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Festas e Rodeios

21 séries que vi em 2021

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Este post não é exatamente um ranking (ia demorar tempo demais decidindo qual é minha série favorita e tal), mas uma lista das séries que me marcaram neste difícil ano de 2021, para o bem (a grande maioria) ou para o mal (umas séries horrendas que a gente não precisava ter visto). 
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1. “Hacks” (HBO Max) – Uma comediante consagrada mas já meio em fim de carreira (Jean Smart, que só melhora a cada papel) aceita trabalhar com uma jovem e promissora roteirista de comédia que acaba de ser cancelada por uma piada considerada homofóbica. O que poderia ser o clichezão “conflito de gerações que no fim termina em uma bela amizade” vira uma belíssima série sobre, sim, conflito de gerações e um possível surgimento de uma amizade, mas baseada em duas atuações matadoras, um texto foda e discussões excelentes sobre feminismo, os limites da comédia, assédio e sororidade. É muito, muito boa. 
2. “Only Murders in the Building” (Star +) –  Durante 10 semanas, minhas terças-feiras foram mais felizes porque era o dia em que o Star+ colocava no ar os episódios dessa comédia lindinha e divertidíssima sobre três vizinhos (Selena Gomes, Martin Short e Steve Martin, pensa) que resolvem gravar um podcast de true crime enquanto investigam a morte de um morador do prédio deles, um edifício badaladíssimo de Manhattan (até o Sting mora lá e vira um dos suspeitos). Tem uns momentos bobos de comédia, é verdade, mas o roteiro se desenvolve lindamente, os personagens são exagerados e ótimos, o mistério vai se desenrolando de um jeito bem inesperado e a série ainda tem um excelente gancho pra segunda temporada (que vai vir, eba). 
3. “Reservation Dogs” (Star +) – Essa aqui eu descobri aos 45 do segundo tempo e já virou uma das coisas mais legais que eu vi neste ano. É a vida de adolescentes indígenas numa cidadezinha que faz parte de uma comunidade de nativos americanos. É tão, mas tão legal e fofa e divertida. Quase nada acontece efetivamente, a gente fica ali vendo eles serem adolescentes, basicamente. E é uma das coisas mais cool que eu vejo em anos. Apaixonei. 
4. “Mare of Easttown” (HBO Max) – Sei que é meio lugar comum falar isso, mas Kate Winslet está magistral nessa minissérie, no papel de uma policial numa cidadezinha de interior que investiga um crime brutal enquanto tenta manter a própria sanidade depois de uma tragédia em sua família. Os personagens são excelentes e as atuações são tão boas que a história (ótima também) acaba meio que ficando em segundo plano. Em resumo, imperdível. 
Master of None
Divulgação/Netflix
5. “Master of None (Moments in Love)” (Netflix) – Veja bem: eu detesto as primeiras temporadas dessa série. Acho a primeira ruim, não consegui passar do começo da segunda. Mas com Aziz Ansar meio que cancelado, essa terceira temporada é protagonizada por Lena White (que vive a Denise nas duas primeiras), que também assina o roteiro. Os cinco episódios mostram a relação amorosa de Denise e sua mulher, Alicia, que passam a viver numa casona no interior. Você vai achar que estou exagerando, mas não estou: é uma das melhores coisas do ano.
6. “Dopesick” (Star+) – Essa série que estreou no finalzinho do ano com um tema pesadíssimo me ganhou tipo nos primeiros dez minutos do primeiro episódio. É sobre o começo da epidemia de opióides que já matou mais de 500 mil pessoas nos EUA, desde que uma farmacêutica conseguiu o direito de vender milhões de comprimidos de um remédio contra a dor altamente viciante ao mentir dizendo que não viciava. A série é bem impactante, mostra a vida de um monte de gente sendo devastada, a luta de investigadores e promotores para responsabilizar a empresa e os bilionários donos da farmacêutica só ficando mais bilionários. Tem uma atuação belíssima do Michael Keaton, minha aposta pra prêmios de melhor ator do ano que vem.  
7. “Ted Lasso” (Apple TV+) – O troféu de série good vibe de 2021 vai para essa fofíssima comédia que, à primeira vista, parece só a história de um cara muito bocó. Mas o treinador bonzinho e bigodudo vivido por Jason Sudeikis é um dos personagens mais legais do ano (junto com seu time, dirigentes e comissão técnica), e cada episódio dessa série sobre um time de futebol inglês deixou a gente um pouquinho mais feliz num ano tão bosta como foi este. 
