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Gloria Groove chega ao Rock in Rio no auge da carreira com ‘Lady Leste’; saiba como álbum foi criado

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‘Lady leste’ virou um dos álbuns mais ouvidos no Brasil em 2022 e emplacou o hit ‘Vermelho’. Cantora explicou em podcast as parcerias e a mistura de ‘funkeira e roqueira’. Gloria Groove
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Gloria Groove vai fazer seu primeiro show solo no Rock in Rio, no Palco Sunset, no dia 8 de setembro. Em 2019, ela foi convidada por Karol Conká, junto com Linn da Quebrada. Agora, ela volta como um dos álbuns mais ouvidos do ano, “Lady Leste”.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO ROCK IN RIO 2022
A cantora já contou ao podcast g1 ouviu como criou o álbum que emplacou o hit “Vermelho” e está desde fevereiro entre os mais ouvidos em streaming no Brasil. Ouça abaixo e leia mais a seguir:
O nome junta duas experiências: como “lady” e como cria da Zona Leste de São Paulo. A ideia era unir a estética da “mandraka (estilo de funkeira) de escola pública” e a “roqueira de porta de shopping”. “Eu falei: ‘vou ser essa boneca Bratz roqueira-funkeira'”, explica.
Ela explica todas as ecléticas parcerias do álbum: com os MCs Hariel e Tchelinho, o grupo de pagode Sorriso Maroto, a dupla de rappers Tasha e Tracie e as cantoras Marina Sena e Priscilla Alcântara.
Quem é Lady Leste?
Capa do álbum ‘Lady Leste’, de Gloria Groove
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“Lady Leste é uma brincadeira que começou no início do ano passado com esse insight de pensar o que seria o meu “vulgo”. Puxa a referência de algumas “ladys” que eu sou fã, tipo a Lady Gaga, a Tatá Werneck, que é a Lady Night. E carrega o lugar de onde eu vim, a Zona Leste de São Paulo.
O “lady” também fala sobre como o feminino é uma coisa que ajuda a expressar quem eu sou, o Daniel também. Ajuda a expressar a minha alma. Então esse nome para mim é um vulgo que vai valer por muito tempo, não é só uma era musical.
Quando eu pensei em Lady Leste, já sabia que era fortíssimo candidato a ser nome das pirações que eu estava escrevendo. A primeira música foi “Bonequinha”. Foi a primeira faixa onde invoquei a Lady Leste.
Ela marca minha reconexão com o pop da pista. Eu vim da fase r&b de ‘Affair’ (EP de 2020), com uma estética bem mais limpa. Eu estava tentando me reconectar com uma Gloria que eu sempre fui, de festa, antes de a pandemia começar.
Decidi que minha inspiração direta seriam as minhas primas e as meninas que sempre estudaram comigo.
E que eu ia unir essa estética completamente “mandraka” (estilo de funkeira estilosa) da escola pública, com essa coisa roqueira que eu via no rolê da porta do shopping. Sabe o rolê dos góticos?
Minha vivência na Zona Leste traçou um paralelo entre o funk e o rock. Eu via funkeiros e roqueiros todo dia, o dia inteiro, vivendo na Zona Leste. Quando eu lembrei da sacada da Lady Leste, eu falei: é isso.
A estética dela é essa: meio funk, meio rock. Daí nasceu a brincadeira com a “Bonequinha”, que é um funk pop, mas que traz aquela guitarra pesadona. Desde o começo eu falei: mano, quero que a guitarra tenha aquele timbre do Slash fazendo um solo, para chamar atenção mesmo.
“Bonequinha” tem, em uma música, tudo que o álbum leva. Tem o funk do começo, o rock do final, o trap do meio. Eu falei: ‘vou ser essa boneca Bratz roqueira-funkeira’. Então ela veio dessa vontade de ter uma música-tema para meu novo momento de autoconfiança.”
Como foi criar ‘Vermelho’, com base de MC Daleste?
