Connect with us

Festas e Rodeios

‘Acorda Pedrinho’ no Rock in Rio: como o hit levou a banda Jovem Dionísio às paradas e ao festival

Published

on

Há três anos o grupo nem tinha escolhido o nome e fazia shows em bares. Agora, eles estreiam no Rock in Rio com o feito raro ser uma banda de indie pop com hit º1 das paradas. Banda curitibana Jovem Dionísio se apresenta nesta sexta, em Campinas
Rodrigo Chavez
Em 2019, enquanto o Rock in Rio realizava sua edição anterior, cinco amigos curitibanos tocavam felizes em um bar da cidade, o Jokers, após escolherem o novo nome da banda: Jovem Dionísio.
Uma edição do Rock in Rio depois, eles estreiam no festival na esteira de um feito raro de ser a primeira banda a liderar as paradas brasileiras desde 2018, com o hit “Acorda Pedrinho” acima de hits de cantores e duplas de funk e sertanejo.
A vida do quinteto deu voltas até eles chegarem até o Palco Supernova do Rock in Rio, no dia 10 de setembro, sábado.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO ROCK IN RIO 2022
Eles repassaram essa trajetória ao podcast g1 ouviu. Ouça abaixo e leia mais a seguir:
O vocalista Bernardo Pasquali, 26 anos, não achou que a música chegaria tão longe.
“Eu falei: galera, não vamos criar essa expectativa de 1º lugar. Olha pra nós, tipo, nós somos moleques de nada. Nós somos ‘nada a ver’, olha a música que a gente fez, uma música falando do nosso amigo do bar… Esse 3º lugar já tá ótimo”.
Dois dias depois eles estavam no número 1. “A gente ficou se olhando: Cara, o que tá acontecendo?”.
Som de amigos
Jovem Dionísio no clipe de ‘Acorda, Pedrinho’
Divulgação
A banda Jovem Dionísio existe desde 2018. Mas antes eles tocaram juntos por sete anos no grupo Huff, com um repertório de covers para churrascos e festinhas do colégio.
“Era muita coisa brasileira; Jorge Ben, Tim Maia, Gabriel O Pensador… Armandinho a gente esculachava porque ele é muito forte aqui no Sul. E coisas gringas também: Arctic Monkeys, Red Hot, Sublime”, descreve Bernardo.
Eles foram juntando dinheiro e coragem para apostar em composições próprias. No começo só o baterista Gabriel Mendes escrevia. O resto da banda tem Rafael Mendes (guitarra, irmão de Gabriel), Gustavo Karam (baixo) e Bernardo Hey (teclado). O primeiro EP, “Dança entre casais”, saiu em 2019.
Banda curitibana Jovem Dionísio reabre programação de shows na Ópera de Arame em Curitiba
Felipe Fonseca
‘Pop de quarto’
Um amigo e ex-integrante da banda, Lucas Suckow, aprendeu a produzir no computador e se ofereceu para ajudar. Eles produziram a faixa “Pontos de exclamação”. O arranjo acústico intimista com a base eletrônica caseira se encaixa no estilo “bedroom pop”, ou pop de quarto.
“Foi nossa primeira experiência com esse lance do ‘bedroom pop’, e daí a partir daí a gente foi seguindo esse caminho”, diz o vocalista. Outra coisa que abriu o caminho foi o remix do DJ Vintage Culture para “Pontos de exclamação”, com 46 milhões de plays no Spotify.
“A gente viu que tinha facilidade nesse processo de criação, que é abrir um computador, pegar uma composição e levantar uma música do nada, fazer uma música por dia. Em 2020 a gente fez uma viagem para Irati, no interior do Paraná”, ele conta.
O sítio do Pedrinho
Foi nesse ‘intensivão’ na casa isolada em Irati que nasceu “Acorda, Pedrinho”.
“Todo dia a gente acordava, pegava uma composição e, no fim do dia, tinha que ter uma música fechada. Acho que no quinto dia a gente fez ‘Acorda, Pedrinho’. O Mendão (Gustavo Mendes) chegou com o refrão e a gente precisava do verso. E aí falamos: ‘Cara, vamos cantar sobre o bar'”.
“Eu peguei um caderninho e escrevi: ‘acorda, Pedrinho, que hoje tem campeonato’. E os cara já levantaram: ‘Vamos gravar isso!’ O que a gente tinha de ideia ia gravando”, lembra Bernardo.
“Acho que 90% das decisões da banda são tomadas desse jeito: alguém dá uma ideia idiota e todo mundo compra essa ideia. Isso é bom, mas é um pouco perigoso às vezes”, ele brinca.
Ele não sabia o que iam falar do verso do Pedrinho: “Na hora eles falaram “Genial!” Daí eu passei a achar genial também. No fim das contas ninguém sabe, porque é uma piada interna, não dá para saber como vai ser para fora. Mas para a gente é uma ótima ideia”.
Banda curitibana Jovem Dionísio
Livia Rodrigues
A galera do bar
Antes de passar no teste do público, a música foi apresentada ao próprio Pedrinho e ao pessoal do Bar do Dionísio. Os músicos fizeram uma festa lá para lançar o disco “Acorda, Pedrinho.” O dono e os outros frequentadores se animaram muito, mas Pedrinho ficou mais contido, descreve Bernardo.
“Ele estava animado, mas daquele jeito, não tão preocupado. Eu não sei se ele entende muito essa parada. O resto do bar achando massa e ele: ‘Legal, legal’…”.
O clipe é gravado no bar, conhecido pelo nome do dono, mas chamado oficialmente Lanchonete Aquarius.
“Esse campeonato de sinuca existiu mesmo. A gente viu uma foto dos campeões no bar, aí o 1º lugar tinha uma caixa de Bohemia na mão. O 2º lugar tinha uma caixa de Skol e o 3º era o Pedrinho, com uma caixa de Kaiser”, conta Bernardo.
“Ele joga muita sinuca. Não dá pra ganhar dele ‘sussa’, não. Se tiver valendo uma cerveja, você vai perder”, descreve.
O ‘Fantástico’ foi a Curitiba e achou o Pedrinho no Bar do Dionísio:
Fantástico mostra a história de ‘Acorda, Pedrinho’, o hit que viralizou na internet
Felipe Simas (de preto) com a Jovem Dionísio
Divulgação

