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Festas e Rodeios

Fluente em inglês e espanhol e com francês e italiano intermediários: como Anitta se vira em tantos idiomas?

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Cantora exibe conhecimento em músicas e em entrevistas. Além de estudar, contato constante com a língua e não ter medo de errar são fundamentais para aprender, dizem professores. Anitta é fluente em inglês e espanhol e faz aulas de francês
Anitta é fluente em inglês e espanhol e faz aulas de francês
Parte do reconhecimento que Anitta ganhou fora do país se deve a sua versatilidade na hora de cantar canções em outros idiomas.
Para investir na carreira internacional, a cantora de 29 anos decidiu se dedicar a novas línguas.
Em 2016, Anitta revelou que estava fazendo aulas de inglês e espanhol com foco em internacionalizar sua atuação.
Na época, mesmo com um diploma em inglês por ter feito aulas em uma escola de idiomas dos 10 aos 17 anos, ela sentiu que era necessário afiar as habilidades para se comunicar com mais liberdade.
“Me formei em inglês e sempre achei que sabia falar até ter que dar entrevistas. Agora, faço aulas para ter vocabulário e conseguir me expressar como me expresso em português”, contou em entrevista a Fábio Porchat.
A artista disse em uma série de vídeos publicados em uma rede social que estudou italiano pela primeira vez na escola que frequentou em Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, e começou a fazer aulas de francês em 2020, durante a pandemia. Apesar de não ser fluente nos idiomas, Anitta já lançou música nas duas línguas.
Ela também falou do assunto em uma entrevista ao “PodCats” em novembro de 2021. “Eu falo bem falado inglês, espanhol e português. Agora, com francês e italiano, eu consigo me virar. Não morro de fome lá [na França e na Itália]. Se eu for para lá, eu me viro”, disse.
“O que vemos no caso de Anitta é que ela é ‘cara de pau’ no melhor sentido possível”, analisa o professor de idiomas Marcelo Augusto Pires. “Ela não parece ter vergonha de se arriscar, errar, se corrigir e tentar de novo, e isso é fundamental quando você aprende novos idiomas”.
Segundo ele – que fala, além do português, inglês, francês, alemão e italiano fluentemente – essa é uma das principais características que um estudante de idiomas precisa ter.
“Culturalmente, o brasileiro tem vergonha de se arriscar em novos idiomas. Ele pode até saber o básico, mas tem medo de falar, assume que está fazendo algo errado, e isso é o que mais atrasa no aprendizado”, diz.
“É claro que tratando-se de Anitta, o dinheiro e o trabalho foram os maiores facilitadores. Afinal, ela pode pagar professores particulares que a atendam quando ela quiser, e também pode viajar à vontade para países falantes. Assim, mesmo que a trabalho, ela pode praticar”.
Anitta durante apresentação no festival de Roskilde, na Dinamarca, em 29 de junho de 2022
Torben Christensen/Ritzau Scanpix/AFP
O mestre em linguística Caio Almeida analisa que a cantora é uma exceção no contexto social e cultural do Brasil.
“No contexto brasileiro, aprender outro idioma é um privilégio. Aprender múltiplos idiomas, então, é uma rara oportunidade. Mas, com práticas básicas e ferramentas disponíveis no dia a dia, não é tão impossível quanto era 30 anos atrás”, diz.
Pensando nisso, os profissionais listaram algumas dicas para quem quer ser poliglota como a cantora.
Abaixo, você vai ver a importância de:
Ter contato com a nova língua;
Praticar o idioma;
Não se acomodar no aprendizado;
Conhecer lugares onde o idioma é falado.
Tenha contato com o idioma
“Quando nós, pessoas ouvintes, aprendemos nossa língua materna, nosso primeiro contato com ela é através da audição e da fala. Ouvimos outras pessoas falando e reproduzimos. A gramática vem só depois”, analisa Caio Almeida.
Por isso, ele defende a importância de ter contato com o idioma que se quer aprender. “Se você está começando, ouça músicas no idioma, ouça entrevistas de artistas que admira naquela língua. Todo pequeno contato conta”.
Ver filmes, séries e documentários no idioma também ajuda no processo de aprendizagem e reconhecimento da língua, de acordo com o especialista.
A tática foi utilizada pela cantora Anitta enquanto aprendia inglês e espanhol. “Eu aprendi muita coisa com filme, com série, com música”, disse ela no programa “Encontro” em 2019. “Eu pratiquei com músicas, pratiquei de formas criativas, com filme, colocando uma legenda para assistir, para acompanhar”.
Anitta no Met Gala 2022
Jamie McCarthy/Getty Images via AFP
“Assim como temos uma forma padrão da língua e uma maneira coloquial de falar em português, o mesmo acontece em outros idiomas. Ler e conhecer as regras é importante, mas o objetivo é conseguir se comunicar”, explica Almeida.
O especialista, no entanto, não dispensa a importância da gramática na hora de conhecer outra língua. “As regras gramaticais fazem parte da história do idioma. Com base nelas, você sabe como o idioma surgiu e como ele mudou ao longo do tempo, aprende a identificar diferentes dialetos e entende o contexto onde está inserido”, explica.
Pratique
Além de exercitar a audição, praticar a fala também é importante na hora de aprender um novo idioma.
“Saber ouvir e compreender o idioma não é saber falar. Especialmente no Brasil, onde as pessoas têm vergonha de praticar, vergonha da própria pronúncia. Mas a verdade é que a pessoa só vai melhorar praticando”, diz o professor Marcelo Augusto.
E ele reforça: “Não tenha vergonha de se arriscar”.
“Hoje, é possível tirar proveito da tecnologia na hora de praticar. A internet permite que a gente tenha contato com pessoas do outro lado do mundo, numa conexão imediata. Dá para ter uma conversa em outro idioma pelas redes sociais ou através de plataformas desenvolvidas especificamente para isso. É uma alternativa”, avalia.
Não se acomode
Segundo os dois profissionais ouvidos pelo g1, um dos maiores erros dos estudantes de idiomas é se acomodar.
De acordo com o professor de idiomas, é difícil estabelecer um tempo mínimo ou máximo para aprender outra língua. “Se você pode fazer aulas diárias, provavelmente vai aprender mais rápido do que quem faz aula uma vez por semana ou a cada 15 dias”, diz.
Marcelo avalia que o tempo também pode variar a depender do idioma. “Para um falante de português pode ser mais fácil aprender espanhol do que alemão, que é um idioma totalmente diferente”.
Apesar disso, o importante é persistir.
“Nunca ache que você não está aprendendo, porque aprendemos o tempo todo. Então, estude sempre, seja revendo aquele filme antigo sem dublagem, seja lendo um livro novo em outro idioma”, opina Marcelo Augusto.
E quem já fala não pode parar.
“O aluno não pode achar que sabe tudo. A língua, qualquer uma delas, é viva e está sempre mudando. Sempre temos o que aprender, mesmo que seja uma expressão, uma gíria. Por isso, estudar línguas é tão divertido”, completa Caio Almeida.
Se puder, viaje
“Nem todo mundo que tem a chance de estudar um novo idioma consegue viajar para um país falante da língua. Mas, se você tem essa chance, faça isso”, sugere Marcelo Augusto.
Segundo o professor, a necessidade de se comunicar no idioma com falantes nativos vai afiar o domínio da língua.
“A pessoa precisará se comunicar para conviver e sobreviver naquele ambiente. Seja para comprar comida ou para ir num parque. E isso, somado aos diversos cenários daquele ambiente, vai naturalizar e trazer experiência para o estudante”, finaliza.
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Suga, membro do BTS, é multado em US$ 11.500 por dirigir embriagado scooter elétrica

