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Salman Rushdie: o que se sabe sobre o homem acusado pelo ataque contra o escritor em Nova York

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Um homem de 24 anos, identificado pelas autoridades como Hadi Matar, foi acusado por tentativa de homicídio e agressão Salman Rushdie foi atacado durante palestra no oeste do estado de Nova York
GETTY IMAGES/BBC
O suspeito de esfaquear o escritor britânico Salman Rushdie em um evento em Nova York na sexta-feira (12/08) foi formalmente acusado por tentativa de homicídio e agressão neste sábado (13).
Hadi Matar, de 24 anos, foi detido sem a possibilidade de fiança, segundo o gabinete do Procurador Distrital de Chautauqua, no Estado de Nova York.
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O homem mora na cidade de Fairview, em Nova Jersey, de acordo com o porta-voz da polícia de Nova York, Eugene J. Staniszewski.
Ele tinha um ingresso para assistir à palestra que Rushdie, de 75 anos, estava ministrando no Instituto Chautauqua, no oeste do estado de Nova York.
Segundo Staniszewski, quando o escritor e apresentador do evento estavam no palco, o suspeito esfaqueou Rushdie pelo menos uma vez no pescoço e uma no abdômen. Ele também feriu levemente o moderador, Henry Reese.
Após horas de cirurgia, Rushdie permanece conectado a um aparelho respirador.
“As notícias não são boas. Salman provavelmente perderá um olho, os nervos de seu braço foram cortados e seu fígado foi esfaqueado e danificado”, disse Andrew Wylie, seu agente literário, sobre seu estado de saúde.
Salman Rushdie foi atendido por um médico que estava na plateia logo após o ataque
BBC
O suspeito
Uma análise dos perfis de Matar nas redes sociais sugere que ele é simpático às causas do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, segundo a rede de televisão americana NBC News.
O Exército dos Guardiães é uma importante força militar e política no Irã – no entanto, nenhum vínculo foi estabelecido definitivamente com o suspeito.
Matar nasceu nos Estados Unidos de pais que emigraram do Líbano, segundo afirmou um oficial libanês à agência de notícias Associated Press.
O ataque e a segurança do evento
De acordo com o porta-voz da polícia, a equipe de organização do evento e pessoas que estavam na plateia pularam sobre o suspeito no momento do ataque e o derrubaram. Ele foi preso no local.
Rushdie foi inicialmente tratado por um médico que estava na plateia, assim como Reese, que sofreu lesões faciais, mas já foi liberado.
Staniszewski afirmou que a polícia “não tem indicação do motivo” do ataque.
Em referência ao atentado contra o escritor britânico, a governadora do estado de Nova York, Kathy Hochul, assegurou que “um policial estadual se levantou e salvou sua vida, protegendo ele e o moderador”.
Uma testemunha na plateia disse ao jornal The New York Times que viu um homem alto e magro pular no palco e acertar Rushdie três ou quatro vezes no rosto, e então viu o sangue: “Ele estava coberto de sangue, havia sangue derramado por todo o chão. O sangue cobria seus olhos e suas bochechas.”
Um escritor identificado como Carl LeVan, que também estava participando do evento, escreveu em sua conta no Twitter que Rushdie “foi esfaqueado várias vezes antes que o atacante fosse contido pela segurança”.
Vários participantes indicaram que não havia revista de malas, detectores de metal ou outras medidas de segurança na entrada do evento.
Ameaça de morte e asilo
Rushdie, que vive nos Estados Unidos desde 2000, foi escalado para participar da conferência organizada pela organização City of Asylum (Cidade do Asilo) para falar justamente sobre “sua experiência como artista exilado nos Estados Unidos”, ao lado de Henry Reese, presidente da organização.
A palestra de Rushdie intitulava-se “More Than Shelter” (Mais do que Abrigo) e discutia o caráter dos Estados Unidos “como uma terra de asilo e lar para a liberdade criativa de expressão”.
Em 1989, Rushdie foi ameaçado de morte pelo Irã por uma da suas principais obras, o livro Versos Satânicos (Companhia das Letras), publicado em 1988.
O então líder raniano, aiatolá Khomeini, condenou o livro e ofereceu uma recompensa de milhões de dólares pela morte de Rushdie — que sofreu uma tentativa de homicídio no mesmo ano.
A obra do escritor foi especialmente polêmica por ter um personagem inspirado no profeta Maomé retratado de forma considerada ofensiva por líderes da comunidade muçulmana.
Rushdie foi forçado a viver escondido por vários anos. A ameaça de morte causou a ruptura das relações entre o Reino Unido e o Irã por mais de uma década.
Até agora, o governo iraniano permanece em silêncio sobre o ataque.
No entanto, a agência de notícias oficial do país, a IRNA, publicou em seu serviço inglês informações sobre o ataque.
– Este texto foi originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-62536536

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Gavin Creel, ator de ‘Hair’ e ‘Alô, Dolly!’, morre dois meses após receber diagnóstico de câncer

