Connect with us

Festas e Rodeios

‘Pipoco’ chega ao nº 1 do Spotify no Brasil; saiba história da música de Ana Castela, Chris no Beat e Melody

Published

on

‘Boiadeira’ de 18 anos chamou funkeira de 15 para parceria. Podcast g1 ouviu explica nova geração do modão modernizado que exalta o agro e se apropria de batidas do funk e eletrônica. Ana Castela se juntou com Melody e DJ Chris do Beat para lançar a música.
Reprodução
“Pipoco”, parceria de Ana Castela, MC Melody e DJ Chris no Beat, chegou nesta terça-feira (19) ao primeiro lugar diário da parada brasileira do Spotify, principal plataforma de streaming do mundo. Os três artistas nunca tinham chegado ao topo deste ranking.
A música marca a chegada de uma nova comitiva que desbrava as paradas do Brasil, de chapéu e bota, com um pé no passado do sertanejo do “modão” de raiz e outro no presente do funk, rap e eletrônica.
As letras parecem propaganda do agronegócio é o som é um sertanejo que expande fronteiras agrícolas e musicais. O modão virou modinha.
Aos 18 anos, a “boiadeira” Ana Castela é a ponteira dessa geração. “Pipoco” foi composta pelo DJ Chris no Beat a partir de uma base eletrônica, prática pouco comum no sertanejo. Para amarrar essa aproximação com o funk, eles chamaram para participar a paulistana Melody, de 15 anos.
O podcast g1 ouviu conversou com os principais nomes da cena para entender de onde vieram e para onde vão esses novos boiadeiros. Ouça abaixo:
Ana Castela
Divulgação / Mauricio Antônio
‘Pipoco” rendeu memes sobre a dicção confusa de MC Melody, cantora convidada da faixa. Mas a dona da boiada é Ana Castela, ícone dos fãs novinhos que dançam de chapéu e bota no TikTok.
Ana Flávia Castela nasceu em Amambai (MS) e foi criada na vizinha Sete Quedas, na fronteira com o Paraguai. Os avós tinham uma fazenda no lado paraguaio. Ela cresceu entre os dois países, aprendeu a cantar em um coral de igreja e começou a postar covers de músicas pop no YouTube.
Ana foi levada para o escritório Agroplay pelo compositor e empresário Rodolfo Alessi, amigo da mãe dela. O primeiro tiro já foi no alvo. “Boiadeira” saiu em fevereiro de 2021.
Ainda de aparelho nos dentes e espinhas no rosto, Ana cantava sobre uma menina que trocou a cidade pelo interior: “A maquiagem dela agora é poeira”.
“Boiadeira” virou a alcunha da cantora de 18 anos. A faixa ganhou um remix do DJ paulistano Lucas Beat, que mistura funk e house. Com “Nois é da roça bebê” e a levemente eletrônica “Neon”, Ana virou ícone dos fãs novinhos que dançam de chapéu e bota no TikTok.
Ela virou ponteira da comitiva do “agro” com a explosão country-funk-EDM de “Pipoco”, com DJ Chris no Beat e MC Melody. Ana chegou a entrar na faculdade de Odontologia, mas largou. Agora, jogar PlayStation é a única coisa que consegue fazer entre turnês e gravações.
Leia mais sobre Ana Castela
DJ Chris no Beat
Divulgação
O remix de “Boiadeira” feito por Lucas Beat mostrou o potencial do agro eletrônico. Mas quem abraçou essa mistura foi um DJ de mesmo sobrenome artístico: Chris no Beat. Christian Valezi, 31 anos, de Londrina, era produtor musical de duplas como Pedro Paulo e Alex.
Na pandemia, o trabalho diminuiu e ele virou videomaker. Acabou indo filmar os primeiros clipes de Ana Castela, conheceu Lucas Beat e viu o potencial do estilo. A primeira faixa como DJ foi “Saudade de aglomeração”, com Pedro Paulo & Alex, Bruno & Barreto, Léo & Raphael e Loubet.
No fim de 2021 ele lançou o batidão “Pira nos caipira”, com Luan Pereira. “Deu muito bom no TikTok”, descreve. Ele viu que a “molecada mais nova” queria “uma mistura modernizada para escutar no carro ou numa festa”. Já pela Agroplay, lançou um DVD com sucessos como “Juliet e Chapelão”.
“Se você pegar os tops do streaming, vai ter um funk, um rap, uma música eletrônica”, descreve Chris no Beat. Seu modão modernizado, portanto, é uma forma de entrar na “competição com as outras músicas no mercado”.
O jornalista e pesquisador GG Albuquerque notou, em artigo para o site I Hate Flash, que “(o agronejo) opera como máquina de propaganda da indústria agropecuária, muitas vezes apropriando-se de discursos e narrativas de gêneros musicais marginalizados, como o funk”.
A produção de “Pipoco” subverteu a prática sertaneja. “Eu já tinha feito a batida, e chamei a Ana e o pessoal ali para escrever em cima dessa base”, ele conta.
A composição em torno do beat é o jeito mais comum de se criar música pop eletrônica em vários lugares do mundo – mas não em Londrina. “Agora vamos fazer outras assim”, adianta Chris.
Ele diz que a referência são produtores dos EUA. Se as letras tentam separar o boiadeiro do playboy da capital, o som nunca foi tão próximo.
Leia mais sobre a nova geração do “agro”
Conheça Ana Castela, a boiadeira dos ‘brutos’
“Pipoco” é a única da carreira de Ana Castela que ela assina também como compositora.
“Eu dei a ideia da fala do começo, do ‘se prepara’ e de falar do chapéu (da marca) Kanadá. Até isso deu certo, a empresa marcou a gente”, ela conta.
Ana e Melody incorporam versões rurais, divertidas e mais próximas do público jovem de popstars atuais como Anitta e Luisa Sonza.
“Eu escuto muito sertanejo – Israel e Rodolffo, Hugo e Guilherme, Marília Mendonça. Mas também ouço muito Luisa Sonza, Anitta, Ludmilla. Meu estilo não é só no agro. Eu escuto tudo e mais um pouco”, diz Ana.
No clipe, as adolescentes dançam em um cenário de boate e andam de cavalo em um cenário rural.
A troca foi real. “Eu levei minhas roupas para para fazer o estilo da Melody mais country. Todas as roupas que ela usa no clipe são minhas, tirando os ‘croppeds’ e os shorts. A gente foi experimentando tudo juntas.”
“Na hora de andar a cavalo, ela não sabia muito, mas a gente foi explicando”, conta Ana.
Ana até defende a amiga de São Paulo dos comentários nas redes sociais sobre a dicção de Melody: “Na verdade eu consigo entender tudo que ela canta”.

