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Johnny Depp x Amber Heard: resultado do julgamento pode desestimular denúncias de violência doméstica?

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Heard recebeu inúmeras críticas online, muitas delas próximas ao assédio, durante a batalha legal com seu ex-marido. Amber Heard enfrentou assédio nas redes sociais durante o julgamento contra Johnny Depp.
Getty Images/Via BBC
Amber Heard se tornou vítima de ataques na internet durante a batalha judicial por difamação aberta por seu ex-marido Johnny Depp, que também envolveu alegações de violência doméstica. O caso poderia afetar negativamente vítimas de abuso que decidem denunciar uma situação semelhante?
Na última quarta-feira (1º), um tribunal da Virgínia, nos Estados Unidos, considerou que Heard difamou Depp em um artigo publicado no jornal Washington Post de 2018 no qual ela se descreve como “uma figura pública que representa o abuso doméstico”, sem nomear seu ex-marido.
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O júri composto por cinco homens e duas mulheres decidiu que a atriz deveria pagar uma indenização de US$ 15 milhões (R$ 72 milhões), valor que foi reduzido para US$ 10,35 milhões (R$ 49,4 milhões), em razão de limites legais da Virgínia.
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Quanto às acusações de Heard contra Depp, também por difamação, o júri condenou o ator, que não esteve na audiência, a pagar indenização de US$ 2 milhões (R$ 9,5 milhões) por difamá-la por meio de seu advogado, Adam Waldman.
O veredicto surpreendeu especialistas em Direito, especialmente porque segue a derrota de Depp em um caso semelhante no Reino Unido há quase dois anos.
Para Heard, a decisão foi uma rejeição quase total de seu testemunho.
Imagem do processo que Johnny Depp moveu contra Amber Heard
AFP/Via BBC
Depp, de 58 anos, negou com firmeza as alegações de abuso emocional, físico e sexual que Heard diz terem ocorrido em várias ocasiões ao longo de seu relacionamento de cinco anos.
Comentários nas redes sociais
O júri ficou do lado de Depp e considerou as alegações de Heard como falsas.
Em um comunicado, a atriz de 36 anos disse que estava “com o coração partido” pela decisão. Sua equipe disse que vai recorrer.
Mas no tribunal da opinião pública, parecia que Heard já havia perdido mesmo antes do resultado final.
Durante as seis semanas de julgamento, muito antes de o júri dar seu veredicto, uma espécie de consenso se estabeleceu na internet de que Heard estava mentindo.
Depp agradeceu ao tribunal por ter “devolvido” sua vida após a decisão a seu favor
Getty Images/Via BBC
Seu testemunho foi amplamente ridicularizado, hashtags chamando-a de sociopata foram tendências no Twitter e uma petição para removê-la da próxima sequência do filme Aquaman recebeu, até sexta-feira, 3 de junho, mais de 4,4 milhões de assinaturas.
No TikTok, os casais encenaram algumas das cenas de violência que Heard denunciou no depoimento, em um aparente esforço para provar que foram inventadas.
“Acho que devemos ser muito claros sobre isso: esse julgamento gerou muito assédio contra Amber Heard”, diz Nicole Bedera, socióloga especializada em violência sexual. “Foi chocante.”
Especialistas em violência doméstica como Bedera temem que a resposta profundamente negativa em relação à Heard tenha repercussões muito além do julgamento.
Impacto para futuras vítimas
Muitos alertam que o abuso online sofrido por Herad terá um efeito devastador na vida de sobreviventes de violência doméstica e pode desencorajar algumas a denunciarem seus casos.
“Há muitas sobreviventes que verão sua história refletida neste julgamento. E elas também serão prejudicados por este caso”, disse Bedera.
“Acho que muitas vítimas agora vão se sentir mais inseguras com a ideia de contar seu caso no futuro”, disse.
Casos de violência doméstica tendem a ser resolvidos sem denúncias. Nos Estados Unidos, apenas dois em cada cinco casos são reportados à polícia, de acordo com a última pesquisa do Departamento de Justiça dos EUA.
A mesma proporção de mulheres, em torno de 40%, apresentou denúncias de violência no relacionamento.
“Acho que ficou claro que as sobreviventes estão tomando decisões racionais quando optam por não denunciar seu caso”, disse Alexandra Brodsky, advogada de direitos civis e autora do livro Justiça Sexual.
