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Festas e Rodeios

‘O Caso Celso Daniel’: Contradições de morte de prefeito de Santo André viram série documental do Globoplay

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Com rica pesquisa e entrevistados envolvidos no caso, produção reconta assassinato que surpreendeu país em 2002. Globoplay vai investir em outras 30 séries documentais nos próximos três anos. O prefeito Celso Daniel foi assassinado em janeiro de 2002 em um crime que surpreendeu o país. O caso foi um dos mais comentados na época e vira e mexe volta a ser falado diante de tantas contradições que surgiram ao longo das investigações.
Exatamente 20 anos depois, as diferentes versões da morte do político são contadas na nova série documental do Globoplay, “O Caso Celso Daniel”.
Com oito episódios, o projeto que começou em 2017 estreia nesta quinta (27). A cada semana serão disponibilizados dois capítulos. Assista a um teaser abaixo.
Veja teaser da série ‘O caso Celso Daniel’
A série documental tem o propósito de mostrar os fatos a partir de personagens relevantes para a história como familiares, colegas de partido, jornalistas, advogados, além de delegados e promotores.
“Nosso foco foi esclarecer e montar uma história que desse conta dos fatos reais, dos fatos oficiais e das experiências vividas pelos personagens”, afirma a produtora Joana Henning. Ela também é CEO do Estúdio Escarlate, produtora que desenvolveu a série em parceria com o Globoplay.
Inicialmente, a ideia era fazer um filme, mas ao longo do tempo o projeto foi sendo ajustado até virar uma série documental.
“A gente se depara com um história muito passional, com muita dor, para além da morte de uma pessoa querida, de um gestor público admirável, além de se deparar também com engenharias da política brasileira sensíveis”, continua Joana.
“É uma responsabilidade enorme. A nossa busca é pela informação acima da opinião”, diz a produtora.
Além de ótimos registros da cobertura de 2002, a produção também utiliza recursos como reconstituições e animações para recriar momentos com base em depoimentos e entrevistas.
“O grande mérito é mostrar os fatos com muita precisão, de diferentes maneiras, seja por meio de entrevistas com os protagonistas da história e da investigação, com a família, companheiros e adversários políticos”, diz Erick Brêtas, diretor de Produtos e Serviços Digitais da Globo.
Celso Daniel foi prefeito de Santo André por dois mandatos
Acervo documentário ‘O Caso Celso Daniel’
O executivo ainda ressalta o investimento no gênero do documentário por parte do streaming.
Entre 2022 e 2024, o Globoplay deve lançar cerca de 30 títulos, que se somam às séries sobre a cantora Nara Leão e a do caso Celso Daniel lançadas neste mês.
“Como plataforma, nós estamos abrindo espaço para os documentaristas brasileiros. A gente tem muito orgulho, porque o documentário é um gênero muito importante. Uma sociedade que consome documentário é uma sociedade mais informada”, defende Brêtas.
Quem foi Celso Daniel?
Celso Daniel foi prefeito de Santo André por dois mandatos
Reproduçaõ/Globonews
O político do PT era um dos grandes líderes carismáticos da região do ABC. Filho de Bruno José Daniel, ex-prefeito de Santo André, ele enveredou na política depois de estudar filosofia e se formar engenheiro.
Celso foi eleito prefeito de Santo André em 1988 e assumiu o cargo no ano seguinte. Depois, ele foi deputado federal por São Paulo e voltou à prefeitura da cidade natal em 1997. Ele estava o cargo quando foi assassinado.
O prefeito era uma figura respeitada pelos membros do PT, como mostra o documentário com participações de José Dirceu, ex-presidente nacional do partido, e Gilberto Carvalho, secretário de comunicação de Santo André e posteriormente ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Fernando Henrique Cardoso, Mara Gabrilli e Eduardo Suplicy também estão entre os entrevistados.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, Celso Daniel foi morto porque descobriu a cobrança de propinas e tentou impedi-la. Os desvios abasteceriam o “caixa dois” do partido, segundo promotores. No entanto, para a polícia, o político foi morto em um crime comum.
Vários narradores
Bruno Daniel, irmão do prefeito Celso Daniel, em entrevista à série documental do Globoplay
Divulgação/Clara Soria
Com tantas contradições e visões diferentes, o documentário não tem apenas uma única voz que conduz a história ao longo dos episódios. São as entrevistas com os principais personagens que vão criando o fio condutor da narrativa.
Foram mais de 100 horas de entrevistas, com 50 pessoas envolvidas com o caso ou com Celso, dos quais 30 aparecem no documentário.
Bruno Daniel, irmão do prefeito de Santo André, é o primeiro depoimento e a participação é relevante aos longo dos capítulos.
A entrevista que aparece no documentário durou um dia inteiro, e a equipe já tinha encontrado com o professor universitário dois anos antes para conversas iniciais.
Ivone de Santana, viúva de Celso Daniel, durante entrevista para série documental sobre a morte do prefeito de Santo André
Divulgação/Clara Soria
“As entrevistas com os familiares foram as mais difíceis, porque a gente enfrentava uma grande emoção por parte deles”, diz o diretor Marcos Jorge, conhecido pelo filme “Estômago” (2007).
“É certamente um dos lados mais importantes da história, é muito emocionante ouvi-lo”.
Ele destaca também a emoção nas participações da ex-mulher, Miriam Belchior, que também foi ex-Ministra do Planejamento, e da viúva e socióloga Ivone de Santana.
“A gente tem uma riqueza humana que dá uma camada a mais para o documentário. Não é só um ‘true crime’, são personagens fascinantes que você acompanha durante 20 anos. Acho que o público vai sentir isso”, explica.
‘Cascas de banana’ por todos os lados
Diretor Marcos Jorge e a produtora Joana Henning nos bastidores da série ‘O Caso Celso Daniel’
Divulgação/Clara Soria
Explicar uma história tão complexa não é um trabalho fácil, mesmo quando se tem oito capítulos de 50 minutos. Mas as divergências de informações e caminhos deram um gás a mais para a equipe.
Em conversa com jornalistas, a produtora Joana Henning lembra de uma reunião em que foi discutido o risco de cair em “cascas de bananas” e nas versões apaixonadas que cercam o caso.
“Lembro de responder que a gente estava desbravando um bananal inteiro… Justamente o encontro com essas cascas de bananas que motivaram a equipe a ir atrás de informações não manipuladas sobre o caso”, explica.
“A gente sempre tentou ponderar quando a excitação da curiosidade não podia flertar com sensacionalismo desonesto, mas deveria flertar com as curiosidades interessantes da história”.
Joana também responde sobre a possibilidade de trechos do documentário serem tirados do contexto, ainda mais neste ano com eleições no segundo semestre.
“Esse é um risco que qualquer obra comunicação está correndo”, diz. “A melhor forma de ligar com notícias descontextualizadas é a certeza da fonte, a certeza da honestidade no trabalho apresentado”.

