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Festas e Rodeios

Joyce Moreno revela, em livro sobre 100 discos de 1979, que Elis Regina quase gravou o samba ‘Feminina’

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Música foi limada do repertório do álbum ‘Essa mulher’ no estúdio por mera questão técnica. Joyce Moreno conta que o samba ‘Feminina’ somente saiu do disco de Elis Regina por causa do tom do violão tocado pela compositora da música
Leo Aversa / Divulgação
♪ Se o álbum gravado por Joyce Moreno com produção musical e arranjos do maestro alemão Claus Ogerman (1930 – 2016) tivesse sido lançado logo após a gravação, feita em 1977 em Nova York (EUA), o samba Feminina – marco do cancioneiro de Joyce – teria sido apresentado ao mundo na voz da cantora e compositora carioca.
Como o ainda inédito álbum Natureza acabou engavetado por 45 anos, tendo o lançamento enfim programado para setembro deste ano de 2022 pelo selo inglês Far Out Recordings, coube ao Quarteto em Cy a primazia de lançar o samba no álbum Em 1.000 Kilohertz (1979), um ano antes da regravação feita por Joyce Moreno para o álbum intitulado justamente Feminina (1980).
O que não se sabia até agora é que ninguém menos do que Elis Regina (1945 –1982) cogitou gravar – e quase gravou – o samba Feminina para o álbum Essa mulher, lançado em 1979. O fato é revelado pela própria Joyce Moreno no vindouro livro 1979 – O ano que ressignificou a MPB (Garota FM Books), organizado por Célio Albuquerque com textos sobre 100 álbuns brasileiros lançados em 1979.
Capa do livro ‘1979 – O ano que ressignificou a MPB’, organizado por Célio Albuquerque
Arte de Renan Valadares
Cada disco é abordado no livro por um autor diferente. E coube a Joyce discorrer sobre o álbum Essa mulher, batizado por Elis com o nome da canção feminina composta por Joyce com Ana Terra.
Elis já tinha gravado uma música de Joyce, Copacabana velha de guerra (parceria com Sérgio Flaksman, apresentada em festival de 1969), no álbum …Em pleno verão (1970). Quando começou a selecionar repertório para o álbum Essa mulher (1979), a cantora pediu músicas para Joyce, de quem era amiga, e decidiu gravar a canção Essa mulher e o samba Feminina.
De acordo com o texto escrito por Joyce para o livro 1979 – O ano que ressignificou a MPB, o samba somente não foi gravado por questão técnica. Convidada para gravar o violão base do samba, Joyce recebeu no estúdio o pedido de Elis e de César Camargo Mariano – produtor musical do álbum Essa mulher – para que tocasse o violão um tom abaixo do que costumava tocar, para que Elis ficasse mais confortável ao gravar o samba.
“A música era em A (lá), para ela teria que ser em G (sol) ”, detalha Joyce no livro. “Na hora, não tive a malandragem de baixar em um tom a afinação do violão e acabou que apenas Essa mulher entrou no repertório. O que no futuro eu acharia ótimo, se não o nome do LP de Elis de 1979 tivesse sido… Feminina”, relativiza Joyce, projetada nacionalmente em 1980 como cantora justamente com o álbum que batizou de Feminina.
Com essa revelação, sabe-se agora que Elis limou da seleção final do álbum Essa mulher nada menos do que duas grandes músicas. Parceria de Hélio Delmiro com Paulo César Pinheiro, a música Velho arvoredo (1976) chegou a ser efetivamente gravada pela cantora, mas cedeu o lugar no LP à canção As aparências enganam (Tunai e Sérgio Natureza, 1979).
E o registro original nunca foi lançado como gravado em 1979, somente numa versão retrabalhada pelo produtor musical Max Pierre e por Rogério Costa, irmão de Elis, para o álbum póstumo Luz das estrelas (1984).
Quanto ao samba Feminina, pode-se somente imaginar como Elis cairia bem dentro do suingue desse samba definidor na obra de Joyce Moreno…

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Gavin Creel, ator de ‘Hair’ e ‘Alô, Dolly!’, morre dois meses após receber diagnóstico de câncer

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Além da Broadway, artista trabalhou em filmes e séries de TV como ‘Eloise no Plaza’, ‘As Enroladas Aventuras da Rapunzel’ e ‘American Horror Story’.
Gavin Creel apresenta ‘Hair’, na Broadway, em 2009
Peter Kramer/AP
O ator americano Gavin Creel morreu nesta segunda-feira (30), aos 48 anos. Sua morte acontece dois meses depois de ele receber o diagnóstico de um câncer raro no nervo periférico.
Creel estrelou musicais da Boradway como “Caminhos da Floresta”, “Hair”, “Alô, Dolly!”, além de peças da West End – a clássica rua dos teatros de Londres –, como “Mary Poppins” e “Waitress”.
Ele também trabalhou em filmes e séries de TV, atuando em produções como “Eloise no Plaza”, “O Natal de Eloise”, “As Enroladas Aventuras da Rapunzel” e “American Horror Story.”
Em 2002, ele recebeu sua primeira indicação ao prêmio Tony (o principal troféu do teatro), por “Positivamente Millie”. Oito anos depois, voltou a ser indicado, por “Hair”, e em 2017, levou o Tony de melhor ator coadjuvante, por “Alô, Dolly!”.
Gavin Creel ganha Tony por ‘Alô, Dolly!’, em 2017
Michael Zorn/Invision/AP
“O Tony foi como receber um abraço da comunidade que participo há 20 anos”, disse ele ao jornal americano “The San Francisco Chronicle”, em 2018. “Isso é bom. Eu literalmente não consigo fazer mais nada na minha vida e ainda sou vencedor do Tony. Nunca deixarei de fazer isso.”
Além de trabalhar nos palcos e em frente às câmeras, Creel também chegou a gravar música e apresentar concertos. Inclusive, em “She Loves Me”, ele estrelou o primeiro musical da Broadway transmitido ao vivo.

