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Festas e Rodeios

‘Não Olhe Para Cima’: um cometa de 10 km pode destruir a Terra? Essa e outras questões sobre o filme da Netflix

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Novo filme estrelado por Leonardo Di Caprio e Jennifer Lawrence pinta cenário apocalíptico com sátira. Mas o que a ciência diz? Novo filme estrelado por Leonardo Di Caprio e Jennifer Lawrence pinta cenário apocalíptico com sátira
Netflix via BBC
“Não Olhe para Cima”, o novo filme da Netflix, retrata um cenário fictício que já foi tema de outras produções cinematográficas, mas dessa vez de forma bastante distinta.
Com uma boa dose de sátira, o longa vem gerando repercussões nas redes sociais por refletir nossa realidade e levantar questionamentos sobre a propagação da desinformação.
No Brasil, não foi diferente. Em sua conta oficial no Twitter, a microbiologista Natalia Pasternak, que se tornou referência em comunicação relacionada à ciência durante a pandemia de covid no Brasil, foi uma das que elogiou o filme.
Ela diz que chegou a ser ver como uma das personagens do filme, em que as afirmações feitas por cientistas não são levadas a sério.
Seu enredo é simples: dois astrônomos, estrelados por Leonardo Di Caprio e Jennifer Lawrence, descobrem que um cometa está prestes a chegar à Terra e irá destruir completamente nosso planeta.
Provavelmente, você já viu filmes parecidos.
Mas o grande diferencial é que ninguém acredita nos dois cientistas.
O filme, dirigido por Adam McKay, explora o papel da mídia, da política, das redes sociais e da própria ciência na reação que a humanidade teria diante de tal evento.
Mas um meteorito de 10 km poderia destruir a Terra? Confira essas e outras questões científicas sobre o filme.
O que são cometas? Qual é a diferença entre cometas, asteroides, meteoros, meteoroides e meteoritos?
Os cometas são objetos primitivos do Sistema Solar, formados há cerca de 4,6 bilhões de anos, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).
Seu nome vem do grego kometes, que significa “cabelos longos”, devido à cauda leve e marcante que os caracteriza.
Os cometas são feitos principalmente de gelo, que evapora parcialmente quando passam perto do sol.
Ninguém acredita na descoberta dos astrônomos
Netflix via BBC
A cauda do cometa, por sua vez, é feita de poeira e gás, liberados quando a superfície do astro evapora com o calor do Sol.
Existem milhões de cometas, localizados em regiões distantes e frias do Sistema Solar, como o cinturão de Kuiper, um anel de corpos gelados localizado fora da órbita de Netuno.
Os asteroides, por outro lado, são objetos feitos de rocha e não de gelo, como os cometas. Eles são menores que um planeta, mas maiores que um meteoroide.
A maioria dos asteroides do Sistema Solar está localizada no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter.
Quando um asteroide ou cometa colide com outro, ambos os corpos se fragmentam em pedaços menores chamados meteoroides.
Quando um meteoroide entra na atmosfera da Terra, ele se torna um meteoro.
Os meteoros são as estrelas das estonteantes “chuvas de meteoros”. Embora não sejam exatamente estrelas, são popularmente chamados de “estrelas cadentes”.
O feixe de luz dos meteoros às vezes pode ser confundido com cometas.
Por fim, os meteoritos são meteoros que conseguem passar pela atmosfera terrestre e cair como rochas na superfície do nosso planeta.
Qual a probabilidade de um meteoro atingir a Terra?
Segundo a Nasa, a agência espacial americana, cerca de 100 toneladas de material interplanetário caem na Terra diariamente. A maior parte desse material é poeira liberada de cometas.
O Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (Unoosa) define uma categoria de corpos espaciais chamada Objetos Próximos à Terra (NEO).
Um asteroide ou cometa é considerado um NEO quando está a cerca de 50 milhões de quilômetros da órbita da Terra.
Como referência, a Lua está a 384.400 km da Terra.
Em 17 de dezembro de 2021, a Nasa registrou quase 28 mil NEOS desde 1980. Desses, 117 são cometas e o restante são asteroides.
Entre eles, 2.238 foram classificados como “Asteroides Potencialmente Perigosos”, pois passaram a 4,7 milhões de km da órbita da Terra e tinham mais de 140 metros de tamanho.
Mas também, em uma média a cada 10 mil anos, existe a possibilidade de que asteroides com mais de 100 metros possam impactar a Terra e causar desastres em nível local ou gerar ondas que inundem áreas costeiras.
A Nasa também estima que a cada “várias centenas de milhares de anos”, um asteroide com mais de um quilômetro pode atingir a Terra.
Se isso acontecer, os detritos se espalharão pela atmosfera. Eles causariam chuva ácida, a luz do sol seria parcialmente bloqueada e as rochas voltariam às chamas na Terra.
Estima-se que o meteorito que causou a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos tinha entre 10 e 15 km de largura.
Meryl Streep é presidente dos Estados Unidos no filme
Netflix via BBC
A Nasa afirma que “nenhum asteroide conhecido apresenta um risco significativo de impacto com a Terra nos próximos 100 anos.”
O maior risco é representado por um asteroide denominado FD 2009, que no ano de 2185 terá menos de 0,2% de chance de impactar o planeta.
Existem protocolos e mecanismos de defesa contra meteoritos que podem ameaçar a Terra?
Tanto a ESA quanto a Nasa têm escritórios de defesa planetária dedicados ao monitoramento de NEOS.
A missão desses escritórios é identificar e rastrear a trajetória de objetos que possam representar um risco para a Terra, definir suas características, avaliar as consequências de um possível impacto, compartilhar as informações com outros órgãos e desenvolver métodos para desviar asteroides.
Em novembro, a NASA e a ESA lançaram a primeira missão para desviar um asteroide.
Trata-se da DART, que tem como objetivo colidir com o asteroide Dimorphos e mudar seu curso.
Esse asteroide não representa nenhum risco para a Terra, mas a ideia é testar a tecnologia que um dia pode ser necessária para desviar um asteroide perigoso de seu curso.
Entre os métodos que a NASA vê como mais viáveis ​​está desviar o caminho do asteroide, seja pela força da gravidade de outro objeto ou atingindo o asteroide, como o DART fará. O uso de explosivos nucleares deve ser “o último recurso”, segundo a agência.
No Twitter, DiCaprio criticou fake news
Netflix via BBC
É possível extrair riqueza de meteoritos?
Asteroides que passam perto da Terra têm potencial para um dia ser explorados como matéria-prima, diz a Nasa.
Os asteroides podem conter metais como ferro, níquel, platina e ouro, que podem ser usados ​​para gerar combustível para foguetes e construir estruturas no espaço.
Segundo a Nasa, estima-se que a riqueza mineral acumulada no Cinturão de Asteroides seria equivalente a cerca de US$ 100 bilhões para cada pessoa na Terra.
Em 2020, um estudo calculou que o asteroide Psyche 16, descoberto em 1852, continha uma quantidade de metais equivalente a US$ 10 quintilhões (10.000.000.000.000.000.000).
Ou seja, cerca de 70 mil vezes mais do que o valor total da economia global em 2019, que foi de US$ 142 trilhões.
Em 2022, a Nasa e a SpaceX, do bilionário Elon Musk, planejam lançar uma espaçonave que deve chegar ao Psique 16 em 2026.
Assista ao Trailer de ‘Não Olhe Para Cima’

