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‘Mulambo’ é palavra racista? Veja o que dizem especialistas sobre expressão usada por Djonga que causou polêmica

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‘Não sabia de conotação racista’, disse rapper, que se desculpou. Ele recebeu críticas após uma postagem em que chamou flamenguistas de ‘mulambos’. Djonga pede desculpas após compartilhar termo racista
Na terça-feira (22) o g1 mostrou o pedido de desculpas do rapper belo-horizontino Djonga (veja vídeo acima) após ter recebido críticas por ter usado a expressão “mulambos”, se referindo ao time do Flamengo, durante a disputa da final da Supercopa contra o Atlético-MG, no domingo (20).
“Eu sinceramente não tinha visto mulambos e não sabia que tinha essa conotação racista, e olha que sou professor de história, estou precisando estudar mais (…) E estou aqui para simplesmente pedir desculpas. Eu não preciso explicar quem sou eu ou o que penso sobre racismo, o que luto, isso não vai apagar minha caminhada, minha luta”, disse Djonga no vídeo.
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Redes sociais
Após a polêmica, o g1 conversou com especialista em linguística e um professor de letras para entender: afinal, a palavra “mulambo” tem conotação racista? Veja a seguir o que eles disseram.
‘Uso mais comum pode ser racista’
O doutor em linguística e autor do livro Racismo linguístico Gabriel Nascimento, de 30 anos, explicou ao g1 que o uso mais comum da palavra mulambo pode sim ser considerado racista.
“O uso mais comum da expressão mulambo pode ser considerado racista já que ela foi bastante explorada tanto na escravidão quando no pós. O mais comum é usar esta palavra sempre sob a perspectiva que designa pessoas pretas, perspectiva de que essas pessoas não aparecem bem arrumadas”, disse.
Gabriel Nascimento é doutor em linguística e escreveu o livro Racismo linguístico.
Redes sociais
Nascimento disse ainda que é preciso identificar os usos que são feitos das palavras e não a expressão por si só. Ele cita como exemplo a personagem que se chama justamente Maria Mulambo, uma mulher humilde, que virou uma entidade em religiões de matriz africana.
“As palavras em si não guardam preconceito, o uso delas sim. As palavras em si não são racistas”, explicou.
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‘O racismo também chega na linguagem’
Para o professor da Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG) Aciomar Fernandes de Oliveira, a palavra mulambo está vinculada aos escravizados e foi usada por muitos anos para definir que pessoas negras são maltrapilhas.
“Sempre tem essa conotação de que pessoas negras são maltrapilhas. Alguma cidade do interior se usa com a mesma conotação, pessoas mais velhas também”.
Aciomar Fernandes de Oliveira é professor de Letras da Universidade Estadual de Minas Gerais
Arquivo pessoal
Para ele, uma expressão se torna preconceituosa quando causa incômodo ao outro, deprecia o outro.
“A percepção da discriminação cabe a cada pessoa perceber se o que falou, se incomoda o outro, deprecia o outro é a percepção do racismo estrutural. O racismo chega também na linguagem”, disse.
Entenda a polêmica
O rapper Djonga pediu desculpas, na tarde desta segunda-feira (21), em uma sequência de vídeos publicados em sua rede social, após ter usado a expressão “mulambo”, se referindo ao time do Flamengo, durante a disputa da final da Supercopa contra o Atlético-MG, no domingo (20).
Djonga
Jef Delgado / Divulgação
Após a publicação, no sábado (19), em que ele convidava os seguidores para assistirem à partida “Galo x Mulambos”, o rapper recebeu muitas críticas dos seguidores.
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Na publicação de um deles, o blogueiro John Bin, ele fez um vídeo em que disse:
“Pra quem não tá ligado, não existe isso de chamar flamenguista de mulambo esportivamente. Mulambo foi uma palavra que os senhores davam pros escravos”.
Só esse post teve quase 50 mil curtidas até a tarde desta terça-feira (22). No post, ele escreveu, em referência à frase que Djonga sempre diz em seus shows: “Fogo nos racistas ta diferente rs”
O rapper, então, respondeu com o vídeo em que diz que está precisando “estudar mais”:
“Eu sinceramente não tinha visto mulambos e não sabia que tinha essa conotação racista, e olha que sou professor de história, estou precisando estudar mais (…) E estou aqui para simplesmente pedir desculpas. Eu não preciso explicar quem sou eu ou o que penso sobre racismo, o que luto, isso não vai apagar minha caminhada, minha luta”, disse Djonga no vídeo.
O g1 procurou a assessoria do rapper, que disse que ele não se manifestará além desse vídeo.
Veja os vídeos mais assistidos no g1 Minas nesta semana:

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Vitor Ramil ergue ‘Mantra concreto’, álbum com 13 músicas criadas a partir de versos do poeta Paulo Leminski

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♫ NOTÍCIA
♪ Vitor Ramil segue em trilho poético no 13º álbum do artista gaúcho nascido em Pelotas (RS), cidade renomeada como Satolep na geografia artística da obra do cantor, compositor e músico. Dois anos após transitar por Avenida Angélica (2022) em álbum lançado com músicas compostas a partir de poemas da conterrânea Angélica Freitas, Ramil apresenta em 10 de outubro o álbum Mantra concreto.
Com produção musical orquestrada pelo próprio Vitor Ramil com Alexandre Fonseca e Edu Martins, o álbum Mantra concreto alinha 13 músicas inéditas compostas por Ramil a partir de poemas do escritor, músico e poeta curitibano Paulo Leminski (24 de agosto de 1944 – 7 de junho de 1989).
Gravado por Lauro Maia, mixado por Moogie Canazio e masterizado de André Dias, o álbum Mantra concreto reúne músicas como Amar você e celebra os 80 anos que Leminski teria completado há um mês.
A ideia do disco surgiu em 2021, durante o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. “Justamente por estar isolado em casa, fui contaminado pela poesia de Paulo Leminski. Certo dia, enquanto lia o poema ‘Sujeito Indireto’, passei a mão no violão e minha imunidade baixou. ‘Quem dera eu achasse um jeito de fazer tudo perfeito’ logo virou canção. Nos dias subsequentes, a cena se repetiu com outros poemas. Em três semanas, treze poemas, treze canções”, recorda Vitor Ramil.
A capa do álbum Mantra concreto foi criada pelo designer Felipe Taborda.
Capa do álbum ‘Mantra concreto’, de Vitor Ramil
Arte de Felipe Taborda

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Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido; VÍDEO

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A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio neste domingo, antes de mandado de prisão ser expedido
O cantor Gusttavo Lima, que teve prisão decretada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) nesta segunda-feira (23), esteve no Rock in Rio na noite do último domingo (22).
Em vídeos compartilhados em suas redes sociais, o sertanejo aparece visitando o “Vipão”, camarote do evento, e acompanhando o show do Akon. Ele também teve um encontro com Roberto Medina, fundador do festival.
Gusttavo ainda mostra uma maquete do The Town, gerando comentários de que poderia ser um dos nomes do festival de São Paulo em 2025. Ao final do passeio, ele comentou: “Foi sensacional”.
Gusttavo Lima conversa com Roberto Medina no Rock in Rio e mostra maquete do The Town
Reprodução/Instagram
Antes de ir à Cidade do Rock, Gusttavo Lima se apresentou no Rodeio de Jaguariúna na madrugada de domingo (22) e fez dueto “surpresa” com Zezé di Camargo.
Mandado de prisão
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram
A decisão foi tomada em meio às investigações da Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro pelo qual também foi presa a influenciadora digital Deolane Bezerra.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão foi publicada depois que o Ministério Público devolveu o inquérito à Polícia Civil, pedindo a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.
Akon no Rock in Rio
Além de Gusttavo Lima, uma multidão se espremeu para assistir ao show de Akon no Palco Mundo, no Rock in Rio deste domingo (22). O músico reviveu clássicos do R&B e homenageou o Brasil ao incluir batidas de samba, funk, seresta e no setlist.
Entre as diversas gafes que marcaram o show do cantor, estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido (veja no vídeo abaixo).
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sertanejo no Rock in Rio
Chitãozinho, Xororó e Ana Castela falam sobre a estreia do sertanejo no Rock in Rio
O Rock in Rio 2024 ficará marcado na história do festival como a edição em que o sertanejo subiu ao palco pela primeira vez. Foram necessários 40 anos para o maior festival de música do Brasil se render ao gênero musical mais ouvido do país — enfrentando o grande tabu de uma ala roqueira mais conservadora.
Astros da música sertaneja foram incluídos no Dia Brasil, no último sábado (21), com programação exclusivamente brasileira. Num bloco de apresentações dedicada ao estilo, subiram ao palco Ana Castela, Simone Mendes e Chitãozinho e Xororó.
Uma das atrações esperadas para o dia, o sertanejo Luan Santana cancelou sua participação por causa do atraso de mais de uma hora nos shows do festival.
Gusttavo Lima foi ao Rock in Rio no domingo (22)
Reprodução/Instagram

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Após 400 shows usando bolhas sobre público, Sorocaba dá dicas para Akon depois de cantor não conseguir usar artifício no Rock in Rio

