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Festas e Rodeios

Rolling Stones, 60 anos: as visitas do grupo ao Brasil, de incêndio em lancha a show para 1,5 milhão

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Ao longo de seis décadas de estrada, Jagger, Richards, Watts e o guitarrista Ron Wood, que ingressou na banda em 1975, fizeram 12 shows no país: cinco em 1995, dois em 1998, um em 2006 e quatro em 2016. Mick Jagger na gravação do clipe de ‘Just Another Night’ na gafieira Elite
Roberto Faissal ABC via BBC
Londres, 12 de julho de 1962. Foi no Marquee Club, uma casa noturna na Oxford Street com capacidade para 800 pessoas, que os The Rolling Stones fizeram seu primeiro show. À época, o baixista Bill Wyman e o baterista Charlie Watts (1941-2021) ainda não faziam parte da banda. Quem subiu ao palco naquela noite foi o vocalista Mick Jagger, os guitarristas Keith Richards e Brian Jones (1942-1969), o pianista Ian Stewart (1938-1985), o baixista Dick Taylor e o baterista Mick Avory.
O nome da banda, aliás, foi criado por Jones, meio de supetão, durante uma entrevista por telefone para a revista Jazz News.
“Quando, do outro lado da linha, pediram o nome da banda, Brian não soube o que dizer”, conta o jornalista José Emílio Rondeau no livro “Sexo, Drogas e Rolling Stones — Histórias da Banda que Se Recusa a Morrer” (Editora Agir).
“Enquanto balbuciava alguma coisa, viu de relance o título de uma canção num disco de Muddy Waters, Rollin’ Stones Blues, e mandou de bate-pronto: The Rollin’ Stones”.
Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2006. Quarenta e quatro anos depois, os Rolling Stones se apresentaram na Praia de Copacabana para 1,5 milhão de pessoas.
“Abrir para os Stones é como ganhar um prêmio. Eles são referência para qualquer banda de rock”, afirma o guitarrista Tony Bellotto, dos Titãs.
“Conversei rapidamente com o Keith num restaurante em São Paulo. ‘É sempre bom conhecer um colega de profissão!’, ele disse. ‘Colega de profissão? Fala sério, Keith! Você é meu mestre…'”, brincou o guitarrista e escritor.
Os Titãs não foram escolhidos por acaso. Segundo o empresário Luiz Oscar Niemeyer, responsável por trazer a turnê A Bigger Bang ao Brasil, “era a banda com espírito mais próximo ao dos Stones”.
“Até hoje, me pergunto como é que eu consegui fazer aquilo, mesmo que tenha sido com muita seriedade, profissionalismo e trabalho”, espanta-se o autor de Memórias do Rock (Francisco Alves).
“Estabelecemos um recorde de público em concerto gratuito e ao ar livre. Esta noite continua entre as três maiores já registradas na história.”
Pedras que rolam não criam limo
Ao longo de seis décadas de estrada, Jagger, Richards, Watts e o guitarrista Ron Wood, que ingressou na banda em 1975, fizeram 12 shows no país: cinco em 1995, dois em 1998, um em 2006 e quatro em 2016. No set list do maior deles, duas músicas compostas, total ou parcialmente, em território brasileiro: o ‘samba’ Sympathy for the Devil, depois de Jagger participar da procissão do Senhor do Bonfim, em Salvador (BA), e o country Honk Tonk Women, na fazenda do banqueiro Walther Moreira Salles (1912-2001), em Matão (SP).
O primeiro show dos Rolling Stones no Brasil aconteceu no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, na noite chuvosa de 27 de janeiro de 1995. Foi o primeiro de três shows em São Paulo e dois no Rio, no Maracanã. O maior perrengue enfrentado pelo empresário Paulo Rosa, então diretor artístico do Hollywood Rock e um dos sócios da Promoter, produtora responsável por trazer a Voodoo Lounge Tour ao país, foi a interdição do Morumbi a menos de duas semanas para o primeiro show.
Em tempo recorde, Rosa negociou com a banda a transferência da apresentação para o Pacaembu. “No Maracanã, Keith perguntou de que lado do campo o Pelé marcou seu milésimo gol. Quando soube que tinha sido do lado em que o palco foi montado, ficou emocionado”, recorda o presidente da Pró-Música Brasil.
