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‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’ estreia como aposta bilionária em criadores e elenco desconhecidos

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Série baseada na obra de J. R. R. Tolkien contrasta orçamento estimado em US$ 1 bilhão com falta de estrelas atrás e na frente das câmeras. Estreia é nesta quinta-feira (1º). Criador e elenco de ‘O Senhor dos Anéis: Os anéis de Poder’ falam sobre a série
Com orçamento estimado em US$ 1 bilhão, “O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder” estreia nesta quinta-feira (1º) com o status de série mais cara já feita.
G1 JÁ VIU: ‘Os Anéis de Poder’ é adaptação digna e deslumbrante
Apesar da marca da obra de J. R. R. Tolkien, considerada uma das mais importantes do século 20, a produção é uma aposta alta para a plataforma de streaming Prime Video, da Amazon, ao acreditar em desconhecidos na criação/comando e no elenco.
Os dois primeiros episódios estarão disponíveis às 22h (horário de Brasília), mas os demais vão ser lançados semanalmente, toda sexta.
Morfydd Clark e Benjamin Walker, no centro, em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
“Acho que éramos a zebra, de uma certa forma. Nós tínhamos trabalhado em muitos projetos diferentes com algumas pessoas muito incríveis, que foram mentores para a gente, por cerca de 10, 12 anos antes disso. Mas as coisas simplesmente não davam certo por algum motivo”, conta o criador da série, Patrick McKay, em entrevista ao g1.
Ele divide o comando da produção, no cargo de showrunner, com seu parceiro profissional, JD Payne. Apesar de trabalharem juntos há 25 anos, “Os Anéis de Poder” é o primeiro crédito da dupla – o que não impediu que a empresa fundada por Jeff Bezos, outro amante do escritor britânico, apostasse nos dois.
“Eu entendo totalmente quem olha de fora e se pergunta ‘quem são esses caras’.”
“Foi um processo longo para conseguir o trabalho. Seis meses de encontros e reuniões. Acho que eles falaram com muita gente. Mas, no fim do dia, com um estúdio desses é uma colaboração. E acho que eles pensaram e nós pensamos que esta é a história certa.”
Patrick McKay e JD Payne nas gravações de ‘Os Anéis de Poder’
Ben Rothstein/Prime Video
A história certa
Neste caso, “a história certa” se passa milênios antes daquela contada nos livros de “O Senhor dos Anéis” e adaptada na trilogia dirigida por Peter Jackson – que não tem qualquer ligação com a nova produção – no começo dos anos 2000.
Como o título indica, a série explora a época em que o grande vilão Sauron desenvolve as joias poderosas em busca do controle sobre elfos, homens e anãos (a grafia é estranha, mas respeita a forma como Tolkien se referia à raça de estatura diminuta e grande resiliência).
Nela, a nobre guerreira Galadriel (Mofrydd Clark) procura pelo antigo inimigo, enquanto outros personagens, espalhados por diversas regiões, encontram diferentes sinais de que a ameaça talvez ainda resista após uma aparente derrota.
Entenda melhor onde a trama de “Os Anéis de Poder” se encaixa na mitologia geral da Terra-média abaixo:

Wagner Magalhães/g1
Mundo expandido, história comprimida
Além dos livros que já foram adaptados ao cinema, obras como “O Silmarillion” e “Contos Inacabados” ajudam a expandir o passado do mundo criado por Tolkien. No entanto, os cerca de US$ 250 milhões investidos pela Amazon na compra dos direitos para produzir a série se limitam apenas aos livros de “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”.
Para contar a história focada no fim da Segunda Era, tantos anos antes da aventura de Frodo e da Sociedade do Anel, McKay e Payne olharam para os apêndices anexados por Tolkien em suas obras mais famosas – cerca de 150 páginas que contam, meio por cima, momentos importantes dos mais de 50 mil anos da Terra-média.
“A escrita do Tolkien é tão rica. Realmente mergulhamos de verdade nos livros e sentimos que absolutamente tudo o que precisávamos para contar a história da melhor maneira possível está neles”, diz McKay.
“Claro, há muitos outros livros também e há suas cartas, e sua biografia. (Mas) Nós sentimos que é importante estarmos informados sobre essas coisas e as conhecer. Pelo menos em um sentido de saber o que é importante para ele e ter certeza de verdade que entendemos esses temas para que – enquanto estivermos montando todas essas peças de ‘O Senhor dos Anéis’, os apêndices e ‘O Hobbit’ – com sorte o fazermos de uma forma que seja digna de sua visão o máximo possível.”
O cuidado é necessário também porque os criadores tomaram algumas liberdades em relação ao material original. A maior delas é a decisão de comprimir a narrativa, que se passa ao longo de alguns milênios em “O Silmarillion”, em um período mais limitado de tempo.
OS orques em ‘Os Anéis de Poder’
Ben Rothstein/Prime Video
‘E do que você não gostou?’
Com a empolgação franca de quem sabe que tem nas mãos sua grande chance, McKay não foge de riscos.
Tanto que pergunta à reportagem do g1, durante uma conversa informal na festa de lançamento após a exibição dos dois primeiros episódios em um colégio histórico da Cidade do México, o que não estava funcionando tão bem na série.
Depois de ouvir que os capítulos sofriam um pouco com a quantidade enorme de focos narrativos, que prejudicava o ritmo geral, ele não se ofende.
Valinor em ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação
“Eu entendo o que você quer dizer. A gente tinha tanta coisa que precisava apresentar nesse começo que sentimos que era necessário. Sinto que a série vai melhorar mesmo, vai embalar de verdade a partir da metade da temporada”, defende o produtor, com um copo de cerveja na mão.
Com oito episódios lançados semanalmente toda sexta-feira neste primeiro ano – dos cinco programados –, isso quer dizer que “Os Anéis de Poder” deve atingir seu ápice a partir de mais ou menos o quarto capítulo.
“Além disso, foi um pouco de propósito. Como espectador, eu prefiro histórias que desafiam me desafiam. Não gosto de séries que deixam o público ficar com a cara no celular.”
Trystan Gravelle, no centro, em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Estrelando: a Terra-média
Os inúmeros focos narrativos são explicados por um elenco gigantesco. Com mais de 20 atores fixos, a escalação foi um processo longo e árduo – e resultou, meio por acidente, em nomes menos conhecidos.
“Foi uma busca global. De verdade, vimos centenas, milhares de pessoas para alguns papéis. E os requisitos eram duas coisas: pessoas que eram atores excelentes e pessoas que tinham a Terra-médias neles. E essa é uma qualidade inefável, mas que você sabe quando a vê”, conta McKay.
Entre eles estavam diversos nomes conhecidos no teatro ou em séries e filmes britânicos, mas que o público americano e do resto do mundo não estava tão familiarizado.
Robert Aramayo e Morfydd Clark em ‘Os Anéis de Poder’
Ben Rothstein/Prime Video
Morfydd Clark, por exemplo, foi indicada como melhor atriz ao Prêmio Britânico de Filmes Independentes por “Saint Maud” (2021) e até participou de outra série de fantasia, “His Dark Materials”, mas ganha em “Os Anéis de Poder” seu primeiro grande papel de destaque.
Ao lado dela, fãs do gênero têm mais chance de reconhecer Robert Aramayo, que dá vida ao elfo Elrond (interpretado por Hugo Weaving nos filmes). Afinal, o inglês de 29 anos é mais conhecido como o jovem Ned Stark de “Game of thrones”.
“No meio do caminho, chegamos a uma decisão consciente mais ou menos. A estrela verdadeira é a Terra-média. Com essa primeira temporada em particular, todos esses personagens gigantescos, queríamos que eles estivessem totalmente presentes para o público.”
“Queríamos novas vozes, novos rostos, que têm currículos incríveis e que fizeram coisas maravilhosas, mas que talvez não sejam tão conhecidos, e colocá-los em um novo contexto”, diz McKay.
Morfydd Clark e Fabian McCallum em cena de ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video
Mudanças de rota
Os criadores sempre deixaram claro que devem contar sua história em cinco temporadas. Para isso, já têm um plano bem traçado, mas com espaço para mudanças.
A maior delas é a transferência do local das gravações. Após filmar a primeira temporada na Nova Zelândia, famosa casa dos filmes de Jackson, a série foi criticada por fãs ao anunciar que o segundo ano seria levado para a Inglaterra.
McKay desconversa sobre a decisão e fala sobre como o britânico Tolkien pensava nas ilhas de sua terra para escrever sua obra, mas dá algumas pistas de que o futuro de “Os Anéis de Poder” não está gravado na pedra.
“Achamos importante ter um plano bem estabelecido, mas também saber que podemos alterar algumas coisas. É como em uma viagem de carro. Você sabe onde vai chegar e onde vai passar a noite, mas às vezes gosta tanto de um lugar que decide ficar mais uma noite lá, ou então vai visitar um amigo”, afirma o produtor.
“Vai depender também de novidades que encontrarmos. Às vezes, aparece um ator ou atriz com alguma habilidade inesperada que achamos que vale algum desvio. Então, é importante ter uma noção de começo, meio e fim, e saber onde estamos indo neste mundo com estes personagens, mas também deixar espaço para um pouco de improviso.”
Megan Richards e Markella Kavenagh em ‘Os Anéis de Poder’
Divulgação/Prime Video

