Connect with us

Festas e Rodeios

Clube de comédia vira ‘escola’ para drag queens na Rua Augusta, em São Paulo

Published

on

Com performances inéditas toda semana e votação do público, concurso Drag Nights é comandado por Alexia Twister e Thelores Drag e chega à terceira temporada. Clube de comédia vira ‘escola’ para drag queens na Rua Augusta, em SP
O tema é… fetiche. Em uma das inúmeras “portinhas” com fila numa noite da Rua Augusta, em São Paulo, um público de idades variadas espera para ver o resultado da criatividade de cinco drag queens que tiveram uma semana para bolar uma performance – mais figurino, peruca e maquiagem – sobre o tema que a própria plateia escolheu.
Atender à vontade dos espectadores não é fácil. Nas duas primeiras temporadas, as participantes do concurso Drag Nights já precisaram inventar números sobre dinossauros, pecado, “Mad max” (o filme) e tiveram até que “trocar” de personalidade com a coleguinha no palco…
Já passaram pelo elenco artistas de 18 a 40 anos – não existe limite de idade – e também mulheres drag queens, é claro.
No camarim do Clube Barbixas de Comédia, as concorrentes dão os últimos retoques na montação
Celso Tavares/g1
No dia em que a reportagem esteve no camarim, era a reta final da segunda temporada. Enquanto as concorrentes davam últimos retoques na montação, nada de gritaria e nem música alta: as cinco se diziam nervosas para a semifinal.
Casa de shows de drag queens em SP faz 25 anos reverenciada até por Pabllo Vittar
As ‘profes’
O concurso Drag Nights é comandando por Alexia Twister e Thelores Drag
Celso Tavares/g1

O concurso acontece todas as sextas-feiras no Clube Barbixas de Comédia, que leva o nome do conhecido grupo de improviso paulistano. Foi ideia deles abrir espaço uma vez por semana à arte drag em meio à programação de humor.
Para isso, chamaram Thelores Drag. Veterana em produção e apresentação, a artista esteve à frente de outro concurso, o Cacilda, realizado em teatros da prefeitura em 2019 e 2020.
Ao lado dela está Alexia Twister, dona de um dos nomes mais famosos da arte drag no Brasil, parceira de Gloria Groove em “Nasce uma rainha”, da Netflix.
Thelores Drag, Bixa Fina e Alexia Twister, durante a semifinal da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
As duas “profes” são exigentes: trocam ideias e ensaiam com as concorrentes durante a semana e se desdobram em apresentadoras toda sexta. Tudo com muito bom humor.
Com um chicotinho na mão, Alexia mostrava que também iria brincar com o tema do fetiche na semifinal – calma, que é sem violência. Thelores ajeitava a fantasia de “homem da construção civil”… mas sem abrir mão das unhas vermelhas.
De RuPaul a Pabllo: drag queens ganham o pop, a TV e as gírias
Aquela noite teve ainda uma “mestra” convidada: Danny Cowlt, outra veterana da arte drag, famosa pela estética andrógina, dublagem perfeita, corpo saradíssimo quase todo descoberto e muita sensualidade.
Danny Cowlt durante participação na semifinal ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
Antes de dar “aula”, ela dissipou um pouco da tensão das “novinhas”, entrando no camarim para dar abraços. Foi o tempo de as luzes se apagarem e o show começar com casa cheia.
‘Chicote, algema, corda de alpinista’
Dmittry durante a semifinal da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
O remix que virou hit do Tik Tok não faltou. Mas se misturou com outros estilos musicais e estéticos: drag barbada, drag-senhora e um nu com mensagem potente sobre gordofobia.
Catarina Klein durante a semifinal da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
Coube ao público, como é regra no concurso, decidir as eliminadas – e, consequentemente, as 3 finalistas. E também sugerir e eleger o tema da final: “divas”, uma tradição drag, superou “zoológico” e “super-heróis” na votação.
“Tem que dar uma filtrada senão pode sair (o tema) paralelepípedo”, brinca Thelores.
Plateia durante a final da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
A apresentadora diz que o diferencial do evento, além da intervenção da plateia, é o fato de a dinâmica do concurso estar sempre se renovando, a fim de surpreender quem assiste. Eliminadas podem retornar, vencedoras da noite ganham “poderes” para a etapa seguinte, e por aí vai.
Quem ensina também aprende
Uma semana depois da “noite do fetiche”, as três finalistas levaram ao palco suas versões das “divas” Shakira (Drag Dmittry), Beyoncé/Gaga (Dislexa) e Freddie Mercury (Bixa Fina).
Dmittry, Dislexa e Bixa Fina, durante a final da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
A vitória de Dmittry foi decidida numa disputa concorridíssima de bastões iluminados – é assim que o público vota.
A “profe” Alexia deixou uma lição ao fim da noite: “Tenho 25 anos de drag, acho isso bastante respeitável, e nunca venci um concurso. Vencer não é o que faz de você uma grande artista. É entender que você influencia pessoas, que o seu trabalho educa, faz as pessoas sonharem. A trajetória conta muito mais”.
Drag queen é questão de gênero?
Mais que uma letra: o significado de LGBTQIA+
Bixa Fina, Dislexa, Dmittry, Thelores Drag e Alexia Twister, durante a final da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
Ao g1, enquanto prepara o elenco da terceira temporada, que estreia nesta sexta-feira (20), ela conta que também aprende com suas “alunas”. “Nossa arte está sempre se movimentando. O que era ‘regra’ há 5 anos, já caiu por terra”, explica.
“Drag com barba, (com) maquiagem ou não, as próprias mulheres fazendo drag… isso tudo é recente. Todas as formas de expressão artística agregam e transformam o que eu aprendi. É uma arte tão subjetiva… e é isso que faz drag ser tão plural e tão bonito”, finaliza Alexia.
Serviço:
Drag Nights – 3ª temporada
Onde: Clube Barbixas (Rua Augusta, 1.129, Consolação, São Paulo-SP)
Quando: sextas-feiras, às 23h30
Ingressos: R$ 40
Mais informações: @dragnights no Instagram
Alexia Twister durante a semifinal da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1
Thelores Drag durante a semifinal da competição de drag queens ‘Drag Nights – Segunda Temporada’
Celso Tavares/g1

