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Festas e Rodeios

Alaíde Costa dá voz e vida às canções de amores paulistas do compositor Eduardo Santhana

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Aos 86 anos, cantora carioca lança álbum um mês após edição de disco com registros inéditos da década de 1970. Capa da edição em CD do álbum ‘Canções de amores paulistas – Alaíde Costa canta Eduardo Santhana’
Jardiel Carvalho
Resenha de álbum
Título: Canções de amores paulistas – Alaíde Costa canta Eduardo Santhana
Artistas: Alaíde Costa e Eduardo Santhana
Edição: MCK
Cotação: * * * *
♪ “Meu amor parece escuro / Porque o tempo anda nublado / Meu amor parece crime / Só que nunca foi provado”, canta Alaíde Costa, evidenciando a poesia dos versos de Meu amor parece, samba-canção composto por Eduardo Santhana com letra de Sérvulo Augusto.
De lirismo sublinhado na gravação pelo sopro das flautas de Teco Cardoso, a música Meu amor parece abre o álbum Canções de amores paulistas – Alaíde Costa canta Eduardo Santhana, editado pela gravadora MCK, inclusive no formato de CD, um mês após o selo Discobertas ter posto no mercado fonográfico outro álbum inédito de Alaíde, Antes e depois, produzido com registros dos anos 1970.
Gravado em setembro deste ano de 2021 e lançado em 8 de dezembro, dia do 86º aniversário dessa grande cantora carioca projetada no universo da bossa nova, o disco Canções de amores paulistas é songbook do cantor, compositor e violonista paulistano Eduardo Santhana.
Revelado na década de 1990 como integrante do grupo Trovadores Urbanos, Santhana contabiliza sete títulos na discografia solo. Canções de amores paulistas é o 20º álbum da carreira fonográfica do artista.
Gravado com produção musical e arranjos orquestrados pelo próprio Eduardo Santhana com Michel Freidenson, o disco evolui bem em temperatura linear, aclimatado pelo canto aconchegante de Alaíde Costa.
A cantora é a solista de músicas como a canção Vazio (Eduardo Santhana e Isolda), a bela balada Meio a meio (Eduardo Santhana e Carlos Henry) – ode à resiliência de amor sofrido que “tirou o sono de Deus” – e os sambas-canção Casaco de maresia (Eduardo Santhana e Adriana Florence) e Lua linda (Eduardo Santhana e Nelson Motta).
A alta qualidade do canto da artista faz jus e dá pleno sentido aos versos “Voz do sentimento / Dama da canção / Alaíde, alaúde / Toca o coração”, escritos para Alaíde, alaúde (Eduardo Santhana), música em que, no fim do disco, o compositor celebra a cantora que lhe dá voz neste álbum formatado em molde tradicional com cama instrumental armada por músicos como Duda Neves (bateria), Sylvio Mazzucca Jr (baixo), Michel Freidenson (piano e teclados) e o próprio Eduardo Santhana ao violão.
A balada Amada pra sempre – cantada por Alaíde somente com o toque do piano de Michel Freidenson, em atmosfera de música de câmara – exemplifica o clima à meia-luz em que o disco foi ambientado.
Contudo, Anjo meu (Eduardo Santhana) abre o tempo e deixa entrar mais luz quando, após se insinuar como acalanto, caminha na pisada do baião, seguindo o chamado do acordeom de Lulinha Alencar e dos vocalizes de Santhana. O mesmo acordeom de Lulinha Alencar sobressai sobre a base instrumental de Sal (Eduardo Santhana e Alfredo Gasparette).
A alta voltagem poética das 13 canções de amores paulistas flui bem na voz de Alaíde Costa, que divide com o compositor as interpretações de músicas como Nunca mais (Eduardo Santhana), Canta (Eduardo Santhana e Juca Novaes) – faixa iniciada a capella por Alaíde – e a envolvente Cantiga do renascer (Eduardo Santhana e Estevão Maya Maya).
Com afinação e correção, o cantor sola Cláudia (Eduardo Santhana) sem igualar o poder de sedução da intérprete convidada a iluminar obra que até então permanecia à sombra. Mais do que voz, Alaíde Costa dá vida às bonitas canções dos amores paulistas de Eduardo Santhana.