“É feita uma análise de custo/benefício e, muitas vezes, esse cálculo mostra que é melhor não informar”, segundo a especialista.
Na hora de colocar na balança, pesa muito o medo de uma dolorosa investigação e julgamento – e o medo de que ninguém acredite nelas.
Ambos os temores foram demonstrados na resposta recebida por Heard, disse Kelly Sundberg, professora da Ashland University e autora de Goodbye Sweet Girl, um livro de memórias sobre sua experiência em um relacionamento abusivo.
“Há uma razão pela qual a maioria das pessoas mantém seus abusos privados”, disse ele.
“Mesmo se ela [Heard] tivesse vencido, isso teria um efeito assustador nas vítimas, porque ninguém quer ser desacreditado como ela foi”, disse Sundberg.
“Se eu tivesse recebido esse tipo de resposta antes de escrever meu livro, acho que não me sentiria segura em publicá-lo”, disse ela.
“Foi horrível”, acrescentou Bedera. “As pessoas a chamavam de psicopata, mentirosa, diziam que ela era louca, que era manipuladora, diziam que ela merecia o que aconteceu.”
Padrões duplos
Na última semana do julgamento, Heard, mãe solteira de uma filha de 1 ano, falou sobre o assédio durante o julgamento, dizendo que recebeu “centenas de ameaças de morte regularmente, se não diariamente”.
“As pessoas querem me matar, me dizem todos os dias. As pessoas querem colocar meu bebê no micro-ondas e me dizem”, disse ele. “Tem sido uma agonia.”
Durante o julgamento, o tribunal ouviu gravações de Heard em que ela parecia zombar e intimidar seu ex-parceiro. Em um vídeo, a atriz admite ter “batido” em Depp antes de pedir para ele não ser um “bebê”.
“Diga ao mundo, Johnny”, ela exige dele em outras imagens, gravadas em 2016. “Diga a eles: ‘Eu, Johnny Depp, um homem, também sou vítima de violência doméstica'”.
Essas gravações eram frequentemente usadas como prova nas mídias sociais de que Heard estava mentindo e que ela era a agressora “real” em seu relacionamento.
Mas esse mesmo escrutínio não parecia se aplicar a Depp.
O tribunal ouviu várias testemunhas – incluindo uma de suas ex-namoradas, a atriz Ellen Barkin – descrever o suposto abuso de drogas e álcool e tendências violentas do ator.
Em áudio gravado, o júri ouviu Depp gritando insultos e obscenidades para Heard, e viu mensagens dizendo que desejava que sua ex-mulher morresse.
“Houve um duplo padrão, com certeza”, disse Bedera.
“Johnny Depp também disse algumas coisas realmente horríveis. Mensagens de texto sobre a ideia de estuprar e assassinar Amber Heard me vêm à mente”, disse a especialista. “Muitas pessoas foram rápidas em dizer ‘foi apenas uma piada’ na época.”
Possíveis repetições
Especialistas também temem que o caminho legal seguido por Depp, abrindo um processo de difamação, possa ser usado por autores de abusos.
“Uma coisa que realmente faltou na cobertura é que Heard não processou Depp por abuso”, disse a advogada Alexandra Brodsky. “Foi Depp quem processou Heard por dizer que ela foi abusada, e nem mesmo por ele.”
Brodsky descreveu uma “horda” crescente de advogados e consultores de relações públicas aconselhando jovens sobre como limpar seus nomes depois de serem acusados ​​de agressão sexual na faculdade.
“Muito disso são processos por difamação, ou pelo menos ameaças de processos por difamação. Vimos essa estratégia se espalhar”, confirmou.
Neste caso, após seis semanas de depoimentos, o júri decidiu por unanimidade que Heard havia difamado Depp no texto no jornal. “O júri me deu minha vida de volta”, disse o ator em um comunicado após o veredicto.
Mas buscar indenização por difamação se torna “alarmante” quando os perpetradores a usam como estratégia de relações públicas, disse Brodsky.
“A verdade é que, não importa o que acontecesse no final do julgamento, Depp teria se tornado, pelo menos para algumas pessoas, o herói”, disse ela. “Estou realmente preocupado com o efeito ‘copiador’.”
Ao mesmo tempo, esses casos atuam como um impedimento para as vítimas em geral, disse ela.
