Connect with us

Festas e Rodeios

‘O Senhor dos Anéis: Os anéis de Poder’ é adaptação digna e deslumbrante; g1 já viu

Published

on

Série mais cara da história vai além de orçamento bilionário e honra obra e linguagem de J. R. R. Tolkien com efeitos visuais cinematográficos, mundo rico e excelente elenco de desconhecidos. Desde as primeiras cenas de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder”, fica claro que a série não está satisfeita em ser “apenas” a mais cara já feita. Com um orçamento estimado em cerca de US$ 1 bilhão, a produção mostra desde o começo a reverência que tem pela obra de J. R. R. Tolkien na qual foi inspirada.
Pelo menos pelos dois primeiros episódios – os mesmos disponibilizados para a imprensa – que estreiam na plataforma de streaming Prime Video nesta quinta-feira (1º), às 22h. Os outros seis capítulos da temporada serão lançados semanalmente às sextas.
A qualidade técnica de nível cinematográfico desde as deslumbrantes sequências de abertura deve fazer os fãs mais apaixonados se revoltarem ao perceberem que não poderão acompanhar a história nos cinemas – mas a tristeza logo dá lugar a uma profunda satisfação.
Assista ao primeiro trailer de ‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’
O sentimento é gerado principalmente pelo roteiro, que honra o universo e a linguagem do autor britânico, e por um excelente elenco de desconhecidos encabeçado pela atriz galesa Morfydd Clark (“His Dark Materials”).
Tudo isso faz com que “Os Anéis de Poder” supere o difícil obstáculo da comparação com a trilogia do começo dos anos 2000 dirigida por Peter Jackson e ganhadora de um total de 17 prêmios nos Oscars.
Até por se tratar de uma história anterior – e bem diferente – àquelas retratadas nos filmes.
Valinor em ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação
Uma guerreira para o inimigo encontrar
A trama de “Os Anéis de Poder” também se passa no mundo fictício da Terra-média, mas acontece milhares de anos antes dos filmes.
Como o título indica, a série explora a época em que o grande vilão Sauron desenvolve as joias poderosas em busca do controle sobre elfos, homens e anãos (a grafia é estranha, mas respeita a forma como Tolkien se referia à raça de estatura diminuta e grande resiliência).
Nela, a nobre guerreira Galadriel (Clark) procura pelo antigo inimigo, enquanto outros personagens, espalhados por diversas regiões, encontram diferentes sinais de que a ameaça talvez ainda resista após uma aparente derrota.
Robert Aramayo e Morfydd Clark em ‘Os Anéis de Poder’
Ben Rothstein/Prime Video
Uma divisão para confundi-los
Ao longo dos dois episódios iniciais, “Os Anéis de Poder” se divide entre diferentes focos narrativos – algo que invariavelmente evoca a comparação a “Game of thrones”, outra adaptação de uma obra literária fantástica.
A necessidade de apresentar o maior número possível de reinos, povos e culturas com inúmeras idas e vindas oferece um grande obstáculo ao público – em especial aquele pouco familiarizado à obra e aos diálogos dramáticos e mais rebuscados de Tolkien.
No entanto, os fãs do britânico reconhecerão e vão se deleitar ao reconhecer na tela a linguagem típica do escritor, por mais que as falas não tenham sido tiradas diretamente de sua obra.
As idas e vindas cobram seu preço do ritmo geral, é verdade, mas servem para construir o mundo vivo e rico da Terra-média – algo que, com o tempo, conquista até mesmo quem nunca leu um de seus livros ou assistiu a alguma adaptação.
OS orques em ‘Os Anéis de Poder’
Ben Rothstein/Prime Video
Um elenco para todos encantar
Entre grandes efeitos visuais, cenários cheios de detalhes, como o salão de jantar dos anãos, e diálogos dignos de Tolkien, quem faz mesmo tudo funcionar é o talentoso elenco.
Ao interpretar uma das poucas personagens presentes na trilogia, interpretada originalmente por ninguém menos que Cate Blanchett, Clark mostra o acerto dos criadores da série ao apostar em atores menos conhecidos – mas que dessem conta do recado.
A galesa de 33 anos entrega uma Galadriel poderosa e cheia de dúvidas, digna de um personagem que guiará os acontecimentos da série pelas cinco temporadas planejadas.
Megan Richards e Markella Kavenagh em ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Além dela, é possível destacar principalmente Markella Kavenagh. Mais conhecida por produções de seu país, a Austrália, a jovem atriz não se intimida ao sustentar a trama dos pés-peludos, os ancestrais dos hobbits.
Sem grandes sequências de lutas ou de ação, seu foco narrativo poderia parecer mais bobo ou monótono – mesmo que tenha um grande mistério graças à chegada de um homem misterioso caído do céu (Daniel Weyman).
Robert Aramayo (“Game of thrones”), por sua vez, supera o desafio inicial de interpretar o outro personagem mais conhecido – o elfo Elrond foi vivido por Hugo Weaving no cinema – graças, em parte, à sua notável química com Owain Arthur (“O grande Ivan”), excelente e irreconhecível como o príncipe anão Dúrin IV.
Mas o porto-riquenho Ismael Cruz Cordova, que também deve ser a base de outro foco narrativo, sofre com um papel mais fraco, preso em um interesse amoroso chocho e raso.
Nazanin Boniadi e Ismael Cruz Cordova em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Claro, com dois episódios é difícil avaliar o desenvolvimento de tantos personagens, e seu soldado elfo parece ser uma grande aposta da série, mas é difícil afastar a sensação de que seu personagem merecia mais neste começo do que olhares apaixonados sofridos à lá Edward, de “Crepúsculo” (2008).
E em ‘Os Anéis do Poder’ aprisionar-nos
Sim. É muito difícil julgar o mérito e o potencial de uma série, em especial uma com as ambições de uma adaptação do mundo de “O Senhor dos Anéis”, com apenas dois episódios.
Mas, depois de anos de ansiedade e angústia com a promessa da expansão da obra de Tolkien, os fãs devem respirar mais aliviados.
Owain Arthur em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
O começo é promissor e entrega o cuidado e a paixão necessários para algo digno de algumas das obras literárias mais importantes do século 20.
Com um mundo rico, personagens instigantes e uma qualidade técnica quase inédita para uma série, “Os Anéis de Poder” pode acalentar os corações mais apaixonados ao mesmo tempo em que atrai um novo público.
Com mais seis episódios para completar a primeira das cinco temporadas prometidas, a série começa com uma base sólida para uma Terra-média que tem tudo para crescer e entregar muitas histórias nos próximos anos.
Trystan Gravelle, no centro, em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Morfydd Clark e Fabian McCallum em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Robert Aramayo em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Morfydd Clark e Benjamin Walker, no centro, em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video

Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Festas e Rodeios

Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

Published

on

By

♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

Published

on

By

Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

Continue Reading

Festas e Rodeios

Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

Published

on

By

Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

Continue Reading

Trending

Copyright © 2017 Zox News Theme. Theme by MVP Themes, powered by WordPress.