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

Published

on

By

Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

Continue Reading

Festas e Rodeios

John Amos, ator de ‘Um Príncipe em Nova York’, morre aos 84 anos

Published

on

By

Ele morreu no dia 21 de agosto, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas a morte só foi divulgada por seu filho nesta terça-feira (1º). John Amos em cena de ‘Um príncipe em Nova York’
Divulgação
John Amos, roteirista que ficou famosos como um dos coadjuvantes do filme “Um Príncipe em Nova York”, morreu aos 84 anos. Ele morreu no dia 21 de agosto, em Los Angeles, nos Estados Unidos, mas a morte só foi divulgada por seu filho nesta terça-feira (1º).
“É com profunda tristeza que compartilho com vocês que meu pai fez a transição”, disse ele, por meio de um comunicado. “Ele era um homem com o coração mais gentil… e era amado no mundo todo. Muitos fãs o consideram seu pai na TV. Ele viveu uma vida boa. Seu legado viverá em seus excelentes trabalhos na televisão e no cinema como ator.”
Antes de atuar, Amos tentou ser jogador de futebol americano e assinou um contrato com o Denver Broncos, mas acabou rompendo o contrato após sofrer uma distenção muscular na coxa. Ele teve outra chance em um time de uma das ligas principais, o Kansas City Chiefs, mas também não conseguiu se firmar. A maioria da carreira foi em times de ligas menos importantes.
O primeiro grande papel de Amos foi na série de TV “Good Times”, dos anos 70, mas ele foi demitido após se dizer contra os estereótipos do seriado. A trama seguia uma família afro-americana pobre vivendo nos projetos de habitação social de Chicago.
Em 1977, Amos foi indicado ao Emmy por sua atuação na minissérie “Raízes”, baseado no livro de mesmo nome escrito por Alex Haley. A trama é sobre a história de Kunta Kinte, personagem sequestrado da África e escravizado nos Estados Unidos. Ele interpreta a versão mais velha do protagonista.
Além de “Um Príncipe em Nova York”, o ator atuou em séries como “Mary Tyler Moore”, “Um Maluco no Pedaço” e “West Wing: Nos Bastidores do Poder”.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Nando Reis anda pela contramão do mercado, sem derrapar, com vigoroso álbum quádruplo de músicas inéditas

