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O misterioso assassinato de alemão e filha no Paraguai que pode ter sido motivado por violinos

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Bernard von Bredow, um violinista, luthier e arqueólogo de 62 anos, foi encontrado com sinais de tortura e uma bala no pescoço em sua casa. Sua filha de 14 anos foi morta com um tiro na barriga. Bernard von Bredow vivia no Paraguai desde 2018; na adolescência, na Alemanha, ele ficou famoso por ter descoberto um mamute com 40 mil anos de antiguidade
Getty Images via BBC
Sinais de tortura e uma bala no pescoço. Foi assim que o corpo de Bernard von Bredow, um violinista, luthier e arqueólogo alemão de 62 anos, foi encontrado em 22 de outubro em sua casa em Aregua, a leste de Assunção, capital do Paraguai.
A filha dele Loreena, de 14 anos, também foi morta com um tiro na barriga em um banheiro da casa.
O duplo homicídio foi um “crime brutal”, descreveu a procuradora-adjunta Sandra Ledesma, em entrevista à rádio ABC 730 AM.
A polícia anunciou ter prendido três alemães em conexão com o crime e que eles acreditam que o motivo foi o roubo de diversos violinos que Von Bredow possuía (entre eles podem estar valiosos Stradivarius).
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Os investigadores não afastam a possibilidade do envolvimento de outras pessoas no crime.
Além disso, as autoridades disseram que a casa foi totalmente revirada e saqueada durante o crime. Nas fotos do local publicadas pela mídia paraguaia, é possível ver vestígios de sangue e sinais do ataque.
Segundo declaração do chefe de investigações da polícia, Hugo Grance, à agência de notícias AFP, os três suspeitos detidos foram identificados como Volker Grannass, 58, Yves Asriel Spartacus Steinmetz, 60, e Stephen Jorg Messing Darchinger, 51.
“Realmente não sabíamos quem investigar, então fomos atrás dos motivos. Elaboramos uma hipótese com as suspeitas e as evidências que tínhamos”, explicou Ledesma, da Procuradoria.
A investigadora afirmou que o fato de o homicídio incluir uma menor de idade “que não tem nada a ver com o assunto e de forma tão brutal é porque seguramente [os criminosos] conheciam as vítimas”.
Ou seja, seria uma espécie de queima de arquivo para evitar que os envolvidos fossem identificados pela testemunha.
“Decidimos fazer buscas nas casas das pessoas mais próximas das vítimas e encontramos diversas evidências no percurso”, disse ela. “E eram pessoas que se diziam suas amigas.”
Pistas e suspeitas apontam que a motivação do crime está ligada ao roubo de violinos Stradivarius que Bernard von Bredow poderia ter
Getty Images via BBC
“Nossas suspeitas se mostraram verdadeiras. As pessoas que investigávamos nem queriam abrir a porta. Na hora da batida policial, estavam escondendo uma arma de colecionador e uma outra em um arbusto da casa de um dos suspeitos.”
Ledesma disse ainda que nada surpreende os investigadores do caso. “A pessoa que denunciou o crime, a pessoa que estava mais angustiada, acabou se tornando um de nossos suspeitos”, disse a procuradora-adjunta.
Ela explicou ter encontrado pistas de onde podem estar os certificados dos violinos, que não conseguem ser vendidos pelo preço que valem sem esses documentos. “Era exatamente isso que procuravam.”
Violinos Stradivarius
Antonio Stradivari (1644-1737) é considerado o mais ilustre fabricante de violino da história.
Ele fez mais de mil violinos, violas e violoncelos, sob a encomendada de figuras importantes, como o rei da Inglaterra James 2º e pelo rei da Espanha Carlos 3º.
Acredita-se que cerca de 650 violinos tenham sobrevivido ao longo do tempo.
Em 2011, um de seus violinos foi vendido por um valor recorde de US$ 13 milhões (R$ 71 milhões na conversão com os valores de hoje).
Veja no vídeo abaixo a história de um violino Stradivarius do século XVIII, roubado há 35 anos, que foi recuperado pelo FBI em agosto de 2015:
Violino Stradivarius do século XVIII roubado há 35 anos é recuperado pelo FBI
Vítima havia descoberto um mamute
Von Bredow visitou o Paraguai pela primeira vez em 2017 e no ano seguinte voltou com sua filha para morar no país.
Ele se dedicava a consertar violinos e vendê-los, até mesmo para colecionadores de todo o mundo, segundo autoridades paraguaias.
Mas von Bredow também era um arqueólogo que ficou conhecido na adolescência por ter descoberto um esqueleto completo de um mamute perto de sua cidade natal, Siegsdorf, na Alemanha.
“Há 45 anos, Bernard encontrou o enorme esqueleto de Oscar, mamute de Siegsdorf, desenterrou-o e, ao longo dos anos, o reconstruiu e construiu uma maquete em tamanho real”, diz o site do museu que ele fundou em torno da descoberta, chamado Mammutheum.
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Fã de Katy Perry trabalha em 6 lugares para pagar ingressos, viaja 27 h de ônibus e chega 15 h antes na fila para garantir bom lugar

