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Festas e Rodeios

Paul McCartney, 80 anos: relembre 10 álbuns para entender a carreira solo do cantor

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Além dos Beatles, cantor que completa 80 anos neste sábado (18) tem mais de 40 anos gravando músicas após fim da banda. Lista do g1 explica a importância de 10 desses álbuns. Paul Mccartney em show no Maracanã em 1993
Luciana Whitaker/Folhapress
São mais de 40 anos de carreira solo. Paul McCartney completa 80 anos de idade neste sábado (80) mais conhecido por seu trabalho nos Beatles, mas há também hits solo, é claro.
O g1 preparou uma seleção de álbuns essenciais na discografia do cantor, que iniciou sua carreira solo em 1970, mesmo ano de dissolução dos Beatles. Hora de tirar os discos da estante e revisitar a obra de um dos artistas mais idolatrados do mundo.
“McCARTNEY” (1970)
Capa de ‘McCartney’, de 1970
Reprodução
Ao mesmo tempo em que deixava os Beatles, Paul McCartney anunciava o lançamento deste que é seu primeiro álbum solo. É um disco quase acústico, caseiro, composto enquanto ainda fazia parte da ex-banda. Paul gravou todos os instrumentos, contando apenas com a participação da então esposa, Linda, em alguns vocais.
Uma produção charmosamente descuidada, com algumas faixas parecendo inacabadas. Entre os destaques estão “Every night”, a belíssima balada “Junk” (que reaparece em versão instrumental) e “Maybe I’m amazed”, que viria a ser um dos maiores sucessos de sua carreira. “Foi algo libertário para mim. Quis voltar ao básico. Soa muito honesto”, diria o cantor décadas mais tarde.
“RAM” (1971)
Capa do disco ‘Ram’, de Paul McCartney
Divulgação
Com uma produção bem mais caprichada do que “McCartney”, o segundo disco é creditado como um projeto colaborativo entre o cantor e Linda. Tem momentos suaves e delicados, como as faixas “Dear boy” e “The back seat of my car”, inspiradas nas complexas harmonizações vocais dos Beach Boys; e mais selvagens, como a esquisita “Monkberry moon delight”, o rockão “Smile away” e a ácida “Too many people”, cuja letra John Lennon julgou ter sido escrita para ele (“Um bocado de gente fazendo coisas às escondidas / Um bocado de gente a fim de ‘moleza’ / Um bocado de gente que soma e outras não / Um bocado de gente esperando por um golpe de sorte”). Composto durante um período de isolamento em sua fazenda no interior da Escócia, “Ram” é considerado por muitos o melhor trabalho solo de Paul.
“BAND ON THE RUN” (1973)
Capa de ‘Band on the run’, de 1973
Reprodução
Da produção à capa, “Band on the run” é um clássico absoluto. É um dos mais vendidos e celebrados discos de Paul McCartney com o Wings, sua banda pós-Beatles formada em 1971. Foi parcialmente gravado em Lagos, cidade localizada no sudoeste da Nigéria, por sugestão do próprio McCartney. A ideia excêntrica custou caro: dois dos músicos da banda pularam fora do projeto dias antes da viagem; durante um passeio, Paul e Linda foram assaltados e ameaçados de morte; e ainda tiveram que se explicar a artistas locais, que os acusaram de explorar e roubar elementos da música nigeriana.
Eclético, o disco vai do rock básico levado por guitarras (“Let me roll it”) a baladas adocicadas (“Bluebird”), passando por orquestrações (“Nineteen hundred and eighty five”) e momentos de psicodelia (“Band on the run”). Não à toa algumas dessas canções fazem parte do repertório fixo da turnê Up & Coming, que chega ao Rio de Janeiro no próximo fim de semana.
“WINGS OVER AMERICA” (1976)
Capa de ‘Wings over America’, de 1976
Reprodução
Primeiro registro ao vivo de Paul, foi gravado durante a bem-sucedida turnê do Wings pelos Estados Unidos. Lançado primeiramente como um álbum triplo, foi também a afirmação do cantor enquanto artista solo: apenas cinco canções dos Beatles foram incluídas no repertório, todas com os créditos “Lennon/McCartney” invertidos, uma mostra de que as diferenças com o ex-parceiro ainda não haviam sido superadas. O restante do repertório foi extraído, em sua maioria, dos discos “Band on the run”, “Venus and Mars” e “Wings ate the speed of sound”, seus então últimos 3 álbuns. Acompanhado por uma competente banda (que incluía um naipe de metais), Paul mostra o imenso prazer que sente ao se apresentar ao vivo e justifica a grandiosidade daquela turnê com arranjos poderosos para “Live and let die” e para a avassaladora sequência de abertura, com “Venus and Mars”, “Rock Show” e “Jet”. Começava ali a “paulmania”.
“TUG OF WAR” (1982)
Capa de ‘Tug of war’, de 1982
Reprodução