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Estrutura importada, ‘truque’ e só um ensaio: Os bastidores do voo de Ivete Sangalo no Rock in Rio

Published

on

By

Em entrevista ao g1 depois do show, cantora contou como conseguiu fazer tudo funcionar: ‘Todo o protocolo de segurança foi obedecido dentro de um arranjo musical’; veja VÍDEO. Os bastidores do voo de Ivete Sangalo no Rock in Rio
Quatro torres de sustentação foram instaladas numa área central do Rock in Rio para que Ivete Sangalo pudesse fazer um voo mágico sobre a plateia do festival nesta sexta-feira (20). Durante sua apresentação no Palco Mundo, a cantora foi suspensa por cabos sobre o público, enquanto cantava o clássico “Eva”. Foi o ponto alto do show — com o perdão do trocadilho.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Uma operação complexa foi necessária para fazer tudo funcionar como planejado. Ivete só teve um dia para ensaiar a performance na Cidade do Rock, local onde acontece o evento, na zona oeste do Rio. Minutos depois da apresentação, ela disse em entrevista ao g1:
“Conseguimos graças à minha equipe. Minha moçada é da pesada. é um nível profissional altíssimo. Se só temos um dia para ensaiar, vamos conseguir executar.”
Ivete Sangalo voa sobre a plateia, beija Liniker e maceta resistência roqueira pela 19ª vez no Rock in Rio; saiba como foi o show
Ivete Sangalo ‘sobrevoa’ show no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
A estrutura que segurou a cantora no ar foi importada da Holanda especialmente para a performance — ela não usou equipamentos do próprio festival. Mas o verdadeiro segredo do número foi uma espécie de “truque musical”, nas palavras de Ivete.
Enquanto cantava “Rua da Saudade”, ela desceu do palco para abraçar fãs na plateia, o que a deixou mais perto do ponto de decolagem. Ao fim da música, ela teve cerca de 3 minutos para vestir todo o equipamento de segurança antes do voo.
Enquanto isso, não se via a cantora em lugar nenhum, mas a banda continuava tocando. Ela explicou:
“Tudo foi cronometrado: a saída do palco, o momento de vestir o equipamento e o que a banda ia tocar isso enquanto isso. Todo o protocolo de segurança foi obedecido dentro de um arranjo musical.”
“Tanto que foi imperceptível. Quando as pessoas viram, eu já estava voando”, acrescentou Ivete, que confirmou não ter medo de altura. “Quem tem fé não tem medo.”
Ivete Sangalo ‘sobrevoa’ show no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
19ª vez no Rock in Rio
O voo sobre o público foi um truque repetido do show que comemorou os 30 anos de carreira da cantora, no Maracanã, em dezembro de 2023. Mas o público do Rock in Rio se emocionou como se fosse a primeira vez. E Ivete também. No alto, ela chorou e, já em terra firme, celebrou durante a apresentação: “Que experiência maravilhosa!”.
Foi a 19ª participação de Ivete no festival, considerando edições do Brasil, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Em 2024, além do número de flutuação, a novidade foi “Seus Recados”, música recém-lançada com a paulista Liniker, que apareceu no palco para cantar. As duas deram selinhos, celebrados pelos fãs.
Ivete Sangalo ‘sobrevoa’ show no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

