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Arábia Saudita pede que Disney elimine ‘referências LGBTQ’ de ‘Doutor Estranho’

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Governo da ditadura teocrática quer cortar trecho de ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ em que uma personagem lésbica fala sobre suas ‘duas mães’, mas diz que a empresa se recusa.
Assista ao trailer de ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’
A Arábia Saudita pediu que a Disney elimine as “referências LGBTQ” do próximo filme de super-heróis da Marvel antes de sua estreia no país, disse à AFP um responsável do governo nesta segunda-feira (25).
Segundo Nawaf Alsabhan, supervisor responsável pela classificação etária dos filmes na Arábia Saudita, até o momento a Disney se negou a editar “cerca de 12 segundos” do filme “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” – cuja estreia está prevista para o início de maio – nos quais uma personagem lésbica, America Chavez, fala sobre suas “duas mães”.
“É apenas ela falando de suãs mães, porque tem duas, mas no Oriente Médio é muito difícil passar algo assim”, disse Alsabhan.
“Enviamos a solicitação para a distribuidora e a distribuidora nos encaminhou para a Disney, mas a Disney não está disposta” a realizar as mudanças propostas, acrescentou Alsabhan, que negou as informações de que o filme seria proibido.
Benedict Cumberbatch e Elizabeth Olsen em pôster do filme ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’
Divulgação/Marvel Studios
“Não foi proibido. Nunca será proibido. Não há motivos. É apenas uma simples edição (…) até agora se negaram mas não fechamos a porta, seguimos tentando”, disse.
Questionado nesta segunda-feira sobre a polêmica, um funcionário da empresa de salas de cinema AMC Cinemas da Arábia Saudita disse que o filme havia sido “retirado” do catálogo de exibição.
Como parte do programa de reformas deste país ultraconservador, o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman levantou a proibição dos cinemas, em vigor há décadas, em 2017.
Desde então, a venda de ingressos de cinema explodiu no país, com um aumento de 95% em 2021 em relação ao ano anterior, segundo a revista Variety.
A homossexualidade na Arábia Saudita, um país cujo sistema Judiciário é regido por uma aplicação estrita da lei islâmica, pode chegar a ser punida com pena de morte.

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