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Em agosto, o membro do BTS pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado. Suga, da banda sul-coreana BTS, em evento em Seul, na Coreia do Sul
Kim Hong-Ji/Arquivo/Reuters
O astro do K-pop Suga , membro do supergrupo BTS, foi multado em 15 milhões de wons (US$ 11.500) por um tribunal por dirigir embriagado um patinete elétrico.
Um juiz do Tribunal Distrital Ocidental de Seul emitiu a multa em um julgamento sumário feito na semana passada, depois que seu caso foi encaminhado à promotoria, disse um funcionário do tribunal nesta segunda-feira (30).
Em agosto, o compositor e rapper pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado.
Suga andou de scooter e tropeçou ao estacionar à noite, de acordo com sua gravadora Big Hit Music, que faz parte da empresa de K-pop HYBE 352820.KS. A gravadora também disse que ele falhou em um teste de bafômetro para medir seu nível de álcool no sangue conduzido pela polícia.
Desde que anunciaram uma pausa nos projetos do grupo em junho de 2022, os membros do BTS buscaram atividades solo antes de iniciar o serviço militar.
Suga, de 31 anos, está envolvido em trabalhos de serviço social para cumprir seu compromisso com o serviço militar.
O incidente de dirigir embriagado é o exemplo mais recente de artistas de K-pop que às vezes não conseguem manter sua imagem impecável.
O caso deixou alguns fãs do BTS chateados com sua ação de enviar coroas de flores perto da sede da HYBE, com mensagens em painéis pedindo que ele deixasse a banda.
Aqueles notificados de julgamentos sumários podem solicitar um julgamento regular dentro de sete dias para contestar a decisão.
A gravadora de Suga não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop

