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Festas e Rodeios

Jack Johnson propõe reflexão sobre a correria da vida no álbum ‘Meet The Moonlight’

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Ao g1, cantor havaiano diz que ‘ter gratidão pela vida’ é a mensagem que ensina diariamente para os filhos. ‘Quero qualquer criança no mundo tenha esperança’. Quantas vezes você parou e olhou para o céu na última semana? Ou no último mês? Jack Johnson propõe ações simples como essa em “Meet the Moonlight”, álbum que lança nesta sexta (24).
O cantor havaiano de hits como “Better Together” e “Upside Down” está de volta e bem reflexivo no quinto álbum de estúdio, o primeiro em cinco anos. Um pouco por conta da pandemia, mas também por conta da maturidade.
“Sempre tento escrever da perspectiva que é verdadeira para mim e isso tem mudado de acordo com o tempo. O meu primeiro disco é muito sobre viver em uma casa com seis pessoas, logo após a faculdade”, explica ao g1.
“Os álbuns seguintes são sobre trazer uma nova vida ao mundo, ter filhos, formar uma família. Não quero dizer que estou velho, mas tenho filhos que estão tocando música comigo na sala de casa, sabe?”, completa.
“Calm Down” e “Open Mind” são exemplos claros de como Johnson quer viver o hoje e construir um futuro melhor com o seu folk suave de sempre.
Com todo esse espírito paz e amor, Johnson não está preocupado se vai emplacar outro hit nas paradas. Aliás, essa nunca foi uma meta.
Desde o começo da carreira, o objetivo é mais simples: “Apenas espero que seja o álbum favorito de uma ou duas pessoas, isso já é legal demais”.
Jack Johnson vive no Havaí e diz que ensina filhos a terem ‘gratidão’ pela vida
Divulgação
Mas se tem um assunto que Johnson não é desapegado é na vida em comunidade. Ele e a esposa Kim Johnson são ativistas e fundadores da Kōkua Hawai’i Foundation, ONG dedicada a apoiar a educação ambiental.
Boa parte da vida do músico é dedicada à instituição, à criação dos três filhos e, claro, ao surfe, esporte que pratica todos os dias.
Na entrevista abaixo, Johnson fala sobre os caminhos do novo álbum, a convivência com os filhos e a contribuição da mulher na escolha das músicas que vai gravar.
g1 – Qual foi o ponto de partida para o álbum?
Jack Johnson – Essa é uma boa pergunta. Acho que algumas dessas músicas já existem há anos. O jeito que funciona para mim é… Eu escrevo as pequenas ideias que vão surgindo, às vezes um verso, às vezes um refrão. O teste é se eu consigo lembrar e continuar tocando. Se isso não acontece, essas ideias simplesmente desaparecem.
Minha esposa é meio que a minha editora. Se ela me ouvir tocar as coisas uma certa quantidade de vezes, ela fica falando “E essa ideia aqui? Acho que você provavelmente deveria gravar”.
Nos conhecemos quando tínhamos 18 anos e ela tinha uma coleção de CDs mais legal do que eu. Confio no ouvido dela mais do que no meu. Eu tinha um monte de música que amava, mas quando ela compartilhou seus CDs comigo eu fiquei impressionado que havia toda essa música lá fora e eu nunca tinha ouvido falar.
Ela sempre teve esse papel de editora. Sempre confiei no ouvido dela. Então, acho que minha longa resposta à sua pergunta é que sempre que ela me disser que tenho músicas suficientes, eu vou entrar no estúdio novamente. O processo para esse álbum provavelmente começou há dois anos.
Jack Johnson toca em São Paulo em 2011
Raul Zito/G1
g1 – O álbum propõe muitas reflexões sobre a vida, sobre o lugar e o jeito como vivemos. Essa escolha foi algo relacionado à pandemia ou você já tinha essa ideia?
Jack Johnson – Seria ingênuo da minha parte dizer que não tem nenhuma relação. Todos nós passamos por esse momento estranho dos últimos anos e onde quer que você estivesse no mundo, era diferente do que nos anos anteriores.
Ter visto amizades às vezes se fragmentando ou pessoas se unindo e fazendo coisas bonitas para a comunidade, para o bem comum, como garantir que todos tivessem comida suficiente. Vivemos no Havaí e foi uma época estranha porque muitos de nossos alimentos chegam até nós. Quando a pandemia começou, havia muito medo que não tivéssemos alimentos suficientes. Mas conseguimos com muito apoio aos agricultores nessa área e muitas pessoas garantindo que todos tivessem acesso aos alimentos. Foi lindo ver a comunidade reunida aqui.
Outro ponto é a forma como as pessoas estão se comunicando nesta era moderna, com redes sociais principalmente. A natureza humana não mudou muito, mas a tecnologia mudou bastante. Foi interessante ver essa dicotomia e algumas das músicas refletem sobre isso também.
g1 – Qual é a maior diferença do novo álbum em relação aos anteriores? O que ele trás de novo para sua carreira?
Jack Johnson – O álbum reflete também onde estou no mundo. Sempre tento escrever da perspectiva que é verdadeira para mim e isso tem mudado de acordo com o tempo. Se você olhar para o meu primeiro disco, é muito sobre viver em uma casa com seis outras pessoas, logo após a faculdade.