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Pra Sempre Rap tem Djonga no meio do povo e Xamã com tributo a Marília Mendonça no Rock in Rio

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Show em homenagem ao rap trouxe sete representantes com seus respectivos pocket shows na noite deste sábado (22) no Rock in Rio. Leia crítica do g1. Djonga vai pra roda no meio do público no Rock in Rio
Na maior parte do tempo do show Para sempre Rap, quase não houve interações entre os convidados, e a sensação foi a de que eram apresentações independentes e não um encontro de fato do rap nacional em si.
O resultado, no entanto, engrenou bem, já que esses convidados eram grandes e bons nomes da cena com sucessos consistentes.
Rincon Sapiência, Karol Conka, Xamã, Rael, Djonga, Marcelo D2 e Criolo apresentaram músicas relevantes das suas carreiras, quase sem interações entre eles, diferentemente do que aconteceu em outros tributos, como o de samba e de sertanejo.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Xamã canta sucesso ‘Malvadão 3’ no Palco Sunset do Rock in Rio
Rincon Sapiência abriu o show com uma gravação de áudio com outros nomes importantes para a história da cena, como Racionais e Sabotage. “Afro rep” foi a primeira música do artista.
Ele tentou muito ganhar a plateia que nesse início de apresentação parecia apática. Ricon conseguiu engatar as mãos para cima e aplausos em “Linhas de soco” e em “Ponta de lança”.
Rincon foi o responsável por chamar Karol Conka. A rapper entra com tudo com a música “É o poder”. Arrebatou a plateia com seu hit “Tombei”.
Karol Conká canta “Tombei” no palco Sunset
“Quero deixar minha homenagem às mulheres que pavimentaram o caminho para eu estar aqui”, disse no palco citando Dina Di, Negra Li, Tássia Reis e Flora Matos.
Xamã veio em seguida e sem surpresas arrancou gritinhos da plateia. Foi bonita a homenagem a Marília Mendonça, com a música “Leão”
“Malvadão 3”, de 2021, continua sendo o grande sucesso do cara. Ele ainda puxou o trecho de “Rap da felicidade” antes de sair do palco e convocar Rael. No roteiro dele, “Ela me faz”, “Hip hop é foda” e “Envolvidão” foram apresentadas, sendo que a última foi a mais cantada pelos fãs.
Djonga se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
De Minas Gerais, Djonga veio com sangue nos olhos para “Junho de 94”. A faixa mereceu os celulares para cima registrando o momento. “Solto” ainda fez abrir rodinhas de punk, incentivadas pelo rapper.
O primeiro encontro entre os rappers aconteceu em “Olho de tigre”, do verso “fogo nos racistas”. Na plateia, foi a hora da enorme roda de punk se abrir. O próprio Djonga pulou a grade e se jogou entre os fãs.
Criolo canta o hit ‘Não existe amor em SP’
Marcelo D2 entrou em seguida com “1967”, “Desabafo” e ainda “Mantenha o respeito”, que ganhou Djonga, Rael, Xamã, Daniel Ganjaman e Rincon ao fundo.
Aí sim, a turma ficou no palco para Criolo, que começou sua parte com “Subirusdoistiozin” e“Não existe amor em SP”.
Eles uniram vozes em “Convoque seu buda”, que encerrou a participação do rap no Dia do Brasil.

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‘Quem não gostou, paciência’, diz Chitãozinho sobre estreia do sertanejo no Rock in Rio

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Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes cantaram na 1ª vez do estilo musical no festival neste sábado (21). Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O sertanejo fez, enfim, sua estreia no Rock in Rio. Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes subiram ao Palco Mundo na primeira vez do estilo no festival neste sábado (21).
“Vai mudar tudo. Esse festival é conhecido no mundo inteiro, e nós sempre sonhamos um dia subir neste palco”, diz Chitãozinho sobre a importância da entrada do sertanejo no festival, em coletiva de imprensa. “Foi uma grande conquista para nós”.
Durante muitas edições, parte do público pedia a inclusão do estilo no line-up do festival. Porém, outra parte torceu o nariz quando foram anunciados.
“Aos que gostaram a gente agradece. Os que não gostaram, paciência para eles”, diz Chitãozinho.
Para Ana Castela, “Evidências” é uma das músicas com poder para fazer a plateia mudar de ideia. “Eu tenho certeza de que quem não gostou conhece a música ‘Evidências'”, diz a cantora.
Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Ele tinha um show marcado na mesma noite, São José (SC).
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio

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Sem Luan Santana, sertanejos fazem estreia gloriosa, mostrando que têm demanda no Rock in Rio