8. “Physical” (Apple TV+) – Rose Byrne (de “Damages”, lembra?) arrasa demais como uma dona de casa frustrada, ansiosa e bulímica que descobre na ginástica aeróbica uma motivação para sair do seu ciclo autodestrutivo. A série, ambientada na Califórnia no começo dos anos 80, é uma das coisas mais originais e inesperadas do ano. Tristemente esquecida em muitas listas de melhores do ano. Não nesta aqui. Vá atrás. 
9. “The Other Two” (HBO Max) – Acho que nunca dei tanta risada em tão pouco tempo quanto quando vi os primeiros episódios dessa série sobre os irmãos mais velhos e meio losers de um prodígio da música estilo Justin Bieber. Daquelas comédias com 1200 referências pop por cena, dá pra rir em muitos níveis. Tem duas temporadas completas na HBO Max. E tem a casa do Justin Theroux. 
10. “White Lotus” (HBO Max) – Pra mim não chegou a ser a melhor coisa do ano, como andei vendo em umas listas por aí. Mas mesmo sem ter enxergado essa grandiosidade toda na história, foi bem divertido acompanhar uma semana na rotina de um resort de luxo no Havaí, a interação de hóspedes e funcionários, os personagens que em 90% do tempo se comportam como perfeitos idiotas, o privilégio eterno dos brancos ricos e o mistério “quem, afinal, vai morrer”. E a suíte pineapple, claro.  
Ator Lee Jung-jae é o protagonista de “Round 6”
Divulgação
11. “Round 6” (Netflix) – Foi meio impossível conseguir ficar sem assistir à série mais badalada do ano – e a mais vista da história da Netflix. A série, sul-coreana, tem uma história bem pesada e violenta sobre um grupo de desempregados e endividados que aceita participar de gincanas mortais em troca de um prêmio milionário – só pra quem conseguir chegar vivo no final, obviamente. Tem uns episódios ótimos, fiquei extremamente apegada aos personagens, chorei copiosamente mais de uma vez e acho que se tiver uma segunda temporada lá estarei eu assistindo (contanto que não tenha os vips, claro). 
12. “Wandavision” (Disney +) – Contrariando todo mundo que dizia que para poder ver as séries de herói do Disney + é preciso ter visto todos os 40 filmes do MCU, não só vi como adorei “Wandavision”, sem fazer a menor ideia de quem eram Wanda e Visão. Um casal de heróis está preso no que parece ser uma outra dimensão, vivendo uma vida de sitcom americana – a cada episódio, uma sitcom de uma década diferente. É tudo bem feito e maluco demais. Não curti muito o final de bruxas e lutas com raios e não sei o quê, é verdade, mas nada que tenha estragado a experiência. E nada que tenha me dado vontade de ver algum filme da Marvel, também. 
13. “Evil” (Globoplay) – Chegou este ano por aqui a segunda temporada dessa seriezinha bem boa estilo “caso do dia”, sobre um trio que investiga eventos supostamente sobrenaturais a mando da igreja católica. Um padre (gato), uma psicóloga mãe de quatro filhas e um especialista em tecnologia passam os episódios investigando supostas possessões demoníacas, milagres, profecias e acontecimentos bizarros. Entre um caso e outro, a gente vai se apegando aos personagens e suas historinhas pessoais. Tem uns episódios bem perturbadores mas nunca perde a ternura. 
14. “Kevin can F* Himself” (Prime Video) – A série tem uma proposta ousada – misturar sitcom com drama para mostrar um relacionamento abusivo e uma esposa que planeja a morte do marido. Alison, vivida por Annie Murphy (de “Schitt’s Creek”), é personagem de uma comédia machistona, daquelas com cenário fixo e  claque, sobre um casal desajustado, em que o marido paspalhão só liga pros amigos e trata a mulher como lixo. Quando ela sai da presença do marido, a série ganha tons sombrios e vira um drama em que ela planeja a morte do marido por overdose. Embora ainda falte uma conexão maior entre as duas partes – o que acontece só lá pro fim da temporada – “Kevin can F*” é interessantíssima e ousada e meio difícil de largar. 
