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Festas e Rodeios

‘Meu dever principal é contar histórias’, diz Guillermo del Toro em Cannes

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Cineastas debateram o papel de plataformas de streaming, um dos temas polêmicos no festival. ‘Toda vez que fechamos a porta para alguma coisa, perdemos’, afirmou o diretor mexicano. Guilherme Del Toro, diretor mexicano, no Festival de Cannes nesta segunda (24)
Loic Venance/AFP
O mexicano vencedor do Oscar Guillermo del Toro recusou nesta terça-feira (24) em Cannes fechar as portas às plataformas de streaming para seus projetos, porque seu principal dever é “contar histórias”.
Del Toro, ganhador de dois Oscars por “A forma d’água” (2018), participou de um debate com outros grandes nomes da sétima arte, como parte da celebração do 75º aniversário do Festival de Cannes.
“Meu primeiro dever é contar histórias”, disse o diretor mexicano, “seja usando dinheiro de um familiar ou de um fundo de pensão”.
“Toda vez que fechamos a porta para alguma coisa, perdemos”, insistiu. A palestra contou com a presença, entre outros, do italiano Paolo Sorrentino, do brasileiro Kleber Mendonça e dos franceses Claude Lelouch e Michel Hazanavicius.
O debate abordou especialmente o papel de plataformas como a Netflix, um dos temas polêmicos de Cannes, que reluta em selecionar filmes financiados por esses gigantes por não serem lançados nos cinemas.
Para del Toro, o mundo sobreviveu durante a pandemia graças a três coisas: comida, remédios e histórias.
As histórias são uma necessidade de “primeira ordem”, concluiu.
O diretor de 57 anos preparou com a Netflix uma adaptação animada de Pinóquio ambientada na Itália fascista de Mussolini. O projeto era idealizado há 15 anos e foi recusado em várias ocasiões até ser aceito pela plataforma, contou o cineasta.
Assista ao teaser do filme “Pinóquio de Guillermo Del Toro”
‘Overdose’ de possibilidades
Paolo Sorrentino, diretor italiano de cinema, em Cannes nesta segunda (24)
Loic Venance/AFP
Paolo Sorrentino também considerou que o mais importante é contar histórias, mas talvez não através dessas plataformas.
O diretor italiano acha que não voltará a trabalhar com a Netflix, após o sucesso de “A Mão de Deus”, com o qual participou da Mostra de Veneza no ano passado.
Um filme para a Netflix, “não acho que seja algo que farei de novo”, disse ele.
“Trabalhei com várias mídias, fiz filmes para cinema, televisão, mas no final, o que prefiro é fazer filmes como fazia no início”, acrescentou o autor de “A grande beleza”, ganhador do Oscar de melhor filme de língua não-inglesa em 2013.
“Só na tela grande encontramos todo o poder de uma história”, observou.
Segundo ele, nos últimos anos, os diretores tiveram uma espécie de “overdose” de possibilidades, e trabalharam em muitos projetos, muito rapidamente, mas não necessariamente para fazer bons produtos. Foi uma “falsa oportunidade”.
Ele também destacou que essas plataformas raramente financiam filmes de jovens talentos, que podem justamente trazer novas formas de filmagem.
O brasileiro Kleber Mendonça, figura frequente no evento em que já competiu várias vezes e no ano passado foi jurado, também defendeu o cinema no telão.
Ele lembrou que sua geração cresceu com os cinemas e que sempre faz questão de que seus filmes sejam distribuídos nos cinemas. Mas admitiu que, depois de passar pelas telonas, “os filmes podem ser vistos de várias maneiras”.

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Raoni Ventapane, neto de Martinho da Vila, assina o samba-enredo da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025

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♫ NOTÍCIA
♪ É inevitável recorrer ao clichê de que “na casa de Martinho da Vila, todo mundo é bamba” quando chega a notícia de que um dos netos do compositor fluminense integra o time campeão dos compositores que assinam o samba-enredo escolhido pela Unidos de Vila Isabel na madrugada deste sábado, 28 de setembro, para o desfile das escolas de sambas do Rio de Janeiro no Carnaval de 2025.
Integrante da Ala de Compositores da agremiação azul-e-branca que Martinho da Vila carrega no sobrenome artístico, Raoni Ventapane assina com Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva o samba criado a partir do enredo Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece.
Filho de Analimar Ventapane, Raoni é cantor, compositor e ritmista da Swingueira de Noel, nome do grupo de bateristas da Unidos de Vila Isabel.
O samba-enredo de Raoni Ventapane venceu outros dois sambas na disputa realizada na quadra da escola, que será a última a desfilar na segunda-feira de Carnaval.
Raoni Ventapane (ao centro) celebra a vitória do samba-enredo ‘Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece’ na disputa encerrada na madrugada de hoje
Divulgação / Unidos de Vila Isabel
♪ Eis a letra do samba-enredo campeão da Unidos de Vila Isabel no Carnaval de 2025:
Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece
(Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva)
“Embarque nesse trem da ilusão
Não tenha medo de se entregar
Pois nosso maquinista é capitão
E comanda a multidão que vem lá do boulevard…
O breu e o susto em meio a floresta
Por entre os arbustos, quem se manifesta?…
Cara feia pra mim é fome
Vá de retro lobisomem, curupira sai pra lá.
No clarão da lua cheia
Margeando rio abaixo
Ouço um canto de sereia
Ê caboclo d’água
Da água que me assombra
A sombra da meia noite
Foi-se a noite de luar
Na tempestade, encantada é a gaiola
Chora viola, pra alma penada sambar
Nas redondezas credo em cruz ave maria
Quanto mais samba tocava, mais defunto aparecia
Silêncio…
Ao som do último suspiro vai chegar
A batucada suingada de vampiros
Quando o apito anunciar….
Eu aprendi que desde os tempos de criança
A minha vila sempre foi bicho papão
Por isso, me encantei com esse feitiço
Que hoje causa reboliço dentro desse caldeirão
Solta o bicho minha vila dá um baile de alegria
É o povo do samba virado na bruxaria
Quanto mais eu rezo, quanto mais eu faço prece
Mais assombração que aparece”

