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Festas e Rodeios

Obra-prima do grupo Novos Baianos, álbum ‘Acabou chorare’ faz 50 anos com o frescor de 1972

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♪ MEMÓRIA – É sintomático que João Gilberto (1931 – 2019) tenha sido o mentor dos Novos Baianos na criação da obra-prima da discografia do grupo, Acabou chorare, álbum lançado em 1972 pela gravadora Som Livre. Trata-se do segundo álbum dos Novos Baianos, mas o primeiro que colocou o grupo na história da música brasileira.
Título inevitável nas listas de melhores discos do Brasil em todos os tempos, o álbum Acabou chorare completa 50 anos com o mesmo frescor do lançamento. Por embutir efervescência pop tropicalista, o disco ainda soa novo como se tivesse sido lançado na semana passada, exalando modernidade atemporal comparada ao tripé de álbuns fundamentais lançados entre 1959 e 1961 por João Gilberto, criador da bossa nova.
Aliás, a música-título Acabou chorare – inspirada por fala espontânea da filha de João, Bebel, então uma criança – reverbera a bossa sem nostalgia e sem a preocupação de emular a batida diferente de João no toque do violão do baiano Antonio Carlos Moraes Pires (8 de julho de 1947 – 13 de abril de 2020), o Moraes Moreira, parceiro do letrista e poeta conterrâneo Luiz Galvão.
Sete das nove músicas do álbum Acabou chorare trazem as assinaturas de Moraes e Galvão. Uma das duas exceções é o samba-exaltação Brasil pandeiro (Assis Valente, 1941), regravado por sugestão de João Gilberto e introduzido no disco com a voz da cantora fluminense Bernadete Dinorah de Carvalho Cidade – a Baby Consuelo, hoje Baby do Brasil, única presença feminina no núcleo central do grupo baiano formado por Moraes Moreira (voz e violão), Luiz Galvão (letras), Baby (voz e percussão), Pepeu Gomes (guitarra, violão e craviola) e Paulinho Boca de Cantor (voz e pandeiro).
Na arquitetura sonora de Acabou chorare, disco pautado pelo samba, mas mixado com toques de choro e baião e com a linguagem elétrica do rock, os músicos Baixinho (bateria e bongô), Bolacha (bongô), Dadi Carvalho (baixo) e sobretudo Jorginho Gomes (bateria e cavaquinho) também tiveram presenças importantes.
A turma formava um time, como enfatiza Luiz Galvão logo na abertura do longo texto escrito para a edição original do álbum gestado com espírito comunitário no sítio de Jararepaguá – bairro da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro (RJ) – em que os músicos se aglutinaram em convivência de alma hippie.
Esse espírito de comunhão, de compartilhamento coletivo de espaço e ideias, está bem traduzida na foto de Antonio Luís, o Lula, exposta na capa da edição do LP original (há edições em CD que estamparam na capa uma foto reproduzida originalmente no encarte do LP de 1972).
Irretocável, a ponto de constituir best of do grupo, o repertório do álbum Acabou chorare foi composto sem pressa e sem pressão, sendo burilado exaustivamente até o registro em estúdio.
Gravado no estúdio Somil, com produção coordenada por Eustáquio Sena sob a batuta de João Araújo (1935 – 2013), diretor da Som Livre na época, Acabou chorare é em essência um disco de samba, e nisso o álbum já difere do antecessor É ferro na boneca (1970), o primeiro álbum dos Novos Baianos, grupo então mais voltado para o rock de aura psicodélica.
Só que o samba dos Novos Baianos tinha toque juvenil, bebendo das fontes com frescor, como exemplifica a lembrança de Brasil pandeiro, mas ao mesmo tempo traindo essas fontes ao harmonizar os sons de violões e cavaquinhos com guitarras elétricas.
Mote do choro instrumental Um bilhete para Didi, tema de Jorginho Gomes em que o mano Pepeu Gomes expôs a maestria no toque da guitarra, a eletrificação da música brasileira no disco é percebida mais claramente a partir da terceira faixa, Tinindo trincando, espécie de baioque turbinado com solo da guitarra de Pepeu.
Antes, na disposição do repertório no LP, vem Preta pretinha, canção inspirada pela travessia da barca Rio-Niterói, veículo para desilusão amorosa sofrida por Moraes Moreira em Niterói (RJ), cidade natal de Baby (que nada teve a ver com a sofrência do colega).
Preta pretinha aparece duas vezes no disco, na segunda faixa – ocupando quase sete dos 39 minutos do álbum – e no fecho de Acabou chorare, em versão reduzida para três minutos e meio e produzida pela gravadora para facilitar a veiculação da canção nas rádios.
Música que repõe o disco na cadência do samba, com o toque do rock, Swing de Campo Grande tem o toque de Paulinho Boca de Cantor na letra – escrita com Galvão – e no canto da música de Moraes.
Composição feita para Baby, solista da faixa, A menina dança se tornou indissociável da intérprete. A música expõe aquela mistura de samba com a linguagem do rock que caracteriza o álbum, cuja faixa Mistério do planeta, de tom mais zen, é calcada no canto e na violão de Moraes Moreira.
Samba mais extrovertido, Besta é tu reitera a vocação popular de Acabou chorare, álbum tão inovador e ao mesmo tempo tão acessível ao público. Talvez por isso o segundo álbum dos Novos Baianos tenha ganhado crescente importância histórica ao longo dos últimos 50 anos.
Assim como o frescor do disco, o poder de sedução do repertório lapidar de Acabou chorare em 2022 é o mesmo de 1972.
♪ Leia outros textos da série memorialista do Blog do Mauro Ferreira sobre grandes álbuns de artistas brasileiros que fazem 50 anos em 2022:
1. Segundo álbum londrino de Caetano Veloso, ‘Transa’ faz 50 anos como objeto de culto na obra do artista
2. Álbum de 1972 em que Gilberto Gil festejou a volta do exílio, ‘Expresso 2222’ faz 50 anos com combustível para alcançar futuras gerações
3. Álbum com que Elza Soares pediu passagem para o samba-soul faz 50 anos com vitalidade
4. ‘Clube da Esquina’, álbum que mostrou admirável mundo novo à MPB, conserva a chama da juventude aos 50 anos
5. Carnaval de Chico Buarque ainda faz sentido 50 anos após disco com trilha sonora de filme de 1972
6. ‘Elis’, álbum de 1972, faz 50 anos com o brilho intacto pela perfeição de canto, repertório e arranjos
7. Álbum do MPB4 em 1972, ‘Cicatrizes’ expõe feridas ainda abertas no Brasil após 50 anos