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Mariah Carey faz o maior show da história do Palco Sunset em retrospectiva da carreira para plateia emocionadíssima

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Cantora encerrou programação do palco neste domingo (22), último dia do Rock in Rio 2024. Leia crítica do g1. Mariah Carey canta ‘We belong together’
Mariah Carey merecia uma apresentação deste porte por aqui, após alguns perrengues em vindas anteriores ao Brasil. A popstar americana fez o mais aguardado show no Palco Sunset em todas as edições do Rock in Rio.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
Neste domingo (22), Mariah entregou o que seus fãs queriam: looks que vão ser comentados durante toda semana e uma sequência de hits em versões às vezes mais curtas. A ideia era ter tempo de cantar mais canções do repertório que a fez vender mais de 150 milhões de discos.
Mariah Carey canta ‘Hero’
Entre tantos pontos altos, o show cresce em baladas clássicas como “Hero”, cantada no final do primeiro ato do show. A emoção nessa só é superada pelo final, com “| Want To Know What Love Is”. As canções de levada R&B também cativam os fãs, com destaque para “Touch My Body” e “We Belong Together”.
Ela tem uma banda de apoio, três vocalistas de apoio e sete dançarinos, mas obviamente o que importa é ouvir ao vivo uma das vozes mais influentes da história do pop americano. Ah, e não há chance de se insinuar que ela faça uso de playback, ok? Falar que ela dubla seria absurdo.
Mariah provou que canta bem de tudo quanto é jeito, com seus característicos agudinhos matadores. Ela ainda mantém intacto o estilo de movimentos econômicos pelo palco. A diva é famosa, por exemplo, pela predileção em soltar a voz e manter respiração e afinação até mesmo sentada, posição pouco recomendada por técnicos vocais.
Mariah Carey canta ‘Touch My Body’
Ela poderia estar no palco considerado principal, é claro, e os fãs tinham razão de reclamar. Mas isso foi mero detalhe. Pesa aqui o fato de o Palco Sunset ter pela primeira vez o tamanho do Palco Mundo e uma potência de som bem superior à de outras edições.
O único porém talvez seja o tempo de show: ela cantou só por uma hora e poderia fazer uma performance mais longa caso fosse headliner da noite. A necessidade de cortar o show tira do setlist, por exemplo, a lindíssima versão de “Without you”.
A cantora de 55 anos apresentou sua turnê “The Celebration of Mimi”, que começou como uma residência em Las Vegas. O objetivo desta tour é celebrar os 20 anos do álbum “The Emancipation of Mimi” e apresentar, de forma didática, cada uma de suas eras.
Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Esta vinda de Mariah para cantar em São Paulo e no Rock in Rio também pode ser considerada o fim de uma maldição. Ela esteve no Brasil para eventos fechados e programas de TV, em 1999, 2002 e 2009.
Em 2010, finalmente fez um show aberto ao público, na Festa do Peão de Barretos. Mas Mariah subiu ao palco por volta da 1h30, sob protestos e vaias por causa do atraso de 90 minutos. A arena não lotou e ela disse que estava cantando para “os fãs de verdade”.
No Rock in Rio, eles também estavam presentes. Alguns tentavam adivinhar exatamente o que ela iria dizer entre as músicas. Outros imitavam com a boca as batidas das músicas mais dançantes, fazendo um atrapalhado e cativante coro (?) de beatbox (??).
Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Alguns grupinhos também puxaram a versão em português gravada por Sandy & Junior para “I’ll be there”, mas por sorte não conseguiram maior engajamento.
Com uma plateia tão entregue e emocionada, não existe motivo para perpetuar o clichê roqueiro de que o Rock in Rio é um festival para quem não gosta de música. Talvez ele seja um festival para quem gosta de música que VOCÊ não gosta.

