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Festas e Rodeios

‘Turma da Mônica: Lições’ apresenta versão mais introspectiva de aventura sem subestimar o público

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Diretor Daniel Rezende e Mônica Sousa, filha de Mauricio, falam sobre continuação de ‘Laços’, que estreia nesta quinta-feira (30). Atores comentam como suas vidas mudaram entre os filmes. Jovem elenco de ‘Turma da Mônica: Lições’ fala sobre gravações e mudança de vida desde 1º
No cinema, continuações sempre são um negócio complicado. “Turma da Mônica: Lições” estreia nesta quinta-feira (30) como a segunda adaptação com atores dos personagens dos quadrinhos de Mauricio de Sousa – e a missão de não só repetir o sucesso de “Laços” (2019), mas superá-lo.
“O desafio de ‘Laços’ era como seria uma adaptação cinematográfica”, conta em entrevista ao g1 o diretor dos dois projetos, Daniel Rezende.
“O desafio do segundo era como fazer um filme melhor, que tampouco era fácil, e, principalmente – até por ser mais introspectivo –, como a gente consegue manter as crianças de 3, 4 anos e as crianças de 95 anos entretidas no mesmo filme e sair todo mundo rindo e chorando do cinema.”
Assim como o primeiro se baseava na graphic novel de mesmo nome lançada em 2013 pelos irmãos Lu e Vitor Cafaggi, “Lições” adapta a continuação da obra, de dois anos depois. Ambas parte da linha que entrega os personagens de Mauricio para outros autores, a Graphic MSP.
G1 já viu: ‘Lições’ comove ao amadurecer personagens e temas com sensibilidade
Daniel Rezende dá orientações a Giulia Benite, Gabriel Moreira, Laura Rauseo e Kevin Vechiatto nas gravações de ‘Turma da Mônica: Lições’
Serendipity Inc/Divulgação
Respeito
Ao contrário de “Laços”, que conseguiu levar pela primeira vez em 60 anos a turma mais conhecida dos quadrinhos brasileiros em uma jornada cheia de riscos pela floresta, a sequência toma um caminho mais “vida comum”.
O enredo acompanha a rotina de Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Cascão (Gabriel Moreira) e Magali (Laura Rauseo) na escola.
Quando, após um acidente, os pais da “dona da rua” decidem trocá-la de colégio, os demais também devem encarar seus próprios castigos.
Kevin Vechiatto, Laura Rauseo, Gabriel Moreira e Giulia Benite em cena de ‘Turma da Mônica: Lições’
Serendipity Inc/Divulgação
“A primeira era mais aventura, mais focada no Cebolinha. E essa é mais introspectiva, focada na Mônica”, conta aquela que inspirou a personagem. Mônica Sousa, filha de Mauricio, é diretora-executiva da Mauricio de Sousa Produções.
“A gente trabalha há muito tempo com crianças e sabe que pode falar qualquer assunto com elas, com toda a delicadeza e respeito, como foi feito no filme.”
Rezende resume bem com uma frase.
“A ‘Turma da Mônica’ nunca subestimou a criança.”
O cineasta, que ficou conhecido como editor de “Cidade de Deus” (2002), mas que desde então dirigiu, além de “Laços”, “Bingo: O rei das manhãs” (2017), completa: “Acho que na nossa versão cinematográfica a gente fez a mesma coisa.”
