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Festas e Rodeios

Lenine estreia show em que revisita hits com filho Bruno Giorgi após período ‘cinza’ na pandemia

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‘Fiquei muito avesso à música de uma maneira geral’, diz cantor e compositor pernambucano. Ao g1, eles falam sobre show ‘Rizoma’, recomeço em família e preparação de novo álbum. A ideia inicial de “Rizoma”, show que Lenine apresenta com o filho Bruno Giorgi em São Paulo nesta sexta (14) e sábado (15), é anterior à pandemia.
Eles já vinham trabalhando no projeto de um show mais intimista, mas tudo foi interrompido pelas incertezas da crise sanitária, e por muitos meses, Lenine ficou distante da música e do seu violão em um período que ele descreve como “cinza”.
“Fiquei muito avesso à música de uma maneira geral”, diz o cantor e compositor pernambucano de 63 anos. “Não tinha muita relação com meus instrumentos. A gente estava ali, cada um na sua”.
A meta era muito mais entender o que estava acontecendo no mundo e, literalmente, sobreviver do que qualquer outra coisa.
“Cantar o quê com o mundo acabando? Difícil…”, diz Bruno Giorgi, engenheiro de som que toca e produz os álbuns do pai desde “Chão” (2011).
Mas com o passar do tempo, propostas de parceiras com o compositor chileno Manuel García e com o trio Tuyo foram reaproximando a dupla da música até que os encontros passassem a ser semanais no estúdio de Giorgi.
Antes da pandemia, Lenine se apresentou no palco do Marco Zero, no Recife, em fevereiro de 2020; cantor tem presença obrigatória no carnaval da cidade
Aldo Carneiro/Pernambuco Press
O projeto foi retomado, ganhou o nome de “Rizoma” e seguiu com a proposta de revisitar o repertório de Lenine, de forma acústica, com o cantor no violão e Giorgi se revezando entre baixo, bandolim, teclados, voz e sampler.
“Rizoma tem essa coisa da síntese, do instrumento, da voz, do acompanhamento, mas principalmente da ambiência sonora em cada uma dessas canções originais”, explica Lenine.
O local de cada show se torna importante, porque o repertório vai ser escolhido com base nisso. De uma lista de cerca de 47 músicas, sendo duas inéditas, eles selecionam de 21 a 23 por noite em shows que duram 1h40.
“A gente está levantando todas as que tenham a ver com o momento atual e não são poucas”, comenta Giorgi. “Em um show de teatro vamos explorar umas canções mais intimistas, como ‘Silêncio das Estrelas’, mas quando a gente for pro Circo Voador dá para explorar outras mais rock and roll”.
“Martelo Bigorna”, “Tubi Tupy”, “Jack Soul Brasileiro” e “Paciência” estão entre as quase 50 músicas selecionadas.
“‘O show é um pouco do meu instrumento nas canções como as pessoas conhecem, mas é também um pouco de experimentação, de rock and roll, de eletrônico. É um pouco de tudo comigo e o Bruno no palco dividindo esse fazer”, afirma o cantor que mora no Rio há décadas.
Recomeço em família
Bruno Giorgi e Lenine cantam juntos no show ‘Rizoma’
Divulgação/Jairo Goldflus
A pandemia fez com que Lenine questionasse se voltaria aos palcos, um pensamento não é novo, segundo o músico que prefere não usar a palavra depressão para período no qual ficou mais recluso.
“Se eu te disser por quantas vezes achei que eu não queria [voltar]… você não vai acreditar. Era cíclico isso, porque é assim mesmo, eu lido com sentimento, é assim que eu lido com a vida”.
“Sempre desconfio, não é de agora. Mas, em última análise, a música sempre salva, porque no final das contas quando você se depara com isso [com o show], pensa: ‘Como eu posso ter esquecido do prazer e de poder tocar a alma do outro através do que eu faço?’ Aí não tenho mais dúvida”.
Para usar uma música que está no repertório da turnê, é como se falasse “Envergo mas não quebro”, música do álbum “Chão”.
Ele pode até ter hesitado por um tempo (afinal, quem não repensou a vida nos últimos meses?), mas bastou entrar em um teatro cheio que a chama reacendeu e tudo voltou a fazer sentido.
Além desse gostinho de recomeço, Lenine aproveita esse momento com o filho no palco, a quem ele credita como a pessoa que o tirou da inércia.
“Bruno é o culpado de eu estar novamente sentindo prazer no que faço, então tem muito de afeto, tem muito de íntimo nesse show. Realmente estou sorrindo à toa”.
Depois de São Paulo, a dupla já tem apresentações marcadas em Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro.
Novo álbum à caminho
Lenine e Bruno Giorgi
Alice Venturi / Divulgação
Além de cair na estrada, Lenine e Bruno preparam um novo álbum de inéditas para este ano. Duas já entram no repertório de “Rizoma” e outras quatro já estão encaminhadas.
O disco ainda não tem data de lançamento, mas duas participações especiais já foram definidas: o produtor Patrick Laplan em “Confia em Mim” e o DJ e ativista Eric Marky Terena, que eles conheceram com Maria Gadú em uma visita ao Tapajós.
“Estamos fazendo, só que no tempo das canções. Já temos alguns monstros, chamo assim porque enquanto não se define com concretude a canção, ela ainda é um monstro, meio Frankenstein, que você pega dali, costura aqui”, explica Lenine.
“O que virá a ser o projeto novo, que a gente nem fala de título ainda, está muito ambientado nessa intimidade minha e de Bruno. Eu e ele juntinho, pensando coisas e pensando algo juntos”, finaliza.

