olhar pra trás. As liberdades civis são importantes para todas as pessoas. E, como mulher, todas nós pagamos impostos iguais aos homens. As mulheres não recebem uma redução de impostos por não terem os mesmos direitos civis que os homens. Você tem que se defender e votar, e descobrir quem pode te representar e quem vai lutar por você. Eu estou nessa batalha, porque é disso que se trata fazer música. Com a música você pode unir as pessoas e tratar de temas importantes.
g1 – A última vez que conversamos, uns 15 anos atrás, eu perguntei sobre Lady Gaga, e você disse que a amava. E agora eu gostaria de saber o que você acha da Chappel Roan, outra estrela pop incomum. Você gosta dela? O pop é meio cíclico, né?
Cyndi Lauper – Ela é… sim, ela é tão legal. O cabelo, pô. Eu amo tudo isso. Podemos falar sobre a imagem dela, porque ela é uma artista performática. Mas todos os artistas dos anos 80 eram artistas performáticos. Quando fizemos vídeos… eles são arte performática, certo? Então, o visual era muito importante e isso mudou tudo o jeito de fazer música pop. Eu acho que a parte visual e a parte musical dela são cativantes. E eu acho que é ótimo ver uma jovem cantora vibrante como ela.
Novas artistas femininas continuam falando sobre os tempos em que vivemos e como tudo isso as afeta. Esse tipo de artista é muito vital para a nossa civilização, porque é isso que as artes sempre fizeram. Elas sempre registraram os tempos em que vivemos e todos nós queremos promover uma mudança de pensamento. Para que você não tenha que crescer com alguém reprimindo o que você pensa.
VÍDEO: As atrações do “Dia Delas” no Rock in Rio
Rock in Rio 2024: o melhor do dia 20

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Ferrugem monta ranking de vozes mais potentes do Rock in Rio; veja VÍDEO

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Cantor se apresentou nesta quinta no Palco Sunset. Em entrevista ao g1, ele falou da força do pagode no festival: ‘Provei que santo de casa faz milagre’. Ferrugem faz ranking de headliners no Rock in Rio
A pedido do g1, o cantor Ferrugem topou o desafio de montar um ranking com as vozes mais potentes entre as principais atrações internacionais do Rock in Rio (assista ao vídeo acima).
Sobre o topo da lista, o cantor foi categórico: “Mariah Carey é a 1ª. Esse gogó aí… Não tem para onde correr!”. Entraram também na lista: Ed Sheeran, Akon, Ne-Yo, Joss Stone, Shawn Mendes, Amy Lee (vocalista Evanescence), Cyndi Lauper e Gloria Gaynor.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Ferrugem se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
10 anos de carreira
O cantor se apresentou no Palco Sunser do festival nesta quinta-feira (19). Ele celebrou os dez anos de carreira em grande estilo: levando o gênero pagode pela primeira vez ao Palco Sunset, um dos principais do Rock In Rio. Esta, no entanto, é a segunda vez que o cantor marca presença na Cidade do Rock. Na edição de 2022, Ferrugem foi uma das atrações do Palco Favela.
Ferrugem mostra uma das melhores vozes do Rock in Rio em edição mais pagodeira da história; saiba como foi o show
“Ter vindo para cá [Palco Sunset] só mudou a direção mesmo. O mais interessante não é trocar de palco, porque eu não enxergo isso como subida de degrau. Eu acho que é voltar mais uma vez ao festival. Isso mostrou que a galera gostou do que a gente fez há dois anos atrás”, disse o intérprete de “Atrasadinha” ao g1.
Ferrugem também falou sobre os comentários negativos sobre a abertura do festival a gêneros brasileiros mais populares, como o próprio pagode.
“Provei que santo de casa faz milagre sim. (…) O público me carregou no colo de início ao fim. Não sou só eu, o Ferrugem. É o pagode. Esse segmento, essa cultura, o samba, que é, sim, super bem-vindo aqui dentro do Rock in Rio.”
Assista à entrevista de Ferrugem ao g1 no VÍDEO abaixo.
g1 no Rock in Rio: Entrevista com Ferrugem

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Katy Perry fala de desafios para se manter no topo das paradas musicais

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Cantora também sobre como ela quer ser vista pela geração Z, como lida com a acirrada competição na era do streaming e os desafios para tentar se manter no topo. Katy Perry comenta desafios para se manter no topo
Katy Perry costumava de ficar de olho nos números de audiência de seu trabalho, mas isso mudou depois que lançou o álbum “Witness”, em 2017. Ou pelo menos, é o que ela disse ao g1, em entrevista gravada no estúdio musical do reality “Estrela da Casa”, da TV Globo.
A cantora, que é a principal atração do Rock in Rio desta sexta-feira (19), está lançando seu sexto álbum, “143”, em meio a uma crise — em termos artísticos, de sucesso e de reputação.
O Rock in Rio será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
“Eu acho que eu realmente entrava no jogo. Isso mudou depois que lancei o álbum “Witness”, que foi como uma limpeza do paladar para tudo, e foi meu desejo de evoluir como artista, fazer algo novo, mudar, tipo um extremo oposto, porque não queria continuar me repetindo, me repetindo, me repetindo”, afirmou Katy. “Acho que foi algo em que naturalmente evoluí naquele período, e foi um processo, às vezes instável, mas tem sido lindo. Tudo isso é lindo.”
“Para mim, sou apenas criativa, uma artista. Tenho dentro de mim essas ideias, músicas e mensagens que quero colocar para fora. Tenho outro álbum em mente há mais de cinco anos, que sei que está aqui, pronto para sair. Está tudo certo, está aqui, pronto para aterrissar, sabe? Está pronto. Este é apenas o meu processo. Se as pessoas o amarem, é incrível. Se não for para elas, há muito para ouvir e absorver hoje em dia, como disse, elas podem escolher o que quiserem.”
Katy Perry: ‘Nunca mais farei esse tipo de show’
Na entrevista, Katy explica como a apresentação no Rock in Rio representa uma nova era de seu trabalho. A cantora fala ainda sobre como ela quer ser vista pela geração Z (os nascidos entre 1995 e 2010), como lida com a acirrada competição na era do streaming e os desafios para tentar se manter no topo. Também comenta sobre suas performances sensuais e seu hit “I Kissed a Girl”, canção que hoje ela enxerga como estereotipada.
Leia aqui a entrevista completa.

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