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Barão Vermelho revisa 40 anos em gravação ao vivo com Chico César, Samuel Rosa e Roberto Frejat

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Banda carioca transita por sucessos próprios, hits da discografia solo de Cazuza e ‘lados B’ em registro audiovisual de show que dará origem a quatro discos e série documental em canal de TV. Frejat canta e toca ‘Pro dia nascer feliz’ com o Barão Vermelho no show ‘Barão 40’
Camila Mendes / Divulgação Teatro Claro Rio
♪ Dos cinco músicos que ocuparam o palco do Teatro Claro Rio nas noites de 1º e 2 de junho, para a gravação da série documental e dos quatro discos que celebram os 40 anos do Barão Vermelho, somente dois – o baterista Guto Goffi e o tecladista Maurício Barros – fizeram parte da formação original agrupada em fins de 1981 na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
Mas um terceiro músico da banda original – o guitarrista Roberto Frejat, marcante no posto de vocalista entre 1985 e 2016 – entrou em cena já ao fim da apresentação de quarta-feira, dia 1º, para cantar e tocar Pro dia nascer feliz (Roberto Frejat e Cazuza, 1983) com Rodrigo Suricato em número enérgico (feito duas vezes) que incluiu solos das guitarras de Frejat, Suricato e Fernando Magalhães, com o baixista Márcio Alencar também à frente do palco.
Anunciado em janeiro de 2017 como substituto de Frejat no posto de vocalista e (também) guitarrista da banda, posto ocupado originalmente por Cazuza de 1981 a 1985, Suricato tem se dedicado arduamente à missão de levar adiante a trajetória do Barão sem que a banda soe como cover de si mesma.
Na gravação da série documental Barão 40 para o Canal Bis com show retrospectivo, cujos números musicais darão origem a quatro discos previstos para serem lançados a partir de agosto, Suricato foi mais bem-sucedido quando, encerrado o bloco acústico inicial, o palco foi preparado para o set elétrico das apresentações.
Contudo, foi no bloco acústico que, na apresentação do dia 1º, entraram em cena os dois convidados mais inusitados da primeira noite de gravação, Chico César e Samuel Rosa, ambos até então dissociados da trajetória do Barão. Chico cantou a apaixonada canção Por você (Roberto Frejat, Maurício Barros e Mauro Santa Cecília, 1998), adornada com o toque do acordeom de Marcelo Caldi, também convidado do número.
Samuel, em intervenção afetuosa, se juntou ao quinteto no revival do rock Maior abandonado (Roberto Frejat e Cazuza, 1984), música mais talhada para a parte elétrica do show. O número foi repetido por questões técnicas.
Chico César canta a balada ‘Por você’ com a banda Barão Vermelho no show ‘Barão 40’
Camila Mendes / Divulgação Teatro Claro Rio
Na apresentação de quinta-feira, 2 de junho, Jade Beraldo foi a convidada do Barão na lembrança de Por que a gente é assim? (Roberto Frejat, Cazuza e Ezequiel Neves, 1984) – rock da fase fundamental da discografia da banda, com Cazuza em sintonia com Frejat na composição de repertório que bebia tanto das fontes do rock quanto do blues, fazendo do Barão Vermelho a banda brasileira mais próxima dos Rolling Stones dentre a safra da geração da década de 1980 que deu peso e projeção ao rock feito no Brasil.
No show Barão 40, Maurício Barros mostrou, no toque dos teclados que encorparam Carne de pescoço (Roberto Frejat e Cazuza, 1983), o quanto de rhythm and blues há na gênese do rock.
Entre sucessos como Bete Balanço (Roberto Frejat e Cazuza, 1984), hit pop de trilha de cinema que soou meio desajeitado em Barão 40, e alguns lados B orgulhosamente apresentados como tal por Suricato, casos de Sombras no escuro (Roberto Frejat e Guto Goffi, 1992) e de Guarda essa canção (Roberto Frejat e Dulce Quental, 1992), o Barão Vermelho de 2022 se permitiu até transitar pelo repertório da discografia solo de Cazuza.