15. “For All Mankind” (Apple TV+) – A série grandiosa e rica da Apple (só a incrível trilha sonora já deve custar o orçamento de metade dessa lista) sobre uma realidade alternativa em que a corrida espacial entre EUA e Rússia continuou após a chegada à Lua é ótima, embora um tantinho cansativa. A primeira temporada é muito, muito boa, a segunda temporada – que dá um salto de uns dez anos – demora demais para engatar e tem mais personagem do que a gente consegue acompanhar como deveria. Mas termina de forma grandiosa e lá estarei eu para ver o terceiro ano. 
16. “Mythic Quest” (Apple TV +) – Comediazinha excelente sobre uma produtora de um game de RPG muito bombante, “Mythic Quest” é aquela série sobre ambiente tóxico no trabalho, gênios cheios de ego e muita gente sem noção. A primeira temporada é demais, a segunda se perde de leve, e a terceira já está garantida pra 2022. Vai, que vale. 
17. “Flack” (Paramount +) – Essa aqui nem é de 2021, mas descobri este ano então está valendo (já que a lista é minha, né). Anna Paquin  está ótima no papel de uma relações públicas que trabalha com gente muito famosa com muitos segredos a esconder enquanto ela mesma tem meio que uma vida dupla. Seriezinha boa para ver sem muito compromisso. Todos os personagens são bons e as histórias envolvendo os famosos em cada episódio são bem divertidas. Falta só o Paramount resolver estrear a segunda temporada. 
18. “Love Life” (HBO Max) – A segunda temporada da série sobre relacionamentos tem William Jackson Harper (o Chidi de “The Good Place”) como um cara recém-separado em busca de um relacionamento (ou não) em Nova York. Ótimos personagens, historinhas bacanas, episódios curtinhos e sempre bem bons. Dá pra se apegar. 
19. “Falcão e o Soldado Invernal” (Disney +) – Outra das séries do tal universo Marvel, com personagens sobre os quais nunca tinha ouvido falar. E outra que achei divertidíssima. Um climinha meio de espionagem (me lembrou “Alias”), personagens carismáticos, uma história boa e mais uma prova de que referências são meio supervalorizadas às vezes. 
20. “Nine Perfect Strangers” (Prime Video) – Se tem uma série que veio cheia de expectativa foi essa: baseada num livro da autora que escreveu a incrível “Big Little Lies”, com o mesmo produtor, grandes nomes no elenco (Nicole Kidman, peruca da Nicole Kidman, Melissa McCarthy, Bobby Cannavale, Michael Shannon etc etc), produção riquíssima. A série começa superbem, apesar do sotaque uó da Nicole Kidman, de sua peruca horrorosa e tal. Me empolguei bastante no começo, estava apegadíssima até o meio da temporada, mas ali pro final a coisa dá uma bela descambada e fica tudo meio ridículo.  
21. “Morning Show” (Apple TV +)  – A segunda temporada de “Morning Show” é a pior coisa que podia ter acontecido com a sensacional primeira temporada, que é impecável (se você não viu, vale ver fingindo que é uma minissérie, vai por mim). Estragaram a série num nível devastador. Atuações horrendas (Jennifer Aniston no pior momento de sua carreira, sem dúvida), histórias que não fazem o menor sentido ou são deixadas pela metade, e o pior final de todos os tempos. Que tristeza.
Tirando isso, tentei ver “Your Honor” (Paramount +), com o Bryan Cranston, mas larguei no meio; tentei ver “Y: The Last Men” (Star +), mas larguei no terceiro; assisti a “The Chair”, a série da Sandra Oh no Netflix, mas que coisa mais bobinha; empolgada pelas séries acima citadas do Disney + fui ver “Loki”, a coisa mais chata do ano, talvez;
Contrariando a febre mundial de achar essa série a coisa mais genial do mundo, nem terminei (ainda) a terceira temporada de “Succession” (HBO Max); finalmente terminei de ver “Better Call Saul” (Netflix) e a série vai melhorando bem ao longo das temporadas, mas ainda não enxerguei essa genialidade toda; ainda estou presa no meio da quarta temporada de “Search Party” (HBO Max), uma das séries mais geniais da vida mas na qual empaquei;
Estou empolgada mas com um pé atrás com a aparentemente ótima “Yellojackets” (Paramount +), uma mistura de “Lost” com “Friday Night Lights”. E ansiosíssima para ver “Station Eleven” (HBO Max), baseada num livro ótimo.