Mariah Carey se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris

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Atriz passou por momentos de apuros no mesmo dia em que o namorado, o cantor Diogo Nogueira, se apresentava no Rock in Rio. Ela foi liberada horas depois. Atriz compartilhou perrengue em aeroporto em suas redes sociais
Reprodução/Instagram
Em vídeo compartilhado em suas redes sociais neste domingo (22), a atriz Paolla Oliveira contou que ficou detida por algumas horas no aeroporto de Paris após perder seu passaporte.
O “perrengue chique” aconteceu no mesmo dia em que seu namorado, o sambista Diogo Nogueira, se apresentou no Rock in Rio 2024 em show que homenageou a cantora Alcione. Paolla não acompanhou a performance do amado por motivos profissionais: ela vai participar da Paris Fashion Week 2024.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso. Tem uma polícia que não me deixa passar pra lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim. Será que a gente não podia usar um artifício daquele de TikTok que fazem assim: ‘Pá!’? E aí aparece lá do outro lado”, diz a atriz no vídeo.
Ela compartilhou ainda que foi ameaçada de deportação, antes de conseguir a liberação e, finalmente, entrar no país.
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Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio

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Músico faz show nostálgico com carisma e homenagens ao Brasil, mas se perde em desejo pela festa. Público do Rock in Rio faz coro em “I Wanna Love You” de Akon
Akon se apresentou para uma multidão que se espremeu para assisti-lo no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
O festival é transmitido no Globoplay e no Multishow.
O cantor parecia estar mais interessado em oferecer uma experiência festiva do que um show voltado à sua própria carreira. Não que isso tenha sido um problema para o público, que parecia envolvido do começo ao fim.
O propósito, porém, parecia meio perdido. A segunda metade da apresentação soou como uma balada sem identidade, com hits desconexos que até envolvem, mas não têm unidade. 
Akon também cometeu uma gafe ao falar  “São Paulo”. Imediatamente, os fãs levantaram um coro dizendo: “Rio de Janeiro”. Mas isso não pareceu constrangê-lo.
Akon confunde capitais e cumprimenta público de São Paulo em show no Rock in Rio
O músico ficou mesmo com vergonha quando apareceu dentro de uma bolha inflável que estourou com apenas alguns segundos de uso. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido, após se arremessar para a plateia de dentro da bolha.
A voz dele trouxe efeitos robóticos de autotune e nítido uso de bases de pré-gravadas — que poderiam ser playback, ou não, já que a dobra vocal é um recurso cada vez mais recorrente em shows.
Antes de ele entrar no palco, os telões foram preenchidos por imagens de Akon, trechos de telerreportagens e as palavras “famoso”, “artista” e “América”.
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Com muitos berros vindos de seu microfone durante o show inteiro, o senegalês entrou no palco cantando “Beautiful Day”, da dupla francesa Trinix. Logo em seguida, deu play em seu repertório, fincado nos anos 2000, época em que viveu o auge de sua carreira.
Na romântica “Don’t Matter”, Akon inseriu batidas de samba — algumas das quais ele mesmo tocou num tambor.
O cantor também fez um remix em “Lonely”, que ganhou beats de funk, tocados pelo DJ brasileiro Hitmaker, que celebrou o fato do gênero estar no palco Mundo, o principal do festival.
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
A música brasileira também ganhou espaço em um interlúdio conduzido pelo ator e DJ Benny-Demus. Mascarado, o artista tocou os hits “Ela só pensa em beijar”, “Só Love”, “Casca de Bala” e “Só Fé”.
Outros momentos que agitaram muito o público foram durante os hits “Smack that”, “Dangerous” e “I wanna love you”.
O músico saiu do palco praticamente por expulsão. Quis puxar mais músicas, mas já tinha estourado o limite do horário em cerca de 15 minutos. Então, tentou cantar, mas teve o microfone cortado. Isso depois que uma multidão já havia deixado o espaço em direção ao Palco Sunset, que tinha o início da apresentação de Mariah Carey.

Akon conta companhia do cantor mascarado Benny-Demus no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1

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