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Fritz Escovão, exímio ritmista fundador do Trio Mocotó, ‘Jimi Hendrix da cuíca’, morre em São Paulo aos 81 anos

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♫ OBITUÁRIO
♪ “O Jimi Hendrix da cuíca!”. O comentário do músico André Gurgel na publicação da rede social em que o Trio Mocotó informou a morte de Fritz Escovão traduz muito do pensamento geral de quem viu em ação este percussionista, pianista, violonista e cantor carioca que marcou época no Trio Mocotó, grupo de samba-rock do qual foi fundador.
Gigante da cuíca, instrumento que percutia com exuberância e incrível destreza, Luiz Carlos de Souza Muniz (13 de dezembro de 1942 – 1º de outubro de 2024) morre aos 81 anos, em São Paulo (SP), de causa não revelada, e sai de cena para ficar na galeria dos imortais do ritmo brasileiro, perpetuado com o nome artístico de Fritz Escovão. O enterro do corpo do artista está previsto para as 8h30m de amanhã, 2 de outubro, no cemitério de Vila Formosa, bairro paulistano.
Fritz Escovão era carioca, mas se radicou em São Paulo (SP), cidade em que fez história a partir de 1968, ano em que o Trio Mocotó foi formado na lendária boate Jogral por Fritz com o carioca Nereu de São José (o Nereu Gargalo) e com o ritmista paulistano João Carlos Fagundes Gomes (o João Parahyba).
Matriz do samba-rock, o grupo foi fundamental para a ressurreição artística de Jorge Ben Jor a partir de 1969. Foi com o toque do Trio Mocotó que Jorge Ben apresentou a visionária música Charles, anjo 45 em 1969 na quarta edição do Festival Internacional da Canção (FIC).
A partir de 1970, ano em que gravou single com o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, continuando a fazer shows com o cantor, com quem gravou álbuns como Força bruta (1970) e o politizado Negro é lindo (1971).
A discografia solo do Trio Mocotó com Fritz Escovão destaca os referenciais álbuns Muita zorra (“…São coisas que glorificam a sensibilidade atual”) (1971), Trio Mocotó (1973) e Trio Mocotó (1977), discos de samba-rock que ganharam status de cult a partir da década de 1990 no Brasil e no exterior, sobretudo o álbum de 1973 em que o trio adicionou à cadência toques de jazz, soul e rock à cadência do samba.
Sempre com a maestria de Fritz Escovão. Em 1974, o Trio Mocotó gravou disco com Dizzy Gillespie (1917 – 1993), em estúdio de São Paulo (SP), mas o trompetista norte-americano de jazz nunca lançou o álbum (foi somente em 2010, 17 anos após a morte do jazzista, que o veio à tona o álbum Dizzie Gillespie no Brasil com Trio Mocotó, editado no Brasil em 2011 via Biscoito Fino).
Em 1975, o grupo saiu de cena. Retornou somente em 2001, após 26 anos, com o álbum intitulado Samba-rock. Um ano depois, em 2002, Fritz Escovão deixou amigavelmente o Trio Mocotó para tratar de problemas de saúde.
Foi substituído em 2003 por Skowa (13 de dezembro de 1955 – 13 de junho de 2024), músico morto há menos de quatro meses. Hoje quem parte é o próprio Fritz Escovão, para tristeza de quem testemunhou o virtuosismo do “Jimi Hendrix da cuíca”.