Em São Paulo, os Stones ficaram hospedados no Maksoud Plaza e, no Rio, no Intercontinental. Para não serem incomodados em suas suítes, adotaram codinomes: Jagger virou Mr. Hardy e Richards, Mr. E. Entre outras medidas de segurança, os músicos costumam alterar o itinerário entre o hotel e o local dos shows, e andar escoltados por viaturas da polícia e carros da segurança particular. “Todos os dias, eles lembram o que aconteceu a John Lennon”, disse o chefe de segurança Maxwell Smith ao jornal O Globo, em 5 de fevereiro.
Mick Jagger na passagem de som no Maracanã em 2016
Divulgação via BBC
O palco da turnê Voodoo Lounge tinha 72 metros de largura, 26 de profundidade e 32 de altura (o equivalente a um prédio de 11 andares). Para montá-lo, foram necessários 150 técnicos estrangeiros e 200 operários brasileiros, que se revezaram ao longo de cinco dias. No palco, Jagger contou sempre com dois aparelhos de teleprompters. Num deles, lia frases como “Boa noite, São Paulo, tudo bem? Bem-vindo a Voodoo Lounge!”. No outro, as letras das canções.
Na parte de trás do palco, espaço conhecido como ‘backstage’, foram montadas 30 salas — só a de ginástica, usada exclusivamente por Mick Jagger, tinha 30 metros de comprimento por 3 de largura. Eram 11 camarins, todos com ar-condicionado, geladeira e aparelhos de som e TV. Entre outras exigências, os Stones pediram uma mesa de sinuca, outra de pingue-pongue e cinco modelos de videogame de última geração. Para beber, de suco de maçã a vinho francês, passando por vodca, cerveja e tequila.
Quem abriu os shows dos Stones em sua primeira passagem pelo Brasil foi, nesta ordem, Barão Vermelho, Rita Lee e Spin Doctors.
“Antes do show no Maracanã, a ordem de entrada das bandas foi trocada: Barão, Spin Doctors e eu”, recorda a rainha do rock’n’roll brasileiro no livro Rita Lee: Uma Autobiografia (Globo Livros).
“Jagger pessoalmente liberou as passarelas laterais do palco para eu soltar a franga, que por contrato seriam usadas somente pelos Stones.”
Charlie Watts tocando na Praia de Copacabana, em 2006
Divulgação via BBC
Encontro Marcado
Os Stones vieram ao Brasil várias vezes. A passeio ou a trabalho. Sozinhos ou em grupo. A primeira delas foi em 1968. No dia 6 de janeiro, Jagger e a namorada, Marianne Faithfull, desembarcaram no Rio. Para não levantar suspeitas, fizeram check-in no Copacabana Palace como Michael Philip e Marianne Evelyn Dunbar. Não adiantou. No dia seguinte, o casal foi recebido pelo escritor Fernando Sabino (1923-2004) em seu apartamento, no Leblon.
“Apesar — ou por causa — da quantidade de curiosos que acorreram a me visitar, tão logo souberam da sua ilustre presença, o cantor, educadíssimo, conservou-se no mais absoluto silêncio”, revelou o escritor no livro O Galo Músico (Record).
Em compensação, Sabino conversou, e muito, com Marianne Faithfull sobre o ácido lisérgico e outras drogas. “A primeira vez que ousei fumar maconha ficou sendo a última: não pareceu uma experiência das mais agradáveis — para dizer o menos”. Da visita, nasceu a crônica O Fariseu.
‘Pleased to meet you / Hope you guess my name…’
Do Rio de Janeiro, Jagger e Marianne seguiram para Salvador, onde ficaram por dez dias. Na capital baiana, participaram da procissão e da lavagem da escadaria da Igreja do Nosso Senhor do Bonfim. Foi ali que, ao ouvir o batuque dos instrumentos de percussão, Jagger teve a inspiração para compor “um samba com ritmo forte e marcado” chamado The Devil is My Name. Em junho, o cantor rebatizou a canção de Sympathy for the Devil e a incluiu no álbum Beggars Banquet (1968). “Devoto de Satã? Ele é mais um devoto do cetim”, ironizou Marianne em Faithfull: Uma Autobiografia (1994).