Importante por alguns motivos: marca o reencontro de Paul com o eterno produtor dos Beatles, George Martin. Também conta com as participações especiais do ex-companheiro Ringo Starr (“Take it away”), do cantor e guitarrista Carl Perkins (“Get it”) e de Stevie Wonder, coautor de “What’s that you’re doing?”. Stevie também estrelou o memorável dueto com Paul na faixa “Ebony and Ivory”, um megassucesso nas carreiras dos dois músicos. Foi também o primeiro disco lançado por Paul após a morte de John Lennon, assassinado em Nova York em dezembro de 1980. A tragédia fez com que as gravações fossem interrompidas por dois meses, ao mesmo tempo em que serviu de inspiração para “Here today”, uma delicada homenagem ao velho amigo. Curiosamente, as sessões de gravação de “Tug of war” foram tão produtivas que parte do material seria guardado para seu álbum seguinte, “Pipes of peace”, lançado dois anos depois.
“FLOWERS IN THE DIRT” (1989)
Capa de ‘Flowers in the dirt’, de 1989
Reprodução
Deveria ser um dos discos de cabeceira de todo beatlemaníaco brasileiro. É deste álbum a canção “How many people”, dedicada ao líder seringueiro Chico Mendes, assassinado em 1988 (“Quantas pessoas já morreram? / Uma é demais para mim neste momento”). E foi a turnê mundial de promoção do álbum que trouxe o ex-beatle pela primeira vez ao Brasil um ano após o lançamento do álbum — Paul não cruzava o planeta divulgando um disco desde 1976. Recheado de boas canções, “Flowers in the dirt” traz parcerias com Elvis Costello, caso da radiofônica “My brave face” e “You want her too”, e conta com a participação do guitarrista do Pink Floyd, David Gilmour na faixa “We got married”.
“LIVERPOOL ORATORIO” (1991)
Capa de ‘Liverpool oratorio’, de 1991
Reprodução
Aqui Paul utiliza todo seu talento de compositor à serviço da música erudita. Escrito em colaboração com o maestro Carl Davis para comemorar o aniversário de 150 anos da Real Orquestra Filarmônica de Liverpool, é a primeira incursão do ex-beatle no campo clássico. Em clima solene e religioso, o disco é dividido em 8 movimentos roteirizados com base na vida de Paul em Liverpool, sua cidade natal: o nascimento durante a Segunda Guerra, os dias na escola, o convívio com os pais e o casamento com Linda. Sobre o fato de não saber ler música, Paul diria: “Prefiro encarar minha abordagem musical de maneira primitiva. Mais ou menos como os artistas dos tempos das cavernas, que desenhavam sem treinamento. Espero que a combinação do treinamento clássico de Carl com o meu primitivismo resulte em uma bela peça musical”. O projeto virou também um DVD ao vivo, que mostra ainda os bastidores da produção.
“FLAMING PIE” (1997)
Capa de ‘Flaming pie’, de 1997
Reprodução
Paul volta às origens depois de um período excessivamente pop, marcado por trabalhos superproduzidos. Em “Flaming pie”, optou por utilizar seu estúdio caseiro e instrumentos predominantemente acústicos (gravou quase tudo sozinho). Também se cercou de amigos, como Jeff Lynne, Steve Miller, George Martin, Ringo Starr e do filho James, que toca guitarra na faixa “Heaven on a Sunday”. Foi gravado no período em que Linda descobriu ter um câncer de mama — ela morreria vítima da doença no ano seguinte —, o que talvez tenha contribuído para o clima melancólico e nostálgico do trabalho. Algumas das canções, como “Calico skies” e “Little willow”, são dedicadas a ela.
“RUN DEVIL RUN” (1999)
Capa de ‘Run devil run’, de 1999
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Paul iria mais fundo ainda na nostalgia com este álbum de rock ‘n roll básico. No repertório, apenas covers de canções cativas em sua memória afetiva, todas originalmente gravadas nos anos 50. Para o projeto, recrutou uma superbanda, que incluiu mais uma vez o guitarrista do Pink Floyd, David Gilmour, e o baterista do Deep Purple, Ian Paice. Apesar de quase sexagenário na época em que trabalhou no disco, Paul impressiona pelo vigor com que canta clássicos como “Blue jean bop”, “All shook up” e “Party”. É um disco barulhento, gritado, onde McCartney parece exorcizar todo o sofrimento decorrente da morte de Linda, para poder seguir em frente com suas vidas pessoal e artística. “Run devil run” gerou um show no Cavern Club transmitido pela internet e transformado em DVD.
“CHAOS AND CREATION IN THE BACKYARD” (2005)
Capa de ‘Chaos and creation in the backyard’, de 2005
Reprodução
Gravado entre 2003 e 2005, o 20º álbum de estúdio de Paul traz de novo o músico tocando quase todos os instrumentos. Por sugestão do velho amigo George Martin, foi coproduzido por Nigel Godrich, que já havia trabalhado com artistas como Radiohead, Travis e Beck. O “casamento” entre o contemporâneo (Nigel) e o tradicional (McCartney) deu certo e resultou num trabalho orgânico, pessoal e intimista. Traz “Jenny Wren”, um clássico imediato em que o ex-beatle demonstra toda a sua habilidade ao violão, com notórias referências a “Blackbird”. Outros destaques são “Friends to go”, que Paul reconheceria mais tarde parecer ter sido composta com a ajuda espiritual de George Harrison (morto em 2001), e “English tea”, sobre o velho hábito inglês de consumir chás.