“Alguém vê seu amigo, colega de classe ou uma celebridade enfrentando um processo de difamação e diz: ‘Não quero lidar com isso’.”
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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
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Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
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Uma justa medalha para Fausto Nilo, compositor octogenário da MPB que cimentou o chão da praça com poesia

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Parceiro de Moraes Moreira, Dominguinhos e Fagner em músicas pautadas por lírica geralmente festiva, letrista ganha homenagem da UBC em outubro. Fausto Nilo é o primeiro compositor laureado com a Medalha UBC pelo conjunto de obra que inclui os hits ‘Bloco do prazer’, ‘Pedras que cantam’ e ‘Zanzibar’
Reprodução / Facebook Fausto Nilo
♫ ANÁLISE
♪ Na terça-feira, 1º de outubro, Fausto Nilo será o primeiro compositor agraciado com a Medalha UBC – láurea concedida pela União Brasileira de Compositores – em cerimônia que acontecerá em Fortaleza (CE). No caso deste poeta e letrista cearense, a medalha celebra tanto o conjunto da obra do compositor quanto os 80 anos de Fausto Nilo Costa Júnior, artista nascido em 5 de abril de 1944 em Quixeramobim, município do interior do Ceará.
Embora ligado ao Pessoal do Ceará, coletivo que movimentou a cena cultural de Fortaleza (CE) no início dos anos 1970, Fausto Nilo iniciou a trajetória como letrista de música em Brasília (DF), a convite de Fagner, cantor e compositor cearense de quem se tornou parceiro em 1972 em conexão iniciada com a música Fim do mundo, lançada naquele mesmo em EP de Fagner.
Em parceria com Moraes Moreira (1947 – 2020), Fausto Nilo teve letras cantadas em todo o Brasil, com destaque para Bloco do prazer (1979), Chão da praça (1979), Coisa acesa (1982), Eu também quero beijar (1981, com Pepeu Gomes na coautoria), Pão e poesia (1981) e Santa fé (1985).
Fausto Nilo também escreveu versos para músicas de Armandinho (Zanzibar, 1981), Caio Silvio (Pequenino cão, sucesso de Simone em 1981), Dominguinhos (1941 – 2013), Geraldo Azevedo (Chorando e cantando, 1986, hit na voz de Elba Ramalho) e Robertinho de Recife (Flor da paisagem – música-título do álbum lançado por Amelinha em 1977 – e O elefante, sucesso de 1982).
Compositor que animou muitos Carnavais com a poética festiva de letras cantadas em todo o Brasil, Fausto Nilo sempre cimentou o chão da praça com lirismo.
Contudo, a alegria dos versos deste parceiro letrista de Dominguinhos em Pedras que cantam (1981) – sucesso na voz de Fagner – extrapolou a folia, ecoando em todas as épocas. Por isso, a Medalha UBC merece o peito de Fausto Nilo.

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90 anos de Brigitte Bardot: como a visita da atriz francesa ainda impulsiona o turismo em Búzios seis décadas depois

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A visita dela ocorreu em duas ocasiões diferentes, ambas no ano de 1964. Existe uma orla em seu nome e um estátua da francesa, que completa 90 anos neste sábado (28), no local. Brigitte Bardot vistou Búzios e deixou o balneário famoso
Divulgação / Prefeitura
Coincidência ou não, no mesmo ano em que Brigitte Bardot completa 90 anos, também completa 60 anos que ela visitou Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A atriz francesa, que faz aniversário neste sábado (28), esteve em Búzios, que ainda era distrito de Cabo Frio, em duas situações e ambas no ano de 1964. Ela chegou pela primeira vez em janeiro daquele ano e ficou quatro meses na cidade.
De acordo com José Wilson Barbosa, empresário e pesquisador, Brigitte Bardot veio ao Brasil por estar muito estressada e desejar passar um tempo em um lugar mais calmo e tranquilo.
Ela desembarcou no Rio de Janeiro, mas se assustou com a quantidade de fotógrafos e jornalistas que a aguardavam. A atriz chegou a ameaçar voltar para Paris.
