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Festas e Rodeios

‘Garota de Ipanema’, que faz 60 anos em agosto, retoma liderança na lista das dez músicas brasileiras com mais gravações

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Apresentado em show de 1962, o samba de Tom Jobim e Vinicius de Moraes se conversa cheio de graça e contabiliza 423 registros fonográficos oficiais. ♪ Perto de ficar sessentona, em agosto deste ano de 2022, Garota de Ipanema continua jovial e cheia de graça. Tanto que o samba composto e lançado em 1962 por Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) e Vinicius de Moraes (1913 – 1980) acaba de reassumir a liderança no ranking das músicas do Brasil com mais registros fonográficos oficiais.
De acordo com informações reveladas pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), com base no levantamento em que a instituição consolidou os dados apurados no fechamento do balanço de 2021, Garota de Ipanema volta ao topo da lista, com 423 gravações oficiais.
O samba Aquarela do Brasil (Ary Barroso, 1939), que liderava o ranking no último levantamento, passa para o segundo lugar com 416 gravações, seguido bem de perto pelo choro-canção Carinhoso (Pixinguinha, 1917 – com letra posterior de Braguinha, 1937), com 414 registros na lista dominada por Tom Jobim, compositor de seis das dez canções do ranking (veja a lista abaixo).
Garota de Ipanema retorna ao topo no ano em que completa seis décadas de vida. Foi em 2 de agosto de 1962 que o samba foi apresentado pela primeira vez, no palco da boate carioca Au Bon Gourmet, na estreia de Um encontro, show histórico que reuniu Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto (1931 – 2019) e o grupo Os Cariocas.
Compositor e poeta que injetou coloquialidade e leveza nas letras da música brasileira, embora também transitasse com maestria pelo drama do samba-canção, Vinicius de Moraes escreveu – em Petrópolis (RJ) – a letra de Garota de Ipanema ao observar, encantado, as passagens de Heloísa Eneida Menezes Pais Pinto pelas esquinas das Ruas Prudente de Moraes e Montenegro (esta posteriormente rebatizada como Rua Vinicius de Moraes).
Em 1962, Heloísa tinha então 17 anos e era de fato uma garota, a moça do balançado e do “corpo dourado do sol de Ipanema”, que depois se casou e passou a ser conhecida como Helô Pinheiro, a musa inspiradora desse samba originalmente intitulado A menina que passa e criado com outra letra, escrita sem a graça e a bossa dos versos definitivos.
Bafejado pelo frescor da Bossa Nova, o samba Garota de Ipanema ganhou o mundo a partir de 1964, ano em que o álbum Getz / Gilberto (1964) projetou a gravação feita em março de 1963 pelo saxofonista norte-americano Stan Getz (1917 – 1991) com João Gilberto e Astrud Gilberto, que deu voz à então inédita letra em inglês escrita pelo compositor norte-americano Norman Gimbel (1927 – 2018).
Antes do estouro da versão do álbum Getz / Gilberto em 1964, Garota de Ipanema tivera no ano anterior um registro instrumental feito por Antonio Carlos Jobim para o primeiro álbum do artista, The composer of Desafinado plays (1963). Meses antes, coube ao cantor Pery Ribeiro (1937 – 2012) e ao Tamba Trio fazerem os primeiros dos 423 registros fonográficos oficiais do samba.
Em disco, Garota de Ipanema foi apresentada na voz de Pery em janeiro de 1963, em lançamento simultâneo com a gravação (vocal) feita pelo Tamba Trio para o segundo álbum de estúdio do grupo, Avanço (1963).
O resto é história que ganha novo capítulo neste mês de fevereiro de 2022 com a volta de Garota de Ipanema ao primeiro lugar do ranking das músicas brasileiras com mais gravações oficiais na história da indústria fonográfica.
♪ Eis a lista das dez músicas brasileiras mais gravadas ao longo dos tempos, reveladas pelo Ecad:
1. Garota de Ipanema (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1962) – 423 gravações
2. Aquarela do Brasil (Ary Barroso, 1939) – 416 gravações
3. Carinhoso (Pixinguinha, 1917 – com letra posterior de Braguinha, 1937) – 414 gravações
4. Asa branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, 1947) – 361 gravações
5. Manhã de Carnaval (Antônio Maria e Luiz Bonfá,1959) – 293 gravações
6. Eu sei que vou te amar (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1959) – 268 gravações
7. Corcovado (Antonio Carlos Jobim, 1960) – 256 gravações
8. Chega de saudade (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1958) – 254 gravações
9. Wave (Antonio Carlos Jobim, 1967) – 253 gravações
10. Desafinado (Antonio Carlos Jobim e Newton Mendonça, 1959) – 241 gravações

