Artista interpretou Lord Bullingdon em “Barry Lyndon”, de Kubrick, lançado em 1975. Ator Leon Vitali posa para fotógrafos na chamada de fotos do filme ‘O Iluminado’ no 72º festival internacional de cinema, Cannes, sul da França, 16 de maio de 2019
ASSOCIATED PRESS/Petros Giannakouris
Leon Vitali, ator inglês e antigo assistente pessoal do diretor Stanley Kubrick, morreu na sexta-feira (20), aos 74 anos. O artista interpretou Lord Bullingdon em “Barry Lyndon”, de Kubrick, lançado em 1975, deixa três filhos, Masha, Max e Vera. A causa da morte não foi revelada.
“É com a maior tristeza que temos que dizer a vocês que o pilar de um grande número de filmes de Kubrick, Leon Vitali, faleceu pacificamente na noite passada”, escreveu a assessoria do diretor no Twitter. “Nossos pensamentos estão com sua família.”
O documentário de 2017 de Tony Zierra, “Filmworker”, lançou luz sobre as enormes e, em grande parte desconhecidas, contribuições de Vitali para o trabalho de uma das maiores figuras do cinema. De “O Iluminado” (1980) a “De Olhos Bem Fechados” (1999), ele fez de tudo, desde selecionar elenco, até treinar os atores.
Vitali ficou tão fascinado por Kubrick e seus processos que tomou uma decisão incomum: desistiu de atuar e se dedicou inteiramente ao famoso diretor por mais de duas décadas. “Eu fiz uma mudança verdadeiramente radical na minha vida e foi quando eu disse: ‘Estou mais interessado nisso’ do que na atuação”, disse Vitali à Associated Press em 2017. “Essa é a maior decisão consciente que já fiz. Houve alguns sacrifícios, mas também houve ganhos.”
Após a morte de Kubrick, em 1999, Vitali supervisionou as restaurações de muitos de muitas películas do diretor, recebendo um prêmio Cinema Audio Society por seu trabalho. Anos depois, o britânico colaborou com Todd Field em seus filmes “Pecados Íntimos” (2006) e “Entre Quatro Paredes” (2001).