Laura Rauseo, Kevin Vechiatto, Giulia Benite e Gabriel Moreira em cena de ‘Turma da Mônica: Lições’
Serendipity Inc/Divulgação
Corrida
Se há uma certa confiança em relação ao grande desafio da continuação, existe um outro problema inevitável. O jovem elenco, cujo acerto da escalação foi um dos grandes responsáveis pelo êxito de “Laços”, está naquela fase em que dois anos têm reflexos claros na tela.
Vechiatto, o mais velho deles, tinha 12 anos no lançamento do primeiro filme. Agora, ele já tem 15.
Até por isso que a gravação aconteceu menos de um ano depois da estreia do antecessor. “Lições” foi gravado em Poços de Caldas (MG) entre janeiro e fevereiro de 2020, com previsão de chegar aos cinemas em dezembro do mesmo ano.
Mas a pandemia, que resultou em salas fechadas ao redor do mundo, obrigou uma mudança de planos.
“Acho que o que a gente faz é adaptar os nossos problemas à dramaturgia. Se eles estão crescendo, então fizemos um filme sobre crescimento. A gente não tenta esconder coisas que não tem como a gente lidar”, afirma Rezende.
Daniel Rezende orienta Giulia Benite em gravação com Kevin Vechiatto, Gabriel Moreira e Laura Rauseo de ‘Turma da Mônica: Lições’
Serendipity Inc/Divulgação
Mudanças
Desde o sucesso de “Laços”, o quarteto de atores viveu uma grande mudança em suas vidas. Por mais que a pandemia tenha dificultado a rotina, eles contam que curtem a fama trazida pelo sucesso – e que máscaras não trazem a anonimidade de volta.
“Meu nome não é mais Kevin. Virou Cebolinha, ou Cebola”, conta Vechiatto.
“Quando a gente vai em algum evento, e eu estou de verde e ela de vermelho, as pessoas ficam tipo: ‘Caraca. É a Mônica e o Cebolinha’.”
Rauseo, de 14 anos, também tem curtido o sucesso no melhor estilo de sua personagem, a comilona Magali. “Agora, se eu saio na rua, eu sou reconhecida. E eu gosto muito disso. Na escola. No mercado já me deram melancia. Eu gosto muito de ganhar comida de graça.”
A seu lado, Moreira, com 13 anos, já percebeu também o impacto de dar vida ao garoto com medo de água mais famoso do país.
Assista ao trailer de ‘Turma da Mônica – Lições’
“Teve uma vez, não lembro se foi em um restaurante ou em algum lugar que eu fui, que uma criança pegou um copo d’água e ficou tentando tacar em mim.”
Já sobre as diferenças entre os filmes, os atores tiveram de encarar uma história muito mais sentimental, que envolvia lágrimas e cenas emocionantes.
“Eu achei mais difícil porque pegou muito mais esse lado emotivo, emocional. De choro, principalmente da Mônica. Como atriz, tive muita dificuldade de fazer essas cenas”, afirma Benite, de 13 anos.
De acordo com Rezende e a própria Mônica, ela “carrega o filme nas costas”.
“Acho que o ‘Lições’ foi um passo muito grande para conseguir melhorar nisso. Porque quanto mais a gente faz, mais a gente vai levando jeito. E eu melhorei muito nisso.”