Então é isso. Feliz ano novo.

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Rock In Rio: Unindo tecno ao carimbó, Gang do Eletro e Suraras do Tapajós prometem agitar festival

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As atrações paraenses se apresentam no próximo sábado, dia 21 de setembro, no espaço Global Village Gang do Eletro e Suraras do Tapajós se apresentam no Rock In Rio 2024
Reprodução/Redes Sociais
Uma apresentação inédita de ritmos da periferia paraense está prestes a fazer história no Rock in Rio 2024. No próximo sábado (21), a Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós se unirão para agitar o espaço Global Village, oferecendo ao público uma mistura entre as sonoridades do eletromelody e as tradições rítmicas da região amazônica.
O espetáculo foi criado especialmente para o festival, com o objetivo de ressaltar a importância de preservar e valorizar as culturas indígenas e periféricas, além de refletir sobre como as raízes culturais influenciam as inovações do futuro.
Gang do Eletro faz sua estreia em um dos maiores festivais de música do mundo
Gang do Eletro
Tatiana Laiun
Em entrevista ao g1 Pará, Keila Gentil, a voz da feminina da Gang do Eletro, compartilhou as expectativas e deu um spoiler de como será a apresentação no Rock in Rio.
De acordo com artista, que possui mais de 20 anos de trabalho musical no Pará, sendo mais de 15 deles só na Gang do Eletro, revelou que essa oportunidade é a realização de um sonho não só deles, mas de vários artistas paraenses.
“Estamos muito felizes por se tratar de uma realização nossa ir lá representar o nosso estado, a nossa cultura, coisa que muitos artistas paraenses gostariam de estar realizando junto com a gente”.
Keila, que é reconhecida por dar voz a obras que contemplam as batidas contagiantes do tecnomelody, que mistura música eletrônica com gêneros regionais, como o brega, o calypso e o carimbó, conta que levar a cultura musical paraense para os palcos do Rock in Rio é uma excelente oportunidade de dar ainda mais visibilidade ao povo paraense.
“Levar essa representação para o palco, o Tecnobrega, a música raiz das aparelhagens, das equipes é incrível e esse é o tema principal do nosso show, junto com as Suraras do Tapajós, que vão levar o carimbó. Isso é não só importante, como uma grande oportunidade de levar a nossa música”.
Apesar de ser a primeira apresentação no RIR, grupo tem carreira nacional e internacional já construída
A artista conta que, apesar de ser a primeira apresentação do grupo nos palcos do Rock in Rio, a Gang do Eletro tem uma carreira sendo construída no mercado nacional e internacional, e relembra alguns dos principais eventos que marcaram o grupo.
“A Gangue do Electro tem história, tem legado. No Brasil, no início, quando a gente ainda estava caminhando por aí, o Tecnobrega não era conhecido, então a gente levou o ritmo, o Electromelody, melhor dizendo, para grandes programas de TV, para novelas das principais redes de televisão do país, além de prêmios, como o do Multishow,. Cantamos também na abertura dos Jogos Olímpicos, então muita coisa grande já foi, muita semente já foi plantada”.
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Gang do Eletro e Suraras do Tapajós
O Liberal / Cristino Martins
Keila afirma que está na expectativa dessa parceria com o grupo de carimbó Suraras do Tapajós, uma vez que trata-se de uma união que reflete o que mais tem de bonito na cultura do Pará.
“As músicas do Gang já estão no dia a dia aqui das aparelhagens do Pará e tem muitas que estão tocando por aí pelo país. A gente espera encontrar um público bom lá e, claro, encontrar o povo do Pará por lá. Então, por mais que tenha uma galera que não saiba, que não conheça e que esteja assistindo pela primeira vez, a gente espera que a nossa galera ajude a puxar o bonde do povo para dançar, para agitar, para endoidar, como a gente fala”.
Grupo de Carimbó Suraras do Tapajós garante a ancestralidade da cultura paraense
Grupo Suraras do Tapajós
divulgação
Considerado o primeiro grupo de carimbó do Oeste do Pará e o único do Brasil composto apenas por mulheres, o Suraras do Tapajós é um grupo musical que tem como objetivo dar voz à cultura dos povos do Baixo Tapajós, no Pará.
