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Festas e Rodeios

Quem é o estilista refugiado que criou o tênis destruído da Balenciaga à venda por R$ 10 mil

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Diretor criativo da grife de luxo francesa, georgiano Demna Gvasalia fugiu com a família rumo à Alemanha em 1993, quando tinha 12 anos; seu estilo subversivo e ativismo conquistaram os millenials. Diretor criativo da gripe de luxo francesa, georgiano Demna Gvasalia fugiu com a família rumo à Alemanha em 1993, quando tinha 12 anos
Getty Images via BBC
Rasgado, sujo, mas à venda por R$ 10 mil. Este é o “full destroyed” (“completamente destruído”), o novo tênis lançado pela grife de luxo Balenciaga.
Disponível em versões mule, por US$ 495 (cerca de R$ 2,6 mil), e de cano alto, por US$ 1,8 mil (cerca de R$ 10 mil), o calçado é a nova aposta da marca e gerou memes nas redes sociais, inclusive no Brasil.
Mas quem está por trás dessas criações que causam furor nas redes sociais?
Elas levam a assinatura do ex-refugiado georgiano Demna Gvasalia, diretor criativo da Balenciaga, no posto desde 2015, quando substituiu o americano Alexander Wang à frente da grife francesa fundada pelo espanhol Cristóbal Balenciaga em 1917.
“Esquisito e solitário”, como já se autodenominou em entrevistas, Gvasalia nasceu na Geórgia em uma família russa ortodoxa sob então domínio soviético em 25 de março de 1981.
Balenciaga lança tênis com aparência de ‘destruído’
Reprodução
Em 1993, com apenas 12 anos, foi obrigado a abandonar o país natal devido à guerra civil, rumo à Alemanha.
Mais tarde, voltou à Geórgia para estudar economia internacional na Universidade Estadual de Tbilisi, na capital do país, por quatro anos, e depois frequentou a Real Academia de Belas Artes da Antuérpia, na Bélgica, onde obteve seu mestrado em design de moda em 2006.
Hoje, vive com o marido, o músico e compositor francês Loïck Gomez, e os dois cachorros em um vilarejo perto de Zurique, na Suíça. É fluente em seis idiomas.
A experiência como refugiado moldou sua personalidade e se reflete em suas coleções. Na mais recente Semana de Moda de Paris, em março deste ano, Gvasalia prestou homenagens aos refugiados.
Balenciaga tem histórico de itens controversos; veja outras peças além dos tênis sujos e rasgados
Enquanto as modelos desfilavam, ele recitava um poema em ucraniano, num momento que confessou ter sido difícil a nível pessoal.
A crise na Ucrânia, segundo o georgiano, fez ressurgir um trauma antigo. “Tornei-me um refugiado para sempre”, disse ele em um comunicado divulgado antes do desfile. “Para sempre, porque isso é algo que fica em nós. O medo, o desespero, a percepção que ninguém nos quer”, acrescentou.
De ilustre desconhecido a estrela da moda
Quando foi nomeado pelo conglomerado de luxo Kering, dono da Balenciaga de outras grifes, como Saint Laurent, Gucci, Bottega Veneta, Boucheron e Alexander McQueen, para o posto de chefe de criação, Gvasalia era um ilustre desconhecido — mais conhecido na indústria como o fundador da Vetements, a marca anárquica de streetwear que ele lançou com seu irmão Guram em 2014.
Mas, com seu estilo subversivo e seu ativismo, o georgiano já consolidou seu nome como uma estrela no seleto universo de estilistas estrelados, transformando a Balenciaga na marca de crescimento mais rápido dentro do grupo.
Em 2019, sua receita ultrapassou 1 bilhão de euros e foi considerada uma das três grifes em alta no The Lyst Index, ranking trimestral das marcas e produtos mais populares da moda.
Para isso, Gvasalia conta com um público fiel: os millennials, que representam cerca de 65% dos clientes da Balenciaga.
“Acho que esta década provavelmente representou o momento mais caótico da moda”, disse Gvasalia sobre as mudanças na indústria da moda em entrevista ao jornal britânico Financial Times em 2019.
“Tem sido bastante assustador. Mas os tempos mudaram. A maneira como nos comunicamos com nossos clientes hoje é uma história completamente diferente”, acrescentou.
E, pelo menos por enquanto, Gvasalia parece saber como se comunicar com seus clientes. Não é à toa que ele se descreve “um voyeur do Instagram” — o estilista é conhecido por criar conteúdo visual e pegajoso que prolifera online.
“A geração mais jovem é muito informada e politizada. E acho que é hora do ativismo e das pessoas se levantarem”, disse ele ao Financial Times na mesma entrevista.
Foi o que aconteceu com seu tênis híbrido, o Triple S, que combina três solas de tênis diferentes e é o mais vendido da Balenciaga.
Na opinião de Katy Lubin, vice-presidente de comunicações da Lyst, Gvasalia é “o grande mestre da moda meme”, dizendo que observa “enormes picos de visualizações de página para as peças mais experimentais da Balenciaga à medida que viralizam”, afirmou ela ao Financial Times.
Apesar disso, Gvasalia disse ao jornal britânico não se preocupar tanto com as curtidas, mas com sua “intuição”.
“No final, tento me comunicar através das roupas. Eu não tuíto, graças a Deus, ou faço algo assim. Eu faço roupas. Para mim, curtidas no Instagram são tão irrelevantes quanto fazer um produto e depois fazer uma pesquisa sobre o que as pessoas pensam sobre isso. Para mim, design de produto é acreditar em algo; é sobre sentir. E no passado minha intuição sempre me levou aos lugares certos.”
Resta saber agora se a intuição de Gvasalia está afiada: o tênis “destruído” será um sucesso de vendas? Se depender dos seus últimos lançamentos, é muito provável que sim.

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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Lana Del Rey se casa com guia turístico em cerimônia reservada

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Em seu perfil no Facebook, Jeremy Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019. Mesmo assim, o namoro dos dois nunca foi anunciado. Jeremy Dufrene e Lana Del Rey
Reprodução/Facebook
Lana Del Rey se casou nesta quinta-feira (26) em Luisiana, nos Estados Unidos, segundo o site americano “People”. A cantora selou os laços com Jeremy Dufrene, guia turístico com quem ela já tinha sido vista, apesar de nunca terem assumido o namoro.
Fotos e vídeos publicados pelo site “Daily Mail” mostram Lana trajada com um vestido branco e de mãos dadas com Dufrene.
O casal registrou sua certidão de casamento na segunda (23). A cerimônia foi reservada a famílias e amigos.
Dufrene é capitão de uma empresa de aerobarco, a Arthur’s Airboat Tours, que oferece passeios por pântanos repletos de jacarés e pássaros. Em seu perfil no Facebook, Dufrene aparece ao lado de Lana desde 2019.
A última vez que a cantora esteve no Brasil foi em junho de 2023, quando ela se apresentou no festival Mita.

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