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Festas e Rodeios

Dupla diz ter provas de ser autora de 15 músicas de Alok e vai processar DJ; ele se diz ameaçado

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Advogado do duo americano Sevenn diz que Alok quis impor cláusula de R$ 2 milhões para que não falassem mal dele; advogado do brasileiro diz que ele é alvo de ‘acusações levianas’. O duo Sevenn e o DJ Alok
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Eduardo Senna, advogado do duo Sevenn, disse ao g1 que eles vão entrar com uma ação contra Alok pelo uso sem crédito nem pagamento de 15 músicas do DJ. Eles dizem que eram “produtores fantasmas” e que Alok lucrou com o trabalho deles “sem oferecer nada em troca”.
O advogado também disse que Alok tentou impor uma cláusula de silêncio, que previa multa de R$ 2 milhões a cada vez que o duo falasse mal do DJ publicamente (ou o inverso, que o DJ falasse do duo), para evitar que a denúncia viesse a público.
Alok nega as acusações. Veja abaixo os detalhes das versões de cada lado.
A acusação do Sevenn surgiu em reportagem da “Billboard” nesta sexta-feira (21). Eles disseram à revista que estavam avaliando a situação jurídica. Agora, Eduardo Senna disse ao g1 que já está organizando as provas para entrar com o processo em até quatro semanas.
As provas incluem arquivos de áudio das músicas gravados pelo Sevenn anos antes de terem sido lançadas por Alok, com registros de envio para o DJ, afirma o advogado.
Alok se diz ameaçado e cita empresário sertanejo por trás
Robson Cunha, advogado de Alok, disse ao g1 que o DJ está sendo ameaçado pela dupla, e que foram eles que lançaram 6 músicas feitas por Alok sem crédito para o brasileiro. Ele entrou com uma ação no dia 12 de janeiro de 2022 contra o duo citando estas músicas.
O advogado questiona o fato de Sevenn ter feito a denúncia na “Billboard” e não na justiça. Ele vê a reportagem como uma ameaça a Alok. Robson também diz ter provas do uso indevido das 6 músicas do Sevenn, como mensagens e arquivos originais do computador de Alok, que será periciado.
Ele afirma que Marcos Araújo, ex-empresário de Alok, incentivou o Sevenn a fazer as denúncias após romper com o DJ. No fim da tarde de sexta-feira (21), após o g1 falar com o Robson, Alok divulgou vídeos em que reproduz vários argumentos do advogado.
Alok repete que nunca recebeu uma notificação do Sevenn, que eles deveriam ter procurado a justiça, que eles não o creditaram na música “Boom”, que o Sevenn apenas fazia masterizações e dava “sugestões”, mostra alguns projetos e diz que eles estão sendo manipulados por Marcos Araújo.
Alok rebate acusações de que teria roubado músicas do duo Sevenn
No início da manhã deste sábado (22), o duo Sevenn publicou uma série de vídeos em sua conta no Instagram (veja abaixo). Nos vídeos, os irmãos Kevin e Sean Brauer rebatem os argumentos publicados por Alok, também na rede social.
Kevin diz que Alok já sabia sobre a reportagem desde pelo menos o dia 10 de novembro e questiona o por que de o dj não ter respondido aos questionamentos da revista “Billboard”. O artista mostra ainda o que seria uma notificação do duo com as acusações, além de uma série de arquivos e versões de músicas para provar que as faixas teriam sido feitas quase que inteiramente por eles.
Dupla diz ter provas de ser autora de 15 músicas de Alok e vai processar DJ
Cada lado conta histórias opostas de ameaça e plágio. Veja o que disse a ‘Billboard’ e as versões dos dois lados para o g1:
A acusação na ‘Billboard’
Segundo Sevenn, eles trabalharam como “produtores fantasmas”. “Começamos a perceber que ele estava lucrando enormemente com nosso trabalho sem oferecer nada substancial em troca”.