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Morre Fritz Escovão, do Trio Mocotó, grupo que fez brilhar o samba rock

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Ao lado de Jorge Ben Jor, grupo ficou famoso pelo suingue inebriante que dá vida ao samba rock. Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó
Reprodução
Morreu Fritz Escovão, fundador do Trio Mocotó. A morte do artista foi confirmada no Instagram do grupo, nesta terça-feira (1º). A causa não foi revelada.
“Cantor, violonista, pianista e percussionista, [ele] marcou a música brasileira pela sua voz inigualável à frente do Trio Mocotó até 2002, com seu clássico ‘Não Adianta’ e como um dos maiores, se não o maior, dos cuiqueiros que o Brasil já viu”, diz a publicação do grupo.
Conhecido como Fritz Escovão, Luiz Carlos Fritz fundou o Trio Mocotó em 1969: ele na cuíca, João Parahyba na bateria, e Nereu Gargalo no pandeiro.
Juntos, os três fizeram sucesso ao lado de Jorge Ben Jor, com um suingue inebriante que deu vida ao samba rock.
A partir de 1970, o Trio Mocotó alçou voo próprio sem se afastar de Jorge Ben, fazendo shows com o cantor em um primeiro momento da carreira e gravando discos como “Negro é lindo”.
Escovão deixou o grupo em 2003. Atualmente, quem assume a cuíca é Skowa.

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Sean Diddy Combs é alvo de 120 novas acusações de abuso sexual; ações serão movidas nas próximas semanas, diz advogado

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Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Sean ‘Diddy’ Combs.
Mark Von Holden/Invision/AP
Sean “Diddy” Combs está sendo acusado de abusar sexualmente de 120 pessoas. Foi o que informou o advogado americano Tony Buzbee, em uma coletiva online feita nesta terça-feira (30). Segundo ele, nas próximas semanas serão abertos 120 processos contra o cantor, que está preso em Nova York desde 16 de setembro.
“Nós iremos expor os facilitadores que permitiram essa conduta a portas fechadas. Nós iremos investigar esse assunto não importa quem as evidências impliquem”, disse Buzbee, na coletiva. “O maior segredo da indústria do entretenimento, que, na verdade, não era segredo nenhum, enfim foi revelado ao mundo. O muro do silêncio agora foi quebrado.”
Alvo de processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual e agressão, o músico foi preso após meses de investigações. Ele, que ainda não foi julgado, nega as acusações que motivaram sua prisão.
Caso seja julgado culpado das acusações, ele pode ser condenado a prisão perpétua.
Caso Diddy: entenda o que é fato sobre o caso
Quem é Sean Diddy Combs?
Seu nome é Sean John Combs e ele tem 54 anos. Nasceu em 4 de novembro de 1969 no bairro do Harlem, na cidade de Nova York, nos EUA. É conhecido por diversos apelidos: Puff Daddy, P. Diddy e Love, principalmente.
O rapper é um poderoso nome do mercado da música e produtor de astros como o falecido The Notorious B.I.G. Ele é considerado um dos nomes responsáveis pela transformação do hip-hop de um movimento de rua para um gênero musical hiperpopular e de importância e sucesso globais.
Diddy começou no setor musical como estagiário, em 1990, na Uptown Records, uma das gravadoras mais famosas dos EUA, e onde se destacou de forma meteórica e chegou a se tornar diretor. Em 1994, fundou sua própria gravadora, a Bad Boy Records.
Um de seus álbuns mais famosos, “No Way Out”, de 1997, rendeu a Diddy o Grammy de melhor álbum de rap. Principalmente depois do estouro com a música, Diddy fez ainda mais fortuna com empreendimentos do setor de bebidas alcoólicas e da indústria da moda, principalmente.
Ele também foi produtor de inúmeros artistas de sucesso e está por trás de grandes hits cantados por famosos. Muita gente, inclusive, o vê mais como um produtor e empresário do que como um músico.

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