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‘Tô com Bolsonaro’ x ‘Lula, vou votar em tu’: o que sucesso de músicas no TikTok diz sobre a corrida presidencial

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Levantamento mostrou que, apesar de o presidente ser de longe o mais popular na rede social, as músicas criadas para homenagear seu principal rival são oito vezes mais tocadas. Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva lideram as principais pesquisas de intenção de voto para as eleições à Presidência da República
Evaristo Sa e Mauro Pimentel/AFP
Jair Bolsonaro (PL) é, de longe, o candidato à Presidência mais popular no TikTok, mas as músicas criadas para homenagear seu principal rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vêm fazendo muito mais sucesso na rede social.
Lula tem pouco menos de um quinto dos seguidores de Bolsonaro, mas as canções usadas pelos usuários do TikTok em suas postagens e que são associadas ao nome do candidato petista foram oito vezes mais tocadas em junho deste ano em comparação com as que falam sobre Bolsonaro.
A constatação faz parte de um levantamento realizado pela pesquisadora Maria Carolina Lopes de Oliveira, mestra em Ciência Política pela Universidade de Brasília e doutoranda em Comunicação pela Universidade Pompeu Fabra, de Barcelona, para identificar as principais músicas associadas a candidatos à Presidência do Brasil usadas por usuários do TikTok em seus vídeos.
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Oliveira explica que o uso de músicas na rede social é semelhante ao encontrado em outras plataformas como o Instagram. Produtores de conteúdo podem disponibilizar suas músicas para uso na rede social. A partir daí, qualquer usuário pode usá-la em seus vídeos.
Essa lógica funciona tanto para músicas de artistas como Anitta ou Wesley Safadão quanto para canções produzidas para homenagear (ou criticar) políticos.
Como a plataforma é aberta, uma música associada a um candidato pode viralizar mesmo não tendo sido produzida por sua equipe de comunicação.
Para o levantamento, a pesquisadora criou perfis inteiramente novos na plataforma com o objetivo de evitar eventuais direcionamentos feitos pelo algoritmo do aplicativo. Os dados foram coletados entre maio, junho a partir de uma pesquisa por termos como os nomes dos candidatos.
Segundo ela, apenas três dos então pré-candidatos à Presidência tinham músicas associadas aos seus nomes nas buscas feitas dentro do TikTok: Bolsonaro, Lula e o deputado federal André Janones (Avante) — que anunciou, na quinta-feira (04/08), sua desistência da corrida presidencial e apoio ao petista.
De acordo com seu levantamento, Lula foi o candidato com a maior quantidade de utilização de músicas associadas ao seu nome.
Em junho, a música ligada a Lula mais usada era “Oh, Lula, eu vou votar em tu”, do cantor e compositor Juliano Maderada. De acordo com os dados, as três músicas mais associadas a Lula no TikTok haviam sido usadas 25,8 mil vezes.
Já as três músicas mais associadas a Bolsonaro somavam 3 mil utilizações. A música associada ele mais utilizada até junho foi “Tô com Bolsonaro”, do grupo Patriotas.
Em terceiro lugar ficou André Janones, com 51 utilizações. No caso dele, a música é o forró “André Janones Disparou”, do artista conhecido como Vaqueiro Karkará. A canção ficou conhecida nas eleições de 2018 após ter sido adaptada para diversos outros candidatos.
Música como termômetro
A pesquisadora explica que há diversas maneiras de avaliar a presença de políticos em redes como o TikTok: pelo número de seguidores, menções ou citações, análise de fotos, vídeos e músicas.
Ela afirma, no entanto, que mensurar o engajamento musical dos candidatos no TikTok pode ajudar a entender a qualidade da interação dos usuários com os candidatos e a forma como essa relação acontece.
Atualmente, Bolsonaro é o candidato à Presidência com o maior número de seguidores no TikTok. Ele lidera com 2 milhões de seguidores, seguido por Lula (378,7 mil), Ciro Gomes (do PDT, com 194,9 mil), Pablo Marçal (do PROS, com 179 mil), Simone Tebet (do MDB, com 4,5 mil), Sofia Manzano (do PCB, com 1,1 mil) e Felipe D’Ávila (do Novo, com 859). Já fora da corrida, André Janones tem 295 mil.
A reportagem não conseguiu identificar os perfis no TikTok de Leonardo Péricles (UP), José Maria Eymael (PSDC) e Vera Lúcia (PSTU).
Oliveira explica que os nomes de Lula e Bolsonaro (líderes das principais pesquisas) já geraram bilhões de interações no TikTok e que isso torna praticamente inviável avaliá-las de forma qualitativa. Ela diz que nem sempre um maior volume de interações é positivo pois ele pode ser gerado a partir de críticas a um candidato.
