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Festas e Rodeios

Eis 80 músicas de Caetano Veloso que atestam a grandeza da obra antenada e jovial do compositor

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Caetano Veloso faz 80 anos hoje, 7 de agosto de 2022, sem parecer sentir o peso do tempo na música e na vida
Fernando Young / Divulgação
♪ CAETANO VELOSO 80 ANOS – Com um olho no mundo e outro no Recôncavo Baiano, matriz e motriz da obra com que revolve raízes e capta antenas desde a década de 1960, Caetano Emanuel Viana Teles Veloso tem feito a diferença na música brasileira como um dos grandes nomes da MPB.
Nascido em 7 de agosto de 1942, tendo como berço a interiorana Santo Amaro da Purificação (BA), o artista baiano se torna octogenário a partir de hoje sem parecer sentir o peso do tempo na música e na vida. A jovialidade vista o corrente show Meu coco (2022) também transborda no cancioneiro autoral de Caetano Veloso.
No dia do 80ª aniversário do artista, o Blog do Mauro Ferreira lista 80 músicas de Caetano Veloso que atestam a grandeza da obra do compositor.
Por critério, entraram somente músicas compostas por Caetano sem parceiros – o que justifica as ausências de títulos importantes como Divino maravilhoso (1968), São João Xangô menino (1976) e Haiti (1993), três composições, por exemplo, assinadas com Gilberto Gil, amigo de fé na jornada musical.
Também foram excluídas da seleção as músicas compostas mas nunca gravadas por Caetano Veloso, caso de Recanto escuro (2011), composição lançada por Gal Costa e até então regravada somente pela cantora Cida Moreira.
♪ Eis, em ordem cronológica, 80 grandes músicas que expõem as raízes e as antenas da obra de Caetano Veloso:
1. Coração vagabundo (1967) – Canção tramada no violão discípulo de João Gilberto (1931 – 2019).
2. Alegria alegria (1967) – Marcha que bafejou os ventos da Tropicália na era dos festivais.
3. Tropicália (1968) – Música-manifesto do movimento homônimo organizado por Caetano com Gil.
4. Baby (1968) – Você precisa saber da canção feita para Maria Bethânia, mas imortalizada por Gal em gravação com a participação de Caetano.
5. Saudosismo (1968) – Mesmo antenado, o compositor sabe que tem um passado.
5. Atrás do trio elétrico (1969) – Só quem já morreu nunca escutou essa marcha-frevo que abriu alas no Carnaval da Bahia.
6. Não identificado (1969) – Uma canção para ela, Gal Costa, que também fica linda na voz dele, o autor.
7. Irene (1969) – Risada amplificada pela trilha sonora da novela Véu de noiva (1969).
8. London London (1970) – Flash melancólico do exílio em Londres que ganhou a voz do autor em álbum inglês de 1971.
9. Você não entende nada (1970) – Samba gravado em 1970 por Gal e por Caetano em1972, em disco ao vivo com Chico Buarque.
10. Chuva, suor e cerveja (1971) – Outra marcha-frevo para ir atrás do trio elétrico.
11. De noite na cama (1971) – Samba-rock para Erasmo Carlos gravado pelo autor em discos ao vivo de 1974, 2011 e 2014.
12. Como dois e dois (1971) – Primeira das três músicas dada para Roberto Carlos por Caetano, que somente a gravou pela primeira vez em álbum ao vivo de 2007.
13. A tua presença morena (1971) – Canção escrita para a mana Maria Bethânia e gravada pelo autor em discos de 1975, 1992 e 2018.
14. It’s a long way (1972) – Canção do cultuado álbum Transa (1972).
15. Nine of out ten (1972) – Pioneira menção ao reggae na letra e na sutil citação da levada.
16. You don’t know me – Rock com Bahia em outra música de Transa.
17. Esse cara (1972) – Outra canção escrita para a mana Bethânia, desta vez sob ótica feminina.
18. Lua lua lua lua (1974) – Gal lançou e Caetano lapidou a joia em disco de 1975.
19. Qualquer coisa (1975) – Música-título do álbum-irmão de Joia (1975).
20. Os mais Doces Bárbaros (1976) – Música que preparou a invasão do quarteto fantástico.
21. Um índio (1976) – Um clássico gerado no repertório dos Doces Bárbaros.
22. A filha da Chiquita Bacana (1977) – Outro Carnaval ao som de marcha de Caetano.
23. Odara (1977) – Ode à dança.
24. Gente (1977) – Gente é para brilhar na pista de dança.
25. Tigresa (1977) – Várias musas para uma sensual canção.
