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Caetano Veloso surpreende com ‘Mansidão’ ao estrear show ‘Meu coco’ em Belo Horizonte sem sair dos urbanos trilhos autorais

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Nunca incluída na discografia do artista, música de 1982 é momento inesperado em roteiro que harmoniza sucessos da década de 1970 e composições do primoroso disco de 2021. Caetano Veloso no palco do Palácio das Artes na estreia do show ‘Meu coco’
Reproduções vídeos Instagram Caetano Veloso
♪ Primeiro show solo apresentado por Caetano Veloso em turnê desde Abraçaço (2013), show estreado há nove anos, Meu coco chegou à cena na noite de ontem, 1º de abril, no palco do Palácio das Artes, teatro de Belo Horizonte (MG).
Sob direção musical dividida por Caetano com Lucas Nunes (guitarra, violão e teclados) e Pretinho da Serrinha (percussão), o artista encadeou 25 músicas em roteiro que jamais se desviou dos urbanos trilhos autorais da obra construída pelo compositor baiano desde os anos 1960.
Aberto com Avarandado (1967), canção apresentada na voz de Gal Costa há 55 anos no álbum Domingo (disco de 1967 dividido pela cantora com Caetano) e nunca gravada pelo autor, o roteiro do show Meu coco harmonizou sete das 12 músicas do álbum Meu coco – Anjos tronchos, Ciclâmen do Líbano, Enzo Gabriel, Meu coco, Não vou deixar, Noite de cristal e Sem samba não dá – com sucessos esperados pelo público ávido por fazer coro com o cantor em canções infalíveis da segunda metade da década de 1970, como O leãozinho (1977), Odara (1977), Muito romântico (1977), Sampa (1978), Menino do Rio (1979) e Lua de São Jorge (1979).
Música que encerrou o show, antes do bis, Lua de São Jorge pode ser considerada uma das surpresas de roteiro que também se desviou do óbvio ao incluir Araçá azul (1973), Itapuã (1991), Pulsar (1979) – música feita por Caetano a partir de versos do poeta Augusto de Campos – e A Outra Banda da Terra (1983), composição em que o artista celebra o grupo que tocou com Caetano de 1978 a 1983.
Dentre as surpresas do roteiro do show Meu coco, a maior talvez tenha sido Mansidão (1982), música ausente da discografia do cantor e até então gravada somente por Jane Duboc (com Caetano, no registro original feito em 1982 para disco de Jane) e por Gal Costa no álbum Recanto (2011).
Vestido com terno branco, do qual logo tirou o paletó, Caetano Veloso cantou todas as 25 músicas do show à frente de cenário criado por Luiz Henrique Sá – a partir de obra inacabada de Helio Eichbauer (1941 – 2018) – e com o toque de banda que, além dos diretores Lucas Nunes e Pretinho da Serrinha, é formada pelos músicos Alberto Continentino (baixo), Kainã do Jêje (bateria e percussão), Rodrigo Tavares (teclados, Glockenspiel e MPC) e Thiago da Serrinha (percussão, teclados Roland spd-s e bateria).
O show Meu coco fica em cartaz em Belo Horizonte até domingo, 3 de abril, seguindo na sequência para sete cidades do Brasil em rota que, até junho, passa por Porto Alegre (RS), Itaipava (RJ), São Paulo (RJ), Salvador (BA), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF).
Caetano Veloso no palco do Teatro das Artes, em ensaio do show ‘Meu coco’
Divulgação
♪ Eis o roteiro inteiramente autoral seguido em 1º de abril de 2022 por Caetano Veloso na estreia nacional da turnê do show Meu coco no Palácio das Artes, em Belo Horizonte (MG):
1. Avarandado (1967)
2. Meu coco (2021)
3. Anjos tronchos (2021)
4. Sampa (1978)
5. Muito romântico (1977)
6. Não vou deixar (2021)
7. You don’t know me (1972)
8. Trilhos urbanos (1979)
9. Ciclâmen do Líbano (2021)
10. A Outra Banda da Terra (1983)
11. Araçá azul (1973)
12. Cajuína (1979)
13. Reconvexo (1989)
14. Enzo Gabriel (2021)
15. O leãozinho (1977)
16. Itapuã (1991)
17. Pulsar (Caetano Veloso e Augusto de Campos, 1979)
18. A bossa nova é foda (2012)
19. Baby (1968)
20. Menino do Rio (1979)
21. Sem samba não dá (2021)
22. Lua de São Jorge (1979)
Bis:
23. Mansidão (1982)
24. Odara (1977)
25. Noite de cristal (1988)

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