Karol Pedrosa, uma das artistas do grupo, conta é uma grande responsabilidade levar aos palcos do Rock in Rio a cultura ancestral amazônica, que retratam a rotina e as histórias dos povos tradicionais.
“Estamos com as melhores expectativas e preparadíssimas para subir no palco do Rock in Rio pela primeira vez. Levamos conosco um pouco de tudo da nossa região amazônica e dividir o palco com a Gang do Eletro, além de um grande desafio ao unir a música ancestral com o ritmo que vem das periferias, será um grande prazer fazer essa conexão do carimbó com o tecno. Um momento único! Um momento histórico!”.
A cantora destaca que o Suraras é um dos poucos grupos que fazem parte das atrações do festival que representam a região amazônica e que, com isso, cabe à elas representar outros artistas do Norte.
“Estamos muito felizes em poder levar nossas vozes, nosso tocar, nossa arte, cultura e tradição como mulheres indígenas, dos beiradões, e das periferias. Vamos aldear o Rock in Rio com a força dos nossos ancestrais e dos nossos encantados”.
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Cyndi Lauper fala da volta ao Brasil: ‘Parecia que todo mundo já tinha cantado no Rock in Rio, menos eu’

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Ao g1, ela explica por que não se cantava em festivais, exalta novas cantoras como Chappell Roan e se surpreende com line-up só de mulheres nesta sexta (20): ‘Achei essa ideia ótima.’ Cyndi Lauper nunca cantou no Rock in Rio, mas essa injustiça será corrigida nesta sexta-feira (20), dia do festival apenas com mulheres no line-up. Ao ser informada pelo g1 sobre isso, ela se empolga: “A irmandade é uma coisa poderosa, baby”.
Em entrevista algumas vezes interrompida pelos latidos de seu cachorro, Cyndi explicou por que não costumava cantar em festivais quando viveu o auge da carreira nos anos 80. São dessa década hits como “Girls Just Want to Have Fun”, “Time After Time”, “She Bop” e “True Colors”, que devem aparecer no setlist.
Ao g1, a cantora novaiorquina de 71 anos também exaltou a força de novas cantoras, como Chappell Roan; e falou rindo sobre a performance recente no festival Glastonbury, quando sofreu com problemas técnicos e foi criticada por isso.
g1 – Em junho, você se apresentou no festival de Glastonbury. Como foi sua experiência? Podemos dizer que o show do Rock in Rio terá uma apresentação parecida?
Cyndi Lauper – Eu vou apresentar um pouco do que fiz no festival, mas não tudo. E pode ter certeza que eu usarei um sistema de som diferente, com certeza… [risos] até para que eu possa me ouvir. Mas no Glastonbury ainda me diverti muito. Eu nunca havia cantado lá ou tocado em festivais. Eu simplesmente não fazia isso quando era mais jovem, mas eu só queria fazer isso antes de… você sabe, bem, antes de não poder mais cantar. Estou animada para fazer isso. Todo mundo conhece o Rock in Rio, porque todo mundo assistiu aos shows na internet ou na TV. Eu sempre quis cantar aí. Parecia que todo mundo já tinha cantado no Rock in Rio, menos eu. E eu fico vendo o line-up, meu Deus, tem Karol G, Ivete Sangalo vai cantar… e depois tem a Katy Perry. É um dia muito bom, nossa, tem a Angélique Kidjo… Amo ela. Você conhece?
g1 – Sim, claro, ela sempre se apresenta nos festivais do Rock in Rio… Esse seu dia é o “Dia Delas”, em todos os palcos só há mulheres. Sabia disso?
Cyndi Lauper – Olha só! Não sabia, mas fico feliz em saber. A irmandade é uma coisa poderosa, baby. Muito poderosa. Eu achei essa ideia ótima.
g1 – Você disse que não teve a chance de tocar em festivais quando era mais jovem. Por quê?
Cyndi Lauper – Bem, acho que meu empresário sempre se preocupou com o fato de quase não existirem passagens de som. Se eu não conseguisse me ouvir, como eu soaria? Mas daí fui ficando mais velha, passei a ter uma boa equipe de som e agora eu consigo me ouvir. Então, você acaba tendo mais confiança em sair por aí para cantar.