Codinome beija-flor (Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves, 1985), Solidão que nada (George Israel, Nilo Romero e Cazuza, 1987) – música que se sustenta no refrão aliciante – e até Exagerado (Leoni, Cazuza e Ezequiel Neves, 1985) deram as caras no roteiro. Assim como Amor pra recomeçar (Roberto Frejat, Maurício Barros e Mauro Santa Cecília, 2001), o maior sucesso da carreira solo de Frejat, ouvido na voz de Maurício Barros, coautor da composição.
Para quem acompanha o Barão Vermelho há 40 anos (ou 41, já que o primeiro show aconteceu em novembro de 1981), ficou claro que o blues Não amo ninguém (Roberto Frejat, Cazuza e Ezequiel Neves, 1984) – também interpretado por Maurício Barros – era bem a mais cara do Barão Vermelho, ora personificada na figura carismática de Rodrigo Suricato.
Rodrigo Suricato no palco do Teatro Claro Rio na gravação do show ‘Barão 40’
Camila Mendes / Divulgação Teatro Claro Rio
♪ Eis as 27 músicas do roteiro seguido em 1º de junho de 2022 pelo Barão Vermelho na gravação da primeira das duas apresentações do show Barão 40 no Teatro Claro Rio, na cidade do Rio de Janeiro (RJ):
Set acústico :
1. Tua canção (Roberto Frejat e Sérgio Serra, 1990)
2. Carne de pescoço (Roberto Frejat e Cazuza, 1983)
3. Bete balanço (Roberto Frejat e Cazuza, 1984)
4. Sorte e azar (Roberto Frejat e Cazuza, 1982 / 2012)
5. Por você (Roberto Frejat, Maurício Barros e Mauro Santa Cecília, 1998) – com Chico César
6. Enquanto ela não chegar (Guto Goffi e Maurício Barros, 1999)
7. Flores do mal (Roberto Frejat e Guto Goffi, 1992)
8. Maior abandonado (Roberto Frejat e Cazuza, 1984) – com Samuel Rosa
9. Codinome beija-flor (Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves, 1985)
Set elétrico :
10. Meus bons amigos (Maurício Barros, Guto Goffi e Fernando Magalhães, 1994)
11. A solidão te engole vivo (Maurício Barros, Guto Goffi e Fernando Magalhães, 2019)
13. Tão longe de tudo (Guto Goffi, 1990)
14. Sombras no escuro (Roberto Frejat e Guto Goffi, 1992)
15. O poeta está vivo (Roberto Frejat e Dulce Quental, 1990)
16. Solidão que nada (George Israel, Nilo Romero e Cazuza, 1987)
17. Por que a gente é assim? (Roberto Frejat, Cazuza e Ezequiel Neves, 1984)
18. Guarda essa canção (Roberto Frejat e Dulce Quental, 1992)
19. Um dia igual ao outro (Rodrigo Suricato, 2019)
20. Amor, meu grande amor (Angela Ro Ro e Ana Terra, 1979)
21. Down em mim (Cazuza, 1982)
22. Não amo ninguém (Roberto Frejat e Cazuza, 1984)
23. Amor pra recomeçar (Roberto Frejat, Maurício Barros e Mauro Santa Cecília, 2001)
24. O tempo não para (Arnaldo Brandão e Cazuza, 1988)
25. Pro dia nascer feliz (Roberto Frejat e Cazuza, 1983) – com Frejat
26. Exagerado (Leoni, Cazuza e Ezequiel Neves, 1985)
27. Puro êxtase (Guto Goffi e Maurício Barros, 1998)
Maurício Barros canta ‘Amor pra recomeçar’ e o blues ‘Não amo ninguém’ no show ‘Barão 40’
Camila Mendes / Divulgação Teatro Claro Rio

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