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Vitor Ramil ergue ‘Mantra concreto’, álbum com 13 músicas criadas a partir de versos do poeta Paulo Leminski

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♫ NOTÍCIA
♪ Vitor Ramil segue em trilho poético no 13º álbum do artista gaúcho nascido em Pelotas (RS), cidade renomeada como Satolep na geografia artística da obra do cantor, compositor e músico. Dois anos após transitar por Avenida Angélica (2022) em álbum lançado com músicas compostas a partir de poemas da conterrânea Angélica Freitas, Ramil apresenta em 10 de outubro o álbum Mantra concreto.
Com produção musical orquestrada pelo próprio Vitor Ramil com Alexandre Fonseca e Edu Martins, o álbum Mantra concreto alinha 13 músicas inéditas compostas por Ramil a partir de poemas do escritor, músico e poeta curitibano Paulo Leminski (24 de agosto de 1944 – 7 de junho de 1989).
Gravado por Lauro Maia, mixado por Moogie Canazio e masterizado de André Dias, o álbum Mantra concreto reúne músicas como Amar você e celebra os 80 anos que Leminski teria completado há um mês.
A ideia do disco surgiu em 2021, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes, a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”, recorda Vitor Ramil.
A capa do álbum Mantra concreto foi criada pelo designer Felipe Taborda.
Capa do álbum ‘Mantra concreto’, de Vitor Ramil
Arte de Felipe Taborda

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Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido; VÍDEO

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A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
O cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23), esteve no Rock in Rio na noite do último domingo (22).
Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, o sertanejo aparece visitando o “Vipão”, camarote do evento, e acompanhando o show do Akon. Ele também teve um encontro com Roberto Medina, fundador do festival.
Gusttavo ainda mostra uma maquete do The Town, gerando comentários de que poderia ser um dos nomes do festival de São Paulo em 2025. Ao final do passeio, ele comentou: “Foi sensacional”.
Gusttavo Lima conversa com Roberto Medina no Rock in Rio e mostra maquete do The Town
Reprodução/Instagram
Antes de ir à Cidade do Rock, Gusttavo Lima se apresentou no Rodeio de Jaguariúna na madrugada de domingo (22) e fez dueto “surpresa” com Zezé di Camargo.
Mandado de prisão
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram
A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Akon no Rock in Rio
Além de Gusttavo Lima, uma multidão se espremeu para assistir ao show de Akon no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Entre as diversas gafes que marcaram o show do cantor, estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido (veja no vídeo abaixo).
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sertanejo no Rock in Rio
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O Rock in Rio 2024 ficará marcado na história do festival como a edição em que o sertanejo subiu ao palco pela primeira vez. Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país — enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, no último sábado (21), com programação exclusivamente brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, subiram ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho e Xororó.
Uma das atrações esperadas para o dia, o sertanejo Luan Santana cancelou sua participação por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram

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Após 400 shows usando bolhas sobre público, Sorocaba dá dicas para Akon depois de cantor não conseguir usar artifício no Rock in Rio