Continue Reading

Festas e Rodeios

Cyndi Lauper entrega grande performance sem playback em estreia no Rock in Rio, após começo confuso

Published

on

By

Cantora americana de 71 anos apresentou no Palco Mundo, nesta sexta-feira (20), hits como ‘Time After Time’ e ‘Girls Just Want to Have Fun’. Leia crítica do g1. Cyndi Lauper canta em coro o sucesso ”Girls Just Want to Have Fun” no Rock in Rio
Cyndi Lauper é um ícone da música pop, do feminismo e da moda, mas já teve que lidar com críticas de que não manda bem ao vivo. Nesta sexta-feira (20) de Rock in Rio, a cantora nova iorquina de 71 anos oscilou um pouco, principalmente no começo. Mesmo assim, entregou um grande show.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Tudo foi dando certo ao longo da noite. E há de se levar em conta que ela canta bem e não usa recursos dos quais outras cantoras abusam. Quase tudo o que se ouve vem do gogó dela e de seus vocalistas de apoio.
Parte da performance explicou por que ela e seus empresários sempre tentaram evitar que ela fizesse grandes shows, desde o estouro nos anos 80. Em arranjos mais viajados, ela se perdeu.
Cyndi Lauper canta ”Time After Time” no Rock in Rio
Em “All Through the Night”, pareceu ter dificuldade de acompanhar o andamento e passou parte da música com a mão no ouvido, querendo ouvir melhor seus backing-vocals e sua banda. A performance confusa também contaminou “Sisters of Avalon”, faixa-título de seu bom álbum lançado em 1997.
Mas os bons momentos predominaram, como no hino da masturbação “She Bop” e com “The Goonies ‘R’ Good Enough”, trilha de “Os Goonies”, de 1985. Nessas e em outras canções mais diretas, de pegada pop rock, ela segurou muito bem nos vocais.
“Eu planejava falar em português, mas até meu inglês é ruim”, ela disse logo no começo. No Rio, Cyndi entregou um show melhor do que a visto no festival inglês Glastonbury, em junho passado. Por lá, ela sofreu com problemas técnicos e teve a performance achincalhada pelos críticos locais.
Cyndi Lauper canta ”True Colors” no Rock in Rio
No Rock in Rio, não foi para tanto. Talvez o melhor exemplo seja o clássico romântico “Time after time”. Cyndi pressionou o fone de ouvido para escutar melhor o som, estendeu o microfone para aumentar o coro dos fãs e colou na guitarrista para se guiar pelos acordes. Todos esses expedientes funcionaram: a versão ao vivo da balada é bonita, bem melhor do que a de outras apresentações recentes da cantora.
A explosão de “Money Changes Everything”, cover correta da banda americana The Brains, emendou com a balada “True Colors”, na performance vocal mais inspirada da noite. Poucos artistas cantam com essa emoção. Cyndi terminou a música suada e emocionada.
Já perto do final, o frenesi tomou conta da Cidade do Rock, com o maior hit da carreira dela: “Girls Just Want to Have Fun”. Em um dia de tantas divas, não havia uma trilha melhor para ser cantada por um coral tão grande de fãs de pop.