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Suga, membro do BTS, é multado em US$ 11.500 por dirigir embriagado scooter elétrica

Published

on

By

Em agosto, o membro do BTS pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado. Suga, da banda sul-coreana BTS, em evento em Seul, na Coreia do Sul
Kim Hong-Ji/Arquivo/Reuters
O astro do K-pop Suga , membro do supergrupo BTS, foi multado em 15 milhões de wons (US$ 11.500) por um tribunal por dirigir embriagado um patinete elétrico.
Um juiz do Tribunal Distrital Ocidental de Seul emitiu a multa em um julgamento sumário feito na semana passada, depois que seu caso foi encaminhado à promotoria, disse um funcionário do tribunal nesta segunda-feira (30).
Em agosto, o compositor e rapper pediu desculpas pelo incidente, chamando-o de “comportamento descuidado e errado”, e a polícia também revogou sua licença por dirigir a scooter elétrica bêbado.
Suga andou de scooter e tropeçou ao estacionar à noite, de acordo com sua gravadora Big Hit Music, que faz parte da empresa de K-pop HYBE 352820.KS. A gravadora também disse que ele falhou em um teste de bafômetro para medir seu nível de álcool no sangue conduzido pela polícia.
Desde que anunciaram uma pausa nos projetos do grupo em junho de 2022, os membros do BTS buscaram atividades solo antes de iniciar o serviço militar.
Suga, de 31 anos, está envolvido em trabalhos de serviço social para cumprir seu compromisso com o serviço militar.
O incidente de dirigir embriagado é o exemplo mais recente de artistas de K-pop que às vezes não conseguem manter sua imagem impecável.
O caso deixou alguns fãs do BTS chateados com sua ação de enviar coroas de flores perto da sede da HYBE, com mensagens em painéis pedindo que ele deixasse a banda.
Aqueles notificados de julgamentos sumários podem solicitar um julgamento regular dentro de sete dias para contestar a decisão.
A gravadora de Suga não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
VEJA MAIS EM:
Semana Pop explica como funcionam as carreiras solo no k-pop

