Festas e Rodeios

Ademilde Fonseca, cantora morta há dez anos, permanece entronizada como a ‘Rainha do choro’

Published

on

♪ MEMÓRIA – Faz 10 anos hoje que Ademilde Fonseca (4 de março de 1921 – 27 de março de 2012) saiu de cena, vítima de mal súbito, aos 91 anos de idade e 70 de carreira fonográfica.
Já se passou uma década da morte dessa artista nascida em Macaíba (RN) que migrou em 1941 para a cidade do Rio de Janeiro (RJ), mas a cantora potiguar permanece entronizada como a rainha do choro. E dificilmente surgirá alguma outra cantora com habilidade para ocupar o trono.
Com emissão vocal exemplar, Ademilde Fonseca tinha vocação para cantar choros em ritmo veloz com espontaneidade e musicalidade.
Aliás, na voz de Ademilde qualquer música de qualquer gênero podia virar choro. Algumas eram choro mesmo, caso de Tico-Tico no Fubá (Zequinha de Abreu e Alberico Barreiros, 1931), standard do gênero gravado pela cantora há 80 anos no disco de 78 rotações que, em setembro de 1942, marcou a estreia da artista no mercado fonográfico.
Se a primeira gravação foi um choro, a última – feita em janeiro de 2012 – também foi um choro, Arrasta-pé (Waldir Azevedo, 1967, com letra inédita de Klécius Caldas), gravado por Ademilde, sob direção musical de Edu Krieger, para o álbum Lágrimas e rimas (2012), da cantora Ana Bello.
Entre a gravação de 1942 e o derradeiro registro fonográfico de 2012, Ademilde Fonseca reinou na era do rádio, especialmente nas décadas de 1940 e 1950.
Após o apogeu inicial, a cantora viveu do passado de glória, tendo gravado discos ocasionalmente relevantes, quando o mercado permitia, como o álbum Ademilde Fonseca, lançado em 1975 com repertório que destacou Choro chorão, música então inédita composta por Martinho da Vila para a eterna rainha do gênero.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.