Ainda na Bahia, o casal alugou uma cabana numa colônia de pescadores na praia de Itapuã. “Já imaginou um astro ou estrela internacional como Michael Jackson ou Madonna alugarem a casa de um pescador numa praia e viver ali, tranquilamente, por uma semana, sem seguranças?”, indaga o pesquisador Nélio Rodrigues, autor de Os Rolling Stones no Brasil — Do Descobrimento à Conquista (Ampersand Editora). “Foi isso o que aconteceu com o Mick Jagger, em 1968. Naquela época, o cara já era um superstar”.
Jagger voltou para casa no dia 25 de janeiro de 1968. Mas, depois de rodar o documentário One Plus One, do cineasta francês Jean-Luc Godard, e de lançar Beggars Banquet, regressou ao Brasil. Desta vez, acompanhado do guitarrista Keith Richards. Jagger e Richards, e suas respectivas namoradas, Marianne Faithfull e Anita Pallenberg, desembarcaram no Rio de Janeiro no dia 29 de dezembro de 1968.
Depois de curtir o réveillon carioca, seguiram para a Fazenda Boa Vista, em Matão (SP), município a 305 quilômetros da capital, no dia 4 de janeiro de 1969. Na propriedade do banqueiro Walther Moreira Salles, compuseram Honky Tonk Women, outro clássico da banda. “A fazenda, os cavalos e os vaqueiros serviram de inspiração para a dupla. Tudo aquilo lembrava o Arizona. Daí, a levada country da música”, explica José Emílio Rondeau, autor do livro Sexo, Drogas e Rolling Stones.
Menino do Rio
Dos sete integrantes dos Stones, apenas Brian Jones e Bill Wyman, que se desligou do grupo em 1993 e foi substituído por Darryl Jones, nunca vieram ao Brasil. Jagger, em compensação, já visitou o país, pelo menos, oito vezes. A terceira delas em 1975. Ele e a mulher, Bianca Jagger, aterrissaram no Galeão, na manhã de 22 de dezembro. O casal alugou a casa da atriz Florinda Bolkan, na Joatinga. Em entrevista ao jornalista Okky de Souza, da revista Pop, Jagger declarou que, antes de convidar Ron Wood para substituir Mick Taylor, chegou a cogitar o nome de Eric Clapton. “Mas, trabalhar com Eric, atualmente, é quase impossível”, descartou.
Por sugestão de Florinda, Jagger resolveu passar cinco dias no balneário de Búzios, a 160 quilômetros da capital. Lá, ficou hospedado na casa de Renata Deschamps, a mãe da atriz Alexia Deschamps. “Não tinha estrelismo nenhum. Gostava de correr na praia e de pular corda. À noitinha, reunia a galera para tocar violão. Não lembrava a letra de todas as músicas, mas, na medida do possível, procurava atender a todos os pedidos”, recorda Alexia. “Certa noite, convidou todo mundo para jantar. Mas o dono do restaurante não reconheceu o Mick e fechou a porta na cara dele”.
Mick Jagger conferindo o palco em São Paulo, em 2016
Divulgação via BBC
O poderoso chefão
Em 24 de novembro de 1984, o líder dos Rolling Stones voltou mais uma vez ao Brasil. O motivo de sua quarta visita foi rodar um filme de baixo orçamento chamado Running Out of Luck (1986) que mesclava as nove músicas de seu primeiro álbum solo, She’s the Boss (1985). A ideia de ambientar o filme no Brasil não partiu de Jagger, mas do cineasta Julien Temple, diretor de alguns videoclipes dos Stones, como Too Much Blood e She Was Hot, ambos do disco Undercover (1983).
O roteiro, escrito a quatro mãos por Jagger e Temple, narra os apuros vividos por um astro do rock em um país distante — e contou com a participação de atores brasileiros, como Norma Bengell (1935-2013), Grande Otelo (1915-1993) e Tony Tornado, entre outros. Em Norma Bengell (Versos Editora), a atriz conta que foi contratada para trabalhar num videoclipe, mas que acabou participando, sem saber, de um longa-metragem. “Pensei em processar o Mick Jagger em 1987. Mas, quando vi que contratar um advogado em dólar ia ficar muito caro, desisti”, desabafou em sua autobiografia póstuma de 2014.