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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
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Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará
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Uma justa medalha para Fausto Nilo, compositor octogenário da MPB que cimentou o chão da praça com poesia

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Parceiro de Moraes Moreira, Dominguinhos e Fagner em músicas pautadas por lírica geralmente festiva, letrista ganha homenagem da UBC em outubro. Fausto Nilo é o primeiro compositor laureado com a Medalha UBC pelo conjunto de obra que inclui os hits ‘Bloco do prazer’, ‘Pedras que cantam’ e ‘Zanzibar’
Reprodução / Facebook Fausto Nilo
♫ ANÁLISE
♪ Na terça-feira, 1º de outubro, Fausto Nilo será o primeiro compositor agraciado com a Medalha UBC – láurea concedida pela União Brasileira de Compositores – em cerimônia que acontecerá em Fortaleza (CE). No caso deste poeta e letrista cearense, a medalha celebra tanto o conjunto da obra do compositor quanto os 80 anos de Fausto Nilo Costa Júnior, artista nascido em 5 de abril de 1944 em Quixeramobim, município do interior do Ceará.
Embora ligado ao Pessoal do Ceará, coletivo que movimentou a cena cultural de Fortaleza (CE) no início dos anos 1970, Fausto Nilo iniciou a trajetória como letrista de música em Brasília (DF), a convite de Fagner, cantor e compositor cearense de quem se tornou parceiro em 1972 em conexão iniciada com a música Fim do mundo, lançada naquele mesmo em EP de Fagner.
Em parceria com Moraes Moreira (1947 – 2020), Fausto Nilo teve letras cantadas em todo o Brasil, com destaque para Bloco do prazer (1979), Chão da praça (1979), Coisa acesa (1982), Eu também quero beijar (1981, com Pepeu Gomes na coautoria), Pão e poesia (1981) e Santa fé (1985).
Fausto Nilo também escreveu versos para músicas de Armandinho (Zanzibar, 1981), Caio Silvio (Pequenino cão, sucesso de Simone em 1981), Dominguinhos (1941 – 2013), Geraldo Azevedo (Chorando e cantando, 1986, hit na voz de Elba Ramalho) e Robertinho de Recife (Flor da paisagem – música-título do álbum lançado por Amelinha em 1977 – e O elefante, sucesso de 1982).
Compositor que animou muitos Carnavais com a poética festiva de letras cantadas em todo o Brasil, Fausto Nilo sempre cimentou o chão da praça com lirismo.
Contudo, a alegria dos versos deste parceiro letrista de Dominguinhos em Pedras que cantam (1981) – sucesso na voz de Fagner – extrapolou a folia, ecoando em todas as épocas. Por isso, a Medalha UBC merece o peito de Fausto Nilo.