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Eminem falou de acusações contra Sean ‘Diddy’ Combs em disco lançado meses antes da prisão do rapper

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Sean ‘Diddy’ Combs foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. (Da esq. p/ dir.): Eminem e Sean ‘Diddy’ Combs
Mike Segar/Reuters/Jordan Strauss/Invision/AP
Lançado por Eminem em 12 de julho, o álbum “The Death of Slim Shady” faz referências aos processos movidos contra o rapper Sean “Diddy” Combs, preso neste mês por tráfico sexual e agressão. O disco foi o único que conseguiu desbancar Taylor Swift do topo da Billboard 200, a principal parada americana de álbuns.
Em “The Death of Slim Shady”, Eminem propõe a morte do personagem criado no início da carreira. Nas faixas, o músico transita entre o trap (vertente mais lenta do rap) e o clássico boom-bap. Ele também ridiculariza debates sobre padrões de beleza, diversidade, inclusão, linguagem neutra e direitos de pessoas transgênero, além de mencionar famosos como Combs, rapper mais conhecido como Puff Diddy, ou P. Diddy.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Fuel
Em “Fuel”, Eminem canta: “I’m like a R-A-P-E-R / Got so many S-As / Wait, he didn’t just spell the word, “Rapper” and leave out a P, did he? (Yep) / R.I.P., rest in peace, Biggie / And Pac, both of y’all should be living”.
Em português, os versos dizem: “Sou como um estuprador / Tenho um monte de BOs / Espera, ele soletrou mesmo rapper só que sem um p? (Aham) / Descanse em paz, Biggie / E Pac, vocês dois deveriam estar vivos”.
Sonoramente, o trecho “P, did he?” soa como “P. Diddy”, que é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Antichrist
Já em “Antichrist”, o cantor diz: “Ghastly, and insidious as me, or spitting as nasty?/ Next idiot ask me is getting his ass beat worse than Diddy did”.
“Horrível e traiçoeiro como eu, ou cuspindo tão maldoso?/ O próximo idiota que me perguntar vai apanhar mais do que o Diddy fez com…”
Os versos são uma possível referência à denúncia da cantora Cassie contra Diddy. No fim de 2023, ela o acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel mostra o rapper agredindo fisicamente Cassie, que era sua namorada da época. Nas cenas, ela é arrastada pelo cabelo e tenta fugir.

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Cantor e compositor Kris Kristofferson morre aos 88 anos

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O ator e cantor recebeu prêmios como Grammy e o Globo de Ouro ao longo da carreira. Kris Kristofferson morreu em sua casa neste sábado (28).
Chris Delmas / AFP
Kris Tofferson, um dos cantores e compositores americanos mais influentes do country com obras como “Me and Bobby McGee”, morreu no sábado aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.
O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista – um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.
Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy “Help Me Make It Through the Night”, “For the Good Times” e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, “Me and Bobby McGee”.
No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”, um dos filmes mais populares de 1976.
O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.
Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.
Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.
Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo “Help Me Make It Through the Night”, que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.
“NÃO HÁ NADA A PERDER”
As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de “Bobby McGee”, uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme “La Strada”, de Federico Fellini, resumiu com o verso “A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder”.
” Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras – quero dizer, as melhores letras possíveis”, disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao “60 Minutes” da CBS em uma entrevista de 1999. “Simples, mas profundo.”
Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.
A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como “Cisco Pike”, “Pat Garrett & Billy the Kid”, “O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar”, “Comboio”, “A Porta do Paraíso”, “Estrela Solitária” e “Blade”.
Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.
Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.
Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando “The Cedar Creek Sessions”, um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.
Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos.

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