“Fui recapitulando o jeito que eu vi os amigos e meus primos falando a vida inteira, o jeito que eu vi a galera da escola conversando
Apesar de eu sempre ter me comunicado assim também, como o meu trabalho era ser dublador [Gloria já participou de programas como “Digimon” e “Power Rangers], eu tinha que limpar ao máximo todos esses cacoetes.
Foi importante assumir esse jeito de falar. Eu estava tentando propor quem eu seria, brincando de ser realmente a Mc Daleste.
Não é à toa a homenagem ao próprio MC Daleste (na música “Vermelho”, que tem versos tirados de “Quem é essa menina de vermelho”, do funkeiro que morreu em 2013). Ele se chamava Daniel, como eu. Ele é o Daniel da Penha e eu sou o Daniel da Vila Formosa.
Então eu tenho muito orgulho dessa porção do álbum. Por mais divertida e festiva que ela pareça, tem muito coração e muita identificação pessoal e familiar ali.
Gloria Groove
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E ‘SFM’, com o MC Hariel?
“Eu sinto que eu e o Hariel somos artistas que representam a evolução do se tornou o funk paulista, de onde ele pode chegar. O Hariel está lançando um DVD sinistro e é um artista gigantesco. Eu sou uma artista da Zona Leste que também canta funk feito em São Paulo, que conversa com outros lugares e entra em outros ambientes.
A gente já tinha feito contato algumas vezes para se parabenizar, de admiração mesmo. Quando eu chamei para o álbum, ele foi super receptivo, e esperou a gente estar junto para escrever esse verso.
Uma curiosidade é que no estúdio também estava o Criolo. Ele foi não só me cumprimentar como ficou na sessão com a gente lá. O verso do Hariel foi escrito com a supervisão minha e do Criolo, sabe? Não teve sessão mais abençoada.
Eu olhei e pensei: “O que está acontecendo com a minha vida? Eu tô trocando figurinha sobre uma lírica que vai estar dentro do meu álbum com o Hariel e com o Criolo.””
E ‘Tua indecisão’, com o Sorriso Maroto?
“Vale ressaltar que eu estou ouvindo pagode literalmente desde o útero. Eu sou filho de uma backing vocal do Raça Negra e nasci em 95.
O Raça Negra fazia muito show, e minha mãe fez muito show grávida, então eu já ouvi muito “dididiê” diretamente do útero. Eu nasci dentro desse rolê.
“Tua indecisão” nasceu de uma brincadeira que a gente estava fazendo no momento de descontração do álbum. A estrutura nasceu em 15 minutos. E aí na mesma semana eu mostrei a música para o Bruno Cardoso (vocalista do Sorriso Maroto). Ele foi, ouviu e topou na mesma hora.”
E ‘Eu sobrevivi’, com Priscila Alcântara?
““Eu sobrevivi” nasceu dessa forma: eu tinha escutado uma música do Arctic Monkeys (canta o riff de “Do you wanna know”). Isso ficou na minha cabeça e nasceu a frase “se ainda quiser”. Fiquei cantando durante meses sem a música existir.
Quando comecei a puxar essa estética rock and roll de estádio, eu queria fazer tipo uma “Halo” da Beyoncé, uma música emocionante, de final de show. É uma coisa explosiva com uma carta de amor para os fãs pós-pandemia.
A sacada da Priscila veio depois, e eu pensei: meu Deus é perfeito, porque a presença da Priscila na música pop é justamente sobre essa sensação divina, esperançosa.
A gente se conhece desde que a gente tem oito, nove anos de idade. A gente participou do mesmo concurso no SBT, o “Código fama”, que ela venceu. Ela teve sua fase gospel a vida inteira, eu tive minha fase gospel também, e a gente foi se reencontrar agora como artistas pop. ”
Gloria Groove
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E ‘Apenas um neném’, com Marina Sena?
“Marina Sena foi uma das grandes amizades que eu fiz em 2021. Eu já era fã dela desde o projeto Rosa Neon. Eu já achava uma voz incrível e nem imaginava que ela estava guardando.
