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Post Malone prova força como ídolo da nova geração ao encerrar Rock in Rio Lisboa

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Rapper fez show inspirado e à vontade para 80 mil pessoas. Último dia foi ‘bem Brasil’ com shows de Anitta, Rebecca e Johnny Hooker. Post Malone no Rock in Rio Lisboa
Divulgação/I Hate Flash
Se o sábado o Rock in Rio Lisboa foi dominado por pais e mães que curtiam os hits dos anos 80 de A-ha e Duran Duran, a programação do domingo (26) foi feita para os novinhos de Portugal.
Diante disso, não poderia ter headliner melhor do que o Post Malone. O rapper de 26 anos provou (mais uma vez) como é o rockstar dos millennials em um show inspirado e à vontade.
Ele entrou no palco com um copo na mão e fumando cigarro, tranquilão como se estivesse na sala de casa. Nem parecia se intimidar com o fato de estar diante de 80 mil pessoas, o maior público desta edição do festival.
No repertório com 18 músicas, Malone intercala os hits “Better Now” e “Circles” com as mais novas do álbum “Twelve Carat Toothache”, como “Reputation” e “I Like You”.
Cantores brasileiros participam do Rock in Rio Lisboa 2022
Sozinho, ele dá conta demais de prender a atenção e animar o público presente no Parque da Bela Vista do começo ao fim. E olhe que estamos falando de um show que vai de rap arrastado ao indie rock romântico.
O momento mais intimista acontece quando o rapper senta no banquinho e toca violão em “Go Flex” e “Stay”. Antes, ele não perde a chance de fazer uma piada depreciativa.
“Se tiver alguém precisando fazer xixi, essa é a hora, porque é a parte mais chata do show”, diz antes de começar.
Post Malone no Rock in Rio Lisboa
Divulgação/I Hate Flash
A reta final é matadora com “Sunflower”, “Rockstar” e “Congratulations”. Malone ainda quebra o violão que usou no palco, alimentando a fama de rockstar da forma mais clichê possível.
Ironicamente, a marra também vem acompanhada de discurso motivacional. “Não deixe ninguém te impedir de viver os seus sonhos ou de ser quem você é”.
“Faz muito tempo que não celebramos a vida juntos e nem espalhamos o amor. Sou o homem mais feliz do mundo”, diz em outro momento.
O rapper agradece por estar de volta aos palcos e ainda diz que Portugal é o “lugar mais incrível do mundo”. Mal sabe ele o que está por vir no Rio de Janeiro em setembro.
Jason Derulo também fez um show animado no começo da tarde e deve repetir o feito no Brasil, com os sucessos “Savage”, “Talk Dirty” e “Swalla”.
Anitta em família
Anitta
Divulgação/I Hate Flash
O único dia com ingressos esgotados foi neste domingo (26), e o nome de Anitta no line-up tem muita relação com isso. O show começou às 21h, mas ainda era claro em Lisboa.
Ela entrou de moto do mesmo jeito que abriu o show do Coachella em abril. O cenário também era do show no festival nos Estados Unidos, mas o repertório foi feito pensado para ganhar, logo de cara, o público português.
Anitta incluiu parcerias antigas que fizeram sucesso no país, como “Contatinho”, “Some que ele vem atrás”, “Loka” com Simone e Simaria e “Romance com Safadeza”.
Público no show da Anitta no Rock in Rio Lisboa deste domingo (26)
Divulgação/I Hate Flash
Nenhuma dessas está no repertório da turnê que a cantora faz na Europa até julho, e dificilmente estariam se fosse um show no Brasil também, mas não tem problema porque o público ama.
Na reta final, a cantora fez “Combatchy” e “Favela Chegou” com a presença de Rebecca, que se apresentou no palco Galp Music Valley no começo da tarde.
Anitta também recebeu a família no palco em “Rave Favela”, e ainda ganhou um beijinho do namorado, o produtor Murda Beatz.
Antes do show, a cantora falou que a “Amazônia é terra de ninguém” e comentou a polêmica com shows de prefeitura no Brasil. Leia mais aqui.
Johnny Hooker
Johnny Hooker canta no Rock in Rio Lisboa neste domingo (26)
Reprodução/Instagram/Johnny Hooker
Muitos brasileiros foram assistir ao show do pernambucano Johnny Hooker no palco Rock Your Street. Foi um começo de tarde tranquilo com as músicas “Caetano Veloso” e “Beija-Flor”.
Hooker dedicou “Amor Marginal” a André, um amigo querido que morreu de Covid aos 33 anos.
“A gente tem um governo assassino no Brasil atrasou propositalmente a chegada da vacina, e por isso meu amigo morreu”, afirmou ele. Um coro de “Fora Bolsonaro” aconteceu logo na sequência.
“Chega de Lágrimas”, “Flutua” e “Larga Esse Boy” também entraram no repertório. Hooker dedicou o show à mãe que assistia o filho bem pertinho do palco.
“Você é a mulher mais f@d# que eu já conheci na minha vida. Obrigada por me ensinar que liberdade e um valor inegociável”.
Funk em dobro
MC Rebecca
Divulgação/I Hate Flash
MC Rebecca fez o palco Galpão Music Valley virar baile funk na tarde deste domingo (26), último dia do Rock in Rio Lisboa.
“Isso aqui é Brasil”, afirmou a carioca no começo do show com o hit “150 BPM”.
O balé com seis bailarinas foi parte importante, ainda mais que a cantora tem mais da metade do show com músicas que são parcerias.
O cantor angolano Anselmo Ralph fez uma participação em “Só por uma Canção”.
Na troca de roupa de Rebecca, o DJ Diego da Brasília fez um set curto com funks muito conhecidos, como “Baile de Favela”, “Ela não anda ela desfila” e “Boladona”. A partir daí, virou Brasil.
“Quero retribuir esse carinho dando coça de xereca pra vocês!”, disse a cantora para a surpresa dos portugueses mais conservadores.
Rebecca emendou “Cai de Boca”, “Coça de Xereca” e “Combatchy”, e deixou o público literalmente no chão.
Público dançando “Desliza e Joga” da cantora MC Rebecca no Rock in Rio Lisboa neste domingo (26)
Gabriela Sarmento/g1

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