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Wagner Moura lança ‘Marighella’ em São Paulo: ‘É polêmico, foi atacado do começo ao fim’

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Filme sobre político e guerrilheiro interpretado por Seu Jorge será lançado na próxima quinta-feira (4). ‘A pulsão desse governo e da extrema-direita é de morte’, comentou o diretor e ator.
Seu Jorge e o diretor Wagner Moura no set de ‘Marighella’. Filme estreia no Festival de Berlim 2019
Divulgação
O diretor Wagner Moura e parte do elenco de “Marighella” participaram de um evento de pré-estreia para jornalistas sobre o filme do v nesta sexta (29) em São Paulo.
Após pré-estreias pelo Brasil como no Teatro Castro Alves, em Salvador, o filme será lançado na próxima quinta-feira (4).
“Um filme que estreou em 2019 em Berlim, passou por muitos festivais do mundo, foi bem recebido e aplaudido. Mas nada disso fazia sentido até que fosse lançado no Brasil”, disse Moura. “Estava morando nos Estados Unidos e, desde que fiz o filme, fiquei no Brasil.”
Trailer de ‘Marighella’
Segundo o ator e diretor, ele já tinha vontade de dirigir, mas pensava que ia fazer um filme mais simples. “Queria trabalhar com poucos atores profundamente.”
“No verão de 2012, Maria Marighella me entregou o livro que Mario Magalhães tinha acabado de escrever. Sempre fui muito perturbado pela maneira como a história de resistência é contada”.
“Quando começamos a falar sobre o filme, achamos que tinha que ser alguém de esquerda e baiano. Então foi minha oportunidade.”
“É polêmico, foi atacado do começo ao fim. Agora essa gente louca dando nota baixa no IMDb”, disse, citando o site em que as pessoas podem dar notas aos filmes.
Elenco de ‘Marighella’ e o diretor Wagner Moura no tapete vermelho do Festival de Berlim
Tobias Schwarz/AFP
“Essa pulsão da direita de hoje em nada se compara à revolução. Ela permeava a cultura do mundo nos anos 1960 e 1970″, contextualizou.
“Marighella se relava com Godard, Sartre. Ele era envolto nesse contexto internacional da revolução. É um contexto diferente em que a vontade de combater o autoritarismo, o racismo e a violência, era uma pulsão de vida. A pulsão desse governo e da extrema-direita é de morte.”
Durante a entrevista para jornalistas, Moura também foi perguntando sobre o tom de pele de Seu Jorge ser mais escuro que o de Marighella:
“Para mim, Brown, Jorge e Marighella são três homens pretos. Eu acho que acertei quando emprestei Marighella e acertei ao inverter o embranquecimento.”

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