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‘Pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, eu achei que a bolha era muito pequena. Teria que ter um diâmetro quase que dobrado’, analisa o sertanejo em entrevista ao g1. Akon em seu show no Rock in Rio, segundos antes de a bolha inflável murchar, e Sorocaba durante show em 2013
Reprodução/Instagram
Entre as diversas gafes que marcaram o show do Akon na noite de encerramento do Rock in Rio, neste domingo (22), estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
O artifício é usado pela dupla Fernando e Sorocaba há mais de dez anos. Os artistas sertanejos já passaram sobre o público usando a bolha em ao menos 400 shows, segundo Sorocaba. E, ainda de acordo com o cantor, ele só passou por incidente semelhante ao do Akon uma vez.
“A gente teve um contratempo uma vez na vida, porque tem uma alcinha do zíper que sempre tem que ser travada pra ninguém puxar. Eu tava me deslocando num show lá atrás e, no meio do caminho, um sujeito abriu”, afirmou o cantor em entrevista ao g1.
“Não aconteceu nada demais, simplesmente a bolha murchou e eu acabei caindo no meio do público. As pessoas ficaram ouriçadas, aquela história toda, mas ninguém se machucou. Não considero um acidente.”
Sorocaba afirmou que assistiu ao incidente com Akon. E acredita que a falha tenha acontecido por causa do zíper, que é bastante frágil.
“Quando você desce uma escada e dá o azar de pisar exatamente onde vai o zíper, a chance de abrir a bolha é grande. É o que deve ter acontecido ali com o Akon.”
O cantor também aponta que a bolha usada pelo artista senegalês era pequena demais.
“Eu achei que a bolha dele, pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, era muito pequena. Ela teria que ter um diâmetro quase que dobrado dessa daí.”
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sorocaba ainda afirmou que, se pudesse dar um conselho para o artista, diria para ele inflar a bolha já na altura do público, evitando, assim, passar por obstáculos, como a escada.
“Pode ser feito uma base que suba uma cortina, da forma como a gente faz. Esconde, as pessoas ficam curiosas para saber o que está acontecendo lá dentro, e na hora que abre essa cortina, ele já vai estar inflado na bolha. Eu acho que surpreenderia muito mais.”
Ainda assim, Sorocaba elogiou a tentativa de Akon de colocar o artifício no show.
“Eu acho uma operação incrível, um efeito especial no show incrível. É algo que realmente gera uma interatividade única do fã com o artista. É meio que quase tocar o artista.”
“É algo muito legal para se fazer num show, uma grande sacada.”
Leia crítica: Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Funcionamento da bolha
Sorocaba, que faz uso da bolha inflável em seus shows desde 2013, explicou que ela é feita de um material plástico bastante resistente.
“O artista entra, a gente enche de ar, e a ideia é dividir o peso da pessoa que está dentro da bolha na mão de dezenas de pessoas que estão embaixo.”
O cantor explicou que é preciso usá-la quando o show está com bastante público. Era o caso de Akon no Rock in Rio.
“Imagina dezenas de mãos levantadas. Aquilo vira praticamente uma no chão e você vai se deslocando sobre a galera.”
Por segurança, Sorocaba costuma colocar seguranças à paisana pelo caminho que vai percorrer entre o público.
Eles ficam ali para indicar se tem alguma pessoa debilitada no caminho ou até para socorrer o artista em caso de qualquer acidente.
Fernando e Sorocaba evento “Isso é Churrasco On Fire”
Divulgação
Bolhas para artistas e público
Em 2021, durante a pandemia, quando os shows tiveram uma pausa, a banda de rock americana Flaming Lips colocou, não somente os músicos, mas também o público dentro de bolhas infláveis para que pudessem manter o distanciamento social contra o risco do coronavírus.
O grupo realizou dois shows e contou com 100 balões, cada um com capacidade para até três pessoas. As apresentações aconteceram no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
A engenhosa ideia partiu do líder da banda, Wayne Coyne, que já usava bolhas antes da pandemia para “rolar” dentro da cápsula pelo público em muitos de seus shows, assim como faz Sorocaba – e Akon tentou fazer.
Apresentação do Flaming Lips teve bolhas para o público e para os músicos
Flaming Lips/Divulgação via BBC

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