É normal no mercado da música eletrônica a função de “ghost writer”, em que produtores atuam sem crédito, mas eles são remunerados pela função.
O Sevenn enviou à revista e-mails e mensagens trocadas com Alok por mais de 6 anos, e gravações do DJ discutindo detalhes das músicas e fazendo pedidos. As faixas citadas na reportagem são:
“Un ratito” (Alok, Luis Fonsi, Lunay, Lenny Tavárez e Juliette)
“Favela” (Alok e Ina Wroldsen)
“Fuego” (Alok e Bhaskar)
“Suave” (Alok e Matheus & Kauan)
“Got To Get a Grip” (remix de Mick Jagger)
“Piece of Your Heart” (remix de Meduza)
“BYOB” (remix de System of a Down)
“All I want” (Alok e Liu)
“Favela” (Alok e Ina Wroldsen)
“Suave” (Alok e Matheus e Kauan)
“Piece of your heart” (remix de Alok para Meduza)
A versão do Sevenn
Sevenn
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Os irmãos Sean e Kevin Brauer, que formam o Sevenn, foram criados na comunidade religiosa Meninos de Deus, do Rio. A parceria entre Sevenn e Alok teve início em 2015.
Eles foram contratados pela empresa de agenciamento Artist Factory, uma sociedade de Alok com o empresário Marcos Araújo, dono de outra empresa, a AudioMix. Alok era parte do elenco da AudioMix, mas rompeu com a Marcos, assim como vários outros artistas.
O contrato do Sevenn com a Artist Factory valia até 2027 e previa multa de recisão de R$ 20 milhões. Segundo Eduardo Senna, há três anos, quando o Sevenn começou a pedir informalmente a Alok para reconhecer a autoria deles nas músicas, a multa de recisão foi usada como fator de pressão.
“Eles diziam: ‘Se não quiser pagar a multa, assina esse documento reconhecendo que o Alok nunca roubou nenhuma música sua e a gente te libera. Caso contrário, a gente não vai lançar nada, fazer nenhum show, acabar com sua carreira'”, descreve o advogado. “Eles não assinaram e me procurarm.”
“Eu liguei para o advogado do Alok e perguntei: afinal, vocês estão de acordo em liberar o Sevenn? Ele veio com um papo ensaboado, que queria liberar, mas tinha medo de saírem falando mal do Alok. Eu disse: não tem problema, a gente bota uma cláusula de ninguém dar declaração pública sobre o outro.”
“Fiz o texto do distrato e mandei para ele. Aí ele me mandou com considerações. Eu tinha colocado uma multa básica, mas ele passou para R$ 2 milhões por evento. Ou seja: a cada vez que alguém falasse mal do outro, a multa era de R$ 2 milhões”.
(O g1 voltou a procurar o advogado de Alok, Robson Cunha, para saber se ele realmente propôs este valor na cláusula de silêncio como condição para liberar o Sevenn do contrato. Ele disse que o acordo não foi feito, portanto a cláusula de silencio nunca existiu, e que cabe ao Sevenn provar o que diz.)
Eduardo continua: “Ele inseriu outra cláusula dizendo que o Sevenn declarava que não tinha nenhuma demanda de direito autoral com o Alok, que ele não tinha pegado nada. Aí marcamos uma reunião, eu, o Robson e o Alok.”
“E eu disse para o Alok: “Deixa eu fazer uma pergunta clara: Você está condicionando liberar o contrato a dizer que não teve rompimento de direito autoral?’. Porque eu conversei com o Sevenn e ele disse que houve, que ele não tinha intenção de reivindicar, mas que se sentia chantageado.'”
“O Alok me deixou muito claro, pessoalmente, com todas as letras, que ele não liberaria em nenhuma hipótese sem essa declaração, que ele usaria toda a popularidade e a máquina que ele tem para acabar com a carreira do Sevenn, e que não queria mais conversa.”
(Robson diz que Eduardo mente quando diz que conversou com Alok, e que partiu do advogado de Sevenn a proposta de incluir uma cláusula que declarava que não haviam disputas autorais. Ele mostrou um email com essa proposta de Eduardo e afirmou que ele fez isso para evitar que Alok questionasse as músicas que Sevenn teria usado sem crédito).