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Uma noite com (a música de) Djavan na trilha ao vivo de bar do Rio de Janeiro

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♫ COMENTÁRIO
♩ Jantei hoje à noite em bar-restaurante do centro da cidade do Rio de Janeiro (RJ). No cardápio, música ao vivo na voz de um (bom) cantor. Um cantor de barzinho, como tantos que ganham a vida anonimamente na noite enquanto batalham por lugar ao sol no mundo da música.
Além da voz bem colocada do cantor, me chamou a atenção a predominância do cancioneiro de Djavan no repertório do artista. Em cerca de meia hora, duas músicas, Outono e Se…, ambas do mesmo álbum do cantor e compositor alagoano, Coisa de acender (1992).
É curioso o poder da música de Djavan. Passam os anos e passam as modas do mundo da música, mas Djavan nunca sai de moda. Todo mundo canta junto. Todo mundo gosta. E olha que Djavan nunca fez canções do estilo tatibitate.
Se… ainda pode ser considerada uma canção radiofônica, embora muito acima do padrão das canções feitas para tocar no rádio. Já Outono é balada pautada pela sofisticação poética e harmônica.
Mesmo assim, Outono resiste como uma trilha dos bares em todas as estações ao lado de joias do mesmo alto quilate como Meu bem querer (1980), Samurai (1982), Sina (1982), Lilás (1984) e, claro, Oceano (1989). Isso para não falar nos sambas como Fato consumado (1975).
Djavan tem essa particularidade. É um compositor extremamente requintado, mas, ao mesmo tempo, consegue empatia com o público. Todo mundo sabe cantar as músicas de Djavan.
Deve ser por isso que o artista, já com mais de 50 anos de carreira, ainda reina nas trilhas dos bares e restaurantes com música ao vivo. Parece banal, mas é preciso ser gênio para ocupar esse trono ao longo de décadas.