“Seria impossível avaliar com precisão se todas as menções a um nome são positivas. Mas, quando olhamos as músicas, é mais fácil mensurar se o conteúdo da maior parte delas é positivo ou não para o candidato. Se uma música positiva circular mais, então temos um efeito benéfico para o candidato”, explicou a pesquisadora.
De acordo com o levantamento, as três músicas mais populares associadas a Lula e a Bolsonaro têm conteúdo positivo em relação aos dois candidatos.
Oliveira diz que a popularidade no TikTok das canções de Juliano Maderada, autor das três músicas mais populares associadas a Lula, é um dos motivos que fazem com que o ex-presidente tenha um maior engajamento musical do que Bolsonaro, apesar de ter um número muito menor de seguidores.
“As músicas do Juliano realmente alteram esse ecossistema. Elas são muito populares e vêm sendo usadas com muita frequência pelos usuários da plataforma”, disse.
Por outro lado, a pesquisadora afirma que a fragmentação na produção de conteúdo bolsonarista mostra uma qualidade da estratégia do candidato e seus apoiadores.
“Você tem mais gente usando músicas sobre o Lula, mas é quase sempre a mesma. A produção de conteúdo sobre o Bolsonaro é mais fragmentada. Ou seja: de um lado você tem mais gente usando músicas sobre o Lula. Do outro, parece haver mais usuários produzindo músicas sobre o Bolsonaro. Isso pode indicar um caráter mais orgânico da comunicação de Bolsonaro”, explicou.
Adversários na política, Lula e Bolsonaro compartilham ao menos uma coisa em comum: suas músicas mais populares são do estilo piseiro, uma variação do forró marcado pelo uso intenso de efeitos sonoros eletrônicos. Além do piseiro, o levantamento identificou canções pop e hip hop.
O publicitário Mateus Braga tem mais de 20 anos de experiência e hoje dá consultoria para clientes na área de marketing digital. Segundo ele, a predominância de ritmos como o piseiro, hip hop e música pop entre as principais músicas vinculadas a candidatos à Presidência é explicada pela popularidade desses gêneros entre a maior parte dos usuários do TikTok.
“Esses são os ritmos que viralizam entre os jovens que usam essa plataforma independentemente de o conteúdo ser político ou não”, disse.
“O gosto popular e a forma rápida como o conteúdo da música é passado ajudam a explicar essa predominância. Geralmente, essas músicas são mais diretas e rápidas na fala […] pela tendência que eu vejo, o chamado piseiro deve ser o ritmo mais utilizado”, afirmou o também publicitário Marcelo Vitorino.
TikTok nas eleições
O TikTok é uma das redes sociais com o maior crescimento de usuários nos últimos anos. Ela ficou conhecida pela popularização de vídeos curtos com “dancinhas” gravadas pelos próprios usuários.
Em setembro de 2021, a empresa divulgou que havia chegado a 1 bilhão de usuários. O TikTok não divulga os seus dados por país, mas um estudo da consultoria alemã Statista coloca o Brasil como o segundo maior usuário da plataforma no mundo, atrás apenas da China, sede da empresa. De acordo com o relatório, pelo menos 40% dos brasileiros entrevistados admitiram utilizaram o aplicativo.
Com tanta gente na rede social, a presença de políticos nela, especialmente durante o período eleitoral, já era esperada.
Para a pesquisadora, o TikTok é a plataforma que melhor reproduz um novo padrão de comunicação que vem sendo buscada por candidatos, especialmente aqueles que procuram ampliar sua fatia no eleitorado jovem, onde o TikTok é particularmente forte, segundo estudos sobre a plataforma.
Esse novo padrão, ela explica, é marcado por uma estética mais informal, direta, distante das “megaproduções” feitas em estúdios.
“O TikTok permite que qualquer usuário faça o seu próprio conteúdo, inclusive sobre o seu candidato. Para quem usa esse tipo de plataforma, mais vale mais um vídeo que tenha essa atmosfera caseira do que algo super bem-produzido com cenário e iluminação”, disse Oliveira.
Marcelo Vitorino alerta que parte significativa da comunicação política no TikTok vem errando a mão ao usar a plataforma.
“A maior parte da classe política tem dificuldade em lidar com esse tom mais leve, com menos verniz e plasticidade. Acaba querendo usar a rede como um canal de entrega de conteúdo convencional”, afirmou Vitorino.
Na avaliação de Maria Carolina, entre os principais candidatos à Presidência, Bolsonaro é o que mais entendeu essa lógica.
“Ele ganhou as eleições assim, simulando uma comunicação sem mediação. Ele e os seus apoiadores criaram uma comunicação direta. Isso possibilitou que muito mais gente produzisse conteúdo sobre ele”, disse Maria Carolina.
Os primeiros jingles presidenciais