Quando veio o álbum “De primeira”, aí eu realmente caí de quatro pela Marina Sena. Porque toda a estética que ela propõe é dela, não se parece com o pop que eu faço, que a Luisa Sonza faz ou que a Anitta faz. É exclusivamente Marina Sena.
A Marina é ela o tempo todo. Para uma artista como eu, que vive artisticamente uma construção, que não é Gloria Groove o tempo todo, é muito fascinante ver uma artista como ela, que não para de ser a Marina Sena.
Eu tinha essa frase “não fala assim comigo, eu sou apenas um neném” no meu bloco de notas. E aí os meninos sacaram: vamos fazer um arrocha disso, meio humorístico. Fez todo o sentido com a vibe dela. ”
E ‘Pisando fofo’, com Tahsa e Tracie?
Essa música teve uma versão de um minuto e 42 segundos durante um tempão. Eu deixei a música lá só com refrão e meu primeiro verso, esperando a parceria. Aí a gente estava viciada em ouvir Tasha e Tracie. Eu conheci as meninas e falei: gente, eu acho que é isso, porque além de tudo são duas pessoas que vão trazer uma energia Lady Leste, e foi muito certeiro.
Elas conversam com todos esses universos do hip hop e do funk, e transitam tanto que é quase como se elas fossem um pedacinho da própria alma da Lady Leste ali no meio.
E ‘Fogo no barraco’, com o MC Tchelinho? As letras sexuais foram uma preocupação?
“Essa preocupação para mim foi se subvertendo com o tempo. Primeiro eu tinha a preocupação de ser “nichada”, uma artista drag queen que cantava hip hop e trap falando de uma vivência muito específica.
Depois foi o “Bumbum de ouro”, que renovou a estética para conseguir falar com mais gente.
E para chegar nesse novo momento agora com “Lady Leste”, eu vejo a necessidade de voltar um pouco para as origens, para evitar esse esse processo de “embonecação” do trabalho.
Eu tenho uma conexão muito grande com as crianças. Parece que elas me enxergam muito melhor do que os adultos. Elas entendem a minha brisa porque não têm essa camada da maldade.
Eu percebi que não importa o quão puta, explícita ou bruxa eu estou sendo, para as crianças tudo continua sendo uma grande brincadeira.
A presença do explícito dentro de Lady Leste é um lembrete amigável de que eu continuo sendo uma figura de uma contracultura. Mesmo tendo rompido muitas barreiras e atingido o mainstream, é um lembrete de que eu não esqueci de onde vim. Eu não abri mão das minhas ideias.
É um jeito de determinar esse espaço, de falar: opa, peraí, não vou ficar me tolhendo ou me podando para me comunicar.
Mas é preciso “papai e mamãe” saberem como esse trabalho deve ser consumido. Tem que saber onde a responsabilidade é minha e onde começa a responsabilidade do outro. Porque eu nunca parei para dizer o contrário.
Continuo sendo uma drag queen brasileira falando sobre a minha vivência. Então não dá para esperar que isso seja muito higienizado. Não seria nem interessante para a gente como cultura. Existe uma importância grande na sujeira que Lady Leste traz consigo.”

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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Frank Fitz, do ‘Caçadores de Relíquias’, morre aos 58 anos

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‘O que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado’, escreveu seu colega de trabalho Mike Wolfe. Frank Fritz, de ‘Caçador de Relíquias’
Reprodução
Morreu aos 58 anos Frank Fritz, que ficou conhecido por apresentar o reality “Caçadores de Relíquias”. Ocorrida nesta segunda-feira (30), a morte foi confirmada por seu colega de trabalho Mike Wolfe, num post no Instagram. A causa não foi revelada.
“É com o coração partido que compartilho com todos vocês que Frank se foi na noite passada. Eu conheço Frank por mais da metade da minha vida e o que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado”, escreveu Wolf.
Frank Fritz morreu dois anos após sofrer um derrame. Ele é conhecido por ter apresentado “Caçadores de Relíquias” entre os anos de 2010 e 2020. No reality, o público acompanhava suas buscas por itens raríssimos.

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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