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A jovem Eduarda Cicheki, de 20 anos, é de Goiás e conheceu a cantora aos 8 anos enquanto navegava pelo YouTube procurando músicas da Kelly Key. À direita, a jovem Eduarda Cicheki
Thaís Espírito Santo/g1 Rio
Há limite para realizar o seu sonho de infância? Para a jovem estudante Eduarda Cicheki, de 20 anos, não. Ela enfrentou 27 horas de viagem de ônibus, de Goiás ao Rio de Janeiro, para ir ao Rock in Rio com um único objetivo: assistir ao show de Katy Perry, que se apresenta nesta sexta (20) no Palco Mundo.
Depois de chegar na Cidade Maravilhosa nessa quinta (19), ela acampou na porta do Copacabana Palace, onde a cantora está hospedada, na tentativa de vê-la. A jovem conta que só depois que ela saiu da calçada e foi descansar que a diva desceu e cumprimentou os fãs.
Isso não foi suficiente para desanimá-la. A fã conta que acordou às 3h30, se arrumou e saiu de onde estava hospedada, em Copacabana, para acampar na fila da Cidade do Rock — foi uma das primeiras a chegar, às 5h.
A peregrinação não começou por aí, no entanto. Para que esse sonho fosse possível, Eduarda trabalhou em seis lugares para pagar ingresso, transporte e estadia.
“Eu só tenho o dinheiro para voltar e mais nada. Vim com uma mão na frente e outra atrás. O pessoal na fila que está me dando comida, sanduíche, água, porque eu mesma não tenho dinheiro para comprar. Tô na base da fotossíntese, mas vou realizar meu sonho”, disse a jovem.
“Tudo que meus amigos falavam ‘tenho um trabalho’, eu topava. Fotógrafa, babá, cuidar de idoso, passear com cachorro, até prefeitura. Até capinar lote eu capinei”, relata.
Ela veio com jaquetas customizadas feitas por ela mesma, já que não tinha dinheiro para investir em um look.
“Eu usei tinta de tecido, guache, cola glitter, essas coisas foram doadas. Passei 2 semanas fazendo”, relata.
Eduarda é fã da artista desde os 8 anos, quando, por acaso, estava pesquisando músicas da Kelly Key no YouTube e acabou clicando em Katy Perry.
“Pensei: ‘vou ouvir, mas não devo gostar’. E corta para 12 anos depois, eu aqui fazendo loucuras porque sou muito fã. A minha energia tá em 1000%, nem o sol tá me abalando”, completa.
Festival será transmitido ao vivo todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Rock in Rio 2024: o melhor do dia 20

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Papel molhado pelo corpo, canga na cabeça e ‘chuvinha’: as tentativas dos fãs para fugir do calor na fila do Rock in Rio

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A sensação térmica deve chegar a 35°C no Rio nesta sexta (20). Fã colocou papel molhado no corpo para ‘espantar’ o calor
Thaís Espírito Santo/g1 Rio
O calorão tinha dado uma trégua ao público do Rock in Rio, mas as temperaturas voltaram a subir nesta sexta-feira (20), e os termômetros devem chegar a 33°C na cidade. A sensação térmica deve ficar em 35°C, segundo a Climatempo.
Desde cedo na fila, a estudante de psicologia Maria Géssica Castro, de 26 anos, colocou papéis molhados pelo corpo para diminuir a temperatura corporal.
Jovem usa leque para enfrentar o calor
Thaís Espírito Santo/g1 Rio
O paulista João Victor, de 23, disse que não está acostumado com o calor do Rio e que só está aguentando pela “diva” Katy Perry. A artista fecha a noite no Palco Mundo.
“Está muito difícil pra mim, mas a gente encara. Sou muito fã dela, só sendo para aguentar esse calor”, declara.
A concessionária Iguá está distribuindo água nas filas e usando uma espécie de “chuva” para refrescar o público. Funcionários passam molhando o público com um equipamento que lembra um regador – e é assim que eles se sentem, garantem.
“Parece que eu saí da piscina, de tão molhada que fico”, brinca uma pessoa na fila.
Festival será transmitido ao vivo todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Fã usa canga para ‘fugir’ do sol
Thaís Espírito Santo/g1 Rio
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