Mas veio uma reviravolta:
“O Marcos Araújo também é socio da Artist Factory, foi contra essa chantagem e assinou o distrato. Ele pode assinar sozinho, pois é sócio majoritário e o sócio-diretor. O Alok estava fazendo a chantagem pelas costas do sócio dele.”
(A equipe de Alok diz que Marcos não poderia assinar unilateralmente e que o Sevenn não está liberado do contrato com a Artist Factory).
“Ele entrou com a ação [dizendo que o Sevenn tinha lançado seis músicas de Alok] no mesmo dia que eu informei para ele que o distrato estava assinado. Ele entrou com essa ação sem pé na cabeça, para ter alguma coisa para dizer para a mídia quando a matéria saísse.”
“O Sevenn vem pedindo reconhecimento da autoria há quase três anos, mas de forma amigável entre eles. Até pela história de vida deles (em uma comunidade cristã), alijados do mundo real, isso é totalmente compreensível. Eu entrei nesse circuito há menos de um mês.”, ele afirma.
“Vamos entrar com uma ação judicial séria, profissional e bem documentada, e isso não se faz de um dia para o outro.Todas essas músicas têm gravações de anos anteriores, com datas e registro do envio do arquivo para o Alok e para o time dele. Vamos entrar daquie a duas a quatro semanas.”
A defesa – e a acusação – de Alok
Alok
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“No ano passado, o Alok rescindiu o contrato com a Audiomix e com o Marcos Araújo. A partir daí ele vem sofrendo uma série de perseguições”, diz o advogado Robson Cunha.
“O Sevenn estava usando obras do Alok sem os devidos créditos, Nós entramos com o processo. Sofremos ameaça dizendo que não tirássemos a ação eles iam fazer isso aí, ia para a mídia causar esse tumulto. Acontece que nós nunca cedemos.”
“Depois disso, eles, sem nenhuma prova, nenhum documento, vão atrás da ‘Billboard’, muito possivelmente orientados pelo ex-empresário do Alok, que continua sendo deles, o Marcos Araújo. Isso só reforça a posição de que eles estão tentando fazer um ataque.”
(O g1 procurou Marcos Araújo, que não respondeu aos contatos).
“Eu fiz uma notificação extrajudicial no dia 17 de dezembro”, afirma o advogado. Ele enviou a notificação ao g1, que alega que o Sevenn lançou seis músicas feitas por Alok:
“Boom”
“Tam tam”
“Beautiful tonight”
“BYOB”
“BYOB (Sevenn remix)”
“It’s always you”
“Em momento algum usaram a via judicial, nem notificação, para fazer valer seu direito. Pelo contrário, vão num meio de comunicação. O que é correto, procurar a justiça ou ir atrás da imprensa para fazer alegações infundadas? Vamos entrar com uma ação por perdas e danos morais e materiais”, ele diz.
“[A acusação deles de que Alok roubou músicas] nunca chegou de forma muito concreta, era sempre de forma velada e especulativa. Mas essa semana chegou uma notificação formal de uma gravadora que teria sido procurada por um repórter da ‘Billboard’. Tentaram entrar no circuito das gravadoras.”
“Eles falam que o Alok não creditou. Se pegar a música com a Juliette (‘El ratito’), há um crédito, ainda que a obra tenha sido alterada. As músicas que nós acionamos, que são também de autoria dele, não há o crédito. Então eles não têm provas nem do que alegam. “
“Eles falam de obras antes do Sevenn existir. Quando saiu “Fuego” [2016] sequer havia vinculação com o Sevenn. O direito autoral tem um vasto campo probatório. Basta mandar documentos que corroboram, e eu tenho certeza que eles não mandaram nenhum papel.”
“Se você for fazer um comparativo de histórias, eu os notifiquei [extrajudicialmente pelo uso das 6 músicas] e eles fizeram ameaças com acusações levianas sem o mínimo de provas.”