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Duo Prettos faz brinde aos 50 anos do primeiro álbum solo de Cartola em tributo reverente ao mestre do samba

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Capa do álbum ‘Um brinde ao mestre Cartola 74’, do duo Prettos
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♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Um brinde ao mestre Cartola 74
Artista: Prettos
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Poucos discos brasileiros alcançaram a perfeição atingida por Cartola (1974), primeiro álbum solo de Angenor de Oliveira (11 de outubro de 1908 – 30 de novembro de 1980), nome de batismo do cantor, compositor e músico carioca imortalizado como Cartola no olimpo do samba.
Gravado com produção musical de João Carlos Botezelli (1942 – 2021), o Pelão, e com arranjos e regências do maestro Horondino José da Silva, o violonista Dino Sete Cordas (1918 – 2006), esse álbum antológico ganha homenagem da dupla Prettos pelos 50 anos completados em 2024.
Bambas do samba de São Paulo (SP), criadores do Quinteto em Branco e Preto e posteriormente do Quintal dos Prettos, roda imponente no circuito de Sampa, os irmãos Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira recriam com evidente reverência o repertório do álbum Cartola em disco, Um brinde ao mestre Cartola 74, que aporta no mercado em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Disco que deu reconhecimento tardio ao compositor, quando o bamba da escola de samba Mangueira já caminhava para os 66 anos, o álbum Cartola apresentou obras-primas como Disfarça e chora (Cartola e Dalmo Castello, 1974) e Corra e olhe o céu (Cartola e Dalmo Castello, 1974), além de ter reapresentado sambas e sambas-canção do alto quilate de Acontece (1972), Alegria (1968), O sol nascerá (Cartola e Elton Medeiros, 1964), Quem me vê sorrindo (Cartola e Carlos Cachaça, 1974), Sim (Cartola e Osvaldo Martins, 1952 ) e Tive sim (1968).
Com sonoridade calcada nas tradições do samba, como se o brinde fosse feito em 1974, o duo Prettos aborda o repertório na ordem em que as 12 músicas aparecem no álbum Cartola.
Samba lançado por Elza Soares (1930 – 2022) um ano antes do registro autoral do compositor, Festa da vinda (Cartola e Nuno Veloso, 1973) exemplifica a opção dos Prettos por cantar o disco cinquentenário como se estivesse no quinta da dupla paulistana.
Grande e melancólico samba lançado na voz de Paulinho da Viola em disco de 1968, Amor proibido ganha as vozes de Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira em gravação que ecoa a descontração de uma roda de samba, mas com requinte instrumental evocativo do som dos conjuntos regionais dos anos 1940 e 1950.
É nesse clima que os Prettos ambientam o samba menos conhecido do repertório lapidar, Ordenes e farei (Cartola, 1974), e também o já mencionado samba solar que arremata o álbum, Alegria, lançado no disco coletivo Fala Mangueira (1968), gravado por Cartola com Carlos Cachaça (1902 – 1999), Clementina de Jesus (1901 – 1987), Nelson Cavaquinho (1911 – 1986) e Odete Amaral (1917 – 1984).
Tributo coerente com a discografia dos Prettos, o álbum Um brinde ao mestre Cartola 74 gera show programado para ser apresentado no Sesc Santana, em São Paulo (SP), em 15, 16 e 17 de novembro. No show, Magnu Sousá e Maurílio de Oliveira irão além do repertório do álbum Cartola, dando voz a outros standards do mestre que saúdam com carinho neste tributo calcado na reverência.
Magnu Sousá (à esquerda) e Maurílio Oliveira, integrantes da dupla Prettos, lançam em 20 de novembro o álbum ‘Um brinde ao mestre Cartola 74’
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Oasis no Brasil: banda anuncia shows em SP em 2025