No filme, Bengell interpreta uma fazendeira que obriga o personagem do cantor a trabalhar numa plantação de bananas. Na calada da noite, ela ainda o transforma em seu escravo sexual. As cenas foram rodadas na Fazenda Santa Maria, em Barra do Piraí (RJ), a 100 quilômetros da capital, entre os dias 10 e 13 de dezembro. No presídio Vieira Ferreira Neto, em Niterói, Jagger deu autógrafo aos presos e pagou cachê para os cerca de 100 que atuaram como figurantes. Na gafieira Elite, no Centro do Rio, gravou o videoclipe da canção Just Another Night. Já o Estádio do Fluminense, nas Laranjeiras, teve seu salão nobre transformado em cassino.
“Foram cerca de 20 dias de intensa convivência: 12 horas por dia, seis dias por semana. Não lembro de nenhum momento de arrogância ou impaciência. Pelo contrário. Demos muitas risadas juntos”, relembra o fotógrafo Roberto Faissal, que registrou os bastidores de Running Out of Luck. “Não dá para esquecer da vez em que o Mick topou fazer uma foto vestido de mulher em Mangaratiba. Ele é realmente um pop star!”.
Jagger e Temple ainda convidaram Rod Stewart para uma participação especial como um astro do rock que chega ao Rio para gravar um videoclipe. Mas, alegando incompatibilidade de agenda, o cantor britânico declinou do convite. Em seu lugar, a gravadora CBS sugeriu o nome de Ritchie. “Tive pouco contato com o Mick, apenas na hora em que ele me conheceu para aprovar minha participação e, depois, no trailer dele, onde supervisionou minha sessão de maquiagem e explicou como eu deveria me comportar em cena. Em resumo, ‘Just be like me! (Seja como eu!)'”, conta Ritchie. “Ele passou a impressão de estar 100% no controle de tudo, dando palpites em quase todos os aspectos cênicos e de filmagem. Deixava bem claro quem era ‘the boss’!”.
Ron Wood e Ivo Pitanguy
Acervo Pessoal via BBC
Tem gringo no samba!
Depois de Mick Jagger, o Stone que, por conta própria, mais vezes carimbou seu passaporte rumo ao Brasil foi Ronnie Wood: em 16 de fevereiro de 1996, ele e a mulher, Josephine, assistiram aos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, no Sambódromo — Josephine, inclusive, chegou a desfilar pela Estação Primeira da Mangueira. Apenas três meses depois, em 5 de maio, Wood voltou para inaugurar duas exposições: uma, de pinturas, no Museu de Arte Moderna de São Paulo; e outra, de gravuras, na Galeria Nara Roesler.
Em 18 de agosto, o pintor-guitarrista já estava de volta ao Brasil. Desta vez, visitou o litoral da Bahia e de Pernambuco, onde passeou de lancha e jet-ski e degustou frutos do mar. Na capital baiana, se encontrou com Jimmy Page, o ex-guitarrista do Led Zeppelin que, na época, morava em Lençóis, na Chapada Diamantina, e juntos provaram carne-seca com pirão, preparado por Dona Madalena, a mãe do cantor e compositor Carlinhos Brown.
Outros Stones também vieram ao Brasil. O guitarrista Mick Taylor, que entrou no lugar de Brian Jones e tocou na banda entre 1969 e 1974, esteve no Rio em janeiro de 1974. Ficou hospedado no apartamento do baixista Arnaldo Brandão no Vidigal e assistiu ao show dos Secos & Molhados no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana, e ao dos Novos Baianos, no Teatro Excelsior, em Ipanema.
Já Charlie Watts esteve por aqui, sem os Stones, por duas vezes. A primeira, entre 11 e 20 de julho de 1976, a passeio — e a segunda, entre 2 e 11 de maio de 1992, a trabalho. Da primeira vez, veio com a família, foi barrado na porta de uma boate em Ipanema e levou de recordação para casa um berimbau, instrumento que nunca aprendeu a tocar. Da segunda, veio para prestar um tributo ao saxofonista Charlie Parker (1920-1955). Dos sete shows agendados com seu quinteto de jazz, fez apenas três. Os outros foram cancelados por falta de público.