Published

on

By

Há obras-primas na coesa safra autoral composta por 30 canções distribuídas em quatro discos, mas também reunidas em uma única obra intitulada ‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’. Nando Reis lança quatro álbuns com repertório inteiramente autoral composto entre 1988 e 2024
Carol Siqueira / Divulgação
Capa do álbum quádruplo ‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’, de Nando Reis
Criação e design de Zoé Passos com a colaboração de Daniel Taglieri
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: Uma estrela misteriosa revelará o segredo
Artista: Nando Reis
Cotação: ★ ★ ★ ★
♪ Em qualquer época, lançar álbum quádruplo com músicas inéditas e repertório inteiramente autoral seria ato considerado arriscado por executivos do mercado fonográfico. Nestes tempos digitais em que o single é o formato dominante na indústria o disco, numa era em que o ouvinte mal-acostumado nem tem paciência para ouvir até o fim uma canção de três minutos, fazer o que Nando Reis fez ao apresentar Uma estrela misteriosa revelará o segredo é andar perigosamente na contramão desse mercado volátil e volúvel.
E o mais incrível é que o compositor transita sem derrapar por uma estrada perigosa que conduz o ouvinte por 30 canções compostas entre 1988 e 2024. A maioria é recente, 26 são inteiramente inéditas e quatro já tinham aparecido de alguma forma, caso de Corpo e colo, parceria de Nando com Kleber Lucas apresentada por Céu no recente álbum Novela (2024).
Novas ou antigas, as 30 canções se afinam esteticamente por carregarem o D.N.A. de Nando Reis como compositor, o que confere unidade aos quatro álbuns – Uma, Estrela, Misteriosa e Revelará o segredo – já disponíveis juntos e separados nos aplicativos de áudio, além de terem sido encaixotados em box com edições em LP.
Impressiona o fato de, já contabilizando mais de 40 anos de carreira, Nando Reis ainda mostrar tanto vigor como compositor – fato bissexto no universo pop.
Há obras-primas entre as 30 canções – caso de Estrela misteriosa, aliciante balada que ultrapassa sete minutos de duração – e há, claro, músicas que sobressaem em relação às outras. No todo, entretanto, tais diferenças jamais empanam o brilho do conjunto da obra reunida no álbum Uma estrela misteriosa revelará o segredo.
A luminosidade do repertório já saltou aos ouvidos em 23 de agosto, quando Nando apresentou cinco das nove músicas que compõem o repertório do primeiro álbum, Uma. As músicas A chave, A tulha, Azul febril, Coragem é poder mostrar e Dois réveillons surgiram sedutoras na forma de EP irretocável.
Aos poucos, Nando foi revelando outras canções e os outros discos até a obra ficar disponível na íntegra em 20 de setembro. Gravadas com produção musical do baterista Barrett Martin e (às vezes) coprodução do baixista Felipe Cambraia, as músicas se situam entre o rock e a balada, terrenos férteis para a inspiração de Reis.
No território das baladas do álbum Uma, há Em si, tais e quais (composta para o show da turnê feita pelo cantor com a dupla Anavitória) e Inverso (canção de atmosfera etérea que parece flutuar no ar como folha de papel). Com pegada, Des-mente versa sobre a bipolaridade dos dependentes químicos que oscilam entre a atração pelas drogas (incluindo aí o álcool) e o prazer de estar vivo e livre dos vícios.
No segundo álbum, Estrela, caracterizado por Nando como “rede abstrata de tensões nebulosas, de contrastes, de contradições, de fricções e de desejo”, há o brilho soberano da já mencionada balada Estrela misteriosa. Já a música intitulada Composição se diferencia na safra por oscilar entre a batida do samba e a levada do samba-rock no arranjo de percussão de Pretinho da Serrinha.
Entre angústias e tensões existenciais, o compositor parece encontrar paz momentânea em Daqui por diante, reflexiva canção de ano novo. Já Estuário é balada em que Nando refaz, com saudade do amor vivido, o percurso da relação afetiva com a esposa Vânia.
Tentação é outra composição vocacionada para ser canção, mas um solo de guitarra sinaliza que esse compositor muito romântico cresceu no universo do rock. Rio creme junta o canto de Nando com as vozes de Sebastião Reis e Pedro Lipa. A dupla também encorpa os vocais de Diz pra mim, música do terceiro álbum, Misteriosa, criada a partir de poema escrito por Nando em 2018 para turnê com AnaVitória.
Neste disco Misteriosa, o mais roqueiro dos quatro, Nando Reis apresenta três parcerias com o produtor Barret Martin e com Peter Buck (guitarrista cofundador da banda R.E.M.) – O muro (erguido com a argamassa do rock), Enfim (faixa formatada na velocidade do rock) e Tudo está aqui dentro – ao longo de oito faixas.
Ginger e Red é outra música imersa em ambiência roqueira, o que confirma a tese de Nando de que há particularidades em cada um dos quatro (complementares) álbuns. Até uma canção confessional como Na Lagoa está embebida na atmosfera do rock. No fim do terceiro álbum, Tome o seu lugar apresenta o toque do acordeom de Krist Novoselic, baixista da mítica banda Nirvana.
No quarto álbum, Revelará o segredo, Rhipsalis é canção valorizada pelo arranjo que harmoniza o órgão Hammond tocado por Joe Doria, o sintetizador pilotado pelo produtor Barret Martin (brilhante na marcação da bateria) e o toque da guitarra de Andy Coe. Já Aparição revela melodia composta por Pedro Baby e letrada por Nando Reis.
Embora engrandecido pela exuberante regravação de Corpo e colo com arranjo de sopros de Antonio Neves, o quarto álbum tem faixas menos imponentes no conjunto da obra, como o rock Firmamento. Esse álbum funciona mais como disco-bônus nesse lançamento quádruplo – como entende Nando Reis – sem chegar a diluir o brilho da vigorosa safra autoral reunida neste lote de lançamentos feitos corajosamente pelo artista fora das leis do mercado.
Nando Reis chega firme e forte ao fim dessa longa estrada autoral que aponta um belo futuro para esse cantor e compositor paulistano de 61 anos que faz música com o ímpeto da juventude.
Nando Reis apresenta 26 canções inéditas entre as 30 músicas do álbum quádruplo‘Uma estrela misteriosa revelará o segredo’
Lorena Dini / Divulgação

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.