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Banda se apresentará no estádio Morumbis, em São Paulo, no fim de novembro de 2025. Oasis
Reprodução/Instagram
Após muita especulação, o Oasis confirmou que virá ao Brasil em sua turnê de retorno. A banda anunciou dois shows, nos dias 22 e 23 de novembro de 2025, no Morumbis.
“O Carnaval chegou cedo”, brincou a banda. A venda geral começa no próximo dia 13, às 10h, na Ticketmaster.
LEIA TAMBÉM: Oasis anuncia retorno 15 anos após separação
O negócio milionário por trás das voltas de grandes bandas
Os valores dos ingressos variam entre R$ 245 (fan ticket, meia-entrada) e R$ 1.250 (cadeira superior, inteira).
O anúncio da turnê marca as primeiras apresentações do Oasis na América do Sul em 16 anos. A banda já esgotou datas no Reino Unido, Irlanda, América do Norte e Austrália.
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A volta do Oasis
Uma das maiores bandas dos anos 90, o Oasis foi fundado em 1991 na cidade de Manchester, na Inglaterra. Desde o disco de estreia, a banda já se destacou como um dos grandes expoentes do rock britânico da década. Hoje, o Oasis ultrapassa a marca de 75 milhões de discos vendidos.
No fim de agosto de 2009, Noel anunciou sua saída definitiva da banda. “É com tristeza e grande alívio que digo que desisto do Oasis esta noite”, escreveu o guitarrista em seu site. “As pessoas podem dizer o que quiserem, mas eu simplesmente não consigo trabalhar com Liam por mais nenhum dia”.
Diante da dificuldade de reconciliação entre os irmãos, a volta do Oasis nunca foi garantida. “Eu não acho que passaríamos do primeiro refrão de ‘Rock and Roll Star'”, disse Liam à “Rolling Stone” em 2020.
O próprio Liam está em turnê para comemorar os 30 anos de “Definitely Maybe”. Segundo o vocalista declarou ainda em fevereiro, ele chegou a convidar o irmão para essa leva de shows, mas Noel recusou.
No dia 27 de agosto deste ano, o Oasis anunciou oficialmente o seu retorno, com Liam e Noel de volta à banda – 15 anos após o conflito que os separou.
Uma das bandas mais icônicas dos anos 90, o Oasis, está de volta depois de 15 anos

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Chris Martin cai no palco durante show do Coldplay na Austrália

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Vocalista foi auxiliado por funcionário no palco. ‘Meu Deus, isso quase foi um momento de YouTube’, brincou o cantor. Chris Martin cai em show do Coldplay na Austrália
Chris Martin, vocalista do Coldplay, caiu em um buraco no palco durante um show da banda em Melbourne, na Austrália.
O cantor estava conversando com a plateia e não viu o buraco, mas foi imediatamente auxiliado por um funcionário após cair. Chris não pareceu se machucar e se levantou em seguida, continuando o show.
“Isso foi… não foi planejado. Obrigado por me pegar. Meu Deus, isso quase foi um momento de YouTube”, brincou o cantor.
Chris Martin cai em show do Coldplay
Reprodução/TiKTok
Um incidente similar aconteceu com a cantora Olivia Rodrigo em outubro. Ela também caiu no palco, na Austrália, mas não se machucou.

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