Os álbuns seguintes são sobre trazer uma nova vida ao mundo, ter filhos, formar uma família. Não estou tentando dizer que estou velho, mas tenho filhos que agora estão tocando música comigo na sala de casa. É muito divertido. Eu tenho muitas músicas inspiradas nessas “jams familiares”. Eles são todos músicos muito melhores do que eu neste momento, é muito divertido.
Jack Johnson em foto para divulgar a segunda turnê no Brasil, em 2011
Divulgação
g1 – O que eles tocam? Violão?
Jack Johnson – Na verdade, eles tocam vários instrumentos. Eu cresci em uma casa que sempre tinha música tocando, mas não tinha muitos instrumentos ao redor. Ganhei uma guitarra aos 14 anos e amei. Depois disso, eu comprei um set de bateria, quando fiz 20 anos eu acho…
A gente vive em uma casa que não tem TV na sala de estar, apenas instrumentos espalhados por todos os lugares. Sempre tive essa regra até quando eles eram bebês. Eles podem tocar tudo, nunca fui muito noiado com os instrumentos.
Eles também gostam de várias outras coisas, claro, mas é um grande hobbie da nossa família. A gente vive no Havaí, então surfar ainda segue como a diversão favorita, mas música vem em segundo.
g1 – Conta um pouco mais sobre essa convivência em família e sobre esse outro jeito de ver o mundo.
Jack Johnson – Nós conversamos muito antes do jantar. Conversamos sobre o quanto somos gratos por aquele dia ou apenas pela vida em geral. Acho que a gratidão é o principal. A gente não sabe o que o amanhã vai nos trazer.
Quero que meus filhos ou qualquer criança no mundo tenham esperança. Você tem que ter esperança de continuar trabalhando para tentar tornar o mundo melhor e melhorar sua comunidade.
Não importa o que aconteça, seja grato pelo nosso lindo mundo em que vivemos, com o objetivo de fazer o seu melhor para tentar manter a beleza e fazer as coisas.
g1 – Você canta “It’s good not to miss too many chances to follow love” na música “Meet The Moonlight”. Com a correria da vida, você acha que a gente perde momentos importantes?
Jack Johnson – Sim, e eu também me incluo nisso. As pessoas pensam muito no futuro, com as ambições e objetivos realmente grandes, mas às vezes eu digo aos filhos, quando estou levando-os para escola, “Não sonhe muito alto, apenas tente estar aqui”. Se você está olhando muito longe, você perde as pequenas deixas para se apaixonar pelo que está acontecendo agora.
Não é apenas sobre se apaixonar, mas por tudo na vida. É tão fácil atravessar uma porta e apenas observar o céu, a lua. É uma decisão muito rápida e fácil simplesmente passar por aquela porta. Não é como algo que você tem que fazer um plano, sabe?
Eu só penso qual é o motivo de não fazer isso todas as noites. Apenas passe algum tempo fora de casa observando. Tudo bem que eu estou no Havaí e aqui é lindo… Mas a mesma coisa se estou em turnê às vezes decido sair pela varanda do hotel ou algo assim para ver as nuvens no céu, ouvir os barulhos da cidade.
Às vezes, ficamos trancados nos apartamentos, nas casas e, como todos os dispositivos de tecnologia agora, é muito fácil esquecer de caminhar na natureza à noite.
g1 – “All the Light About It Too”, seu último álbum, é de 2017. Por que tanto tempo sem lançar algo inédito? Muito ocupado sendo ativista ou foi um tempo natural para você?
Jack Johnson – Um pouco dos dois. Nós compramos uma propriedade grande para fazer uma “learning farm” com a nossa equipe da Kuku Hawaii Foundation. As crianças podem ir lá e fazer viagens de campo para estar na natureza, aprender sobre o cultivo de alimentos. Temos dedicado muito tempo por lá.
De certa forma, levou muito tempo para mim, mas foi bom porque se eu passo muito tempo trancado no estúdio tentando escrever as músicas não sai nada bom.
Quando você tem uma boa música realmente significa que a sua vida está funcionando, você está vivendo e tem algo para compartilhar. Então, talvez tenha demorado um pouco para mais, mas isso fez com que as músicas tivessem mais vida.
g1 – Você chegou no topo das paradas, mais de uma vez no passado. Olhando para o mercado da música hoje, você acha que consegue chegar tão alto como antes?
Jack Johnson – Quem sabe isso, né? É sempre divertido quando uma música ou um álbum está indo bem. Tenho muita sorte porque as pessoas que dirigem a minha gravadora são meus melhores amigos.
Elas compartilham comigo quando as coisas estão indo bem e esse tipo de coisa é sempre meio empolgante, mas no final das contas eu me sinto muito sortudo por poder fazer música.
Lembro de quando fizemos o primeiro disco e estávamos ouvindo as mixagens finais e não tinha saído ainda. Lembro de dizer à minha esposa “só espero que seja o disco favorito de alguém”.
Então, em cada álbum que fiz, tentei manter isso em mente. Apenas espero que seja o álbum favorito de uma ou duas pessoas, isso já é legal demais.

