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Gojira leva ao Rock in Rio música sobre fogo na Amazônia feita por ‘medo do futuro da humanidade’

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Banda de metal francesa foi indicada ao Grammy 2022 por música escrita após ver Floresta Amazônica queimar. Vocalista foi a Brasília protestar e diz que Bolsonaro não tem compaixão. Gojira fala da Amazônia e de Bolsonaro
A banda francesa de heavy metal Gojira vai mostrar no Rock in Rio 2022 a música “Amazônia”, sobre a destruição ambiental no Brasil. O vocalista Joe Duplantier diz ao g1 que escreveu a música quando sentiu “medo do futuro da humanidade” após ver a floresta queimar. Veja o vídeo acima.
A repercussão foi pesada: “Amazônia” foi indicada ao Grammy de 2022 por melhor performance de metal. Ela ficou em 8º lugar em uma lista de melhores músicas de todos os tempos sobre as mudanças climáticas do jornal inglês “The Guardian”.
Gojira exalta a ‘revolução’ do Sepultura
Ao lançar a música, o Gojira criou uma campanha de arrecadação para entidades indígenas no Brasil. Eles conseguiram apoio de músicos do Metallica, Slayer e Lamb of God para leiloar objetos das bandas e levantar US$ 313 mil (R$ 1,5 milhão) para apoiar os indígenas.
Joe Duplantier participou de um protesto de povos indígenas em Brasília, em frente ao Palácio do Planalto, em 2021. Mas ele diz não ter esperança de convencer Jair Bolsonaro a preservar a floresta: “Se ele tivesse a capacidade de entender e mostrar alguma compaixão, já teria feito isso”, afirma.
O Gojira é atração da primeira noite do Rock in Rio, dia 2 de setembro, sexta-feira, dominada pelo heavy metal. Vai ser a segunda participação dos franceses no festival, que ganharam até coro de “Olê olê olê olá / Goji / ira” em 2015.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO ROCK IN RIO 2022
Joe Duplantier durante protesto de indígenas em Brasília em 2021
Divulgação / Instagram Joe Duplantier / Robin D Hood
O Gojira surgiu em 1996 e explora todos os extremos físicos do heavy metal (velocidade, graves, voz gutural, quebra de ritmo) sem compromisso com subgêneros (engolem e cospem thrash, groove, death etc), com letras filosóficas e apocalípticas.
Uma das maiores inspirações deles é o Sepultura, que faz o show anterior no Palco Mundo. “Eles tiveram um enorme impacto em nós”, diz Joe Duplantier. “Eu acho que eles começaram uma revolução na música pesada. Acho que o que eles fizeram em ‘Chaos A.D.’ e ‘Roots’ é uma coisa subestimada.”
Mas também há uma inspiração brasileira negativa. “A gente estava refletindo sobre o mundo, e ficamos muito tristes sobre o que estava acontecendo na Amazônia no mesmo dia”, ele conta. “Quando vimos o fogo ficamos destruídos e queríamos escrever uma música sobre a floresta.”
“Parece que estamos andando para trás. Então às vezes eu sinto medo do futuro da humanidade”, diz o vocalista. “Essa é a última floresta ancestral de pé, e está sendo destruída por causa do nosso estilo de vida. Eu não estou culpando o Brasil. Estou culpando a humanidade.”
Joe Duplantier (de boné e colares) durante protesto de indígenas em Brasília em 2021
Divulgação / Instagram Joe Duplantier
A influência de Sepultura está em toda a carreira do Gojira. Mas “Amazônia” reforça os riffs graves e monocórdicos, a percussão forte e até ecos que lembram cantos indígenas (mas eles não conhecem muito a música dos povos originários brasileiros e apenas queriam emular este som, esclarece Joe).
Eles até conheceram indígenas no Brasil, mas fazendo um som específico: de protesto. Joe veio a Brasília e participou dos protestos contra medidas que dificultam demarcações de terras. O que ele gostaria de dizer ao principal alvo destes atos, o presidente Jair Bolsonaro?
“Eu provavelmente falaria do meu coração sobre o que eu sinto da importância da vegetação contra o dinheiro”, diz Joe. Ele pensa no resto do discurso que faria, mas desiste. “Acho que com algumas pessoas não dá para discutir”, ele diz.
“Acho que Bolsonaro já ouviu muitas coisas e se ele tivesse a capacidade de entender e mostrar compaixão, já teria feito isso. Então eu acho que eu apresentaria outras oportunidades de vida para ele. Encorajaria a achar outros trabalhos além de ser presidente”, diz o vocalista do Gojira.

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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