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Festas e Rodeios

Série ‘Rensga Hits!’ cativa ao mostrar como opera a indústria da música sertaneja

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Imagem promocional da série ‘Rensga Hits!’, protagonizada por Alice Wegmann (à frente, com o violão), intérprete da cantora e compositora Raíssa Medeiros
Reprodução
♪ ANÁLISE – “No mundo do sertanejo, ou você é o corno que sofre ou o safado que chifra”, sentencia a empresária Marlene (Deborah Secco) – dona da produtora Rensga Hits! – para Deivid Cafajeste (Alejandro Claveaux) quando o cantor cogita se assumir gay para o público.
Exibida no quarto dos oito episódios da série Rensga Hits!, produção original Globoplay realizada pela Glaz Entretenimento, a cena exemplifica o tom dessa trama centrada em Goiânia (GO) que, entre novelescos tons de melodrama, vem seduzindo o espectador ao mostrar como opera a indústria da música sertaneja.
O próprio pseudônimo do cantor Deivid Cafajete – encarnação do safado que chifra na divisão implacável de Marlene – alude ao sobrenome artístico do cantor Wesley Safadão, ainda que toda a trama particular do personagem seja fictícia, criada pelos roteiristas da série.
Sucesso de audiência pela afinação de texto, história, elenco e trilha sonora original (já disponível em álbum nos aplicativos de música), a série tem trama sintonizada com a ascensão das mulheres no universo sertanejo ao longo dos anos 2010 no rastro da explosão de Marília Mendonça (1995 – 2021) em corrente rotulada como Feminejo.
A verve feminina e feminista do cancioneiro autoral da cantora e compositora goiana parece ter pautado a criação da protagonista Raíssa Medeiros, encarnada com propriedade e magnetismo pela atriz Alice Wegmann. Raíssa é jovem cantora e compositora em busca de lugar ao sol de Goiânia (GO), uma das mecas da música sertaneja.
A trama se desenrola quando, traída pelo noivo, Raíssa o abandona no altar, foge para Goiânia numa Brasília 1986 que atola na estrada.
É quando Raíssa compõe Desatola bandida, tema aliciante – criado na vida real por Bibi, nome artístico da cantora e compositora mineira Gabriele Oliveira Felipe, integrante do time de compositores da trilha da série ao lado de Dudu Borges, Paula Mattos e Gabriel Agra, entre outros nomes – e logo descobre que a música foi roubada por Isaías (Mouhamed Harfouch), compositor em crise de inspiração, tendo ido parar na voz de outra jovem cantora em busca de sucesso, Gláucia Figueira (Lorena Comparato, luminosa na pele da personagem), que logo se torna rival de Raíssa.
A partir daí, enquanto o melodrama se desenvolve, o espectador vê a série descortinar os bastidores do mercado sertanejo. Egotrips, fabricação de ídolos juvenis como Enzzo Gabriel (Maurício Destri), criações de namoros fakes para gerar mídia e disputas entre empresas – exemplificada na trama pela rixa entre Marlene e Helena (Fabiana Karla), dona da Joia Maravilha Records, concorrente direta da Rensga Hits! – revelam meandros de indústria tão rentável quanto feroz por lidar com cifras milionárias.
Tudo isso acontece na indústria da música desde que o samba é samba, mas é enfocado em Rensga Hits! sob o viés do Feminejo. E, nesse sentido, a rebeldia de Tamires (Jennifer Dias) ao se descobrir ludibriada por Helena – com a cumplicidade do irmão Téo (Sidney Santiago), com quem faz dupla – reforça a atualidade da trama e a sintonia com o universo feminino que vem ganhando voz ativa no mercado sertanejo em história que ainda terá novos capítulos.
Aliás e a propósito, por estar cativando o público, Rensga Hits! já tem garantida a segunda temporada da série.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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Frank Fitz, do ‘Caçadores de Relíquias’, morre aos 58 anos