Nélio Rodrigues e Charlie Watts em 1992
Acervo Pessoal via BBC
Um roqueiro em apuros
Os Rolling Stones voltaram a tocar no Brasil em 1998. Com abertura de Cássia Eller (1962-2001) e de Bob Dylan, fizeram dois shows: o primeiro na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, em 11 de abril, e o segundo no Estádio do Ibirapuera, em São Paulo, em 13 de abril. A turnê Bridges to Babylon incluía dois palcos: o principal, de 54 metros de largura, 26 de profundidade e 25 de altura, e outro, de apenas 20 metros quadrados, bem no meio da plateia. Os Stones e sua entourage de 143 pessoas — entre músicos, assessores e seguranças — desembarcaram no Rio, no dia 6 de abril.
Do aeroporto, Keith Richards e Ron Wood seguiram direto para Angra dos Reis, onde ficaram hospedados na casa do cirurgião plástico Ivo Pitanguy (1923-2016). Lá, Wood levou um susto daqueles: a lancha onde estava pegou fogo e ele, sua família e mais alguns amigos precisaram abandonar a embarcação. “Foi surreal!”, define Helcius Pitanguy, filho do anfitrião. “Felizmente, havia outras lanchas, transportando jornalistas, que ajudaram no resgate e os levaram para terra-firme. Graças a Deus, todos escaparam ilesos”.
Na véspera do primeiro show, dia 10, o casal Olavo Monteiro de Carvalho e Andrea Dellal ofereceu um jantar em sua casa em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, para Mick Jagger. Foi lá que, reza a lenda, o líder dos Rolling Stones teria conhecido a modelo Luciana Gimenez, com quem teve Lucas, seu sétimo filho. Depois do jantar, a bateria da Viradouro improvisou uma versão de La Bamba em ritmo de samba.
Cartaz promocional da visita dos Rolling Stones ao Rio, em 2016
Divulgação via BBC
A quarta — e mais recente — passagem dos Rolling Stones pelo Brasil aconteceu em 2016. A banda fez quatro shows em três capitais: no dia 20 de fevereiro, no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ); nos dias 24 e 27 no Morumbi, em São Paulo (SP); e, no dia 2 de março, no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Em cada cidade, um show de abertura diferente: Ultraje a Rigor, Titãs e Cachorro Grande, respectivamente.
No Maracanã, os Stones contaram com a participação especial do Coral da PUC-Rio na canção You Can’t Always Get What You Want (1969). O convite surgiu no finalzinho de 2015. Por e-mail, a banda pediu que o coral enviasse um vídeo com o figurino selecionado e a música decorada. Além disso, o coro foi dividido em dois, cada um com um regente: sopranos e contraltos na frente, tenores e barítonos atrás.
No grande dia, algumas horas antes do início do show, o coral ensaiou com a banda no backstage do Maracanã. “Não era permitido entrar com celulares, mas o próprio Mick Jagger filmou o ensaio”, recorda a preparadora vocal Glaucia Mancebo. “No final, ele abriu um sorrisão e o coral foi aplaudido pela banda. Todo mundo entrou em êxtase!”
Como diria aquela velha canção de 1974, é apenas rock’n’roll, mas todos gostam!

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Suga, membro do BTS, é multado em US$ 11.500 por dirigir embriagado scooter elétrica

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Em agosto, o membro do BTS pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado. Suga, da banda sul-coreana BTS, em evento em Seul, na Coreia do Sul
Kim Hong-Ji/Arquivo/Reuters
O astro do K-pop Suga , membro do supergrupo BTS, foi multado em 15 milhões de wons (US$ 11.500) por um tribunal por dirigir embriagado um patinete elétrico.
Um juiz do Tribunal Distrital Ocidental de Seul emitiu a multa em um julgamento sumário feito na semana passada, depois que seu caso foi encaminhado à promotoria, disse um funcionário do tribunal nesta segunda-feira (30).
Em agosto, o compositor e rapper pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado.
Suga andou de scooter e tropeçou ao estacionar à noite, de acordo com sua gravadora Big Hit Music, que faz parte da empresa de K-pop HYBE 352820.KS. A gravadora também disse que ele falhou em um teste de bafômetro para medir seu nível de álcool no sangue conduzido pela polícia.
Desde que anunciaram uma pausa nos projetos do grupo em junho de 2022, os membros do BTS buscaram atividades solo antes de iniciar o serviço militar.