Continue Reading

Festas e Rodeios

Eminem falou de acusações contra Sean ‘Diddy’ Combs em disco lançado meses antes da prisão do rapper

Published

on

By

Sean ‘Diddy’ Combs foi preso no dia 16 por acusações de tráfico sexual e agressão. Ele é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um ‘predador sexual violento’. (Da esq. p/ dir.): Eminem e Sean ‘Diddy’ Combs
Mike Segar/Reuters/Jordan Strauss/Invision/AP
Lançado por Eminem em 12 de julho, o álbum “The Death of Slim Shady” faz referências aos processos movidos contra o rapper Sean “Diddy” Combs, preso neste mês por tráfico sexual e agressão. O disco foi o único que conseguiu desbancar Taylor Swift do topo da Billboard 200, a principal parada americana de álbuns.
Em “The Death of Slim Shady”, Eminem propõe a morte do personagem criado no início da carreira. Nas faixas, o músico transita entre o trap (vertente mais lenta do rap) e o clássico boom-bap. Ele também ridiculariza debates sobre padrões de beleza, diversidade, inclusão, linguagem neutra e direitos de pessoas transgênero, além de mencionar famosos como Combs, rapper mais conhecido como Puff Diddy, ou P. Diddy.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Fuel
Em “Fuel”, Eminem canta: “I’m like a R-A-P-E-R / Got so many S-As / Wait, he didn’t just spell the word, “Rapper” and leave out a P, did he? (Yep) / R.I.P., rest in peace, Biggie / And Pac, both of y’all should be living”.
Em português, os versos dizem: “Sou como um estuprador / Tenho um monte de BOs / Espera, ele soletrou mesmo rapper só que sem um p? (Aham) / Descanse em paz, Biggie / E Pac, vocês dois deveriam estar vivos”.
Sonoramente, o trecho “P, did he?” soa como “P. Diddy”, que é alvo de várias ações civis que o caracterizam como um “predador sexual violento”. Ele é acusado de usar álcool e drogas para submeter as vítimas aos abusos. Suas residências foram alvo de buscas por agentes federais neste ano.
Sean ‘Diddy’ Combs durante um evento em 2018
Richard Shotwell/Invision/AP/Arquivo
Antichrist
Já em “Antichrist”, o cantor diz: “Ghastly, and insidious as me, or spitting as nasty?/ Next idiot ask me is getting his ass beat worse than Diddy did”.
“Horrível e traiçoeiro como eu, ou cuspindo tão maldoso?/ O próximo idiota que me perguntar vai apanhar mais do que o Diddy fez com…”
Os versos são uma possível referência à denúncia da cantora Cassie contra Diddy. No fim de 2023, ela o acusou de submetê-la por mais de uma década a coerção física e drogá-la, além de estuprá-la em 2018.
Um vídeo de uma câmera de segurança em um hotel mostra o rapper agredindo fisicamente Cassie, que era sua namorada da época. Nas cenas, ela é arrastada pelo cabelo e tenta fugir.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Cantor e compositor Kris Kristofferson morre aos 88 anos

