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‘Temos uma escolha’: a jovem que disputará a final do Miss Inglaterra sem maquiagem

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A universitária londrina Melisa Raouf, de 20 anos, explica à BBC por que não usará maquiagem em etapa final de concurso de beleza, em 17 de outubro. Melisa Raouf estará na final do Miss Inglaterra e, no futuro, pretende atuar na diplomacia
MELISA RAOUF via BBC
Em quase cem anos de história, o concurso de beleza Miss Inglaterra terá pela primeira vez em sua final uma competidora que se apresentará sem maquiagem: a estudante Melisa Raouf, de 20 anos. Ela quer usar a oportunidade para mostrar às garotas que elas não precisam usar maquiagem para se sentirem bonitas.
Raouf, que vive no sul de Londres, venceu na semana passada uma recém-criada rodada do concurso em que as participantes não devem usar maquiagem. Ela garantiu seu lugar entre as 40 competidoras que disputarão a final em 17 de outubro e decidiu manter o rosto lavado também na etapa decisiva.
Caso ela vença a final, seguirá para a competição de Miss Mundo e diz que pretende não usar maquiagem.
“Eu queria mostrar que temos uma escolha”, disse Raouf à BBC. “Não temos que usar maquiagem se não quisermos.”
Raouf está no segundo ano da graduação em política no King’s College London e quer entrar para a diplomacia depois de se formar.
Universitária conta que já foi muito insegura sobre sua aparência
MELISA RAOUF via BBC
Ela diz que as mulheres que competem ao seu lado têm uma gama mais variada de interesses e origens do que é frequentemente retratado.
“Cada uma tem sua própria história”, defende.
O peso da maquiagem
Como muitas de suas colegas, Raouf começou a usar maquiagem na adolescência.
Ela conta que era “significativamente insegura” e descobriu que se comparar ao “padrão irreal de beleza” mostrado nas redes sociais tinha um impacto negativo em sua saúde mental.
“Eu nunca me senti confortável com quem eu era, nunca me senti confortável na minha pele”, diz a jovem.
Mas à medida que crescia, Raouf ganhou confiança e acredita que ter entrado em concursos de beleza — embora estes sejam uma experiência “muito assustadora” por vezes — aumentou essa confiança.
Foto do Miss Inglaterra 2013; edição desse ano trouxe uma etapa em que todas participantes deviam estar sem maquiagem
Getty Images via BBC
Desde que participou de uma etapa do Miss Inglaterra sem maquiagem na semana passada, ela conta que foi inundada por mensagens de apoio nas redes sociais.
“Eu ouvi de garotas de todas as idades e de mulheres na faixa dos 40 e 50 anos que elas passaram a se sentir mais confortáveis em sua própria pele”, relata.
Raouf não se opõe totalmente a usar maquiagem e continuará a fazê-lo em outras ocasiões.
Na etapa do concurso em que as candidatas precisaram ficar com o rosto sem maquiagem, ela pôde usar poucos produtos permitidos, como tônico facial, hidratante e protetor labial.
“Eu aprecio a maquiagem como uma forma de arte e criatividade”, diz ela.
“Não há problema em usar maquiagem para melhorar sua aparência ou para ocasiões especiais, mas isso não deve nos definir. É sobre ter escolha. Eu queria mostrar que não precisamos usar maquiagem se não quisermos.”
Raouf quer que as meninas deem mais valor à sua “beleza interior” em vez de se compararem com as outras.
“Quando você usa uma grande quantidade de maquiagem, você está apenas se escondendo. Tire essas camadas e você verá quem você realmente é”, sugere.
‘Não há problema em usar maquiagem para melhorar sua aparência ou para ocasiões especiais, mas isso não deve nos definir. É sobre ter escolha’, defende Melisa Raouf.
MELISA RAOUF via BBC
O concurso de beleza
O Miss Inglaterra, de propriedade da competição Miss Mundo, é um dos quatro concursos de beleza de cada uma das nações do Reino Unido que envia uma concorrente para o evento internacional a cada ano.
O Miss Mundo foi criado e organizado pela primeira vez no Reino Unido em 1951 pelo apresentador de televisão Eric Morley. Sua viúva, Julia Morley, tornou-se diretora da organização após a morte dele em 2000.
A franquia há tempos enfrenta críticas de que objetifica as mulheres. Em 1970, integrantes do Movimento de Libertação das Mulheres usaram farinha para atrapalhar a final do Miss Mundo no Royal Albert Hall de Londres.
Também houve manifestações de vários grupos, incluindo a London Feminist Network e UK Feminista, quando a final da competição foi realizada na capital britânica em 2011 e 2014.
Algumas das regras para entrar na competição continuam as mesmas desde 1951.
As candidatas a Miss Inglaterra não podem ter mais de 27 anos quando entram no concurso e não podem ser casadas ou ter filhos.
Em 2018, Veronika Didusenko, que foi coroada Miss Ucrânia, disse que as regras precisavam mudar depois que o título foi retirado dela por ser mãe.
Protesto contra o Miss Mundo em 2011; manifestante segura cartaz que diz em inglês: ‘Não somos feias; não somos bonitas; estamos bravas’
PA Media via BBC
Julia Morley disse mais tarde que era difícil mudar as regras, já que as competições locais são realizadas em muitos países diferentes.
Apesar das críticas, Raouf acredita que esses eventos têm uma influência “positiva e inspiradora”.
“As competidoras usam a plataforma (do evento) para fazer algo de bom no mundo.”
Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral-62733645

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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