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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp
Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará
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Uma justa medalha para Fausto Nilo, compositor octogenário da MPB que cimentou o chão da praça com poesia

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Parceiro de Moraes Moreira, Dominguinhos e Fagner em músicas pautadas por lírica geralmente festiva, letrista ganha homenagem da UBC em outubro. Fausto Nilo é o primeiro compositor laureado com a Medalha UBC pelo conjunto de obra que inclui os hits ‘Bloco do prazer’, ‘Pedras que cantam’ e ‘Zanzibar’
Reprodução / Facebook Fausto Nilo
♫ ANÁLISE
♪ Na terça-feira, 1º de outubro, Fausto Nilo será o primeiro compositor agraciado com a Medalha UBC – láurea concedida pela União Brasileira de Compositores – em cerimônia que acontecerá em Fortaleza (CE). No caso deste poeta e letrista cearense, a medalha celebra tanto o conjunto da obra do compositor quanto os 80 anos de Fausto Nilo Costa Júnior, artista nascido em 5 de abril de 1944 em Quixeramobim, município do interior do Ceará.
Embora ligado ao Pessoal do Ceará, coletivo que movimentou a cena cultural de Fortaleza (CE) no início dos anos 1970, Fausto Nilo iniciou a trajetória como letrista de música em Brasília (DF), a convite de Fagner, cantor e compositor cearense de quem se tornou parceiro em 1972 em conexão iniciada com a música Fim do mundo, lançada naquele mesmo em EP de Fagner.
Em parceria com Moraes Moreira (1947 – 2020), Fausto Nilo teve letras cantadas em todo o Brasil, com destaque para Bloco do prazer (1979), Chão da praça (1979), Coisa acesa (1982), Eu também quero beijar (1981, com Pepeu Gomes na coautoria), Pão e poesia (1981) e Santa fé (1985).
Fausto Nilo também escreveu versos para músicas de Armandinho (Zanzibar, 1981), Caio Silvio (Pequenino cão, sucesso de Simone em 1981), Dominguinhos (1941 – 2013), Geraldo Azevedo (Chorando e cantando, 1986, hit na voz de Elba Ramalho) e Robertinho de Recife (Flor da paisagem – música-título do álbum lançado por Amelinha em 1977 – e O elefante, sucesso de 1982).
Compositor que animou muitos Carnavais com a poética festiva de letras cantadas em todo o Brasil, Fausto Nilo sempre cimentou o chão da praça com lirismo.
Contudo, a alegria dos versos deste parceiro letrista de Dominguinhos em Pedras que cantam (1981) – sucesso na voz de Fagner – extrapolou a folia, ecoando em todas as épocas. Por isso, a Medalha UBC merece o peito de Fausto Nilo.

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90 anos de Brigitte Bardot: como a visita da atriz francesa ainda impulsiona o turismo em Búzios seis décadas depois

