Ao g1, ator fala do filme ‘Bar doce lar’, pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro. Tye Sheridan conta como foi interpretar autor ganhador do Pulitzer no filme de George Clooney. Ben Affleck relaciona seu personagem de “Bar doce lar” com o de “Gênio Indomável”
Em 1997, Ben Affleck participou de “Gênio Indomável”, filme que escreveu com parceiro de longa data Matt Damon. No longa, Affleck interpretava Chuckie, amigo e conselheiro do protagonista Will Hunting, vivido por Damon. O filme deu a dupla um Oscar de Melhor Roteiro Original.
Anos depois, Affleck volta a viver um papel semelhante em “Bar doce lar” e vem colhendo elogios por sua atuação. Tanto que foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante.
Ben Affleck e Tye Sheridan estrelam o filme “Bar doce lar”
Divulgação
No filme dirigido por George Clooney, disponível no Amazon Prime Video, o ator vive o tio de J.R. Moehringer, o dono de um bar que acaba se tornando importante em sua vida com seus conselhos e com os inúmeros livros de sua coleção.
Em entrevista ao g1, Affleck admitiu que há uma relação entre Chuckie e seu personagem em “Bar doce lar”, Charlie. “Ele poderia ficar daquele jeito quando chegasse à minha idade. Porque há um afeto e bondade similares. Um senso de humor que eles dividem.”
Affleck também brincou com o fato de tanto tempo depois voltar a ser um mentor para um personagem e pelo fato de ter uma longa parceria com Damon: “Eu ainda estou sendo o mentor do Matt Damon todos os dias. É algo que tenho que carregar”, comenta, brincando.
Ben Affleck e Daniel Ranieri numa cena de “Bar doce lar”
Divulgação
Ele também falou da nova parceria que fez com George Clooney, que havia produzido “Argo”, o drama que Affleck dirigiu em 2013 e que levou quatro Oscars, incluindo o de Melhor Filme daquele ano.
“Não é muito diferente do que trabalhar com ele como produtor. Eu já escrevi com o meu irmão (Casey Affleck) e já o dirigi (“Medo da Verdade”, de 2007). É tudo sobre as pessoas que são próximas de você e que você respeita. Se você quiser trabalhar com eles é bom e ajuda”, pondera o ator.
Ele voltou a mencionar Damon: “Não acho que seria muito diferente se eu dirigisse Matt em um filme ou ele me dirigisse”.
O ator também falou de como foi contracenar com Tye Sheridan e Daniel Ranieiri em “Bar doce lar”. Para Affleck, a relação que teve com eles foi importante para o filme e que é preciso ter sorte para ter uma certa química para que as cenas não ficassem falsas.
“Eu tive sorte porque eu gostei imediatamente de Tye e do Daniel e me senti conectado com eles, que foram tão acessíveis e calorosos que facilitou o meu acesso. Seria difícil fazer esse papel se eles fossem petulantes, mimados e detestáveis. Isso teria arruinado a minha atuação”, ironiza o ator.
Tye Sheridan fala sobre como foi interpretar o protagonista de “Bar doce lar”
Jornadas semelhantes entre ator e escritor
Já Tye Sheridan disse ao g1 que nunca se encontrou com o verdadeiro J.R. Moehringer durante as filmagens de “Bar doce lar”. Mas que se sentiu conectado ao escritor através de sua história.
“Primeiro eu li o roteiro (escrito por William Monahan, de “Os Infiltrados”) e fiquei impressionado com ele. E isso é uma rara experiência de você pegar um roteiro que parece perfeito. Esse filme teve um monte de momentos incríveis e me fez sentir conectado com J.R., sua história e sua jornada durante sua vida.”
Para Sheridan, essa identidade com o J.R. se deve ao fato de que, assim como o escritor se sentiu um estranho quando foi estudar em Yale, ele achou que não conseguiria atingir suas metas por vir de Elkhart, uma pequena cidade do Texas. Lá, poucas pessoas pensam em fazer carreira no cinema.
Tye Sheridan interpreta o escritor J.R. Moehringer na fase adulta de “Bar doce lar”
Divulgação
Mas o ator analisa que, assim como o verdadeiro J.R., o apoio de sua família foi importante para ser bem-sucedido em seus trabalhos, que incluem “Jogador Nº 1”, de Steven Spielberg e ter sido o Ciclope dos recentes filmes da franquia X-Men.
“A lição que você precisa aprender é ser capaz de se esforçar além disso, tender a ultrapassar isso. E acho que isso foi uma coisa que eu tive em minha vida pessoal. Eu tive muito apoio dos meus pais e felizmente fez com que eu pude chegar até aqui. E acho que isso foi para mim a jornada pessoal que eu estou vivendo e que ela se relaciona com a jornada do J.R. dessa maneira”, finaliza o ator.