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Além da Broadway, artista trabalhou em filmes e séries de TV como ‘Eloise no Plaza’, ‘As Enroladas Aventuras da Rapunzel’ e ‘American Horror Story’.
Gavin Creel apresenta ‘Hair’, na Broadway, em 2009
Peter Kramer/AP
O ator americano Gavin Creel morreu nesta segunda-feira (30), aos 48 anos. Sua morte acontece dois meses depois de ele receber o diagnóstico de um câncer raro no nervo periférico.
Creel estrelou musicais da Boradway como “Caminhos da Floresta”, “Hair”, “Alô, Dolly!”, além de peças da West End – a clássica rua dos teatros de Londres –, como “Mary Poppins” e “Waitress”.
Ele também trabalhou em filmes e séries de TV, atuando em produções como “Eloise no Plaza”, “O Natal de Eloise”, “As Enroladas Aventuras da Rapunzel” e “American Horror Story.”
Em 2002, ele recebeu sua primeira indicação ao prêmio Tony (o principal troféu do teatro), por “Positivamente Millie”. Oito anos depois, voltou a ser indicado, por “Hair”, e em 2017, levou o Tony de melhor ator coadjuvante, por “Alô, Dolly!”.
Gavin Creel ganha Tony por ‘Alô, Dolly!’, em 2017
Michael Zorn/Invision/AP
“O Tony foi como receber um abraço da comunidade que participo há 20 anos”, disse ele ao jornal americano “The San Francisco Chronicle”, em 2018. “Isso é bom. Eu literalmente não consigo fazer mais nada na minha vida e ainda sou vencedor do Tony. Nunca deixarei de fazer isso.”
Além de trabalhar nos palcos e em frente às câmeras, Creel também chegou a gravar música e apresentar concertos. Inclusive, em “She Loves Me”, ele estrelou o primeiro musical da Broadway transmitido ao vivo.

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Ex-Skank Henrique Portugal tenta se firmar como cantor, com parceria com Zélia Duncan, após EP com big band

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Capa do single ‘No meu paraíso’, de Henrique Portugal
Divulgação
♫ ANÁLISE
♪ Em março de 2023, o Skank saiu de cena na cidade natal de Belo Horizonte (MG) com show apoteótico no estádio conhecido como Mineirão. Dois anos antes dessa derradeira apresentação do Skank, Henrique Portugal – tecladista do quarteto mineiro projetado no início dos anos 1990 – já lançou o primeiro single sem a banda, Razão pra te amar, em parceria com Leoni.
Desde então, o músico vem tentando se firmar como cantor em carreira solo com série de singles que, diferentemente do que foi anunciado em 2021, ainda não viraram um álbum ou mesmo EP solo.
Após sucessivas gravações individuais e duetos com nomes como Frejat e Marcos Valle, Henrique Portugal faz mais uma tentativa com a edição do inédito single No meu paraíso, programado para 18 de outubro. Trata-se da primeira parceria do artista com Zélia Duncan, conexão alinhavada por Leoni há mais de quatro anos.
“Já conhecia Zélia, mas a parceria foi incentivada pelo Leoni. Eu conversei com ela sobre alguns temas, mandei a música e Zélia me devolveu a letra em 15 minutos”, conta Henrique.
O single com registro da canção No meu paraíso sai quatro meses após o EP Henrique Portugal & Solar Big Band (2024), lançado em 7 de junho com o tecladista no posto de vocalista da big band nas abordagens de músicas de Beatles e Roberto Carlos, entre outros nomes.
A rigor, o single No meu paraíso e sobressai mais pelo som pop vintage dos teclados do músico do que pelo canto de Henrique Portugal.
“No meu paraíso / Te quero a princípio / Se nada é perfeito / Me arrisco e me ajeito / Quem dirá que é amor? / Qual olhar começou? / Nesse ‘não’ mora um ‘sim’? / O que eu sei mora em mim”, canta Henrique Portugal, dando voz aos versos da letra escrita por Zélia Duncan em 15 minutos.

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Juiz nega pedido de novo julgamento para armeira de ‘Rust’ condenada por morte de diretora de fotografia

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Hannah Gutierrez-Reed foi considerada culpada pela morte de Halyna Hutchins, atingida por um tiro disparado por uma arma segurada pelo ator Alec Baldwin, em outubro de 2021. Alec Baldwin chora após Justiça anular acusações de homicídio culposo
Um juiz do Novo México negou nesta segunda-feira (30) o pedido da armeira Hannah Gutierrez Reed do filme “Rust” para um novo julgamento e manteve sua condenação por homicídio culposo pela morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins em 2021. Gutierrez Reed vai permanecer sob custódia para cumprir o restante de sua sentença de 18 meses.
Hannah Gutierrez-Reed havia carregado o revólver com o qual Baldwin estava ensaiando, em outubro de 2021, durante a filmagem em um rancho do Novo México. Além da morte da diretora de fotografia, o incidente deixou o diretor Joel Souza ferido. A arma estava carregada com munição real e não cenográfica. Além de estrelar “Rust”, o Baldwin também era produtor do filme.
Em seu julgamento, os promotores argumentaram que Hannah violou repetidamente o protocolo de segurança e foi negligente. O advogado de defesa argumentou que ela era o bode expiatório pelas falhas de segurança da administração do set de filmagem e de outros membros da equipe.
Hannah Gutierrez-Reed, ex-armeira de ‘Rust’, comparece a julgamento em 27 de fevereiro pela morte de Halyna Hutchins
Luis Sánchez Saturno/Pool/AFP
Juíza anula acusação de Baldwin
No dia 12 de julho, o ator Alec Baldwin chorou após a Justiça dos Estados Unidos anular as acusações de homicídio culposo. A juíza entendeu que houve má conduta da polícia e dos promotores ao ocultar as provas da defesa.
À Justiça, os advogados do ator afirmaram que as autoridades “enterraram” evidências sobre a origem da bala que matou a diretora. Segundo a defesa, munições reais foram apreendidas como parte das evidências, mas não foram listadas no arquivo das investigações.
Vídeo com Alec Baldwin na gravação de ‘Rust’ é divulgado

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