26. O leãozinho (1977) – Canção solar para Dadi Carvalho.
27. Alguém cantando (1977) – A voz do coração ressoa em discos ao vivo de 2014 e 2018.
28. Muito romântico (1977) – Noutras palavras, Caetano entende Roberto Carlos.
29. Dom de iludir (1977) – Canção lançada por Maria Creuza, imortalizada por Gal em 1981 e gravada por Caetano em 1986, 2001 e 2012.
30. Terra (1978) – Uma canção redonda.
31. Sampa (1978) – Ronda reverente pela cidade de São Paulo.
32. Tempo de estio (1978) – Na trilha do verão carioca.
33. Força estranha (1978) – A terceira canção do Roberto que é de Caetano.
34. Lua de São Jorge (1979) – Música que ilumina a pista de dança.
35. Oração ao tempo (1979) – Reflexões sobre o tempo rei.
36. Beleza pura (1979) – Ijexá com o calor de Salvador (BA).
37. Menino do Rio (1979) – Canção com o calor do Rio de Janeiro (RJ).
38. Trilhos urbanos (1979) – Uma canção transcendental.
39. Cajuína (1979) – Cristalina canção nordestina.
40. Ela e eu (1979) – Canção para a mana Bethânia que Caetano gravou somente em disco ao vivo de 2018.
41. Nosso estranho amor (1980) – Dueto com Marina Lima para alavancar a carreira da cantora.
42. Meu bem meu mal (1981) – Canção para Gal, gravada por Caetano no álbum Cores, nomes (1982).
43. Outras palavras (1981) – Música-título de disco pop.
44. Nu com a minha música (1981) – A quietude para escutar a deusa música.
45. Rapte-me, camaleoa (1981) – Outra canção do álbum Outras palavras (1981).
46. Minha voz, minha vida (1982) – Canção para Gal que o autor registrou pela primeira vez no álbum Livro (1997).
47. Queixa (1982) – Uma canção assim delicada em embalagem pop.
48. Trem das cores (1982) – Canção nos tons sensuais de Sônia Braga.
49. Luz do sol (1982) – Canção que escapou da tela do cinema para seguir a trilha do Brasil.
50. Eclipse oculto (1983) – Um hit radiofônico do álbum Uns (1983).
51. Você é linda (1983) – Uma canção de amor que diz.
52. Podres poderes (1984) – Rock de atualidade escancarada.
53. O quereres (1984) – Onde queres isso, sou aquilo.
54. Língua (1984) – Samba-rap no idioma de Elza Soares (1930 – 2022).
55. Vaca profana (1984) – Mais uma canção para ela, Gal. Ganharia a voz de Caetano em disco de 1986 para os Estados Unidos.
56. Milagres do povo (1985) – Até quem é ateu se converte a Caetano com esse tema da minissérie Tenda dos milagres (1985).
57. Eu sou neguinha? (1987) – Letra polêmica para canção propagada por Vanessa da Mata em 2004.
58. O ciúme (1987) – A grande canção do álbum Caetano (1987).
59. O estrangeiro (1989) – O espírito tropicalista paira na canção-título do álbum de 1989.
60. Genipapo absoluto (1989) – Canção que acende fogueiras nas memórias juninas.
61. Reconvexo (1989) – Na roda de Santo Amaro em samba lançado por Bethânia e gravado por Caetano em discos ao vivo de 2014 e 2018.
62. Fora da ordem (1991) – Caetano sempre na ordem do dia.
63. Desde que o samba é samba (1993) – Samba atemporal do álbum Tropicália 2 (1993).
64. Onde o Rio é mais baiano (1994) – Samba que exalta a Mangueira, lançado por Alcione e gravado pelo autor em 1997.
65. A luz de Tieta (1996) – Samba-reggae que se tornou o último grande hit autoral do compositor.
66. Os passistas (1997) – Samba sofisticado que abriu Livro (1997).
67. Não enche (1997) – Samba-reggae na cola do sucesso de A luz de Tieta.
68. Rock’n’Raul (2000) – O embrião da fase Cê no álbum Noites do norte (2000).
69. Rocks (2006) – Caetano se reinventa sob o manto do indie rock no álbum Cê (2006).
70. Odeio (2006) – Jorro de sinceridade na batida do indie rock.
71. Minhas lágrimas (2006) – A beleza da canção também paira em Cê.
72. Não me arrependo (2006) – Canção de amor para a (então) ex.
73. A cor amarela (2009) – O colorido baiano do álbum Zii e zie (2009).
74. A base de Guantanámo (2009) – Toque político em canção-quase-rap.
75. A bossa nova é foda (2012) – Caetano também é.
76. Um abraçaço (2012) – Um transamba.
77. Anjos tronchos (2021) – Canção de efeito mântrico do álbum Meu coco (2021).
78. Não vou deixar (2021) – O funk do “vovô nervoso”.
79. Sem samba não dá (2021) – Samba para curar o Brasil.
80. Cobre (2021) – Uma grande canção de Caetano Veloso ainda a ser descoberta.