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‘Evidências’ teve maior coro da edição até agora. Luan cancelou participação por causa de atraso na programação; Simone Mendes e Ana Castela cantaram hits. Chitãozinho E Xororó cantam “Fio de cabelo” no Rock in Rio
Entre os shows que já aconteceram no Rock in Rio 2024, poucos tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicada ao sertanejo neste sábado (21), penúltimo dia do evento. Contra a resistência de parte dos frequentadores — especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora –, o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Foi uma estreia gloriosa. A organização acertou ao escolher Chitãozinho e Xororó para conduzir o roteiro de performances e guiar a plateia. Para os fãs de sertanejo, a dupla desperta idolatria do nível de rockstars.
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio
“Evidências”, música da dupla que se tornou quase um hino nacional, foi deixada para o final do show. Naturalmente, teve o maior coro da edição até agora. Milhares de pulseirinhas coloridas na plateia — ao estilo show do Coldplay — ajudaram a criar uma cena inesquecível para quem estava lá.
O restante das músicas do repertório dos dois também foi recebido com empolgação. Em “Alô”, milhares de celulares com lanternas ligadas iluminaram a plateia. “Galopeira” teve o público envolvido em um desafio para segurar pelo maior tempo possível a nota do refrão.
“Quando nós começamos a cantar música caipira, era quase impossível tocar na rádio. Não tínhamos espaço na mídia, nossa música só era tocada na madrugada ou ao entardecer”, lembrou Xororó.
Simone Mendes canta “Erro gostoso” no Rock in Rio
“Até que um dia chegou às nossas mãos essa música, que mudou nossas vidas”. Era “Fio de Cabelo”, incluída no álbum “Somos Apaixonados”, que em 1982 tornou Chitãozinho e Xororó conhecidos nacionalmente.
Desfalque
A ideia de incluir o sertanejo no Rock in Rio começou a tomar forma durante a edição de 2022. Roberto Medina, idealizador do festival, passou a sinalizar em entrevistas o desejo de incluir nomes do sertanejo no line-up de 2024, citando nominalmente o cantor Luan Santana. Ele é conhecido pela megaprodução de seus shows.
A dupla Chitãozinho e Xororó se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Em entrevista ao g1 em setembro de 2022, o próprio Luan disse que seria “uma honra” se apresentar no evento. Mas ele não apareceu no palco.
Com um compromisso marcado em Florianópolis na mesma noite, Luan cancelou de última hora a participação no show e citou como motivo um atraso na programação deste sábado. O bloco sertanejo começou cerca de uma hora e meia depois do horário inicialmente previsto.
Outros convidados seguraram bem o show. Simone Mendes foi convidada para um bonito dueto com Chitãozinho e Xororó em “Página de Amigos”. A cantora, ex-dupla da irmã Simaria, também apresentou seu hit “Erro Gostoso”, umas das músicas mais tocadas do Brasil em 2023 — deu para sentir pelo tamanho do coro.
Ana Castela se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Ana Castela entrou para apresentar “Sinônimos”, que tem versão gravada em parceria com a dupla, e a sua “Nosso Quadro”. Muitas menininhas emocionadas com seus chapéus de boiadeira apareceram no telão — a cantora é popular entre as crianças.
“Foi aqui que a Katy Perry pisou”, perguntou Ana, no mesmo palco onde a cantora americana se apresentou nesta sexta-feira (20).
Tanto Ana quanto Simone saíram correndo depois de suas participações, avisando que tinham compromissos em outros lugares do Brasil — uma na Bahia, outra em Minas Gerais. Luan não foi citado, mas ficou a impressão de que havia um recado a ser dado.
Junior se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
O clima no show só esfriou na segunda metade, quando Chitãozinho e Xororó chamaram o rapper Cabal para cantar “Vida Marvada”, música lançada em parceria em 2006, pouco conhecida. Foi uma aposta ousada, que não deu certo.
Uma participação de Junior, filho de Xororó, também não engrenou. Com o pai e o tio, ele apresentou “Nascemos pra Cantar”. O irmão de Sandy ainda mostrou “Fome”, de seu recém-lançado álbum “Solo”. Problemas no microfone atrapalharam — além do atraso, o sábado de Rock in Rio ficou marcado por uma série de problemas técnicos no Palco Mundo.
Mas logo veio o final apoteótico com “Evidências”, a evidência definitiva de que o sertanejo tem demanda no Rock in Rio. Se para alguns foi um erro a inclusão do estilo, quem estava lá pode dizer com convicção que foi um erro muito gostoso.

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