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Grupo quebra grades para tentar invadir a Cidade do Rock; VÍDEO

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Segundo a assessoria do festival, a segurança e a polícia atuaram para conter os adolescentes, que não conseguiram entrar no Rock in Rio. Grupo tenta invadir a Cidade do Rock neste domingo (22)
Um grupo de adolescentes forçou uma das grades da Cidade do Rock e tentou invadir o Rock in Rio neste domingo (22).
Um vídeo que circula por redes sociais mostra o momento em que os jovens conseguem passar por uma das barreiras (veja acima).
Assista aos shows ao vivo
Segundo a assessoria do festival, no entanto, a segurança e a polícia atuaram “para conter os invasores, que foram retidos e não conseguiram adentrar na Cidade do Rock”.
Ainda segundo o festival, a grade foi reparada.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda um posicionamento.
Grupo passa por grade e tenta invadir a Cidade do Rock
Reprodução

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VÍDEO: Ne-Yo chama fãs ao palco para competição de dança com ‘sarrada’

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O artista foi uma das atrações do último dia do festival. Ne-Yo traz ao Brasil sua turnê “Champagne & Roses”. que celebra os hits de sua carreira. Ne-yo chama fãs ao palco para competição de dança
Durante show no Rock in Rio deste domingo (22), o cantor Ne-Yo chamou fãs ao palco para competição de dança com direito a dueto sensual com o cantor e “sarrada”.
Ne-Yo recebe MC Daniel em show no Rock in Rio 2024 e diz que vão lançar música juntos
As três fãs escolhidas subiram ao palco durante a apresentação de Push Back, canção do álbum Good Man (2018). Sob a supervisão de Ne-Yo, elas se apresentaram individualmente, e o público teve a missão de escolher a campeã, que saiu ovacionada e ainda ganhou um abraço e a toalha suada do cantor.
Ne-yo chama fãs para competição de dança durante show no Rock in Rio
Reprodução/TV Globo
O artista foi uma das atrações do último dia do Rock in Rio 2024. Ne-Yo traz ao Brasil sua turnê “Champagne & Roses”. que celebra os hits de sua carreira. Ele também se apresentou em São Paulo na quinta-feira (19), onde promoveu uma competição de dança similar.
No sábado (21), o cantor foi visto malhando na academia ao ar livre do Arpoador, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A ida do americano à “SmartFlintstones” ou “BodyTreco” — como o espaço rústico é chamado — aumentou a lista dos rolês aleatórios dos astros pela cidade.
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Olodumbaiana agita público do Rock in Rio com o hit “Lucro”

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Ne-Yo convida MC Daniel e mostra fórmula infalível com revival dos anos 2000 no Rock in Rio

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Astro dos anos 2000 salpicou repertório com hits de rádio FM. Funkeiro fez participação relâmpago para cantar ‘Vamo de pagodin’. Leia crítica do g1. Ne-Yo canta sucesso ‘So sick’
O cantor americano Ne-Yo, um dos maiores astros da música dos anos 2000, mostrou no Rock in Rio neste domingo (22) sua fórmula infalível de show com hits nostálgicos de rádio FM.
Em setembro de 2023, o artista fez uma das apresentações mais empolgantes do The Town, festival em São Paulo. Para sorte do público do Rock in Rio, ele quase não mudou o enredo.
A única grande novidade foi uma aparição relâmpago do funkeiro paulista MC Daniel. Ele entrou para cantar a sua “Vamo de pagodin”, hit viral no Brasil, com uma camiseta que pedia “Parem as queimadas”.
MC Daniel faz participação em show de Ne-Yo no Rock in Rio com ‘Vamo de pagodin’
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
“Eu passei os últimos dias no Brasil trabalhando com uns artistas daqui. Quero trazer alguém com quem eu tenho trabalhado”, disse. Muito rápida e sem interação, a participação ficou estranha.
Projetado para o mundo com o álbum “In My Own Words”, de 2006, Ne-Yo vendeu milhões de discos, ganhou três prêmios Grammy e um dia já foi apontado como “herdeiro de Michael Jackson” — o amaldiçoado rótulo, também já colado em Chris Brown e Justin Timberlake.
Diferentemente de ambos, o cantor superou uma fase de ostracismo para conquistar um novo auge em meio a um revival cultural da penúltima década. “Essa é um clássico”, disse antes de “So Sick”, seu single de estreia, que em 2005 alcançou o topo da parada americana de músicas.
Ne-yo chama fãs ao palco para competição de dança
Ele salpicou o repertório com muitos outros hits. As sensuais “Because of You” e “Sexy Love” apareceram no começo; “Miss Independent no meio, com o público cantando em coro; “Give me Everything” e “Time of Your Lives”, mais animadas, ficaram para o fim, para todo mundo pular.
Não bastasse seus próprios sucessos, Ne-Yo também tirou vantagem por ser autor de  “Irreplaceable”, gravada por Beyoncé. Mas não cantou, só mostra a música na voz da artista e se gabou: “Vocês conhecem essa?”. Ele também fez isso no The Town.
Em “Push Back”, o cantor organizou um divertido “concurso” de dança com três fãs no palco. Tudo muito bem ensaiado (as garotas são pré-selecionadas para não truncar a performance). Elas se apresentam para o público e “sarram” em Ne-Yo, numa coreografia sensual. Foi outro número repetido do festival em São Paulo.
Quem viu as duas apresentações pode não ter se surpreendido, mas esses são exceções. Para a maioria no Rock in Rio, em um dia dominado por atrações nostálgicas, foi um momento mágico de saudade.
Cartela resenha crítica g1
g1
Ne-Yo se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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