Published

on

By

O ator e cantor recebeu prêmios como Grammy e o Globo de Ouro ao longo da carreira. Kris Kristofferson morreu em sua casa neste sábado (28).
Chris Delmas / AFP
Kris Tofferson, um dos cantores e compositores americanos mais influentes do country com obras como “Me and Bobby McGee”, morreu no sábado aos 88 anos, de acordo com um comunicado da família.
O artista sofria de perda de memória desde os 70 anos. Um porta-voz da família disse em uma declaração que Kris Tofferson morreu pacificamente em sua casa em Maui, no Havaí, cercado pela família.
A causa da morte não foi divulgada. Kris foi um homem renascentista – um atleta com sensibilidade de poeta, um ex-oficial do Exército e piloto de helicóptero, um bolsista Rhodes que aceitou um emprego como zelador no que acabou sendo uma brilhante mudança de carreira.
Tofferson se estabeleceu no mundo da música como compositor na capital da música country, escrevendo sucessos como o vencedor do Grammy “Help Me Make It Through the Night”, “For the Good Times” e o melancólico hit número 1 da ex-namorada Janis Joplin, “Me and Bobby McGee”.
No início da década de 1970, ele se tornou conhecido como um artista estrondoso e pouco refinado, além de um ator requisitado, principalmente ao lado de Barbra Streisand em “Nasce uma Estrela”, um dos filmes mais populares de 1976.
O artista nasceu em Brownsville, Texas, em 22 de junho de 1936, e se mudou com frequência porque o pai era general da Força Aérea. Depois de se formar no Pomona College, na Califórnia, onde jogou futebol americano e rúgbi, Kris tofferson frequentou a Universidade de Oxford com uma bolsa Rhodes e então cumpriu a tradição da família ao se juntar ao Exército.
Ele passou pela elite Ranger School do Exército, aprendeu a pilotar helicópteros e chegou ao posto de capitão. Em 1965, Kris Tofferson recebeu uma oferta para lecionar inglês — ele ficou encantado com as obras do poeta William Blake — na Academia Militar dos EUA em West Point, Nova York, mas ele recusou para ir para Nashville.
Kris tofferson se tornou zelador no estúdio da Columbia Records, porque isso lhe daria uma chance de oferecer suas músicas para as grandes estrelas que gravavam lá. Ele também trabalhou como piloto de helicóptero transportando trabalhadores entre campos de petróleo e plataformas de perfuração.
Durante esse tempo, Kris Tofferson escreveu algumas de suas canções mais memoráveis, incluindo “Help Me Make It Through the Night”, que ele disse ter escrito no topo de uma plataforma de petróleo.
“NÃO HÁ NADA A PERDER”
As melhores músicas de Kris tofferson eram cheias de buscadores, perdulários e almas quebradas tentando encontrar amor, redenção ou alívio da ressaca que a vida lhes dera. O narrador de coração partido de “Bobby McGee”, uma música que Kris tofferson disse ter sido inspirada no filme “La Strada”, de Federico Fellini, resumiu com o verso “A liberdade é apenas outra palavra para nada a perder”.
” Kris trouxe (a música country) da idade das trevas até os dias atuais, tornou-a aceitável e trouxe ótimas letras – quero dizer, as melhores letras possíveis”, disse Willie Nelson, um dos primeiros modelos de Kris Tofferson, ao “60 Minutes” da CBS em uma entrevista de 1999. “Simples, mas profundo.”
Kris Tofferson gravou quatro álbuns com Rita Coolidge, a segunda de suas três esposas, na década de 1970 e se juntou a Nelson, Cash e Waylon Jennings no supergrupo de música country Highwaymen nas décadas de 1980 e 1990.
A aparência robusta e atraente de Kris Tofferson o levou a papéis em filmes como “Cisco Pike”, “Pat Garrett & Billy the Kid”, “O Marinheiro que Perdeu a Graça do Mar”, “Comboio”, “A Porta do Paraíso”, “Estrela Solitária” e “Blade”.
Kris tofferson começou a sofrer perda de memória debilitante em meados dos seus 70 anos e suas performances sofreram por isso. Os médicos disseram a ele que parecia ser o início da doença de Alzheimer ou demência, possivelmente causada por golpes na cabeça enquanto lutava boxe e jogava futebol e rúgbi em sua juventude.
Mas em 2016, sua esposa, Lisa, disse à revista Rolling Stone que Kris Tofferson havia sido diagnosticado com doença de Lyme, que pode causar problemas de memória, e que após o tratamento e a interrupção da medicação para Alzheimer, sua memória começou a retornar parcialmente.
Kris tofferson continuou ativo com uma turnê em 2016, que incluiu apresentações na Europa. Naquele ano, ele também comemorou seu 80º aniversário lançando “The Cedar Creek Sessions”, um álbum com versões ao vivo de suas músicas mais conhecidas.
Kris tofferson e sua terceira esposa, Lisa, com quem se casou em 1983, viviam em uma ilha havaiana de Maui por mais de 30 anos. Ele teve oito filhos.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.