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Gavin Creel, ator de ‘Hair’ e ‘Alô, Dolly!’, morre dois meses após receber diagnóstico de câncer

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Além da Broadway, artista trabalhou em filmes e séries de TV como ‘Eloise no Plaza’, ‘As Enroladas Aventuras da Rapunzel’ e ‘American Horror Story’.
Gavin Creel apresenta ‘Hair’, na Broadway, em 2009
Peter Kramer/AP
O ator americano Gavin Creel morreu nesta segunda-feira (30), aos 48 anos. Sua morte acontece dois meses depois de ele receber o diagnóstico de um câncer raro no nervo periférico.
Creel estrelou musicais da Boradway como “Caminhos da Floresta”, “Hair”, “Alô, Dolly!”, além de peças da West End – a clássica rua dos teatros de Londres –, como “Mary Poppins” e “Waitress”.
Ele também trabalhou em filmes e séries de TV, atuando em produções como “Eloise no Plaza”, “O Natal de Eloise”, “As Enroladas Aventuras da Rapunzel” e “American Horror Story.”
Em 2002, ele recebeu sua primeira indicação ao prêmio Tony (o principal troféu do teatro), por “Positivamente Millie”. Oito anos depois, voltou a ser indicado, por “Hair”, e em 2017, levou o Tony de melhor ator coadjuvante, por “Alô, Dolly!”.
Gavin Creel ganha Tony por ‘Alô, Dolly!’, em 2017
Michael Zorn/Invision/AP
“O Tony foi como receber um abraço da comunidade que participo há 20 anos”, disse ele ao jornal americano “The San Francisco Chronicle”, em 2018. “Isso é bom. Eu literalmente não consigo fazer mais nada na minha vida e ainda sou vencedor do Tony. Nunca deixarei de fazer isso.”
Além de trabalhar nos palcos e em frente às câmeras, Creel também chegou a gravar música e apresentar concertos. Inclusive, em “She Loves Me”, ele estrelou o primeiro musical da Broadway transmitido ao vivo.