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21 kg de penas e esquisitice: você precisa conhecer Pesto, o bebê pinguim gigante

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Com apenas 9 meses, ave de 90 centímetros conquistou a internet com o seu jeito atrapalhado. Bebê pinguim de 9 meses e 21 kg é o novo ídolo da internet
O bebê pinguim Pesto é a prova que faltava para mostrar que estamos atravessando uma onda de fofura animalesca.
Assim como Moo Deng, a pequenina hipopótamo pigmeu que deixou a internet caída às suas patas, Pesto ganhou uma legião de adoradores na internet.
Levantamento do Google aponta que, na última semana, a busca pelo termo “Pesto Pinguim” superou em mais de 100% a procura pelo termo “Pesto Pasta”; o popular molho da culinária italiana foi a inspiração o nome do animalzinho.
O que chama atenção dos cuidadores e dos fãs é o grande tamanho da ave que, mesmo tendo apenas 9 meses de idade, possui 21 quilos e 90 centímetros de altura.
Além disso, Pesto conserva uma plumagem exuberante, própria de pinguins recém-nascidos e que o faz se destacar rapidamente entre os demais.
🐧 Muitos reconhecem os pinguins adultos por suas penas pretas e brancas, já os pinguins-rei nascem com plumagem marrom. Assim que aprendem a nadar, eles iniciam a troca dessas penas em um processo conhecido como muda.
Em suma, Pesto é um bebezão com um andar atabalhoado, e um grande apetite por peixes. Segundo suas cuidadoras, o pinguim-rei come nada menos do que 25 peixes por dia.
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Chá de revelação e aulas de mergulho
Mas todo esse sucesso não veio de imediato. A vida de celebridade digital começou no início de setembro, quando os cuidadores de Pesto fizeram uma chá de revelação de gênero. O animal está visível para o público do Sea Life Aquarium (Melbourne, Austrália) desde abril.
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Como não é possível aos humanos identificar o sexo dos pinguins ao olho nu, a identificação do gênero da pequena ave ocorreu com o auxílio de um teste sanguíneo.
O próximo grande passo para o pinguim é aprender a nadar, o que deve ocorrer muito em breve. Para isso, o bebê contará com o empurrãozinho dos pinguins mais velhos que o tutelam, Tango e Hudson.
Nesse momento, Pesto trocará sua plumagem marrom escuro para o preto e branco convencional — um rito de passagem para a vida adulta.
Assim como Pesto, a maioria dos 60 pinguins do Sea Life Aquarium possuem nomes relacionados a alimentos, como Pudim, Whopper e Lamingtons.
Pinguim Pesto, com 21kg aos 9 meses.
SEA LIFE Melbourne/Divulgação

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Caetano Veloso e Maria Bethânia afagam o público paraense com canto de hit de Joelma em show em Belém

