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Festas e Rodeios

Maria Bethânia rege reencontro com maestro João Carlos Martins na reabertura de casa no Rio

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Cantora e pianista refazem no palco do Qualistage o show que estrearam em São Paulo em 2019. Resenha de show
Título: De Beethoven a Bethânia – João Carlos Martins convida Maria Bethânia
Artistas: João Carlos Martins e Maria Bethânia
Local: Qualistage (Rio de Janeiro, RJ)
Data: 12 de março de 2022
Cotação: * * * *
♪ A rigor, o concerto era de João Carlos Martins. Como estampado no ingresso emitido pela casa carioca de shows Qualistage, reaberta na noite de ontem, 12 de março, com novo nome e a mesma estrutura para abrigar grandes espetáculos, Maria Bethânia era a convidada do excepcional maestro e pianista paulistano de 81 anos.
Contudo, quando a cantora baiana de 75 anos foi chamada pelo maestro ao palco do Qualistage, após a execução pelo pianista do segundo movimento do Concerto para piano nº 5 (Beethoven, 1811) e a regência do primeiro movimento da Sinfonia nº 5 (Beethoven, 1908), foi como se Bethânia passasse a reger a apresentação com a habitual imponência e o notório magnetismo.
Todas as atenções do maestro, dos 36 músicos da Orquestra Bachiana Filarmônica SESI-SP, dos dois músicos da cantora – o violonista João Camarero e o baixista Jorge Helder – e da plateia passaram a se dirigir primordialmente para a intérprete.
No reencontro de João Carlos com Bethânia, maestro e cantora reeditaram – com ligeiras modificações no roteiro – o espetáculo originalmente apresentado em outubro de 2019 na cidade de São Paulo (SP), com o título de João Carlos Martins e Maria Bethânia in concert – De Beethoven a Bethânia.
Duas músicas do mais recente álbum de Bethânia, Noturno (2021), entraram no roteiro. Lapa santa (Paulo Dáfilin e Roque Ferreira, 2021) foi apresentada com arranjo evocativo do registro orquestral do disco. Já o bolero Prudência (Tim Bernardes, 2021) ganhou toque adicional de majestade.
Nos dois números iniciais, Sonho impossível (The impossible dream) (Joe Darion e Mitch Leigh, 1965, em versão em português de Chico Buarque e Ruy Guerra, 1972) e Gente humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, 1969), Bethânia sinalizou desconforto com o som. “Estou ouvindo só eco”, avisou a artista.
Contudo, a cantora jamais deixou que o incômodo prejudicasse a fluência das interpretações, até mesmo pela emoção de estar fazendo o primeiro show pós-pandemia com público presencial. “É tão mágico encontrar com vocês de novo. Subir num palco e ter público”, exultou a cantora.
A personalidade de Bethânia é tão forte que, mesmo diante de orquestra monumental, a cantora se permitiu seduzir o público com o canto a capella de Explode coração (Gonzaguinha, 1978), grande sucesso de Álibi (1978), álbum de arranjos orquestrais no qual a intérprete reviveu o samba-canção Ronda (Paulo Vanzolini, 1953), música, esta sim, cantada no concerto de ontem com o aparato orquestral regido por João Carlos Martins.
Hits infalíveis em shows da intérprete, a canção Olhos nos olhos (Chico Buarque, 1976) e o samba Reconvexo (Caetano Veloso, 1989) surtiram o habitual efeito – com direito, em Olhos nos olhos, à encenação de todos os gestuais teatrais já conhecidos pelo séquito da artista – e precederam o momento mais emocionante da noite.
Foi quando o maestro foi para o piano e tocou medley em tributo ao compositor italiano Ennio Morricone (1928 – 2020), com temas do mestre das trilhas de cinema, em deferência a Bethânia, que permaneceu ao lado de João, debruçada sobre o piano.
Na sequência, a cantora retribuiu a homenagem e cantou Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956) em reverência ao maestro. No fim, Bethânia recitou trecho de poema de Álvaro de Campos – heterônimo de Fernando Pessoa (1890 – 1935) – antes de cantar Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michael Vaucaire, 1956), número herdado do show Abraçar e agradecer (2015).
No bis, o maestro regeu a orquestra na condução de Trem das onze (Adoniran Barbosa, 1964), com o coro efusivo do público, antes de Bethânia voltar para cair no samba O que é o que é (Gonzaguinha, 1982).
Diante da insistência da plateia, houve um improvisado segundo bis, sem a reunião da cantora com o maestro. João Carlos Martins solou a valsa Luíza (Antonio Carlos Jobim, 1981) ao piano e, em seguida, Bethânia verteu o rancor de Lágrima (Roque Ferreira, 2006) somente com o toque do violão de João Camarero, terminando de reger o reencontro em cena com o maestro João Carlos Martins.
João Carlos Martins e Maria Bethânia celebram o reencontro no palco do Qualistage
Vera Donato / Divulgação
♪ Eis o roteiro seguido em 12 de março de 2022 por João Carlos Martins e Maria Bethânia na primeira das duas apresentações cariocas do espetáculo De Beethoven a Bethânia – João Carlos Martins convida Maria Bethânia na reabertura da casa Qualistage, na cidade do Rio de Janeiro (RJ):
1. Segundo movimento do Concerto para piano nº 5 (Beethoven, 1811) – João Carlos Martins ao piano
2. Primeiro movimento da Sinfonia nº 5 (Beethoven, 1908) – João Carlos Martins e orquestra
3. Sonho impossível (The impossible dream) (Joe Darion e Mitch Leigh, 1965, em versão em português de Chico Buarque e Ruy Guerra, 1972) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
4. Gente humilde (Garoto, Vinicius de Moraes e Chico Buarque, 1969) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
5. Lapa santa (Paulo Dáfilin e Roque Ferreira, 2021) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
6. Explode coração (Gonzaguinha, 1978) – Maria Bethânia a capella
7. Ronda (Paulo Vanzolini, 1953) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
8. Prudência (Tim Bernardes, 2021) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
9. Olhos nos olhos (Chico Buarque, 1976) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
10. Reconvexo (Caetano Veloso, 1989) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
11. Tributo a Ennio Morricone (Ennio Morricone) – João Carlos Martins ao piano
12. Se todos fossem iguais a você (Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, 1956) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
13. Poema de Álvaro de Campos / Non, je ne regrette rien (Charles Dumont e Michael Vaucaire, 1956) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
Bis:
14. Trem das onze (Adoniran Barbosa, 1964) – João Carlos Martins e orquestra
15. O que é o que é (Gonzaguinha, 1982) – João Carlos Martins, Maria Bethânia e orquestra
Bis 2:
16. Luíza (Antonio Carlos Jobim, 1981) – João Carlos Martins ao piano
17. Lágrima (Roque Ferreira, 2006) – com Maria Bethânia e o violão de João Camarero

