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Festas e Rodeios

Ressurgimento dos cinemas nos EUA pode beneficiar Netflix, diz executivo na CinemaCon

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John Fithian, chefe da associação que agrupa os cinemas dos Estados Unidos, falou sobre relação das salas de exibição com as plataformas de streaming. Sala de cinema em João Pessoa, na Paraíba
Mano de Carvalho/Fest Aruanda/Divulgação
Os avanços da Netflix semearam por anos dúvidas sobre o futuro das salas de cinema. Mas o gigante do streaming, que registra uma perda progressiva de assinantes, pode se beneficiar do crescente retorno dos cinéfilos às poltronas, de acordo com John Fithian, chefe da associação que agrupa os cinemas dos Estados Unidos.
“As portas das salas de cinema sempre estiveram abertas para os filmes da Netflix”, declarou Fithian em entrevista à agência France Presse durante a CinemaCon, convenção anual que reúne em Las Vegas os grandes nomes da indústria audiovisual.
Fithian, chefe da Associação Nacional de Proprietários de Salas de Espetáculos dos EUA, disse que teve “várias discussões” com o diretor de conteúdo da Netflix, Ted Sarandos, pedindo para que “veja se as produções funcionam nos cinemas”.
“Não estou olhando para os preços das ações. Só focando nos dados. Você pode fazer mais dinheiro, inclusive sendo um streamer, se exibe seus melhores filmes nas salas de cinema primeiro”, afirmou.
Estrear os filmes primeiro nas telonas, antes de disponibilizá-los nas plataformas de conteúdo, vai na contramão do exitoso modelo de negócios da Netflix, que fez gigantes como Disney e Warner se mexerem em meio à chamada “guerra do streaming”.
Jane Campion leva Oscar de melhor direção por “Ataque dos cães”, filme do Netflix
Brian Snyder/Reuters
A plataforma revolucionou Hollywood e a forma como o público consome narrativas audiovisuais, investindo enormes quantidades de dinheiro para “roubar” as estrelas dos estúdios tradicionais e mantendo os espectadores no sofá de casa.
Porém, a perda de 200 mil assinantes – 0,1% do total – no primeiro semestre, anunciada na semana passada, assustou o mercado e derrubou as ações da Netflix em mais de 30% em um só dia.
A empresa anunciou várias estratégias novas, entre elas assinaturas mais baratas com publicidade.
Algumas de suas principais produções já são projetadas nas salas de cinema de forma limitada, para que possam concorrer ao Oscar, mas a pergunta que surge é se poderia considerar uma atenção maior às telonas.
“Acredito que o modelo da Netflix pode evoluir nessa direção. Esperamos que aconteça”, disse Fithian.
Isso proporcionaria a um filme um “destaque maior”, apontou o executivo, que acrescentou que “filmes que vão direto para os serviços de streaming se perdem”.
Novas tendências do mercado
O ambiente está mais animado na edição deste ano da CinemaCon, em comparação com 2021, que foi afetada por uma das variantes da covid-19, que seguia espantando o público e obrigando os estúdios a pular as salas de cinema e estrear seus conteúdos online.
Esta semana, Fithian disse que estava “morta” a tendência de lançar filmes de forma simultânea nos cinemas e nas plataformas digitais.
“Isso não saiu do nada, veio de consultas com vários de nossos estúdios parceiros sobre o que pensam a respeito de como vão lançar suas produções”, explicou à AFP.
Os grandes estúdios de Hollywood recentemente entusiasmaram donos de cinemas ao voltar a implementar a janela de exclusividade na qual os longas são projetados apenas nas salas. No entanto, a janela atual de 45 dias ou menos é inferior à de 90 dias de antes da pandemia.
“A discussão é mais sobre a extensão dessa janela, não sobre se deveria ou não existir uma”, ressaltou Fithian.
Mas há motivos de preocupação na indústria. Entre eles o modelo de negócios da Amazon Prime, que, segundo Fithian, “não está tentando fazer dinheiro com os filmes”, mas sim atrair consumidores para “fazer compras e usar seus serviços de entrega”.
O Prime, serviço de assinatura da gigante Amazon, adquiriu o tradicional estúdio MGM ao fechar negócio por US$ 8,5 bilhões no mês passado.
“Se estão comprando empresas para retirar filmes da linha de fornecimento aos cinemas, para lançá-los apenas no digital, estão reduzindo as escolhas do consumidor e a competição”, afirmou o executivo.
Além disso, Fithian indicou que existem preocupações sobre o Oscar. No mês passado, a Apple TV+ se tornou a primeira plataforma de streaming a levar a estatueta de melhor filme, enquanto enormes sucessos de bilheteria como “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” ficaram de fora das principais categorias da premiação.
A indústria audiovisual também está atenta ao impacto nos cinemas da Rússia do embargo imposto por Hollywood em resposta à invasão militar da Ucrânia.
“Esse mercado não foi abandonado. Trata-se de uma pausa até que haja paz, até que seja o momento adequado de voltar”, disse Fithian, que descreveu o último ano como “muito estranho”.