Cyndi Lauper se apresenta no Rock in Rio.
Stephanie Rodrigues/g1

Continue Reading

Festas e Rodeios

Tyla faz show sexy, rebola com funk e celebra África do Sul e Brasil no Rock In Rio

Published

on

By

Cantora se apresentou pela primeira vez no Brasil e fez show carismático com os hits de funk ‘Tá Ok’ e ‘Parado no Bailão’. Tyla canta ‘Safer’ no Rock in Rio
Foi esbanjando muita sensualidade que Tyla se apresentou pela primeira vez no Brasil. A cantora subiu ao Palco Sunset, do Rock in Rio, na noite desta sexta-feira (20), e fez um show não apenas sexy, mas também com homenagens à música brasileira e à música sul-africana.
Do início ao fim da apresentação, havia um enorme tigre inflável no centro do palco — os fãs da cantora são chamados de “tigers” (tigres, em inglês). Em destaque, o bicho endossou a imagem felina de Tyla, que já chegou sensualizando. Ora em pé, ora agachada, a artista apareceu no Sunset rebolando ao som de “Safer”. Como sempre, seu vocal estava marcado por sussurros e gemidos sutis.
A sul-africana vestia um shortinho e um cropped com as cores e símbolos da bandeira brasileira, além de argolonas nas orelhas.
Tyla se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
“Eu sou da África do Sul e, agora, vou mostrar algo de lá para vocês”, disse a cantora antes de uma sequência de beats de amapaiano, gênero sul-africano, de estética dançante e tropical — Tyla é conhecida por mesclar o estilo com pop e R&B.
Em “Bana Ba”, o telão foi tomado por imagens de naturezas exuberantes, em tom alaranjado, numa possível referência aos safáris da África do Sul. Enquanto isso, seu balé roubou as atenções, intercalando entre passos de sarradas, rebolados e pés deslizantes.
Além de celebrar o amapiano, a artista homenageou o funk brasileiro e balançou bastante sua bunda ao som dos hits funkeiros “Parado no Bailão”, dos MCs L Da Vinte e Gury, e “Tá Ok”, de Kevin O Chris — essa com um remix de “Water”.
Tyla dança em ‘Parado no Bailão’
Além de dançar funk com um gingado que lembra o brasileiro, a artista interagiu bastante com os fãs. Em “No. 1”, ela chegou a descer do palco e levar o microfone até alguns deles, que completaram os versos.
Primeira artista sul-africana a emplacar um hit na Billboard Hot 100 desde 1968, Tyla despontou no ano passado, quando emplacou “Jump” e “Water” em trends no TikTok e paradas musicais. “Water”, inclusive, rendeu à cantora seu troféu Grammy de melhor performance de música africana. Maior sucesso da artista, a faixa encerrou o show.
Na contramão da maioria das popstars de sucesso, Tyla dispensa recursos como a dobra vocal, que consiste no uso de sons pré-gravados como auxílio ao artista. Ela canta tudinho sozinha (e muito bem, por sinal).
Em entrevista ao g1, a cantora havia dito que seu show no Rock in rio seria “uma festa, com danças e energia sul-africana”. E ela cumpriu a promessa sem decepcionar.
Promissora, a artista deve voltar a aparecer em outros festivais no país — e, quem sabe, com performances mais maduras e arrojadas.
Tyla apresenta remix de ‘Water’ e ‘Tá OK’
Tyla convida fãs para cantar ‘No 1.’
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.

Tyla se apresenta no Rock in Rio 2024.
Miguel Folco/g1
Tyla se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.