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‘Pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, eu achei que a bolha era muito pequena. Teria que ter um diâmetro quase que dobrado’, analisa o sertanejo em entrevista ao g1. Akon em seu show no Rock in Rio, segundos antes de a bolha inflável murchar, e Sorocaba durante show em 2013
Reprodução/Instagram
Entre as diversas gafes que marcaram o show do Akon na noite de encerramento do Rock in Rio, neste domingo (22), estava a falha no uso de uma bolha inflável. O cantor entrou em uma e se preparou para passar sobre o público. Mas ao descer a escada do palco, a bolha começou a murchar e Akon não conseguiu atingir seu objetivo, ficando constrangido. “Eu queria fazer algo especial pra vocês”, disse ele, tímido.
O artifício é usado pela dupla Fernando e Sorocaba há mais de dez anos. Os artistas sertanejos já passaram sobre o público usando a bolha em ao menos 400 shows, segundo Sorocaba. E, ainda de acordo com o cantor, ele só passou por incidente semelhante ao do Akon uma vez.
“A gente teve um contratempo uma vez na vida, porque tem uma alcinha do zíper que sempre tem que ser travada pra ninguém puxar. Eu tava me deslocando num show lá atrás e, no meio do caminho, um sujeito abriu”, afirmou o cantor em entrevista ao g1.
“Não aconteceu nada demais, simplesmente a bolha murchou e eu acabei caindo no meio do público. As pessoas ficaram ouriçadas, aquela história toda, mas ninguém se machucou. Não considero um acidente.”
Sorocaba afirmou que assistiu ao incidente com Akon. E acredita que a falha tenha acontecido por causa do zíper, que é bastante frágil.
“Quando você desce uma escada e dá o azar de pisar exatamente onde vai o zíper, a chance de abrir a bolha é grande. É o que deve ter acontecido ali com o Akon.”
O cantor também aponta que a bolha usada pelo artista senegalês era pequena demais.
“Eu achei que a bolha dele, pelo tamanho do Akon, que é um sujeito grande, era muito pequena. Ela teria que ter um diâmetro quase que dobrado dessa daí.”
Akon tenta se jogar no público dentro de bola inflável, mas equipamento esvazia
Sorocaba ainda afirmou que, se pudesse dar um conselho para o artista, diria para ele inflar a bolha já na altura do público, evitando, assim, passar por obstáculos, como a escada.
“Pode ser feito uma base que suba uma cortina, da forma como a gente faz. Esconde, as pessoas ficam curiosas para saber o que está acontecendo lá dentro, e na hora que abre essa cortina, ele já vai estar inflado na bolha. Eu acho que surpreenderia muito mais.”
Ainda assim, Sorocaba elogiou a tentativa de Akon de colocar o artifício no show.
“Eu acho uma operação incrível, um efeito especial no show incrível. É algo que realmente gera uma interatividade única do fã com o artista. É meio que quase tocar o artista.”
“É algo muito legal para se fazer num show, uma grande sacada.”
Leia crítica: Akon mistura R&B com funk e samba em show com gafes e propósito confuso no Rock in Rio
Akon se apresenta no Rock in Rio 2024
Stephanie Rodrigues/g1
Funcionamento da bolha
Sorocaba, que faz uso da bolha inflável em seus shows desde 2013, explicou que ela é feita de um material plástico bastante resistente.
“O artista entra, a gente enche de ar, e a ideia é dividir o peso da pessoa que está dentro da bolha na mão de dezenas de pessoas que estão embaixo.”
O cantor explicou que é preciso usá-la quando o show está com bastante público. Era o caso de Akon no Rock in Rio.
“Imagina dezenas de mãos levantadas. Aquilo vira praticamente uma no chão e você vai se deslocando sobre a galera.”
Por segurança, Sorocaba costuma colocar seguranças à paisana pelo caminho que vai percorrer entre o público.
Eles ficam ali para indicar se tem alguma pessoa debilitada no caminho ou até para socorrer o artista em caso de qualquer acidente.
Fernando e Sorocaba evento “Isso é Churrasco On Fire”
Divulgação
Bolhas para artistas e público
Em 2021, durante a pandemia, quando os shows tiveram uma pausa, a banda de rock americana Flaming Lips colocou, não somente os músicos, mas também o público dentro de bolhas infláveis para que pudessem manter o distanciamento social contra o risco do coronavírus.
O grupo realizou dois shows e contou com 100 balões, cada um com capacidade para até três pessoas. As apresentações aconteceram no Estado de Oklahoma, nos Estados Unidos.
A engenhosa ideia partiu do líder da banda, Wayne Coyne, que já usava bolhas antes da pandemia para “rolar” dentro da cápsula pelo público em muitos de seus shows, assim como faz Sorocaba – e Akon tentou fazer.
Apresentação do Flaming Lips teve bolhas para o público e para os músicos
Flaming Lips/Divulgação via BBC

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