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Pedro Madeira confirma a expectativa com bom álbum entre o samba e o soul

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Cantor e compositor carioca lança o coeso disco autoral ‘Semideus dos sonhos’ em 10 de outubro. Capa do álbum ‘Semideus dos sonhos’, de Pedro Madeira
Gabriel Malta / Divulgação
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Semideus dos sonhos
Artista: Pedro Madeira
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em 2018, Pedro Madeira era mais um na multidão de fãs de Iza, na primeira fila de show da cantora, quando ganhou o microfone da artista e, da plateia, fez breve participação no show. Ali, naquele momento, o carioca morador da comunidade de Pau Mineiro, no bairro de Santa Cruz, fã de Iza e de Beyoncé, se revelou cantor para ele mesmo.
Decorridos seis anos e três singles, Pedro Madeira já é cantor e compositor profissional e se prepara para lançar o primeiro álbum, Semideus dos sonhos, em 10 de outubro.
Exposto na capa do álbum em expressiva foto de Gabriel Malta, Madeira já lançou três singles – Chuva (2022), Pássaros (2023) e Bem que se quis (2023) – em que transitou pelo soul nacional da década de 1970 (sobretudo em Chuva) e pelo pop ítalo-brasileiro na (trivial) abordagem do sucesso de Marisa Monte.
No quarto single, Só mais um preto que já morreu, o cantor cai no samba em gravação que chega ao mundo amanhã, 27 de setembro, duas semanas antes do álbum.
Com letra que versa sobre o genocídio cotidiano do povo preto, o samba Só mais um preto que já morreu é composto por Pedro com Bruno Gouveia, parceiro nesta música (e em Pássaros) e produtor musical do álbum em função dividida com Raul Dias nas duas faixas (Raul assina sozinho a produção das outras dez faixas).
Fora do arco autoral em que gravita o disco, Pedro Madeira enaltece o ofício de cantor em Minha missão (João Nogueira e Paulo César Pinheiro, 1981) em arranjo que se desvia da cadência do samba, tangenciando clima transcendental na atraente gravação calcada na voz e nos teclados de Victor Moura.
O canto afinado de Pedro se eleva em Petições (Ozias Gomes e Pedro Madeira), canção que soa como oração de clamor por paz na Terra enquanto lamenta a situação do mundo atual. Arranjo, canto e composição se harmonizam em momento épico do disco.
Entre vinhetas autorais como O outro lado e Introdução ao amor (faixas com textos recitados), Pedro Madeira expõe a vocação para o canto e o som afro-brasileiro na música-título Semideus dos sonhos. Já o fluente ijexá Cheiro de flor exala o perfume do amor entranhado no repertório deste disco feito sem feats e modas.
Parceria de Pedro com o produtor Raul Dias, Perigo é pop black contemporâneo formatado com os músicos da banda-base do álbum Semideus dos sonhos, trio integrado por Jeff Jay (percussão), o próprio Raul Dias (guitarra e baixo) e Victor Moura (teclados). No fecho do disco, o pop soul Terra arrasada se joga na pista para tentar colar um coração partido.
Com este coeso primeiro álbum, Semideus dos sonhos, Pedro Madeira confirma a boa expectativa gerada quando o single Chuva caiu no mundo em novembro de 2022.
Iza teve faro quando deu o microfone para Pedro Madeira na plateia há seis anos.
Pedro Madeira regrava o samba ‘Minha missão’ entre as músicas autorais do primeiro álbum, ‘Semideus dos sonhos’
Gabriel Malta / Divulgação

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‘The Last of Us’: 2ª temporada ganha trailer; ASSISTA

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Prévia mostra Kaitlyn Dever como a antagonista Abby. Novos episódios da adaptação de games estreia em 2025. Assista ao trailer da 2ª temporada de ‘The Last of Us’
A segunda temporada de “The Last of Us” ganhou seu primeiro trailer completo nesta quinta-feira (26). Assista ao vídeo acima.
Os novos episódios devem adaptar o segundo game da franquia e estreiam em algum momento de 2025.
A prévia mostra o retorno de Pedro Pascal (“The Mandalorian”) como Joel e Bella Ramsey (“Game of thrones”) como Bella, dois sobreviventes que formam uma ligação imprevista em um mundo pós apocalíptico dominado por criaturas monstruosas.
Também apresenta as primeiras imagens de Kaitlyn Dever (“Fora de série”) como a grande antagonista da história, Abby.
A série da HBO estreou em 2023 e foi uma das mais indicadas ao Emmy daquele ano.

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