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Pra Sempre Rap tem Djonga no meio do povo e Xamã com tributo a Marília Mendonça no Rock in Rio

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Show em homenagem ao rap trouxe sete representantes com seus respectivos pocket shows na noite deste sábado (22) no Rock in Rio. Leia crítica do g1. Djonga vai pra roda no meio do público no Rock in Rio
Na maior parte do tempo do show Para sempre Rap, quase não houve interações entre os convidados, e a sensação foi a de que eram apresentações independentes e não um encontro de fato do rap nacional em si.
O resultado, no entanto, engrenou bem, já que esses convidados eram grandes e bons nomes da cena com sucessos consistentes.
Rincon Sapiência, Karol Conka, Xamã, Rael, Djonga, Marcelo D2 e Criolo apresentaram músicas relevantes das suas carreiras, quase sem interações entre eles, diferentemente do que aconteceu em outros tributos, como o de samba e de sertanejo.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Xamã canta sucesso ‘Malvadão 3’ no Palco Sunset do Rock in Rio
Rincon Sapiência abriu o show com uma gravação de áudio com outros nomes importantes para a história da cena, como Racionais e Sabotage. “Afro rep” foi a primeira música do artista.
Ele tentou muito ganhar a plateia que nesse início de apresentação parecia apática. Ricon conseguiu engatar as mãos para cima e aplausos em “Linhas de soco” e em “Ponta de lança”.
Rincon foi o responsável por chamar Karol Conka. A rapper entra com tudo com a música “É o poder”. Arrebatou a plateia com seu hit “Tombei”.
Karol Conká canta “Tombei” no palco Sunset
“Quero deixar minha homenagem às mulheres que pavimentaram o caminho para eu estar aqui”, disse no palco citando Dina Di, Negra Li, Tássia Reis e Flora Matos.
Xamã veio em seguida e sem surpresas arrancou gritinhos da plateia. Foi bonita a homenagem a Marília Mendonça, com a música “Leão”
“Malvadão 3”, de 2021, continua sendo o grande sucesso do cara. Ele ainda puxou o trecho de “Rap da felicidade” antes de sair do palco e convocar Rael. No roteiro dele, “Ela me faz”, “Hip hop é foda” e “Envolvidão” foram apresentadas, sendo que a última foi a mais cantada pelos fãs.
Djonga se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
De Minas Gerais, Djonga veio com sangue nos olhos para “Junho de 94”. A faixa mereceu os celulares para cima registrando o momento. “Solto” ainda fez abrir rodinhas de punk, incentivadas pelo rapper.
O primeiro encontro entre os rappers aconteceu em “Olho de tigre”, do verso “fogo nos racistas”. Na plateia, foi a hora da enorme roda de punk se abrir. O próprio Djonga pulou a grade e se jogou entre os fãs.
Criolo canta o hit ‘Não existe amor em SP’
Marcelo D2 entrou em seguida com “1967”, “Desabafo” e ainda “Mantenha o respeito”, que ganhou Djonga, Rael, Xamã, Daniel Ganjaman e Rincon ao fundo.
Aí sim, a turma ficou no palco para Criolo, que começou sua parte com “Subirusdoistiozin” e“Não existe amor em SP”.
Eles uniram vozes em “Convoque seu buda”, que encerrou a participação do rap no Dia do Brasil.

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‘Quem não gostou, paciência’, diz Chitãozinho sobre estreia do sertanejo no Rock in Rio

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Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes cantaram na 1ª vez do estilo musical no festival neste sábado (21). Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O sertanejo fez, enfim, sua estreia no Rock in Rio. Chitãozinho & Xororó, Ana Castela e Simone Mendes subiram ao Palco Mundo na primeira vez do estilo no festival neste sábado (21).
“Vai mudar tudo. Esse festival é conhecido no mundo inteiro, e nós sempre sonhamos um dia subir neste palco”, diz Chitãozinho sobre a importância da entrada do sertanejo no festival, em coletiva de imprensa. “Foi uma grande conquista para nós”.
Durante muitas edições, parte do público pedia a inclusão do estilo no line-up do festival. Porém, outra parte torceu o nariz quando foram anunciados.
“Aos que gostaram a gente agradece. Os que não gostaram, paciência para eles”, diz Chitãozinho.
Para Ana Castela, “Evidências” é uma das músicas com poder para fazer a plateia mudar de ideia. “Eu tenho certeza de que quem não gostou conhece a música ‘Evidências'”, diz a cantora.
Luan Santana se apresentaria, mas cancelou após atraso na programação. Ele tinha um show marcado na mesma noite, São José (SC).
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio

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Sem Luan Santana, sertanejos fazem estreia gloriosa, mostrando que têm demanda no Rock in Rio