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“Eu vou tomar um tacacá / Dançar, curtir, ficar de boa / Pois quando chego no Pará / Me sinto bem, o tempo voa”
♫ COMENTÁRIO
♩ Ninguém imaginou que os versos de Voando pro Pará (Chrystian Lima, Isac Maraial, Nilk Oliveira e Valter Serraria, 2015) – música lançada pela cantora paraense Joelma há nove anos e revitalizada em 2023 – um dia fossem cantados por Caetano Veloso e Maria Bethânia. Juntos. No Pará.
Pois o improvável aconteceu na noite de ontem, 28 de setembro. Na passagem do show da turnê Caetano & Bethânia por Belém (PA), em apresentação no estádio popularmente conhecido como Mangueirão, os irmãos afagaram o público paraense com o canto de Voando pro Pará, música que exalta o estado do norte do Brasil.
Foi a primeira surpresa na estrada de um roteiro que, até então, tinha permanecido imutável desde a estreia nacional da turnê em 3 de agosto na cidade do Rio de Janeiro (RJ). E, verdade seja dita, a homenagem aos paraenses resultou simpática, vibrante, a julgar por vídeo postado no Instagram pelo perfil Caetano Veloso é foda.
Resta saber se os irmãos vão seguir com a tradição de homenagear públicos locais quando o show da turnê Caetano & Bethânia chegar em cidades como Recife (PE), Brasília (DF), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) – como fez Marisa Monte ao longo da turnê Portas (2022 / 2023) – ou se o canto de Voando pro Pará será somente um (oportuno) ponto fora da curva na rota da turnê.

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Festival Global Citizen e Coldplay são confirmados para 2025 em Belém

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Festival foi confirmado por Helder Barbalho (MDB), e o show do Coldplay pelo ministro do turismo Celso Sabino, que disse que a banda se apresentará no estádio Mangueirão, o maior da capital paraense. Coldplay é confirmado em Belém.
Celso Tavares / G1
Belém deve receber em 2025 um show do Coldplay, ano que a cidade vai receber a 30ª Conferência das Partes (COP). A confirmação ocorreu neste final de semana em que o governador Helder Barbalho (MDB) está no festival beneficente Global Citizen, que, neste ano, ocorre em Nova York.
Segundo Helder, também em 2025, o próprio Global Citizen será realizado na capital paraense. O comunicado sobre o festival foi compartilhado pelo governador em seu perfil nas redes sociais.
“Ano que vem o festival será em Belém, destacando a nossa Amazônia para o mundo”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro do turismo, Celso Sabino, afirmou que haverá show do Coldplay e que ele ocorrerá no estádio Mangueirão, o maior de Belém.
Ministro do turismo, Celso Sabino, confirma Coldplay em Belém e diz que show vai ocorrer no estádio Mangueirão.
Reprodução / Redes sociais
Largada para COP-30: show gratuito de Alok em Belém já tem data marcada e com direito a megaestrutura; confira
Governador Helder Barbalho e o DJ Alok, durante o festival Global Citizen. Alok fará um show gratuito em Belém, em novembro, marcando o início dos eventos da COP-30.
Reprodução/Redes sociais
Na noite desta sexta (27), o governador postou em suas redes sociais um vídeo no Central Park, onde ocorrem as apresentações, com a trilha de um dos hits do Coldplay.
“Escuta quem tá tocando aqui. Ano que vem será na Amazônia”, disse Helder Barbalho. No entanto, o governo do Pará não confirmou o show de Coldplay durante o festival em Nova York.
Em 2023, Helder também esteve presente no palco do evento, ao lado da secretária dos Povos Indígenas do Pará, Puyr Tembé, e da ministra Sônia Guajajara.
Festival Amazônia para Sempre
Em uma cerimônia realizada no último sábado (21), durante o Rock In Rio, Roberta Medina anunciou a criação do Festival Amazônia Para Sempre, em Belém.
O festival será realizado em setembro de 2025, em parceria com o Rock In Rio e o The Town. Na ocasião, foi dito que o evento teria uma atração internacional, mas nenhum nome foi confirmado.
Rock in Rio anuncia ação em prol da Amazônia
Segundo a organização, a apresentação acontecerá em palco flutuante, em formato de vitória-régia, com cenografia e iluminação criadas para promover um encontro entre a música e a natureza.
De acordo com os organizadores, a festa será transmitida para todo o país, com um conteúdo especial que vai mostrar o espetáculo e a música local.
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Convite de Janja
Em visita ao Pará em junho de 2023, na presença do presidente Lula, a primeira-dama Janja da Silva usou as redes sociais para convidar a banda Coldplay para a COP. Até a publicação de Celso Sabino, nenhuma outra autoridade tinha confirmado a vinda da banda a Belém.
“Hi, Chris, tudo bem? Você lembra que a gente teve junto com o presidente Lula lá no Rio de Janeiro e você disse que se a COP-30 fosse confirmada no Brasil, iria estar conosco”, disse.
Lula se encontra com Chris Martin, vocalista do Coldplay
Twitter/Reprodução
Em agosto daquele mesmo ano, uma equipe do Global Citzen visitou o estádio Mangueirão, em Belém. No estádio, a equipe do Global Citzen conheceu várias áreas do Mangueirão.
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