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Paolla Oliveira participa da Semana de Moda de Paris, após recuperar o passaporte

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Atriz chegou a ficar ‘presa’ no Aeroporto Charles de Gaulle durante algumas horas até conseguir encontrar o documento. Paolla Oliveira perde passaporte e passa perrengue em aeroporto de Paris
Paolla Oliveira conseguiu chegar ao seu destino final na França: a Semana de Moda de Paris. No domingo (22), a atriz relatou que ficou algumas horas “presa no aeroporto de Paris” depois de ter perdido o passaporte.
“Perdi o passaporte. Estou presa no aeroporto de Paris, suando de nervoso”, disse. “Tem uma polícia que não me deixa passar para lá. E ali tem outra polícia que não me deixa voltar de onde eu vim”, relatou. Em uma publicação na rede social, Paolla explicou que encontrou o documento no chão do avião.
Além da atriz, a apresentadora Maya Massafera também esteve presente em um evento da marca Jean Paul Gaultier.
Maya Massafera e Paolla Oliveira na Semana de Moda de Paris
Agnews
Paolla Olveira e Maya Massafera na Semana de Moda de Paris
Agnews
Paolla encontrou o passaporte no chão do avião
Reprodução/Instagram

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Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, álbum que acompanha ‘Coringa: Delírio a dois’

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Filme estreia no Brasil no dia 3 de outubro. Além de ‘Harlequin’, Gaga lançará seu sétimo álbum de estúdio em fevereiro de 2025. Lady Gaga anuncia ‘Harlequin’, disco que acompanha ‘Coringa: Delírio a Dois’.
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Após muita especulação, Lady Gaga anunciou “Harlequin”, álbum “que acompanha” o filme “Coringa: Delírio a Dois”. O disco será lançado no próximo dia 27.
“Coringa: Delírio a Dois” conta com o retorno do diretor Todd Phillips e do ator Joaquin Phoenix, como o vilão dos quadrinhos da DC, e tem estreia prevista no Brasil em 3 de outubro. A dupla já tinha trabalhado junta no grande sucesso de 2019, que bateu recordes ao arrecadar cerca de US$ 1,08 bilhão nas bilheterias mundiais. Agora, Gaga se junta ao elenco no papel de Arlequina (Lee), par romântico do Coringa.
LEIA TAMBÉM: ‘Coringa: Delírio a dois’ recebe críticas negativas no Festival de Veneza
Assista ao trailer de “Coringa: Delírio a Dois”
Além de “Harlequin”, Gaga afirmou à revista “Vogue” que lançará seu sétimo álbum de estúdio em fevereiro de 2025, e o primeiro single será divulgado em outubro.

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Ivete Sangalo fez melhor show do Rock in Rio 2024, para leitores do g1; Evanescence, Cyndi Lauper, Avenged e Mariah ficam no top 5

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Veja quais foram os artistas preferidos dos fãs, segundo enquete do g1. Ivete Sangalo voa sob plateia do Palco Mundo no Rock in Rio
Ivete Sangalo foi eleita dona do melhor show do Rock in Rio, segundo os leitores e leitoras do g1. A cantora ficou com 35,69% dos votos, seguida por Evanescence e Cyndi Lauper.
RANKING DO G1: Os melhores e os piores shows…
Veja o top 10 de melhores shows do Rock in Rio na enquete do g1
Ivete Sangalo: 35,69%
Evanescence: 28,00%
Cyndi Lauper: 8,60%
Avenged Sevenfold: 6,34%
Mariah Carey: 5,26%
Imagine Dragons: 3,98%
Katy Perry: 3,38%
Deep Purple: 1,47%
Travis Scott: 1,02%
Shawn Mendes: 0,90%

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