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Como passado nazista de cantor do Ace of Base fez a banda viver momentos de tensão

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Maior hit do grupo sueco, ‘All That She Wants’ faz 30 anos em 2022. Ao g1, cantora diz que Ulf Ekberg teve que usar colete à prova de balas em shows: ‘Foi difícil, mas nunca tive nada a ver com isso’. Capa do disco ‘Uffe was a Nazi’, com músicas da banda Commit Suicide, que tinha Ulf Ekberg, do Ace of Base
Reprodução
Entre 1992 e 1993, o Ace of Base foi a maior banda do mundo. “All That She Wants”, maior hit deles, completa 30 anos em 2022. Esse e outros sucessos fizeram o quarteto sueco vender mais de 25 milhões de cópias do primeiro álbum.
Mas a história de sucesso da banda ficou marcada por uma polêmica que nada tem a ver com letras cantadas em inglês simples, dancinhas, sorrisos, batidas hipnóticas e solos de saxofone. No início do Ace of Base, um dos integrantes teve o passado neonazista revelado.
Em pausa desde 2012, o Ace of Base tinha na formação original com três irmãos (Jenny, Linn e Jonas Berggren) e um amigo (Ulf Ekberg).
Ekberg foi acusado de ter uma banda com letras racistas, defendendo a supremacia branca e a xenofobia. Isso, é claro, causou muita tensão na banda. Ele pediu desculpas e disse que essa versão dele não existe desde 1987.
Quando eu hitei: Ace of Base fez todo mundo dançar, mas viveu tensão
Antes do Ace of Base, Ekberg tinha uma banda chamada Commit Suicide. Em 1998, uma pequena gravadora sueca chamada Flashback Records lançou uma coletânea com cinco músicas atribuídas a este grupo punk. A capa tinha Ulf fazendo a saudação nazista.
No encarte do disco, ele posa vestido com camisa do grupo supremacista branco Ku Klux Klan e outra camisa com uma suástica. Há letras que descrevem em detalhes chacinas de pessoas negras e imigrantes: “Povo nórdico, acorde agora! Atirem, atirem, atirem”.
Ao g1 (veja no vídeo acima), Jenny Berggren disse que isso afetou não só a banda, mas ela também:
“Eu me lembro de quando eu estava em um dos meus primeiros shows e ele tinha um colete à prova de balas nele, porque ele tinha realmente muita dificuldade em provar que não fazia mais essas coisas. E adivinha quem estava na frente dele, cantando no primeiro show dela? E eu não tinha um colete à prova de balas.”
Ulf Ekberg, Jenny, Linn e Jonas Berggren: o Ace of Base no começo dos anos 90
Divulgação
Ulf disse que esse passado dele nada tem a ver com o Ace of Base. Há quem afirme que letras da banda tenham referências ao nazismo. “The Sign” seria sobre um sinal nazista, mas a música não tem Ekberg entre os compositores. Todos da banda negam as acusações de que há mensagens desse tipo nas letras.
“Foi difícil, mas nunca tive nada a ver com isso, com minha mãe sendo uma professora de imigrantes. A gente tinha alunos de todas as partes do mundo, dormindo nos nossos sofás, morando nas nossas casas. Uma cultura integrada”, diz Jenny.
Mesmo assim, como a banda lidou com o fato de Ulf ter um passado neonazista comprovado por fotos e músicas?
“Eu acredito no perdão”, responde Jenny. “Você pode dar passos errados quando é jovem e acredito que isso não deve destruir a vida inteira de uma pessoa, só porque você algo errado. Temos que aprender com as pessoas e foi o que fiz. As pessoas são lindas, pessoas normais. Ulf é normal, ele é incrível, ele é fantástico, mas ele é outra pessoa hoje.”
Ekberg divulgou um comunicado em que diz sentir muito “por qualquer mágoa e decepção que isso tenha causado”. “Quero deixar bem claro que Ace of Base nunca compartilhou nenhuma dessas opiniões”, disse ele.
VÍDEOS: Quando eu Hitei

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