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The Cure lança ‘Alone’, primeira música nova em 16 anos

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Canção melancólica com quase sete minutos é a 1ª faixa de ‘Songs of a Lost World’, o 14º álbum de estúdio do grupo britânico, que será lançado em 1º de novembro. Ouça a música. Robert Smith, líder do The Cure, canta em São Paulo, em 2013
Flávio Moraes/G1
A banda britânica The Cure lançou sua primeira música nova em 16 anos nesta quinta-feira, o single “Alone”, e confirmou que seu aguardado álbum sairá em 1º de novembro.
A canção melancólica com quase sete minutos de duração é a primeira faixa de “Songs of a Lost World”, o 14º álbum de estúdio do The Cure. O último deles, “4:13 Dream”, foi lançado em 2008.
A banda apresentou músicas do novo álbum durante a turnê “Shows Of A Lost World”, abrindo os shows com “Alone”.
“É a faixa que destravou o disco; assim que gravamos essa música, eu sabia que era a música de abertura e senti o álbum inteiro entrar em foco”, disse o vocalista Robert Smith, em um comunicado.
“Eu vinha sofrendo para encontrar a frase de abertura certa para a música de abertura certa há algum tempo, trabalhando com a simples ideia de ‘estar sozinho’, sempre com a sensação incômoda de que eu já sabia qual deveria ser a frase de abertura.”
Smith acrescentou que se lembrou do poema “Dregs”, de Ernest Dowson, ao terminar a gravação “e foi nesse momento que eu soube que a música — e o álbum — eram reais”.
O início de “Alone” tem um instrumental de mais de três minutos antes de Smith começar a cantar: “Esse é o fim de todas as músicas que cantamos / O fogo se transformou em cinzas e as estrelas escureceram com as lágrimas”.
Ele continua cantando sobre “pássaros caindo de nossos céus”, “amor caindo de nossas vidas” e um “lamento de voz quebrada para nos chamar para casa”.
A publicação musical britânica “NME” chamou a música de “épica e emocional” e o jornal “Guardian” a descreveu como “majestosamente envolta em sofrimento e desespero”, dando-lhe quatro em um máximo de cinco estrelas.
The Cure, que fez sua estreia no final da década de 1970 e é conhecido por seu pós-punk e faixas melancólicas mais sombrias, há muito tempo vinha ensaiando lançar um novo álbum, com Smith revelando o título do disco “Songs of a Lost World” em 2022.

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Maggie Smith morre aos 89 anos; veja FOTOS da carreira da atriz

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Atriz de “Harry Potter” e “Downton Abbey” morreu ‘pacificamente no hospital’ e a causa não foi informada. Ela ganhou dois Oscars, quatro Emmys, três Globos de Ouro, um Tony e sete Baftas. Maggie Smith
AP Photo/Kirsty Wigglesworth, File
Maggie Smith com Rupert Grint durante o tapete vermelho do lançamento de “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”
REUTERS/Luke MacGregor/Arquivo
Maggie Smith com Penelope Wilton em “Downton Abbey II: Uma Nova Era”
Divulgação
Maggie Smith e Michelle Dockery em ‘Downton Abbey’
Divulgação
Maggie Smith nos bastidores de ‘Hot Millions’, de 1968
AP Photo/Bob Dear, File
Maggie Smith ganhou o Oscar na categoria melhor atriz coadjuvante por “California Suite”, em 1979
AP Photo/Reed Saxon, File
Maggie Smith em “Harry Potter e a Pedra Filosofal”
Divulgação
Maggie Smith recebe o BAFTA por sua atuação em ‘Tea with Mussolini’, em 2000
Reuters/File Photo
Maggie Smith durante a premiere de ‘O Exótico Hotel Marigold 2’, em Londres, em 2015.
REUTERS/Peter Nicholls/File Photo
Maggie Smith no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP
Maggie Smith com Dustin Hoffman no lançamento do filme “O quarteto” no Festival de Cinema de Londres, em 2012
ANDREW COWIE / AFP

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Pit Passarell, baixista e fundador da Viper, também reinou nos anos 1990 como cantor da banda de heavy metal

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Morto hoje, aos 56 anos, artista foi o vocalista de álbuns do grupo como ‘Evolution’ e ‘Coma rage’. ♫ OBITUÁRIO
♪ Na certidão de nascimento, expedida em Buenos Aires, constava o nome de Pedro Sérgio Murad Passarell (11 de abril de 1968 – 27 de setembro de 2024). Mas é como Pit Passarell que o baixista, cantor e compositor argentino fica imortalizado na cena brasileira de heavy metal.
Baixista e vocalista da banda paulistana Viper, Pit Passarell morreu na madrugada desta sexta-feira, aos 56 anos, em decorrência de câncer no pâncreas. A morte foi anunciada hoje no perfil oficial do grupo paulistano no Instagram. Pit estava internado em hospital de São Paulo (SP), cidade onde o corpo do artista será velado e enterrado no início da tarde.
Um dos fundadores da banda Viper, surgida em 1985, Pit acumulou as funções de baixista e vocalista quando o cantor André Mattos (1971 – 2019) deixou o grupo em 1990. Álbuns como Evolution (1992), Coma rage (1995) e Tem pra todo mundo (1996) foram gravados em estúdio pela Viper com Pit Passarell como baixista e vocalista principal da banda.
Como vocalista, o reinado do artista foi de 1991 a 2004. Já o posto de baixista foi de Pit Passarell da criação da banda até a precoce saída de cena nesta sexta-feira, 27 de setembro.
Irmão de Yves Passarell, guitarrista da banda Capital Inicial, Pit compôs e pôs voz em músicas como Coma rage (1995), Blast! (1995) e Somebody told me you’re dead (1995).
Como solista, o artista lançou somente um álbum, Praticamente nada, editado em 2000, mas gravado muito antes, entre 2008 e 2009.

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