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‘Acabou vindo para cima de mim porque perdeu a cabeça’, diz ex de Ryan SP após foto em que funkeiro parece agredi-la

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Giovanna Roque reclamou de repercussão de imagem e disse que o músico está sendo alvo de ‘gente muito suja’ que deseja prejudicá-lo. MC Ryan SP e Giovanna Roque
Reprodução/Instagram
A influenciadora Giovanna Roque publicou no Instagram um vídeo em defesa de seu ex-namorado, MC Ryan SP. O post foi feito nesta sexta (27), horas após o vazamento de uma imagem em que o funkeiro parece estar dando chutes nela.
“O Ryan não é essa pessoa ruim que vocês estão pensando que ele é”, afirmou a influenciadora. “Ocorreu, sim, uma discussão no último término que a gente teve. O Ryan tinha aprontado e, nesse dia, eu perdi muito a cabeça, fiquei muito nervosa. Quebrei o telefone dele, fui para cima dele. E aí, ele ficou muito nervoso por conta dessas coisas e acabou vindo para cima de mim também, porque ele perdeu a cabeça. A gente deu abertura pro inimigo. Isso nunca aconteceu antes.”
Roque reclamou da repercussão da imagem e também disse que o músico está sendo alvo de “gente muito suja” que deseja prejudicá-lo. Os dois têm uma filha de nove meses.
“A gente realmente brigou”, afirmou ela. “Então, quer dizer que ele não pode errar uma vez?”
A assessoria do funkeiro disse que, por enquanto, não vai se pronunciar. Ryan é conhecido por hits como “Let’s Go 4”, “Filha do Deputado” e “Vai Vendo”.

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Quinteto Villa-Lobos irmana Caymmi, K-Ximbinho, Noel Rosa, Pixinguinha e Jacob nos sopros do álbum ‘Sempre’

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Quinteto Villa-Lobos lança o álbum ‘Sempre’ em 1º de outubro
Daniel Erbendinger / Divulgação
♫ NOTÍCIA
♪ Em cena desde 1962, o Quinteto Villa-Lobos sempre cruzou as fronteiras entre a música erudita e a canção popular brasileira ao longo dos 62 anos de atividade profissional.
Sempre – álbum que o grupo de sopros lançará na terça-feira, 1º de outubro, em edição da gravadora Biscoito Fino – investe nessa mistura de linguagens através dos registros fonográficos de temas de compositores brasileiros como Dorival Caymmi (1914 – 2008), Jacob do Bandolim (1918 – 1969), Joel Nascimento, K-Ximbinho (1917 – 1980), Noel Rosa (1910 – 1937) e Pixinguinha (1897 – 1973).
Formado atualmente por Aloysio Fagerlande (fagote), Cristiano Alves (clarinete), Philip Doyle (trompa), Rodrigo Herculano (oboé) e Rubem Schuenck (flauta), o Quinteto Villa-Lobos assina a direção musical e a produção do álbum em que irmana esses grandes compositores brasileiros nos sopros de Sempre.
Gravado no estúdio A casa, o álbum Sempre reproduz quatro arranjos de Paulo Sérgio Santos – como os do samba-canção Só louco (1955) e de Modinha para Gabriela (1975), temas de Caymmi – em tributo a este clarinetista que integrou o Quinteto Villa-Lobos por cerca de cinco décadas.
O repertório do disco inclui Ainda me recordo (Pixinguinha e Benedito Lacerda, 1932), Noites cariocas (Jacob do Bandolim, 1957), Teleguiado (K-Ximbinho, 1958) e O pássaro (Joel Nascimento, 1978), além de Visitando Noel, medley que agrega Feitiço da Vila (Vadico e Noel Rosa, 1934), As pastorinhas (Braguinha e Noel Rosa, 1934), Conversa de botequim (Noel Rosa e Vadico, 1935) e Palpite infeliz (Noel Rosa, 1935).
Capa do álbum ‘Sempre’, do Quinteto Villa-Lobos
Divulgação

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