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Chico César volta a dialogar com o lirismo da canção popular no single ‘Amorinha’

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Artista apresenta a segunda amostra de ‘Vestido de amor’, álbum gravado na França e previsto para ser lançado em 23 de setembro. Capa do single ‘Amorinha’, de Chico César
Ana Lefaux
Resenha de single
Título: Amorinha
Artista: Chico César
Composição: Chico César
Álbum: Vestido de amor
Edição: Zamora Label / Chita Discos
Cotação: ★ ★ ★ ½
♪ Multifacetada, a obra autoral de Chico César sempre flertou eventualmente com o lirismo popular da canção sentimental latina. Amorinha – segundo single do álbum Vestido de amor, programado para ser lançado em 23 de setembro – se insere nessa vertente da obra do compositor.
Trata-se de samba-canção em que o canto levemente impostado do artista evoca melancolia que dialoga com a sofrência das mornas e dos fados, três gêneros musicais irmanados pela lusofonia.
A letra curta (“Amorinha / Se tu vivesses sozinha / Iria já agorinha / Levar-me em buquê de flor / Dizer das coisas de telenovela / As mesmas que disse àquela / Que deixei ou me deixou / Amores vãos vêm / Na paz não fazem mal a ninguém / Se me amas mansamente / Amorinha / Te amo também”) se afina com a batida dos corações sentimentais.
Pontuada pelo toque elegante do piano de Leonardo Montana, a gravação de Amorinha foi feita nos Studios Ferber, em Paris, com os toques dos músicos Jean-Baptiste Soulard (guitarra), Natalino Neto (baixo) e Zé Luis Nascimento (bateria e percussão).
Com exceção de Montana, esses músicos também figuram na ficha técnica do primeiro single do álbum, lançado em 24 de junho com a gravação da vaporosa composição Vestido de amor, faixa-título do disco gravado na França por Chico César com produção musical e mixagem orquestradas pelo franco-belga Jean Lamoot.
Com repertório autoral composto por onze músicas inéditas, o álbum Vestido de amor tem a participação do cantor africano Salif Keita na faixa SobreHumano e o toque do pianista congolês Ray Lema em Xangô forró e Aí.
Pautado por diversidade rítmica que vai da rumba zairense ao coco nordestino, passando pelo reggae e pelo samba-canção, o álbum Vestido de amor irmana músicos africanos (como o baterista Dharil Esso e o baixista Etienne MBAPPÉ, ambos de Camarões), brasileiros e franceses na gravação de composições como Flor do figo e Bolsominion (reggae escolhido originalmente para ser o segundo single em lugar tomado por Amorinha).
Mesmo sem soar aliciante como a leve canção-título Vestido de amor (já garantida na lista das melhores músicas de 2022), o single Amorinha sublinha a versatilidade de Chico César em álbum que será lançado pelo selo Zamora em parceria com a gravadora do artista paraibano, Chita Discos.

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