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Idosa que teve papagaio apreendido recupera ave de estimação após pedido ao MP: ‘É como um filho’, diz advogada

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Dona Jacira cuida do papagaio “Louro” há mais de 30 anos em Porangaba (SP), mas perdeu o bichinho depois de uma denúncia. Idosa recuperou ave após provar vínculo afetivo. Idosa de Porangaba que teve papagaio apreendido recupera ave de estimação após pedido ao MP
Arquivo pessoal
Uma idosa de 77 anos conseguiu recuperar o papagaio que tinha como bichinho de estimação há mais de 30 anos em Porangaba, no interior de São Paulo. A ave tinha sido apreendida em novembro do ano passado, depois de uma denúncia por maus-tratos.
Ao g1, a advogada da dona Jacira Pacheco, Ana Mendes, explicou que a denúncia foi feita por um vizinho da idosa, que se incomodava com o barulho das maritacas que a moradora alimentava.
A partir disso, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão na casa da idosa, e o papagaio “Louro” foi apreendido pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente da cidade.
“Veio um pedido para gente fazer a captura do animal e dar um destino adequado para ele. Eu mesmo fui buscar, com o mandado. E aí não deixaram ela ver e nós pegamos o papagaio escondido, para ela não ficar muito triste”, lembra o secretário Paulo Fernando Soares Vieira.
Dona Jacira tem papagaio há mais de 30 anos em Porangaba
Arquivo pessoal
De acordo com a advogada, desde a apreensão do papagaio, dona Jacira, que é diabética e cadeirante, ficou muito abalada e passou a ter problemas com a pressão alta. Por isso, a família enviou um requerimento ao Ministério Público pedindo a devolução do “Louro”.
Ana Mendes contou que o papagaio foi domesticado por dona Jacira, costuma ficar solto pela casa, reconhece a mãe e é alimentado com sementes de girassol, pão e frutas, do seu gosto.
“Ela sempre ficou na esquina da rua com o animal no colo, nos pés. Ela tem um amor como se fosse um filho dela. Aí fiz o requerimento informando que existia um vínculo afetivo e que o papagaio já tinha se tornado um animal doméstico pelo tempo e vínculo emocional com a dona”, explica.
Além disso, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente explicou que veterinários não constataram sinais de maus-tratos no papagaio e que a pasta não tinha um local adequado para mantê-lo.
“Entrei em contato com a Polícia Ambiental, Unesp, centros de animais silvestres, mas não achei vaga. Então o papagaio ficou na Casa da Agricultura, no prédio da secretaria. Nós o mantivemos engaiolado e fomos alimentando com os recursos que a gente tinha até conseguir o aval para voltar provisoriamente com a dona”, explica Paulo.
Em janeiro deste ano, a advogada informou que o requerimento foi aceito e o “Louro” foi devolvido à dona Jacira. De acordo com a advogada, a idosa foi reconhecida como proprietária do papagaio e, como não houve maus-tratos, o processo judicial perdeu o objeto.
“O pedido foi deferido e ela voltou a ficar bem, o animal também. Teve um final feliz”, finaliza Ana Mendes.
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