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Ex-Skank Henrique Portugal tenta se firmar como cantor, com parceria com Zélia Duncan, após EP com big band

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Capa do single ‘No meu paraíso’, de Henrique Portugal
Divulgação
♫ ANÁLISE
♪ Em março de 2023, o Skank saiu de cena na cidade natal de Belo Horizonte (MG) com show apoteótico no estádio conhecido como Mineirão. Dois anos antes dessa derradeira apresentação do Skank, Henrique Portugal – tecladista do quarteto mineiro projetado no início dos anos 1990 – já lançou o primeiro single sem a banda, Razão pra te amar, em parceria com Leoni.
Desde então, o músico vem tentando se firmar como cantor em carreira solo com série de singles que, diferentemente do que foi anunciado em 2021, ainda não viraram um álbum ou mesmo EP solo.
Após sucessivas gravações individuais e duetos com nomes como Frejat e Marcos Valle, Henrique Portugal faz mais uma tentativa com a edição do inédito single No meu paraíso, programado para 18 de outubro. Trata-se da primeira parceria do artista com Zélia Duncan, conexão alinhavada por Leoni há mais de quatro anos.
“Já conhecia Zélia, mas a parceria foi incentivada pelo Leoni. Eu conversei com ela sobre alguns temas, mandei a música e Zélia me devolveu a letra em 15 minutos”, conta Henrique.
O single com registro da canção No meu paraíso sai quatro meses após o EP Henrique Portugal & Solar Big Band (2024), lançado em 7 de junho com o tecladista no posto de vocalista da big band nas abordagens de músicas de Beatles e Roberto Carlos, entre outros nomes.
A rigor, o single No meu paraíso e sobressai mais pelo som pop vintage dos teclados do músico do que pelo canto de Henrique Portugal.
“No meu paraíso / Te quero a princípio / Se nada é perfeito / Me arrisco e me ajeito / Quem dirá que é amor? / Qual olhar começou? / Nesse ‘não’ mora um ‘sim’? / O que eu sei mora em mim”, canta Henrique Portugal, dando voz aos versos da letra escrita por Zélia Duncan em 15 minutos.

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Juiz nega pedido de novo julgamento para armeira de ‘Rust’ condenada por morte de diretora de fotografia

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Hannah Gutierrez-Reed foi considerada culpada pela morte de Halyna Hutchins, atingida por um tiro disparado por uma arma segurada pelo ator Alec Baldwin, em outubro de 2021. Alec Baldwin chora após Justiça anular acusações de homicídio culposo
Um juiz do Novo México negou nesta segunda-feira (30) o pedido da armeira Hannah Gutierrez Reed do filme “Rust” para um novo julgamento e manteve sua condenação por homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021. Gutierrez Reed vai permanecer sob custódia para cumprir o restante de sua sentença de 18 meses.
Hannah Gutierrez-Reed havia carregado o revólver com o qual Baldwin estava ensaiando, em outubro de 2021, durante a filmagem em um rancho do Novo México. Além da morte da diretora de fotografia, o incidente deixou o diretor Joel Souza ferido. A arma estava carregada com munição real e não cenográfica. Além de estrelar “Rust”, o Baldwin também era produtor do filme.
Em seu julgamento, os promotores argumentaram que Hannah violou repetidamente o protocolo de segurança e foi negligente. O advogado de defesa argumentou que ela era o bode expiatório pelas falhas de segurança da administração do set de filmagem e de outros membros da equipe.
Hannah Gutierrez-Reed, ex-armeira de ‘Rust’, comparece a julgamento em 27 de fevereiro pela morte de Halyna Hutchins
Luis Sánchez Saturno/Pool/AFP
Juíza anula acusação de Baldwin
No dia 12 de julho, o ator Alec Baldwin chorou após a Justiça dos Estados Unidos anular as acusações de homicídio culposo. A juíza entendeu que houve má conduta da polícia e dos promotores ao ocultar as provas da defesa.
À Justiça, os advogados do ator afirmaram que as autoridades “enterraram” evidências sobre a origem da bala que matou a diretora. Segundo a defesa, munições reais foram apreendidas como parte das evidências, mas não foram listadas no arquivo das investigações.
Vídeo com Alec Baldwin na gravação de ‘Rust’ é divulgado

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