“Ela queria anonimato, ela queria descansar. Já que era muito perseguida por paparazzis nos Estados Unidos e na Europa. Ela faz um acordo com os jornalistas no Rio de Janeiro, vai para o Copacabana Palace, faz uma sessão de fotos, dá entrevistas e depois disso ganha liberdade no Rio de Janeiro. Ela pega um iate de um empresário, faz um passeio, volta para o Rio de Janeiro e no Rio, ela pega um furgão. Ela pega vários mantimentos e vai para Búzios”, diz o pesquisador.
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964
Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
De acordo com o pesquisador, ela foi vista pela primeira vez em Búzios no dia 13 de janeiro de 1964 e ficou hospedada em Manguinhos.
“Durante sua permanência em Búzios, ela acabou criando uma situação inovadora na cidade, um fenômeno turístico. Naquela época só existia quatro estabelecimentos comerciais, não tinha nenhuma estrutura. Era uma aldeia de pescadores e a imprensa daquela época diz que Brigitte Bardot está em um paraíso secreto”, conta.
A secretária de turismo de Búzios, Patrícia Burlamaqui Chaves, fala que na época o então distrito era um local selvagem e pacato, sem comércio, hotelaria e gastronomia.
“Nesse período de quatro meses, que ela ficou aqui, ela passou realmente despercebida e pode estar no meio dos nativos vivendo de forma simples e despojada. Caminhando e visitando praias”, conta Patrícia.
Durante os meses em Búzios, a francesa tinha o hábito de passear em um fusca vermelho e caminhar pela praia de Manguinhos. Ela também esteve em bairros de Cabo Frio, como a Ogiva.
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964
Estadão Conteúdo/Arquivo
Antigamente, como era uma pequena vila, era difícil o acesso a Búzios. O acesso ficou melhor com a construção da ponte Rio-Niterói, dez anos depois, em 1974. Após a visita da atriz, o local passou a ser mundialmente conhecido.
Brigitte Bardot foi embora da cidade em abril de 1964 e retornou em dezembro do mesmo ano. Ela ficou hospedada na casa de um amigo, que ficava na atual Rua das Pedras, mas a experiência que teve foi diferente da anterior.
“Ela nunca mais voltou a Búzios, até porque depois da permanência nela, ela se sentiu um midas. Assim como ela tirou Saint-Tropez do anonimato, ela fez o mesmo com Búzios e isso chateou muito ela. Porque Búzios mudou muito depois da permanência dela”, conta José.
A atriz chegou a ganhar o título de cidadã honorária e a Companhia Aldeão deu a ela um terreno em João Fernandes, mas ela nunca buscou nenhum dos dois.
Brigitte Bardot em 1963 e 2001
Jack Guez/AFP e Screen prod./Photononstop/AFP
Turismo impulsionado
Bastou duas visitas de Brigitte para que Búzios entrasse no circuito do turismo nacional e mundial.
José Wilson Barbosa conta que a presença dela fez surgir as primeiras pousadas da cidade, pois diversos jornalistas e fotógrafos foram descobrir onde era o paraíso secreto da francesa.
“A economia da cidade começou a gerar graças a presença da Brigitte Bardot, nesse período de quatro meses que esteve em Búzios”, conta.
Estátua de Brigitte Bardot é um dos principais pontos turísticos de Búzios
Tássia Thum/G1
A visita de Bardot foi tão importante para a cidade que em 1999, foi inaugurado a Orla Bardot e uma estatua da atriz foi colocada no local.
Atualmente, é um dos pontos mais visitados e diariamente diversas pessoas param para tirar foto com a estátua feita pela escultora Christina Motta.
Estátua é alvo das fotos de turistas e moradores.
Divulgação / Ascom Armação de Búzios
“Após as duas visitas de BB [Brigitte Bardot] a península, Búzios nunca mais foi a mesma. Os visitantes atraídos pelos relatos da época, vieram provenientes de vários países entre eles Argentina, Chile, França, Alemanha, Suíça, Espanha e tantos outros. Além de visitarem, se encantaram com e estilo de vida simples e ao mesmo tempo sofisticado dessa linda cidade que ainda então era bem rústica com suas casinhas de pescadores e com belas e selvagens praias”, explica Patrícia.
Ela diz que até hoje, seis décadas após a visita, o turismo ainda é impulsionado por Brigitte Bardot, devido a orla e a estátua em sua homenagem. “Esse fato sempre vai ter importância e relevância para o turismo”, concluí.
Bigitte Bardot
Sergio Quissak/Prefeitura de Búzios

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