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Ex-Skank Henrique Portugal tenta se firmar como cantor, com parceria com Zélia Duncan, após EP com big band

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Capa do single ‘No meu paraíso’, de Henrique Portugal
Divulgação
♫ ANÁLISE
♪ Em março de 2023, o Skank saiu de cena na cidade natal de Belo Horizonte (MG) com show apoteótico no estádio conhecido como Mineirão. Dois anos antes dessa derradeira apresentação do Skank, Henrique Portugal – tecladista do quarteto mineiro projetado no início dos anos 1990 – já lançou o primeiro single sem a banda, Razão pra te amar, em parceria com Leoni.
Desde então, o músico vem tentando se firmar como cantor em carreira solo com série de singles que, diferentemente do que foi anunciado em 2021, ainda não viraram um álbum ou mesmo EP solo.
Após sucessivas gravações individuais e duetos com nomes como Frejat e Marcos Valle, Henrique Portugal faz mais uma tentativa com a edição do inédito single No meu paraíso, programado para 18 de outubro. Trata-se da primeira parceria do artista com Zélia Duncan, conexão alinhavada por Leoni há mais de quatro anos.
“Já conhecia Zélia, mas a parceria foi incentivada pelo Leoni. Eu conversei com ela sobre alguns temas, mandei a música e Zélia me devolveu a letra em 15 minutos”, conta Henrique.
O single com registro da canção No meu paraíso sai quatro meses após o EP Henrique Portugal & Solar Big Band (2024), lançado em 7 de junho com o tecladista no posto de vocalista da big band nas abordagens de músicas de Beatles e Roberto Carlos, entre outros nomes.
A rigor, o single No meu paraíso e sobressai mais pelo som pop vintage dos teclados do músico do que pelo canto de Henrique Portugal.
“No meu paraíso / Te quero a princípio / Se nada é perfeito / Me arrisco e me ajeito / Quem dirá que é amor? / Qual olhar começou? / Nesse ‘não’ mora um ‘sim’? / O que eu sei mora em mim”, canta Henrique Portugal, dando voz aos versos da letra escrita por Zélia Duncan em 15 minutos.

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Juiz nega pedido de novo julgamento para armeira de ‘Rust’ condenada por morte de diretora de fotografia

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Hannah Gutierrez-Reed foi considerada culpada pela morte de Halyna Hutchins, atingida por um tiro disparado por uma arma segurada pelo ator Alec Baldwin, em outubro de 2021. Alec Baldwin chora após Justiça anular acusações de homicídio culposo
Um juiz do Novo México negou nesta segunda-feira (30) o pedido da armeira Hannah Gutierrez Reed do filme “Rust” para um novo julgamento e manteve sua condenação por homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021. Gutierrez Reed vai permanecer sob custódia para cumprir o restante de sua sentença de 18 meses.
Hannah Gutierrez-Reed havia carregado o revólver com o qual Baldwin estava ensaiando, em outubro de 2021, durante a filmagem em um rancho do Novo México. Além da morte da diretora de fotografia, o incidente deixou o diretor Joel Souza ferido. A arma estava carregada com munição real e não cenográfica. Além de estrelar “Rust”, o Baldwin também era produtor do filme.
Em seu julgamento, os promotores argumentaram que Hannah violou repetidamente o protocolo de segurança e foi negligente. O advogado de defesa argumentou que ela era o bode expiatório pelas falhas de segurança da administração do set de filmagem e de outros membros da equipe.
Hannah Gutierrez-Reed, ex-armeira de ‘Rust’, comparece a julgamento em 27 de fevereiro pela morte de Halyna Hutchins
Luis Sánchez Saturno/Pool/AFP
Juíza anula acusação de Baldwin
No dia 12 de julho, o ator Alec Baldwin chorou após a Justiça dos Estados Unidos anular as acusações de homicídio culposo. A juíza entendeu que houve má conduta da polícia e dos promotores ao ocultar as provas da defesa.
À Justiça, os advogados do ator afirmaram que as autoridades “enterraram” evidências sobre a origem da bala que matou a diretora. Segundo a defesa, munições reais foram apreendidas como parte das evidências, mas não foram listadas no arquivo das investigações.
Vídeo com Alec Baldwin na gravação de ‘Rust’ é divulgado

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