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Gaby Amarantos alfineta Rock in Rio ao cobrar presença de artistas do Pará em show de MPB no festival

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‘Pará tem muitos artistas que poderiam estar nesse palco’, disse a cantora. Em abril, anúncio da programação do Dia Brasil sem nomes do estado foi criticado. Gaby Amarantos se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
A cantora Gaby Amarantos aproveitou sua rápida participação no Rock in Rio, neste sábado (21), para alfinetar o festival. Em um show com outros astros da MPB, ela cobrou mais representatividade paraense na programação.
“O Pará tem muitos artistas incríveis, que poderiam estar nesse palco, principalmente nossas artistas mulheres”, disse.
Gaby foi escalada para um bloco de apresentações de MPB no Dia Brasil do Rock in Rio, com line-up dedicado apenas a artistas nacionais.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Em abril deste ano, quando a programação foi divulgada sem nomes do Pará, público e artistas criticaram o festival.
“O maior festival de música do país tem um Dia Brasil e nos coloca da porta pra fora”, escreveu a paraense Fafá de Belém no Instagram. “A Amazônia não faz parte do Brasil? A cultura amazônica, nortista, não é parte deste país? Onde está Dona Odete, Gaby Amarantos, vencedora do Grammy, Joelma, Aíla, onde estou eu?”.
Em nota divulgada em meio à polêmica, o Rock in Rio disse que ainda não havia finalizado as negociações da programação do Dia Brasil. Depois, incluiu no line-up, além de Gaby, Zaynara, Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós.
Ao surgir para cantar o hit “Ex My Love”, Gaby Amarantos já havia avisado ao público que foi a primeira cantora do estado a pisar no Palco Mundo. Ela cantou outras três músicas e passou a bola para a baiana Majur.
Problemas no som
Daniela Mercury
Miguel Folco/g1
Em um dia de shows com horários atrasados, astros da MPB fizeram uma apresentação corrida no Palco Mundo, que enfrentou problemas técnicos. O som dos instrumentos ficou com volume desregulado e, em alguns momentos, o batuque muito alto da percussão assustou o público.
Além de Gaby Amarantos e Majur, Ney Matogrosso, Zeca Baleiro, Carlinhos Brown, Daniela Mercury e a banda Baiana System se revezaram no Palco Mundo, cantando de três a nove músicas cada um.
Carlinhos e Daniela foram os que tiveram mais espaço, na metade final da apresentação. Ele pediu o fim da homofobia ao apresentar “A Namorada” e, cantando um trecho do clássico “Mais que Nada”, homenageou Sergio Mendes, músico que espalhou a bossa nova pelo mundo e morreu neste mês.
Já a cantora entrou com o microfone desligado. Com o som já normalizado, ela mostrou sucessos do carnaval da Bahia, com o público abrindo rodas de dança. Em “Macunaima”, gritou em defesa da Amazônia e dos povos indígenas.
Margareth Menezes, anunciada na programação do show, não participou.
Carlinhos Brown no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1

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Luan Santana cancela participação no Rock in Rio 2024 por causa de atraso do festival

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Sertanejo tem show em SC no mesmo dia e atraso de mais de uma hora inviabilizou apresentação. Luan Santana percorre 17 anos de carreira com multidão na Arena da Festa do Peão de Barretos 2024
Érico Andrade/g1
Luan Santana cancelou sua participação no Rock in Rio 2024, neste sábado (21), por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
O cantor tem uma apresentação em São José (SC) no mesmo dia.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.

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VÍDEOS Rock in Rio: o melhor do dia 21/9

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