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‘O que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado’, escreveu seu colega de trabalho Mike Wolfe. Frank Fritz, de ‘Caçador de Relíquias’
Reprodução
Morreu aos 58 anos Frank Fritz, que ficou conhecido por apresentar o reality “Caçadores de Relíquias”. Ocorrida nesta segunda-feira (30), a morte foi confirmada por seu colega de trabalho Mike Wolfe, num post no Instagram. A causa não foi revelada.
“É com o coração partido que compartilho com todos vocês que Frank se foi na noite passada. Eu conheço Frank por mais da metade da minha vida e o que vocês viram na TV foi o que eu sempre vi, um sonhador tanto sensível quanto engraçado”, escreveu Wolf.
Frank Fritz morreu dois anos após sofrer um derrame. Ele é conhecido por ter apresentado “Caçadores de Relíquias” entre os anos de 2010 e 2020. No reality, o público acompanhava suas buscas por itens raríssimos.

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Adriana Partimpim balança na volta ao disco entre o suingue do samba ‘Malala’ e o espírito lúdico de ‘O meu quarto’

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Faixas adiantam álbum que sai em 10 de outubro com produção de Pretinho da Serrinha e música que celebra Malala Yousafzai, ativista da luta pela paz. Adriana Partimpim canta samba composto em 2018 para peça sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’
Capa do single ‘O meu quarto / Malala’, de Adriana Partimpim
Divulgação / Sony Music
♫ OPINIÃO SOBRE DISCO
Título: O meu quarto / Malala
Artista: Adriana Partimpim
Cotação: ★ ★ ★ 1/2
♪ Vamos combinar que Adriana Partimpim sempre foi muito mais ouvida e venerada pelos admiradores adultos de Adriana Calcanhotto do que pelas crianças, em tese o público alvo desse heterônimo, espécie de alter ego criado pela artista para discos e shows direcionados a ouvintes e plateias infantis.
Por isso mesmo surpreende que uma das duas músicas que dão prévia do quarto álbum de estúdio de Partimpim – O quarto, gravado com produção musical do percussionista Pretinho da Serrinha e programado para 10 de outubro pela gravadora Sony Music – seja de fato uma canção de espírito lúdico vocacionada para as crianças.
De autoria de Calcanhotto, a canção se chama O meu quarto e surge em single – ao lado do samba Malala (O teu nome é música) – em gravação calcada no suingue do baixo acústico tocado por Guto Wirtti e embasada com o arsenal percussivo de Pretinho da Serrinha (cavaquinho, caixa, pandeirola, recobra e prato).
Em O meu quarto, Partimpim convoca a gurizada para adentrar o espaço da própria Partimpim – personagem personificada por boneca sapeca – para “inventar o mundo” e para “ser cor, música e poesia”.
O sopro do clarinete de Jorge Continentino contribui para a atmosfera de suingue jazzy do fonograma também formatado com os teclados e o piano de brinquedo de Rodrigo Tavares. O coro infantil realça o espírito lúdico da música O meu quarto.
Já Malala (O teu nome é música), embora também apareça no single com vozes de crianças no coro regido por Delia Fischer, é samba para gente grande que poderia figurar em qualquer álbum de Calcanhotto. O samba foi composto pela artista em 2018 para peça baseada em livro de Adriana Carranca sobre a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Hábil, Pretinho da Serrinha (cavaquinho, tamborins, cuíca, surdo e ganzá) arma cama refinada para Partimpim rolar com maciez no canto de versos como “O teu nome é música / O teu nome é liberdade e paz”. Versos carregados de sentido e urgência em um dia em que o mundo assiste ao agravamento da guerra no Oriente Médio com o disparo de mísseis pelo Irã para atingir Israel.
Enfim, Adriana Partimpim é de paz e está de volta. E esse single inicial – lançado simultaneamente com os clipes das duas músicas – sinaliza que O quarto será um bom álbum, embora em princípio sem munição para se igualar ao primeiro e ainda melhor disco de Adriana Partimpim.
Adriana Partimpim lança em 10 de outubro pela Sony Music o álbum ‘O quarto’, gravado com produção musical de Pretinho da Serrinha
Reprodução / Clipe da música ‘O meu quarto’

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