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A visita dela ocorreu em duas ocasiões diferentes, ambas no ano de 1964. Existe uma orla em seu nome e um estátua da francesa, que completa 90 anos neste sábado (28), no local. Brigitte Bardot vistou Búzios e deixou o balneário famoso
Divulgação / Prefeitura
Coincidência ou não, no mesmo ano em que Brigitte Bardot completa 90 anos, também completa 60 anos que ela visitou Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio.
A atriz francesa, que faz aniversário neste sábado (28), esteve em Búzios, que ainda era distrito de Cabo Frio, em duas situações e ambas no ano de 1964. Ela chegou pela primeira vez em janeiro daquele ano e ficou quatro meses na cidade.
De acordo com José Wilson Barbosa, empresário e pesquisador, Brigitte Bardot veio ao Brasil por estar muito estressada e desejar passar um tempo em um lugar mais calmo e tranquilo.
Ela desembarcou no Rio de Janeiro, mas se assustou com a quantidade de fotógrafos e jornalistas que a aguardavam. A atriz chegou a ameaçar voltar para Paris.
“Ela queria anonimato, ela queria descansar. Já que era muito perseguida por paparazzis nos Estados Unidos e na Europa. Ela faz um acordo com os jornalistas no Rio de Janeiro, vai para o Copacabana Palace, faz uma sessão de fotos, dá entrevistas e depois disso ganha liberdade no Rio de Janeiro. Ela pega um iate de um empresário, faz um passeio, volta para o Rio de Janeiro e no Rio, ela pega um furgão. Ela pega vários mantimentos e vai para Búzios”, diz o pesquisador.
Brigitte Bardot durante visita ao Rio de Janeiro em janeiro de 1964
Arquivo Nacional/Fundo Correio da Manhã
De acordo com o pesquisador, ela foi vista pela primeira vez em Búzios no dia 13 de janeiro de 1964 e ficou hospedada em Manguinhos.
“Durante sua permanência em Búzios, ela acabou criando uma situação inovadora na cidade, um fenômeno turístico. Naquela época só existia quatro estabelecimentos comerciais, não tinha nenhuma estrutura. Era uma aldeia de pescadores e a imprensa daquela época diz que Brigitte Bardot está em um paraíso secreto”, conta.
A secretária de turismo de Búzios, Patrícia Burlamaqui Chaves, fala que na época o então distrito era um local selvagem e pacato, sem comércio, hotelaria e gastronomia.
“Nesse período de quatro meses, que ela ficou aqui, ela passou realmente despercebida e pode estar no meio dos nativos vivendo de forma simples e despojada. Caminhando e visitando praias”, conta Patrícia.
Durante os meses em Búzios, a francesa tinha o hábito de passear em um fusca vermelho e caminhar pela praia de Manguinhos. Ela também esteve em bairros de Cabo Frio, como a Ogiva.
Brigitte Bardot durante visita ao Brasil em 1964
Estadão Conteúdo/Arquivo
Antigamente, como era uma pequena vila, era difícil o acesso a Búzios. O acesso ficou melhor com a construção da ponte Rio-Niterói, dez anos depois, em 1974. Após a visita da atriz, o local passou a ser mundialmente conhecido.
Brigitte Bardot foi embora da cidade em abril de 1964 e retornou em dezembro do mesmo ano. Ela ficou hospedada na casa de um amigo, que ficava na atual Rua das Pedras, mas a experiência que teve foi diferente da anterior.
“Ela nunca mais voltou a Búzios, até porque depois da permanência nela, ela se sentiu um midas. Assim como ela tirou Saint-Tropez do anonimato, ela fez o mesmo com Búzios e isso chateou muito ela. Porque Búzios mudou muito depois da permanência dela”, conta José.
A atriz chegou a ganhar o título de cidadã honorária e a Companhia Aldeão deu a ela um terreno em João Fernandes, mas ela nunca buscou nenhum dos dois.
Brigitte Bardot em 1963 e 2001
Jack Guez/AFP e Screen prod./Photononstop/AFP
Turismo impulsionado
Bastou duas visitas de Brigitte para que Búzios entrasse no circuito do turismo nacional e mundial.
José Wilson Barbosa conta que a presença dela fez surgir as primeiras pousadas da cidade, pois diversos jornalistas e fotógrafos foram descobrir onde era o paraíso secreto da francesa.
“A economia da cidade começou a gerar graças a presença da Brigitte Bardot, nesse período de quatro meses que esteve em Búzios”, conta.
Estátua de Brigitte Bardot é um dos principais pontos turísticos de Búzios
Tássia Thum/G1
A visita de Bardot foi tão importante para a cidade que em 1999, foi inaugurado a Orla Bardot e uma estatua da atriz foi colocada no local.
Atualmente, é um dos pontos mais visitados e diariamente diversas pessoas param para tirar foto com a estátua feita pela escultora Christina Motta.
Estátua é alvo das fotos de turistas e moradores.
Divulgação / Ascom Armação de Búzios
“Após as duas visitas de BB [Brigitte Bardot] a península, Búzios nunca mais foi a mesma. Os visitantes atraídos pelos relatos da época, vieram provenientes de vários países entre eles Argentina, Chile, França, Alemanha, Suíça, Espanha e tantos outros. Além de visitarem, se encantaram com e estilo de vida simples e ao mesmo tempo sofisticado dessa linda cidade que ainda então era bem rústica com suas casinhas de pescadores e com belas e selvagens praias”, explica Patrícia.
Ela diz que até hoje, seis décadas após a visita, o turismo ainda é impulsionado por Brigitte Bardot, devido a orla e a estátua em sua homenagem. “Esse fato sempre vai ter importância e relevância para o turismo”, concluí.
Bigitte Bardot
Sergio Quissak/Prefeitura de Búzios

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