Cyndi Lauper em foto do ensaio da capa do álbum ‘She’s so unusual’, de 1983
Divulgação
g1 – O que significava ser feminista quando você começou e o que significa ser feminista hoje?
Cyndi Lauper – Você nunca pode parar. Não tem volta, não tem motivo para olhar pra trás. As liberdades civis são importantes para todas as pessoas. E, como mulher, todas nós pagamos impostos iguais aos homens. As mulheres não recebem uma redução de impostos por não terem os mesmos direitos civis que os homens. Você tem que se defender e votar, e descobrir quem pode te representar e quem vai lutar por você. Eu estou nessa batalha, porque é disso que se trata fazer música. Com a música você pode unir as pessoas e tratar de temas importantes.
g1 – A última vez que conversamos, uns 15 anos atrás, eu perguntei sobre Lady Gaga, e você disse que a amava. E agora eu gostaria de saber o que você acha da Chappel Roan, outra estrela pop incomum. Você gosta dela? O pop é meio cíclico, né?
Cyndi Lauper – Ela é… sim, ela é tão legal. O cabelo, pô. Eu amo tudo isso. Podemos falar sobre a imagem dela, porque ela é uma artista performática. Mas todos os artistas dos anos 80 eram artistas performáticos. Quando fizemos vídeos… eles são arte performática, certo? Então, o visual era muito importante e isso mudou tudo o jeito de fazer música pop. Eu acho que a parte visual e a parte musical dela são cativantes. E eu acho que é ótimo ver uma jovem cantora vibrante como ela.
Novas artistas femininas continuam falando sobre os tempos em que vivemos e como tudo isso as afeta. Esse tipo de artista é muito vital para a nossa civilização, porque é isso que as artes sempre fizeram. Elas sempre registraram os tempos em que vivemos e todos nós queremos promover uma mudança de pensamento. Para que você não tenha que crescer com alguém reprimindo o que você pensa.
VÍDEO: As atrações do “Dia Delas” no Rock in Rio
Rock in Rio 2024: o melhor do dia 20

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Ferrugem monta ranking de vozes mais potentes do Rock in Rio; veja VÍDEO

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Cantor se apresentou nesta quinta no Palco Sunset. Em entrevista ao g1, ele falou da força do pagode no festival: ‘Provei que santo de casa faz milagre’. Ferrugem faz ranking de headliners no Rock in Rio
A pedido do g1, o cantor Ferrugem topou o desafio de montar um ranking com as vozes mais potentes entre as principais atrações internacionais do Rock in Rio (assista ao vídeo acima).
Sobre o topo da lista, o cantor foi categórico: “Mariah Carey é a 1ª. Esse gogó aí… Não tem para onde correr!”. Entraram também na lista: Ed Sheeran, Akon, Ne-Yo, Joss Stone, Shawn Mendes, Amy Lee (vocalista Evanescence), Cyndi Lauper e Gloria Gaynor.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Ferrugem se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
10 anos de carreira
O cantor se apresentou no Palco Sunser do festival nesta quinta-feira (19). Ele celebrou os dez anos de carreira em grande estilo: levando o gênero pagode pela primeira vez ao Palco Sunset, um dos principais do Rock In Rio. Esta, no entanto, é a segunda vez que o cantor marca presença na Cidade do Rock. Na edição de 2022, Ferrugem foi uma das atrações do Palco Favela.
Ferrugem mostra uma das melhores vozes do Rock in Rio em edição mais pagodeira da história; saiba como foi o show
“Ter vindo para cá [Palco Sunset] só mudou a direção mesmo. O mais interessante não é trocar de palco, porque eu não enxergo isso como subida de degrau. Eu acho que é voltar mais uma vez ao festival. Isso mostrou que a galera gostou do que a gente fez há dois anos atrás”, disse o intérprete de “Atrasadinha” ao g1.
Ferrugem também falou sobre os comentários negativos sobre a abertura do festival a gêneros brasileiros mais populares, como o próprio pagode.
“Provei que santo de casa faz milagre sim. (…) O público me carregou no colo de início ao fim. Não sou só eu, o Ferrugem. É o pagode. Esse segmento, essa cultura, o samba, que é, sim, super bem-vindo aqui dentro do Rock in Rio.”
Assista à entrevista de Ferrugem ao g1 no VÍDEO abaixo.
g1 no Rock in Rio: Entrevista com Ferrugem

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