Suga, de 31 anos, está envolvido em trabalhos de serviço social para cumprir seu compromisso com o serviço militar.
O incidente de dirigir embriagado é o exemplo mais recente de artistas de K-pop que às vezes não conseguem manter sua imagem impecável.
O caso deixou alguns fãs do BTS chateados com sua ação de enviar coroas de flores perto da sede da HYBE, com mensagens em painéis pedindo que ele deixasse a banda.
Aqueles notificados de julgamentos sumários podem solicitar um julgamento regular dentro de sete dias para contestar a decisão.
A gravadora de Suga não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
VEJA MAIS EM:
Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop

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Eminem falou de acusações contra Sean ‘Diddy’ Combs em disco lançado meses antes da prisão do rapper

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Sean ‘Diddy’ Combs foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. (Da esq. p/ dir.): Eminem e Sean ‘Diddy’ Combs
Mike Segar/Reuters/Jordan Strauss/Invision/AP
Lançado por Eminem em 12 de julho, o álbum “The Death of Slim Shady” faz referências aos processos movidos contra o rapper Sean “Diddy” Combs, preso neste mês por tráfico sexual e agressão. O disco foi o único que conseguiu desbancar Taylor Swift do topo da Billboard 200, a principal parada americana de álbuns.
Em “The Death of Slim Shady”, Eminem propõe a morte do personagem criado no início da carreira. Nas faixas, o músico transita entre o trap (vertente mais lenta do rap) e o clássico boom-bap. Ele também ridiculariza debates sobre padrões de beleza, diversidade, inclusão, linguagem neutra e direitos de pessoas transgênero, além de mencionar famosos como Combs, rapper mais conhecido como Puff Diddy, ou P. Diddy.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Fuel
Em “Fuel”, Eminem canta: “I’m like a R-A-P-E-R / Got so many S-As / Wait, he didn’t just spell the word, “Rapper” and leave out a P, did he? (Yep) / R.I.P., rest in peace, Biggie / And Pac, both of y’all should be living”.
Em português, os versos dizem: “Sou como um estuprador / Tenho um monte de BOs / Espera, ele soletrou mesmo rapper só que sem um p? (Aham) / Descanse em paz, Biggie / E Pac, vocês dois deveriam estar vivos”.
Sonoramente, o trecho “P, did he?” soa como “P. Diddy”, que é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Antichrist
Já em “Antichrist”, o cantor diz: “Ghastly, and insidious as me, or spitting as nasty?/ Next idiot ask me is getting his ass beat worse than Diddy did”.
“Horrível e traiçoeiro como eu, ou cuspindo tão maldoso?/ O próximo idiota que me perguntar vai apanhar mais do que o Diddy fez com…”
Os versos são uma possível referência à denúncia da cantora Cassie contra Diddy. No fim de 2023, ela o acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel mostra o rapper agredindo fisicamente Cassie, que era sua namorada da época. Nas cenas, ela é arrastada pelo cabelo e tenta fugir.

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Cantor e compositor Kris Kristofferson morre aos 88 anos

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O ator e cantor recebeu prêmios como Grammy e o Globo de Ouro ao longo da carreira. Kris Kristofferson morreu em sua casa neste sábado (28).
Chris Delmas / AFP
Kris Tofferson, um dos cantores e compositores americanos mais influentes do country com obras como “Me and Bobby McGee”, morreu no sábado aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.
O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista – um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.
Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy “Help Me Make It Through the Night”, “For the Good Times” e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, “Me and Bobby McGee”.
No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”, um dos filmes mais populares de 1976.
O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.
Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.
Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.
Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo “Help Me Make It Through the Night”, que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.
“NÃO HÁ NADA A PERDER”
As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de “Bobby McGee”, uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme “La Strada”, de Federico Fellini, resumiu com o verso “A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder”.
” Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras – quero dizer, as melhores letras possíveis”, disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao “60 Minutes” da CBS em uma entrevista de 1999. “Simples, mas profundo.”
Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.
A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como “Cisco Pike”, “Pat Garrett & Billy the Kid”, “O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar”, “Comboio”, “A Porta do Paraíso”, “Estrela Solitária” e “Blade”.
Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.
Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.
Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando “The Cedar Creek Sessions”, um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.
Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos.

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