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90 anos de Brigitte Bardot: como a visita da atriz francesa ainda impulsiona o turismo em Búzios seis décadas depois

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A visita dela ocorreu em duas ocasiões diferentes, ambas no ano de 1964. Existe uma orla em seu nome e um estátua da francesa, que completa 90 anos neste sábado (28), no local. Brigitte Bardot vistou Búzios e deixou o balneário famoso
Divulgação / Prefeitura
Coincidência ou não, no mesmo ano em que Brigitte Bardot completa 90 anos, também completa 60 anos que ela visitou Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A atriz francesa, que faz aniversário neste sábado (28), esteve em Búzios, que ainda era distrito de Cabo Frio, em duas situações e ambas no ano de 1964. Ela chegou pela primeira vez em janeiro daquele ano e ficou quatro meses na cidade.
De acordo com José Wilson Barbosa, empresário e pesquisador, Brigitte Bardot veio ao Brasil por estar muito estressada e desejar passar um tempo em um lugar mais calmo e tranquilo.
Ela desembarcou no Rio de Janeiro, mas se assustou com a quantidade de fotógrafos e jornalistas que a aguardavam. A atriz chegou a ameaçar voltar para Paris.
“Ela queria anonimato, ela queria descansar. Já que era muito perseguida por paparazzis nos Estados Unidos e na Europa. Ela faz um acordo com os jornalistas no Rio de Janeiro, vai para o Copacabana Palace, faz uma sessão de fotos, dá entrevistas e depois disso ganha liberdade no Rio de Janeiro. Ela pega um iate de um empresário, faz um passeio, volta para o Rio de Janeiro e no Rio, ela pega um furgão. Ela pega vários mantimentos e vai para Búzios”, diz o pesquisador.
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964
Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
De acordo com o pesquisador, ela foi vista pela primeira vez em Búzios no dia 13 de janeiro de 1964 e ficou hospedada em Manguinhos.
“Durante sua permanência em Búzios, ela acabou criando uma situação inovadora na cidade, um fenômeno turístico. Naquela época só existia quatro estabelecimentos comerciais, não tinha nenhuma estrutura. Era uma aldeia de pescadores e a imprensa daquela época diz que Brigitte Bardot está em um paraíso secreto”, conta.
A secretária de turismo de Búzios, Patrícia Burlamaqui Chaves, fala que na época o então distrito era um local selvagem e pacato, sem comércio, hotelaria e gastronomia.
“Nesse período de quatro meses, que ela ficou aqui, ela passou realmente despercebida e pode estar no meio dos nativos vivendo de forma simples e despojada. Caminhando e visitando praias”, conta Patrícia.
Durante os meses em Búzios, a francesa tinha o hábito de passear em um fusca vermelho e caminhar pela praia de Manguinhos. Ela também esteve em bairros de Cabo Frio, como a Ogiva.
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964
Estadão Conteúdo/Arquivo
Antigamente, como era uma pequena vila, era difícil o acesso a Búzios. O acesso ficou melhor com a construção da ponte Rio-Niterói, dez anos depois, em 1974. Após a visita da atriz, o local passou a ser mundialmente conhecido.
Brigitte Bardot foi embora da cidade em abril de 1964 e retornou em dezembro do mesmo ano. Ela ficou hospedada na casa de um amigo, que ficava na atual Rua das Pedras, mas a experiência que teve foi diferente da anterior.
“Ela nunca mais voltou a Búzios, até porque depois da permanência nela, ela se sentiu um midas. Assim como ela tirou Saint-Tropez do anonimato, ela fez o mesmo com Búzios e isso chateou muito ela. Porque Búzios mudou muito depois da permanência dela”, conta José.
A atriz chegou a ganhar o título de cidadã honorária e a Companhia Aldeão deu a ela um terreno em João Fernandes, mas ela nunca buscou nenhum dos dois.
Brigitte Bardot em 1963 e 2001
Jack Guez/AFP e Screen prod./Photononstop/AFP
Turismo impulsionado
Bastou duas visitas de Brigitte para que Búzios entrasse no circuito do turismo nacional e mundial.
José Wilson Barbosa conta que a presença dela fez surgir as primeiras pousadas da cidade, pois diversos jornalistas e fotógrafos foram descobrir onde era o paraíso secreto da francesa.
“A economia da cidade começou a gerar graças a presença da Brigitte Bardot, nesse período de quatro meses que esteve em Búzios”, conta.
Estátua de Brigitte Bardot é um dos principais pontos turísticos de Búzios
Tássia Thum/G1
A visita de Bardot foi tão importante para a cidade que em 1999, foi inaugurado a Orla Bardot e uma estatua da atriz foi colocada no local.
Atualmente, é um dos pontos mais visitados e diariamente diversas pessoas param para tirar foto com a estátua feita pela escultora Christina Motta.
Estátua é alvo das fotos de turistas e moradores.
Divulgação / Ascom Armação de Búzios
“Após as duas visitas de BB [Brigitte Bardot] a península, Búzios nunca mais foi a mesma. Os visitantes atraídos pelos relatos da época, vieram provenientes de vários países entre eles Argentina, Chile, França, Alemanha, Suíça, Espanha e tantos outros. Além de visitarem, se encantaram com e estilo de vida simples e ao mesmo tempo sofisticado dessa linda cidade que ainda então era bem rústica com suas casinhas de pescadores e com belas e selvagens praias”, explica Patrícia.
Ela diz que até hoje, seis décadas após a visita, o turismo ainda é impulsionado por Brigitte Bardot, devido a orla e a estátua em sua homenagem. “Esse fato sempre vai ter importância e relevância para o turismo”, concluí.
Bigitte Bardot
Sergio Quissak/Prefeitura de Búzios

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