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‘Evidências’ teve maior coro da edição até agora. Luan cancelou participação por causa de atraso na programação; Simone Mendes e Ana Castela cantaram hits. Chitãozinho E Xororó cantam “Fio de cabelo” no Rock in Rio
Entre os shows que já aconteceram no Rock in Rio 2024, poucos tiveram tanto engajamento do público quanto um bloco de apresentações dedicada ao sertanejo neste sábado (21), penúltimo dia do evento. Contra a resistência de parte dos frequentadores — especialmente de uma parcela roqueira mais conservadora –, o estilo fez sua estreia no festival, após 40 anos de espera.
O festival será transmitido todos os dias, a partir das 15h15, no Globoplay e no Multishow.
Foi uma estreia gloriosa. A organização acertou ao escolher Chitãozinho e Xororó para conduzir o roteiro de performances e guiar a plateia. Para os fãs de sertanejo, a dupla desperta idolatria do nível de rockstars.
Chitãozinho e Xororó cantam o hino ‘Evidências’ no Palco Mundo do Rock in Rio
“Evidências”, música da dupla que se tornou quase um hino nacional, foi deixada para o final do show. Naturalmente, teve o maior coro da edição até agora. Milhares de pulseirinhas coloridas na plateia — ao estilo show do Coldplay — ajudaram a criar uma cena inesquecível para quem estava lá.
O restante das músicas do repertório dos dois também foi recebido com empolgação. Em “Alô”, milhares de celulares com lanternas ligadas iluminaram a plateia. “Galopeira” teve o público envolvido em um desafio para segurar pelo maior tempo possível a nota do refrão.
“Quando nós começamos a cantar música caipira, era quase impossível tocar na rádio. Não tínhamos espaço na mídia, nossa música só era tocada na madrugada ou ao entardecer”, lembrou Xororó.
Simone Mendes canta “Erro gostoso” no Rock in Rio
“Até que um dia chegou às nossas mãos essa música, que mudou nossas vidas”. Era “Fio de Cabelo”, incluída no álbum “Somos Apaixonados”, que em 1982 tornou Chitãozinho e Xororó conhecidos nacionalmente.
Desfalque
A ideia de incluir o sertanejo no Rock in Rio começou a tomar forma durante a edição de 2022. Roberto Medina, idealizador do festival, passou a sinalizar em entrevistas o desejo de incluir nomes do sertanejo no line-up de 2024, citando nominalmente o cantor Luan Santana. Ele é conhecido pela megaprodução de seus shows.
A dupla Chitãozinho e Xororó se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Em entrevista ao g1 em setembro de 2022, o próprio Luan disse que seria “uma honra” se apresentar no evento. Mas ele não apareceu no palco.
Com um compromisso marcado em Florianópolis na mesma noite, Luan cancelou de última hora a participação no show e citou como motivo um atraso na programação deste sábado. O bloco sertanejo começou cerca de uma hora e meia depois do horário inicialmente previsto.
Outros convidados seguraram bem o show. Simone Mendes foi convidada para um bonito dueto com Chitãozinho e Xororó em “Página de Amigos”. A cantora, ex-dupla da irmã Simaria, também apresentou seu hit “Erro Gostoso”, umas das músicas mais tocadas do Brasil em 2023 — deu para sentir pelo tamanho do coro.
Ana Castela se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
Ana Castela entrou para apresentar “Sinônimos”, que tem versão gravada em parceria com a dupla, e a sua “Nosso Quadro”. Muitas menininhas emocionadas com seus chapéus de boiadeira apareceram no telão — a cantora é popular entre as crianças.
“Foi aqui que a Katy Perry pisou”, perguntou Ana, no mesmo palco onde a cantora americana se apresentou nesta sexta-feira (20).
Tanto Ana quanto Simone saíram correndo depois de suas participações, avisando que tinham compromissos em outros lugares do Brasil — uma na Bahia, outra em Minas Gerais. Luan não foi citado, mas ficou a impressão de que havia um recado a ser dado.
Junior se apresenta no Rock in Rio 2024
Miguel Folco/g1
O clima no show só esfriou na segunda metade, quando Chitãozinho e Xororó chamaram o rapper Cabal para cantar “Vida Marvada”, música lançada em parceria em 2006, pouco conhecida. Foi uma aposta ousada, que não deu certo.
Uma participação de Junior, filho de Xororó, também não engrenou. Com o pai e o tio, ele apresentou “Nascemos pra Cantar”. O irmão de Sandy ainda mostrou “Fome”, de seu recém-lançado álbum “Solo”. Problemas no microfone atrapalharam — além do atraso, o sábado de Rock in Rio ficou marcado por uma série de problemas técnicos no Palco Mundo.
Mas logo veio o final apoteótico com “Evidências”, a evidência definitiva de que o sertanejo tem demanda no Rock in Rio. Se para alguns foi um erro a inclusão do estilo, quem estava lá pode dizer com convicção que foi um erro muito gostoso.

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